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Destaque

Brasil desponta como líder da formação de uma “OTAN da América do Sul”

24/01/2024
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Há oficiais nas Forças Armadas que conversam sobre a formação de uma espécie de OTAN da América do Sul, obviamente liderada pelo Brasil. O cenário geopolítico, de pequenas de conflitos internos, que podem até desaguar em guerras civis, o crescimento do crime organizado na região, e a possibilidade de problemas gerais, como escassez de produtos fundamentais, são os fatores que ensejam a ideia. É claro que não se trata de nada formal, por enquanto são conjecturas. Mas é fácil de entender como a iniciativa daria muito mais consistência às negociações regionais – e entre blocos.

O discurso seria que a “OTAN do Sul” poderia disponibilizar apoio militar caso fosse acionada pelo governo dos países do continente. Hoje, há um vácuo na definição de protagonismo, e mesmo interlocutores, em diversos conflitos, como os da Nicarágua, El Salvador e, mais recentemente, Equador, que beira uma insurreição. Isso sem falar na possibilidade de dissuadir e arbitrar bravatas como as de uma tresloucada invasão venezuelana na Guiana.

Vale lembrar que a América do Sul fica no quintal dos Estados Unidos e vem assistindo, atônita e praticamente paralisada, a uma escalada de entreveros que pode ser a tônica daqui para a frente. Do ponto de vista militar, a região sempre foi um apêndice norte-americano, só que agora há uma diferença: começa a virar uma fonte constate de preocupação e novos perigos. A ideia não é exclusiva das Forças Armadas brasileiras, pelo contrário. A China, em sua sede de alterar o equilíbrio de poder global e “enxotar” os EUA de sua área de influência, gostaria de fazer o mesmo na Ásia, com países como Singapura, Vietnã e Coreia do Norte.

#Forças Armadas #Otan

Negócios

Indústria brasileira da saúde entra no radar da Otan

13/11/2023
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A Instramed, uma das principais fabricantes de equipamentos médicos do país, fechou a venda de 660 desfibriladores para o Exército da Espanha. A negociação tem uma razoável importância estratégica: o contrato abre caminho para a empresa junto a outros países da OTAN. Para fechar o acordo com as Forças Armadas espanholas, a Instramed passou por um processo de homologação pela organização multilateral. As tensões globais e os conflitos entre Rússia e Ucrânia e Israel e Hamas tendem a alavancar a venda de equipamentos médicos para a área de Defesa. No caso especificamente dos desfibriladores, estima-se que esse mercado movimentará cerca de US$ 1,3 bilhão até 2028.

#Hamas #Instramed #Israel #Otan

Destaque

A “tempestade perfeita” para a Embraer na África

18/07/2023
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O RR apurou que a Embraer pretende montar o KC-390 em Portugal, em sua fábrica localizada em Évora. O cargueiro é atualmente a joia da coroa no portfólio da companhia na área de defesa. Trata-se de um passo a mais no projeto da empresa de transformar sua operação em Portugal em cabeça de ponte para a venda de aeronaves militares a países africanos, um jogo predominantemente dominado por Rússia e China. O eixo central desse projeto é o acordo firmado em abril com duas empresas aeroespaciais locais – a Empordef Tecnologias de Informação e GMVIS Skysof – para a produção do Super Tucano em Portugal. A princípio, o foco é o fornecimento de aeronaves militares para países da OTAN, da qual Portugal faz parte. No entanto, já existem entendimentos para a ampliação do escopo da parceria. Procurada pelo RR, a Embraer não quis se manifestar.  

