A Comissão de Ética da Presidência da República vai analisar nas próximas duas sessões uma questão controversa, que impacta todas as estatais, autarquias, agências reguladoras e demais esferas da máquina pública. Caberá ao colegiado decidir se um funcionário de carreira de um determinado órgão alçado a cargo de diretoria tem de cumprir quarentena ao encerrar seus mandatos e voltar a sua função original. Dentro da Comissão, há quem entenda que, mesmo continuando na mesma instituição, o servidor precisa cumprir seu período no “purgatório”. Seria o tempo necessário para que informações estratégicas e confidenciais obtidas durante sua passagem por cargo de comando caducassem. Hoje, essa questão é uma barafunda: cada órgão do governo federal adota critérios distintos.