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A boliviana Empresa Nacional de Eletricidade (ENE) cruzou a fronteira, disposta a tomar mercado de grandes grupos de geração. A estatal tem feito uma agressiva investida comercial para fornecer energia a companhias do Centro-Oeste, notadamente do setor de mineração. Estaria em negociações, por exemplo, com a 4B Mining Participações e a 3A Mining, que se estabeleceram em Ladário e Corumbá, no Mato Grosso, para explorar ferro e manganês. Também na mira a J&F Investimentos, que comprou operações de minério de ferro e manganês da Vale em Corumbá.
A ENE enxergou uma oportunidade no Centro-Oeste a partir do investimento que está fazendo para a construção de uma linha de transmissão até Puerto Suárez, na divisa com o Brasil. O empreendimento foi concebido originalmente para atender o megaprojeto boliviano de extração de minério de ferro na reserva de Mutún. Corumbá fica a apenas 60 km e o custo da distribuição de energia até a região será proporcionalmente pequeno. Ressalte-se ainda que ´hoje a Bolívia consome apenas metade dos 3.600 MW que gera internamente.
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