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Petrobras enche o tanque da Refap com fundos de pensão

  • 22/12/2010
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Promete ser efêmero o absolutismo societário da Petrobras na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap). Após fechar a compra da participação da Repsol YPF, a estatal já prepara o segundo movimento. A ideia é revender parte do capital para investidores institucionais. Um dos candidatos é o fundo InfraBrasil, que reúne fundos de investimento, fundações de previdência privada e o próprio BNDES. Há também uma negociação paralela que poderá resultar na entrada isolada de um grupo de fundos de pensão capitaneado pela Petros. Este pool compraria até 49% do capital da Refap. Fundos europeus e asiáticos também estariam no páreo, mas a prioridade da Petrobras é fechar negócio com os fundos de pensão. A negociação com a Petros faz parte de uma operação maior. Seria o ponto de partida para a fundação criar uma nova carteira de investimentos voltada a  compra de participações em outras refinarias da Petrobras. A estatal colocou na mesa para futuras conversas a venda de metade do capital da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro. A Reduc conseguiu recentemente acertar o fornecimento de gás oriundo do aterro sanitário de Gramacho, localizado ao lado da refinaria, o que reduzirá em mais de 30% o custo de energia para funcionamento da planta industrial. A Petrobras comprou a participação da Repsol YPF a contragosto. A estatal resistiu até o último momento a  saída do grupo espanhol. Chegou até a propor a ampliação da participação da Repsol de 30% para 49%. Houve negociação durante aproximadamente seis meses para que os espanhóis aumentassem sua fatia 30% para 49%. Nada feito! Após vender sua rede de postos no país, não faz mais sentido para a Repsol manter um pé em refino. a“ discurso do diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, de que a estatal fez um bom negócio e ganhou “sinergias diferentes” vale apenas da porta para fora. Entre a diretoria da empresa, a necessidade de compra forçada das ações da Repsol é tratada como um estorvo. O plano de investimentos da Refap já contemplava a partilha dos aportes com os espanhóis. Caso permaneça com os 100% da refinaria, a Petrobras terá de refazer seu próprio Plano Estratégico para o período 2010-2015, notadamente no que diz respeito aos investimentos em refino.

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