McDonald's ganha calorias na concorrência com o Burger King

  • 18/05/2011
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O empresário Woods Staton, dono dos 1.755 restaurantes do McDonald?s em 19 países da América Latina, está prestes a tirar do forno um dos maiores planos de expansão já feitos pela rede de fast food no Brasil. A meta é abrir 150 lojas nos próximos dois anos, boa parte em São Paulo. O Nordeste, com suas crescentes taxas de consumo, também terá uma suculenta fatia do projeto. Com isso, a companhia chegará a  marca de 750 restaurantes no país. No total, o McDonald?s vai investir quase R$ 300 milhões. Todos as lojas pertencerão diretamente a  Arcos Dorados, holding que controla o McDonald?s no mercado latino-americano. Será uma forma de evitar os atritos com os franqueados que marcaram a história recente da empresa no país. Para financiar o projeto, Staton planeja criar uma subsidiária, a Arcos Dorados Brasil, que teria seu capital aberto na BM&F Bovespa ? ver RR ? Negócios & Finanças nº 4.110. Recentemente, a Arcos Dorados fez seu IPO na Bolsa de Nova York, quando captou cerca de US$ 1,25 bilhão. Por meio de uma operação cruzada, que envolveria uma troca de ações entre a matriz e a subsidiária brasileira, a emissão de ações na Bovespa serviria ainda como uma janela para a redução ou venda total da participação do Gávea Investimentos na Arcos Dorados. A gestora de private equity, hoje controlada pelo JP Morgan, detém 12,4% da holding. A expansão do McDonald?s deve ser lida como uma resposta de Staton ao trio Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcelo Telles. Trata-se de uma reação aos planos de crescimento do Burger King no país. A 3G, que reúne os investimentos de Lemann, Sicupira e Telles, pretende chegar a  marca de 600 restaurantes em 16 estados do Brasil nos próximos cinco anos, encurtando consideravelmente a distância que separa o Burger King do McDonald?s. As principais fichas vão ficar para São Paulo, para onde está prevista a abertura de 350 restaurantes. Recentemente, a 3G ganhou um aliado importante para impulsionar as operações do Burger King. A gestora de private equity BR Partners comprou do empresário Luiz Eduardo Batalha o controle da BGK, máster franqueada da rede de fast food no país. Batalha era visto por Lemann, Telles e Sicupira como um estorvo ao crescimento do Burger King no Brasil.

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