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Saúde

Butantan e Fiocruz negociam vacinas para Organização de Saúde

20/06/2023
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A primeira visita oficial ao Brasil de Jarbas Barbosa, que assumiu o comando da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) há nove meses, deverá render dividendos comerciais ao país. O epidemiologista brasileiro vem disposto a negociar a compra de soro antiofídico e vacinas produzidas pelo Instituto Butantã, incluindo os imunizantes contra Covid e influenza. Haverá conversas também com a Fiocruz, notadamente para a aquisição de vacinas contra a febre amarela. A agenda de Barbosa deverá incluir também um encontro com a ministra da Saúde, Nisia Trindade, ex-presidente da própria Fiocruz e referência no combate à pandemia no Brasil. 

O volume das encomendas aos dois grandes centros de pesquisa e produção biomédica do país ainda não está definido, mas o negócio é dos grandes. A OPAS pretende aumentar seus estoques de apoio a todos os países da região, notadamente da América Latina e Caribe. As notórias dificuldades econômicas e a dependência de importações tornam a maior parte dessas nações mais vulneráveis. Segundo estudo da própria OAS, esses países, na média, compram no mercado internacional dez vezes mais em vacinas e medicamentos do que a sua capacidade de produção.  

#Fiocruz #Instituto Butantã #Jarbas Barbosa #Nísia Trindade #Organização Pan-Americana de Saúde

Destaque

Governo dá a partida em novo complexo de biotecnologia da Fiocruz

1/06/2023
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O governo vai tirar do papel um importante projeto na área de saúde: a construção do novo centro de biotecnologia da Fiocruz, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O quebra-cabeças do funding do empreendimento, orçado em R$ 3,4 bilhões, começará a ser montado hoje. Segundo o RR apurou, a Cofiex (Comissão de Financiamentos Externos), órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, deverá aprovar a captação de um empréstimo de US$ 130 milhões junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para viabilizar o início das obras. De acordo com a mesma fonte, o restante dos recursos, algo em torno de R$ 2,7 bilhões, vai sair majoritariamente do BNDES. O novo complexo industrial aumentará em quatro vezes a capacidade de produção de vacinas e biofármacos da Fiocruz, com o objetivo de atender prioritariamente o SUS, por meio do Programa Nacional de Imunizações e do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica. O futuro centro de biotecnologia permitirá a fabricação de imunizantes hoje ainda não desenvolvidos pela Fundação Oswaldo Cruz. É o caso das vacinas dupla viral – contra sarampo e rubéola – e a meningocócica C, contra meningite e meningococcemia.  

O projeto leva, duplamente, a assinatura da ministra da Saúde, Nísia Trindade. O novo centro de biotecnologia da Fiocruz foi concebido durante a sua exitosa passagem pela presidência da entidade e, agora, começa a ser executado sob a sua gestão à frente da Pasta. Casa-se também à promessa do governo Lula e, mais especificamente, do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, de investimentos no complexo industrial da saúde.   

O terreno que receberá o novo complexo de biotecnologia da Fiocruz, de aproximadamente 580 mil m2, foi doado pelo governo do Estado do Rio. O Centro de Processamento Final, a principal instalação, ocupará quase 60% da área total. O local já recebeu investimentos do Ministério da Saúde para terraplenagem e estaqueamento dos futuros prédios. A Pasta já iniciou também o processo de compra de alguns dos equipamentos.   

#BNDES #Cofiex #Fiocruz #Nísia Trindade

Destaque

BNDES quer usar Biomm para reduzir déficit de insulina no Brasil

21/03/2023
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O RR tem informações de que o BNDES planeja aumentar sua participação na fabricante de medicamentos Biomm. Com 8,6% do capital, a agência de fomento é hoje o terceiro maior acionista da companhia – atrás da TMG Capital (12,8%) e do Lab Fundo de Investimentos (9,45%). Trata-se de um movimento feito com os dois olhos na saúde pública. A principal motivação do BNDES para o aporte na Biomm é acelerar a produção de insulina na fábrica da empresa em Nova Lima (MG), com o objetivo de reduzir a extrema dependência do Brasil em relação às importações. Atualmente, o país compra no exterior 100% da insulina glargina que consome. Esta é a última geração do medicamento. Hoje, a empresa atua basicamente na comercialização do insumo, a partir de parcerias com laboratórios internacionais. A Biomm distribui aproximadamente 10% da insulina glargina utilizada no país. Esse mercado é um duopólio concentrado nas mãos da Sanofi (64% de share) e da Lilly (26%). Procurado pelo RR, o BNDES não quis se pronunciar. 

