A Embrapa é vista no governo Lula como uma peça razoavelmente importante para o Brasil recuperar sua influência geopolítica na África. A empresa se engajou ao Biotechnologies for Sustainable Dairy Production in Africa, iniciativa da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). O RR apurou que a Embrapa se uniu à Agência Nacional para o Desenvolvimento da Biotecnologia Agrária da Nigéria para multiplicar a produção de leite no país. Hoje, o volume médio diário é de apenas dos litros por vaca. O melhoramento genético dos rebanhos, com o uso de tecnologias desenvolvidas pela estatal brasileira, permitirá o aumento da produção média para até 15 litros por animal. Os detalhes do projeto serão divulgados hoje pela Embrapa.

O objetivo do projeto é melhorar a viabilidade econômica e a sustentabilidade da produção leiteira de pequena escala na África Subsaariana. Mas não só. Em um segundo momento, a Embrapa vai dar apoio também à transferência de tecnologia em pastagens, alimentação e manejo na Nigéria. Além disso, já há articulações para a empresa atuar em outros países africanos. Um dos maiores bem-sucedidos centros de pesquisa do país, a Embrapa está dando sua cota de contribuição para o Brasil resgatar seu soft power junto às nações africanas.