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Amanco gasta os tubos para encostar na Tigre

  • 26/02/2010
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Que ano do tigre, que nada! No que depender do apetite e do caixa do Grupo Mexichem, 2010 será o ano da Amanco no mercado brasileiro de tubos e conexões de PVC. Os mexicanos preparam uma nova e generosa fornada de investimentos no país com o objetivo de encostar de vez na Tigre, líder histórica do setor. Os aportes no país deverão passar dos US$ 250 milhões. No QG da empresa, em São Paulo, o clima é de guerra. Uma equipe foi destacada única e exclusivamente com a missão de prospectar possibilidades de aquisição no Brasil. Na empreitada, conta com a escolta do JP Morgan, tradicional parceiro da Mexichem ? o banco norte-americano assessorou o grupo na compra da própria Amanco. No momento, há quatro empresas na mira da companhia. Duas delas seriam as paranaenses Obex e Plastilit. Esta última é a principal fabricante de tubos e conexões do estado e uma das cinco maiores do Brasil. O grande ativo da Plastilit é a sua rede de distribuição, composta por mais de 20 mil pontos de venda, a maior parte voltada a s classes B e C. A direção da Amanco no Brasil já percebeu que os novos investimentos da Mexichem virão acompanhados de uma intensa cobrança por resultados e aumento das vendas. A ordem dos mexicanos é que a empresa feche o ano com market share na casa dos 40%. Hoje, detém cerca de 33% das vendas de tubos e conexões de PVC no país, contra aproximadamente 49% da Tigre. A curva de participação das duas companhias aponta que o encontro entre ambas é praticamente inevitável a se manter o atual ritmo de investimentos de cada uma delas. Não custa lembrar que há cerca de uma década a Tigre chegou a ter mais de 70% do mercado. Além das aquisições, a Amanco vai destinar cerca de US$ 100 milhões ao greenfield. É praticamente o dobro do que a companhia investiu em 2009. Vai ainda ampliar a capacidade das fábricas de Joinville (SC) e do Sumaré (SP). Em média, a produção crescerá 20%.

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