Para além da insulina, o entendimento no BNDES é que a Biomm pode vir a ser um dos maiores produtores de medicamentos biotecnológicos e também de vacinas da América Latina. Neste último caso, a atuação da empresa poderia ser potencializada a partir de uma parceria com a Fiocruz, referência na fabricação de imunizantes no país. Ressalte-se que a atual ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi presidente da instituição. O aporte de capital do BNDES permitiria à Biomm avançar em outros projetos, como o desenvolvimento de remédios para tratamento de câncer e a fabricação própria de imunizantes, a começar pela Covid-19. Neste último caso, a empresa tem feito movimentos para entrar nesse setor, mas ainda por meio de parcerias. Recentemente, solicitou à Anvisa o registro definitivo da Convidencia, vacina contra o coronavírus produzida pela chinesa CanSino, mas o pedido foi negado pela agência.  

Curiosamente, o BNDES olha para o futuro fazendo uma volta ao passado. O banco foi um dos primeiros financiadores da criação da Biomm, nascida a partir de uma costela da Biobrás, vendida em 2002 para a dinamarquesa Novo Nordisk. Nos primórdios, a agência de fomento chegou a ter 15% do capital, um negócio à época pautado por suspeições. Um dos idealizadores da Biomm é o empresário Walfrido dos Mares Guia, ainda hoje acionista da empresa, com 5,9%. Mares Guia foi ministro do Turismo no primeiro mandato de Lula. 

#Biomm #BNDES #Fiocruz

Privatização universal

14/07/2022
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Paulo Guedes nutre um desejo para o segundo mandato de Bolsonaro: privatizar tudo, sem dó nem piedade. No pacotaço de desestatização entrariam inclusive a Embrapa e a Fiocruz. As duas instituições abririam capital e teriam parte das suas ações vendidas ao setor privado em um modelo public company, mantendo o Estado como o maior acionista individual. O Ministério da Economia informa que não recebeu demanda nesse sentido.

#Embrapa #Fiocruz #Ministério da Economia #Paulo Guedes

Ministra de Lula?

16/02/2022
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O nome da infectologista Margareth Dalcomo, da Fiocruz, tem sido citado nas hostes petistas como potencial candidata ao Ministério da Saúde do governo Lula. Trata-se de uma das vozes mais críticas à gestão da pandemia pelo governo Bolsonaro.

#Fiocruz #Lula #Ministério da Saúde

Coisas da gestão Queiroga

26/01/2022
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A entrada da Fiocruz na prestigiosa Aliança de Organizações Científicas Internacionais, aprovada na semana passada, deve ser creditada ao esforço da direção da própria entidade. Nos corredores da Fundação, o que se diz é que o Ministério da Saúde não moveu uma palha para influenciar na adesão da instituição brasileira.

#Fiocruz #Ministério da Saúde

Sinal de alerta no Amazonas

23/08/2021
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Uma equipe de epidemiologistas da Fiocruz vai desembarcar no Amazonas nesta semana. Os cientistas pretendem investigar as condições de propagação da variante Delta do coronavírus no estado, além da disseminação de três novas sub-linhagens da cepa Gamma. Há indícios, inclusive, de que esses sub-tipos do estariam circulando por estados vizinhos. Há uma preocupação redobrada da Fiocruz por conta dos indicadores de vacinação na região. Na média, os estados do Norte apresentam os mais baixos índices de pessoas imunizadas com a segunda dose.

#Covid-19 #Fiocruz

Pressão na seringa

11/01/2021
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O RR apurou que o senador Randolfe Rodrigues, integrante da comissão mista do Congresso de enfrentamento à pandemia, deverá se reunir hoje com a direção da Fiocruz. O Legislativo deverá pressionar a Anvisa a acelerar a autorização para a produção da vacina de Oxford.

#Fiocruz

Antro

4/01/2021
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O presidente Jair Bolsonaro tem dito que, encerrada a vacinação contra Covid-19, pretende privatizar a Fiocruz. Bolsonaro enxerga a fundação como um “antro da esquerda”.

