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Agronegócio

Produtores de fumo tentam brecar queda dos preços na próxima safra

20/09/2023
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Os grandes produtores de fumo do Brasil estão recalibrando o tamanho da safra 2023-24. A própria Associação dos Fumicultores do Brasil tem orientado agricultores a não elevaram a área plantada e o número de pés por hectare. O objetivo é evitar um aumento excessivo da oferta e consequentemente uma forte queda das cotações no próximo ciclo. Além das exportações, os produtores miram também na sempre dura negociação de preço com as fabricantes de cigarros do país, leia-se BAT, Philip Morris e o “resto”.

A medida tem um caráter emergencial diante dos pesados prejuízos que os fumicultores têm acumulado na atual safra. Em algumas regiões do Rio Grande do Sul, onde estão as maiores plantações do país, mais de 20% das lavouras foram devastadas pelo ciclone que passou pelo estado há duas semanas. Na atual safra, a situação só não foi pior por conta do aumento das exportações para a Índia – algo em torno de 6% – devido à seca que assolou o país asiático.

#BAT #Philip Morris

PCC é o novo concorrente da Souza Cruz e da Philip Morris

11/11/2021
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A concorrência está ficando ainda mais pesada para Souza Cruz e Philip Morris. Além do contrabando de cigarros, o crime organizado avança a passos largos sobre outros segmentos de negócio no mercado tabagista. Segundo uma fonte da Polícia Federal, a corporação investiga a participação de facções criminosas no plantio ilegal de fumo. O PCC (Primeiro Comando da Capital) seria o principal proprietário de lavouras clandestinas, notadamente no interior do Rio Grande do Sul.

Outro importante “player” seria a quadrilha gaúcha “Os Mano”, aliada do próprio PCC no tráfico de drogas e de armas. O fumo produzido nessas fazendas estaria abastecendo fábricas igualmente clandestinas. Procurada pelo RR, a PF informou que “não confirma a existência nem comenta possíveis investigações em andamento.” Há pouco mais de duas semanas, a Polícia Federal, em conjunto com a Receita, estourou um bunker do crime na cidade de Triunfo (RS). No local havia uma linha de produção de cigarros falsificados. O contrabando de cigarros sempre foi considerado um problema de fora para dentro do Brasil, com origem, sobretudo, no Paraguai. A investida de facções criminosas traz um novo matiz a essa questão.

Além de irrigar o mercado interno, o PCC e congêneres estariam abastecendo outros países da América do Sul com cigarros falsificados. Trata-se de uma questão de “sinergia”. Essas facções passaram a usar as rotas de distribuição de drogas também para o transporte de cigarros. A rentabilidade é muito menor, mas o comércio tabagista facilita a lavagem de dinheiro por meio de propriedades agrícolas. Nesse novo contexto, o contrabando per si passa a ser até um delito de “menor” importância. O comércio ilegal de cigarros passou a estar associado a crimes como evasão de divisas, tráfico de drogas e de armamentos pesados e homicídios.

#PCC #Philip Morris #Souza Cruz

Virou fumaça

6/01/2021
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Segundo informações filtradas junto ao Ministério da Agricultura, a área de cultivo de tabaco no Brasil vai cair 6% na safra 2020/2021. Trata-se de uma consequência da postura da Philip Morris e, sobretudo, da hegemônica Souza Cruz, que têm pressionado os agricultores com preços cada vez mais baixos. Parte dos produtores têm trocado o plantio de fumo por milho e soja, bem mais rentáveis.

#Ministério da Agricultura #Philip Morris #Souza Cruz

“Cide do tabaco” ameaça Souza Cruz e Philip Morris

16/06/2020
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Uma cobrança milionária está perto de cair no colo da Souza Cruz e da Philip Morris. O Ministério Público Federal vai se manifestar até o fim do mês na ação civil pública movida pela Advocacia Geral da União contra as duas empresas. Segundo informações filtradas do MPF, o órgão deverá respaldar o pedido judicial feito pela AGU, cobrando da dupla o ressarcimento pelos gastos da rede pública de saúde no tratamento de 26 doenças causadas pelo tabagismo.

Na AGU, o posicionamento do MPF é visto como a peça que falta para acelerar o desfecho do julgamento, na 1ª Vara Federal de Porto Alegre. A própria pandemia é um fator a mais de sensibilização do Judiciário para a conclusão do processo. Ainda que seja pequena, a indenização cobrada da Souza Cruz e da Philip Morris ajudaria o governo a recompor um pedacinho do orçamento da Saúde, que disparou com a Covid-19. Não por acaso, a multa é chamada informalmente na equipe econômica de “Cide do tabaco”.