Há, neste momento, uma combinação de fatores feita quase sob encomenda para os planos da Embraer em relação à África. Entram nessa alquimia elementos de ordem geopolítica e diplomática com razoável peso no tabuleiro das negociações com países africanos. O principal deles talvez venha da política externa do governo Lula. Entre as empresas brasileiras, a Embraer tem tudo para ser uma das mais beneficiadas com a reaproximação entre o Brasil e África. Um evento importante está no radar da companhia brasileira. Em agosto, Lula irá à África do Sul para a reunião de cúpula dos Brics. Na ocasião, vai se reunir com o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa. Nesse encontro deverá ser sacramentado um acordo entre a Embraer e o governo sul-africano para a produção e reparo de aeronaves. Com mais um pouquinho de combustível, há possibilidade também da África do Sul confirmar a encomenda de um lote do KC-390. Outros alvos da empresa são Moçambique e Angola. Ressalte-se que a Força Aérea angolana tem em sua frota o Super Tucano, produzido pela fabricante brasileira.   

A Embraer pretende ocupar o vácuo no comércio internacional de equipamentos de defesa deixado pela Rússia. A guerra contra a Ucrânia fragilizou a posição russa nessa disputa pelo mercado africano, e nem poderia ser diferente. A indústria bélica local está hegemonicamente concentrada no suprimento das próprias Forças Armadas da Rússia, consequentemente com dificuldades de honrar encomendas externas. Há registros de atrasos no cumprimento de contratos internacionais. Em março, a Rússia comunicou à Índia que não seria possível honrar a entrega de duas baterias do sistema antiaéreo S-400. Segundo um relatório recente do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, o país não tem conseguido até mesmo repor equipamentos e armas às Forças Armadas locais no ritmo necessário. Esse apagão abre oportunidades comerciais para a Embraer na África. Ressalte-se que os já citados Moçambique e Angola, contam com um expressivo número de aeronaves russas em suas respectivas Força Aérea.  A oportunidade faz a hora para o governo brasileiro e a Embraer. 

#Embraer #Força Aérea #Otan #Rússia

Conquista de Kiev é o cenário mais provável

11/03/2022
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Kiev vai cair. O Centro de Doutrina do Comando de Operações Terrestres (Coter) do Exército Brasileiro trata a tomada da capital da Ucrânia pelos russos como o cenário mais provável, de acordo com documento reservado ao qual o RR teve acesso. Inicialmente, o Coter trabalhava com a estimativa de que a conquista se daria nesta semana, mais precisamente entre os dias 5 e 10, o que não se concretizou.

No entanto, a previsão de que os russos assumirão  o controle na cidade permanece. De acordo com o Coter, as tropas da Rússia “terão que usar meios militares cada vez mais violentos” para romper a resistência ucraniana. O relatório cita que “há sinais de que artilharia russa já está empregando bombas de fragmentação”. As discussões travadas no Coter miram para o day after, contemplando, inclusive, uma hipótese mais radical em relação ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky: “O ponto mais crítico será o destino do presidente Zelensky, uma vez que o objetivo final russo é ocupar a capital e depor o governo ucraniano.

A grande incerteza nesse caso é a reação que será tomada pelos países da OTAN na fase seguinte, principalmente se o presidente não sobreviver.” Um dos fatores que apontam para a conquista de Kiev, segundo o Coter, é o “êxito no ressuprimento” das tropas russas que avançam sobre a cidade. O Centro de Doutrina do Comando de Operações Terrestres ressalta também a manobra de isolamento de Donbass, por “meio do fluxo logístico proveniente do sul e do leste da Ucrânia.”. Na avaliação do departamento do Exército, a possibilidade de uma trégua entre os dois países é remota e as tensões deverão se acentuar nos próximos dias: “A obtenção de solução negociada a curto prazo ainda se mostra pouco provável, tendo em vista os interesses bastante divergentes e a tendência de escalada da crise que ainda se verifica”.

#Coter #Exército Brasileiro #Kiev #Otan #Volodymyr Zelensky

Olhos de lince

3/03/2022
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Os militares enxergam longe. Vide o concurso de admissão da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército de 2017. A primeira questão da prova de geografia abordou o “antagonismo entre a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a Federação Russa nos campos político e militar”, destacando “o papel do Conselho de Segurança da ONU e a presença militar russa no cenário mundial”.

#Exército #ONU #Otan

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