#Fiocruz #Jair Bolsonaro

Bolsonaro joga com o “quanto pior, melhor”

22/12/2020
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Pode parecer tétrico. E certamente é mórbido. Mas o RR apurou que a nova cepa do coronavírus, responsável pela atual temporada de horror no Reino Unido, foi recebida por Jair Bolsonaro com um “eu não tinha dito?”. Por enquanto, o presidente ainda está em modo comedido. Mesmo “ele” deve considerar um cabotinismo sair faturando com a desgraça alheia em meio às festas natalinas, para as quais o povo está indo às ruas, sem máscara e álcool gel. Aliás, orientação do mandatário mor. Mas o negacionismo como forma de política virá turbinado logo à frente. A nova cepa permite a franquia do “eu já tinha avisado”. O Ministério da Saúde, a comunidade científica, João Dória, – e agora Eduardo Paes -, a Fiocruz, laboratórios, etc serão responsabilizados pelo estímulo a vacinas que podem produzir efeitos secundários e estão sendo recomendadas sem que se conheça efetivamente os vírus. Bolsonaro joga a política do quanto pior, melhor. Nada mais nocivo, do ponto de vista sanitário e moral, em todos os anos desta República.

#coronavírus #Fiocruz #Jair Bolsonaro #Ministério da Saúde

Falta uma vacina contra a anticiência de Bolsonaro

11/11/2020
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A rádio-corredor da Fiocruz informa: cientistas da Fundação e do Instituto Butantan estariam discutindo a viabilidade de uma carta aberta conjunta contra a permanente tentativa de intervenção em trabalhos científicos, notadamente em relação à vacina contra o coronavírus. A ideologização em torno dos testes seria o ponto central do manifesto. Todo cuidado é pouco, sobretudo do lado da Fundação Oswaldo Cruz.

Como se sabe, Bolsonaro é uma espécie de exterminador do futuro, e a instituição está diretamente subordinada ao governo federal. Neste caso, a decisão sobre a carta aberta é ainda mais complexa porque ela seria divulgada em um momento de disputa pela presidência da Fiocruz, uma mesa na qual Bolsonaro tem carta para jogar. No caso da Fundação, uma eventual tentativa de intervenção do presidente criaria um ambiente de incômodo coletivo: a atual presidente da entidade, Nisia Trindade, é uma espécie de consenso na Fiocruz. Ainda há dúvidas se o manifesto ficaria circunscrito a cientistas da Fiocruz e do Butantan ou seria aberto a profissionais de outras instituições.

O fato é que a ideia do protesto ganha cada vez mais tonicidade a cada declaração do próprio presidente Bolsonaro contra a ciência. Ontem, em referência à suspensão dos testes com a vacina chinesa no Instituto Butantan, ele postou no seu perfil no Facebook: “Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”. Os estudos foram suspensos após a morte de um voluntário que recebeu doses da vacina – posteriormente, soube-se que por suicídio. Mas, para Bolsonaro, pouco importa. Horas depois, o “Capitão Morte” voltou a atacar ao falar da Covid-19 dizendo que “o Brasil precisa deixar de ser um país de maricas”.

#Fiocruz #Instituto Butantan #Jair Bolsonaro

A conta cai no colo da Fiocruz

14/04/2020
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Um comunicado divulgado pelo Ministério da Saúde na última quarta-feira causou enorme mal-estar na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A Pasta relatou ter comprado, entre janeiro e fevereiro, um milhão de kits para testes do coronavírus junto à Fiocruz, mas, segundo a nota, “apenas” 55 mil foram entregues. O Ministério ressaltou ainda ter feito uma nova encomenda de dois milhões de unidades, “das quais só chegaram 50 mil”. No meio da crise Bolsonaro vs. Mandetta, o comunicado passou quase despercebido a todos, mas não à direção da Fiocruz. Aos olhos da cúpula da entidade, a equipe do ministro Mandetta tentou empurrar para a Fundação, subordinada à própria Pasta, a responsabilidade por atrasos na realização de testes da Covid-19 no Brasil.

#Fiocruz

Arqueologia do desperdício

31/10/2019
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Uma obra corriqueira nas instalações da Fiocruz revelou um caso antigo de desperdício de dinheiro público. Durante o quebra-quebra, os operários encontraram centenas de amostras de vacinas contra varíola enterradas em um piso da Fundação. A suspeita é que os frascos sejam dos anos 70, quando a Fiocruz fabricou o produto. Um dado curioso: como a doença foi erradicada do mundo, praticamente mais nenhum país produz a vacina. Apenas duas nações mantêm estoques estratégicos, Estados Unidos e Rússia, por temor de uma guerra biológica.

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