Procuradas, as duas empresas não quiseram se pronunciar. De acordo com a mesma fonte, Souza Cruz e Philip Morris enviaram, no fim de maio, suas alegações ao MPF. As duas companhias já estariam trabalhando menos no sentido de ganhar a causa, mas, sim, de reduzir o tamanho da fatura. O Estado brasileiro gasta por ano mais de R$ 40 bilhões com o tratamento de doenças causadas pelo fumo – a conta leva em consideração apenas os custos médicos diretos. A AGU ainda não tem um cálculo do valor da indenização que será cobrada das duas fabricantes. Mas uma coisa é certa: em caso de condenação, a maior parte desse “bolsa enfisema” caberá à Souza Cruz, responsável por mais de 70% do tabaco que chega aos pulmões dos brasileiros.

#Philip Morris #Souza Cruz

Souza Cruz pressiona Anvisa por tabaco eletrônico

4/06/2019
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O objetivo é evitar que o duopólio da Souza Cruz e da Philip Morris, donas de 95% das vendas do país, use todo o seu poder de fogo para reverter a curva de queda do tabagismo, atraindo novos fumantes e ex-praticantes do hábito. O RR apurou que também a esfera econômica do governo está cindida sobre a liberação do mercado a Souza Cruz e Philip Morris. São duas as posições: uma favorável, justifi cando a maior concentração com o aumento da receita com os impostos do setor; outra contrária ao duopólio em toda a cadeia do tabaco, amplificando o que já existe no mercado de cigarros convencionais.

Esta ala defende que a produção e comercialização dos dispositivos eletrônicos, uma vez autorizadas, deveriam ficar a cargo de empresas menores e até startups, permitindo, o surgimento de uma nova indústria no país. Nos Estados Unidos, por exemplo, esse mercado não está concentrado nas mãos dos tradicionais gigantes do tabaco. Somente no fim do ano passado a Altria, leia-se Philip Morris, conseguiu, indiretamente, uma posição mais competitiva no setor ao comprar 30% da Juul Labs. A startup surgiu em São Francisco há menos de quatro anos exclusivamente voltada à produção do dispositivo. Foi o tempo suficiente para se tornar a líder do mercado, com mais de 60%, deixando para trás a British American Tobacco (BAT), controladora da Souza Cruz, e a própria Altria. Hoje está avaliada em mais de US$ 15 bilhões.

O cigarro eletrônico está longe de ser um consenso, não apenas na Anvisa, mas em toda a comunidade médica internacional. Há dúvidas em relação à eficácia do seu propósito precípuo: reduzir o consumo de tabaco. Estudos comprovam que, de fato, um contingente razoável de fumantes vem trocando o cigarro convencional pelo eletrônico. No entanto, há um efeito colateral: pesquisas atestam que o dispositivo tem sido responsável por atrair jovens que, inicialmente, não se sentiam estimulados a consumir cigarros convencionais. Ou seja: do ponto de vista econômico, o menor poder de letalidade do modelo eletrônico está criando um novo mercado consumidor; sob o ângulo médico, surge um grupo de risco, que potencialmente pode estar apenas diferindo em um tempo maior as sequelas nocivas do cigarro.

Consultada, a Anvisa informa que “há carência de estudos conclusivos que avaliem o potencial de segurança e toxicidade do cigarro eletrônico”. A Agência diz que “não há certeza sobre os benefícios e riscos da substituição do cigarro tradicional pelos eletrônicos”. Afirma ainda que “vem conduzindo discussões técnicas com parcimônia sobre essa temática”. Perguntada especificamente sobre a possibilidade de liberação deste mercado com restrições aos grandes fabricantes de cigarros, a Anvisa não se pronunciou. Assim como não informou qualquer prazo para a conclusão dos estudos. Por trás de todas estas questões, há o pesado lobby da indústria do tabaco, notadamente da Souza Cruz, que pressiona a Anvisa a autorizar a produção e venda de cigarros eletrônicos no Brasil.

Um executivo da agência confidenciou ao RR que, no ano passado, a subsidiária da BAT tentou aproveitar a atualização dos registros de produtos fumígenos para jogar dentro da nova regulação a permissão do início das vendas do dispositivo. A diretoria da agência não cedeu, considerando que o tema exige regulamentação específica, à parte das normas para cigarros convencionais. A Souza Cruz não quis se pronunciar. Para Souza Cruz e, na esteira, Philip Morris, o embate em torno do cigarro eletrônico pode ser a prévia para outra batalha no Brasil: o cannabusiness. A eventual descriminalização da maconha surge como um promissor e potencial mercado para as tabagistas. A Altria, por exemplo, desembolsou quase US$ 2 bilhões no fim do ano passado para ficar com 45% da Cronos, fabricante canadense de maconha legalizada.

