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Fundos acionistas da Jalles Machado estão debulhando, com alguma dose de preocupação, o balanço da empresa no terceiro trimestre da safra 2024/25, divulgado na semana passada. As demonstrações financeiras trouxeram uma marcação a mercado de hedge e derivativos cambiais e de contratos de açúcar com impacto negativo de R$ 325 milhões. O efeito contábil levou o grupo sucroalcooleiro a registrar um prejuízo de R$ 73 milhões no período, contra um lucro de R$ 75 milhões no mesmo intervalo na safra anterior. A Jalles Machado sempre se notabilizou por uma gestão financeira conservadora e por uma eficaz administração do seu risco cambial – basta dizer que sua dívida em dólar não chega a 3% do passivo total. Mesmo assim, o anúncio do ajuste contábil ainda não foi bem digerido pelos investidores institucionais. A simples menção de perdas com derivativos cambiais causa calafrios em muitos gestores de fundos. Esse instrumento financeiro de hedge já fez estragos no passado, vide Aracruz e Sadia.
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