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Governo

Será mesmo que o arroz importado vai chegar no prato do brasileiro em 60 dias?

10/06/2024
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Está para nascer uma operação com tantos equívocos e perturbações quanto a recente importação de arroz pelo governo. O problema da vez é a logística de distribuição do produto. Dentro do próprio Ministério da Agricultura, existem fortes dúvidas sobre a capacidade da Pasta de cumprir os prazos já anunciados publicamente pelo diretor presidente da Conab, Edegar Pretto, segundo o qual as 263 mil toneladas chegarão aos supermercados dentro de 45 a 60 dias. O que se diz no Ministério é que até o momento não foi iniciado o processo de contratação de transporte para o escoamento do cereal. É um gargalo crítico. Em geral, esses contatos são feitos com razoável antecedência. Normalmente, os caminhões estão em uso, cumprindo programações feitas anteriormente, e, há, portanto, um gap até que os veículos fiquem disponíveis para o serviço. Existe ainda outro complicador. A Agricultura decidiu espalhar os desembarques por 11 estados. Se, por um lado, a medida permitiu a desconcentração das entregas por um raio geográfico maior, por outro exigirá uma mobilização logística mais complexa, provavelmente com diversas contratações de empresas de carga em paralelo. Um contratempo a mais para uma operação cheia de polêmicas – da judicialização, que quase impediu à importação, às denúncias de que entre as empresas que participaram do leilão de compra do arroz constam uma fabricante de sorvetes, uma mercearia e uma locadora de veículos.

#Arroz #importação #Ministério da Agricultura

Política externa

Ecos das guerras: Brasil aumenta importação de ureia da Bolívia

13/10/2023
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O Ministério da Agricultura deverá negociar com o governo da Bolívia um aumento, em caráter temporário, das importações de ureia, matéria-prima para a produção de fertilizantes nitrogenados. Trata-se de um hedge diante do agravamento dos conflitos entre Israel e o Hamas. O receio é que os confrontos possam afetar ou até mesmo interromper o fornecimento de adubo. Aproximadamente 5% das importações brasileiras de fertilizantes vêm de Israel. O produto representa aproximadamente de 44% das exportações israelenses para o Brasil. O Ministério da Agricultura teme também um repique nos preços do insumo. A ureia já vem de um contínuo ciclo de alta no mercado internacional: somete em setembro, o preço subiu 15%, chegando a US$ 400 por tonelada. Some-se a isso os efeitos da guerra entre Ucrânia e Rússia – esta última é um importante fornecedor de fertilizante para o Brasil.

Nesse cenário de incertezas, a Bolívia é uma solução, digamos assim, mais à mão. Os dois governos já costuram uma parceria para investimentos conjuntos na produção de ureia tanto de um lado quanto do outro da fronteira. Foi, inclusive, um dos assuntos tratados em reunião, na semana passada, entre o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e os ministros de Hidrocarbonetos e Energia e do Desenvolvimento Rural e Terras da Bolívia, respectivamente Franklin Molina Ortiz e Remy Gonzalez.

#guerra #importação #ureia

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