#Philip Morris #Souza Cruz

SAB Miller valeu um óbolo para Martin Barrington

2/08/2016
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Martin Barrington rasgou as duas últimas páginas do seu caderno moleskine de anotações. Na primeira folha, amarrotada com raiva, estava escrito em grafia miúda: “Memória de uma estrondosa vitória com gosto de derrota”. O que poderia ser chamado do negócio do século, Barrington, chairman e CEO da Altria – controladora da Phillip Morris e acionista da SAB Miller – lamentava como extra money lost. Desde setembro, com uma tática de concordar e discordar alternadamente do valor do negócio, vinha forçando “Paul Lemann” a bidar seus lances pela cervejeira. O pedido da Altria era de US$ 123 bilhões, ou seja, estimava o valor da companhia acima dos US$ 200 bilhões precisamente, bem mais do que o US$ 1 a mais por ação, aliás, a libra furada, que “Jorge Paul” metaforicamente jogou aos seus pés para que se abaixasse, derrotado. Dar a volta em Barrington não é pouca coisa. Foi preciso que Lemann viesse com seus homens de frente, “Albert” Sicupira e Marcel Telles, trazendo junto seu esquadrão Panzer, composto de financistas barra-pesada como Mr. Buffet, além da adesão final de Alejandro Santo Domingo, líder do clã colombiano Santo Domingo, sócio “muy amigo” no controle da SAB Miller.  “Marty” pensava no comunicado final da Altria apoiando o negócio com a AB InBev. Foi como se, no teatro, ele interpretasse o orgulhoso líder gaulês Vercingentórix depondo suas armas aos pés de Julio César. Havia uma diferença marcante entre ele e “Paul”. Se considerava um profit hunter. Já o conquistador da SAB Miller era um business shark. Por trás da grife de sucesso financeiro carregava entre outros aparelhos cirúrgicos um bisturisocial. Barrington está longe de ser um progressista, mas até para ele Paul era um exaggerated killer job. Pobre Alan Clark, CEO da SAB Miller, que certamente seria rifado por Carlos Brito, executivo símbolo da AB InBev. Na África do Sul, berço da cervejeira, as notícias eram de que o dia foi de tristeza e cantos de lamento. Um rasgo no coração seria ver a sede da SAB ser transferida de Londres para Manhattan, onde reinavam os “garotos mórmons” de “Paul Lemann”.  Barrington já tinha sido avisado que a barra era pesada. “Paul Lemann” passou anos inventando um personagem para seduzir o presidente da Brahma, Hubert Gregg, a vender a companhia. Seguiu em frente e aliciou o presidente da Fundação Antártica, Vitório De Marchi. O executivo engoliu o Conselho da Fundação, em um caso de traição clássica, permitiu que ela fosse incorporada à preço de cerveja choca e foi gastar seus muitos milhões. Com a ajuda do empresário Mauro Salles, criador do nome AmBev, “Paul”, “Albert” e Marcel foram celebrar a parceria no Palácio do Planalto.  A construção da InBev foi um movimento de xadrez típico de Lemann. Começou menor no capital, mas por dentro do bloco de controle foi se apoderando da companhia e assumindo a totalidade da gestão. Daí, para adicionar as duas vogais AB no nome da InBev, a passada, ainda que larga, foi mais fácil. “Paul Lemann” já tinha virado o Donald Trump da cerveja, com uma tropa de financistas gulliverianos a reboque. Nada mais o pararia. Quanto a “Marty”, o que mais lhe incomodou foi aquela moeda de uma libra por ação, que mais parecia um óbolo. O copo de cerveja de US$ 103 bilhões era para ter sido tomado mais cheio.

#AB InBev #Altria #Philip Morris #SAB Miller

Fumacê

12/07/2016
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 A operação brasileira tem virado um estorvo para a Philip Morris International, à frente dos negócios do grupo fora dos Estados Unidos. O país foi o que mais pesou na queda de 15% no lucro da companhia nos primeiros meses do ano. A Philip Morris do Brasil acumula queda de 50% do lucro neste ano, a pior dos últimos três anos. Procurada, a empresa negou as informações, mas não apresentou números diferentes.

#Philip Morris

Guimba

19/10/2015
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 O Brasil perde importância para a Philip Morris. Com os baixos resultados, a matriz teria suspendido o passe livre para que a subsidiária exporte cigarros. Formalmente, a companhia nega a suspensão.

#Philip Morris

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