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Destaque
Quem tem mais cartas na mão (ou na manga) para ficar com a Avibras?
21/11/2024O processo de venda da Avibras tornou-se uma mesa de pôquer, com poucas…
Ciência
Programa Espacial Brasileiro insiste em não sair do chão
19/07/2024O Programa Espacial Brasileiro, a cargo do Ministério da Ciência e Tecnologia, está mais para “Programa Terrestre Brasileiro”. O projeto de desenvolvimento do VLM-1 – o novo Veículo Lançador de Microssatélites – vai sofrer mais um atraso. O teste em laboratório do motor S50, previsto para o mês de julho ou agosto, só deve ocorrer em 2025, segundo informações colhidas pelo RR. Com o adiamento, são reduzidas as chances do VLM-1 realizar sua primeira missão no primeiro trimestre de 2027, como estava programado.
Questionado, o Ministério confirmou a informação. Segundo a pasta, “estava previsto para junho de 2022 a realização do segundo Tiro em Banco do Motor S50, finalizando o processo de testes em solo. Este marco permitiria que o motor subsequente fosse testado em voo pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).Contudo, a AVIBRAS, empresa contratada para fornecer os Motores S50 ao IAE, declarou recuperação judicial em março de 2022. Este fato impactou significativamente o cronograma do projeto, resultando em um atraso estimado em 36 meses na entrega dos motores contratados. Assim que a AVIBRAS retomar suas atividades fabris, será necessário um mês para a entrega do motor ao IAE. A partir daí, o IAE levará 80 dias úteis (aproximadamente 4 meses) para realizar a gamagrafia, instrumentação, integração e testes até o segundo Tiro em Banco. Em virtude da atual situação da empresa e das indefinições quanto ao término da greve geral, é prudente considerar que este segundo teste está previsto para ocorrer em 2025.”
Mercado
Alemã Rheinmetall negocia compra da Avibras
17/03/2023A empresa de armamentos alemã Rheinmetall está na pole position para a aquisição da Avibras. Segundo o RR apurou, o negócio pode ser fechado a qualquer momento. Será a primeira incursão dos alemães na área de defesa no Brasil. O grupo já atua no país por meio do seu braço para a indústria automobilística, a MS Motorservice. De acordo com as informações apuradas pelo RR, outras empresas internacionais da área de defesa chegaram a olhar a Avibrás. Controlada pelos herdeiros de João Verdi de Carvalho Leite, a companhia vive uma severa crise financeira. Em recuperação judicial – a segunda no intervalo de 15 anos -, a empresa tem uma dívida superior a R$ 500 milhões. No ano passado, demitiu mais de 400 funcionários. Consultada pelo RR, a Avibras confirmou que seus “acionistas estão em busca de parceiros estratégicos que possam capitalizar a empresa.” A companhia informou também que há vários interessados, mas nenhuma transação ocorreu até o momento”
Estima-se que atualmente mais de 80% da receita da companhia venham das exportações. Ainda assim, historicamente a Avibrás é quase um braço das Forças Armadas. A tal ponto que o governo Bolsonaro chegou a discutir até mesmo a possível incorporação da companhia pela Aeronáutica ou uma fusão com a Imbel, fabricante de armamentos do Exército brasileiro – conforme o RR noticiou. Em seu contato com o RR, a própria Avibras fez questão de dizer que “O governo brasileiro acompanha de perto a evolução dos acontecimentos.”, em referência às negociações para a venda do controle.
A Rheinmetall tem o calibre necessário para conduzir a reestruturação de que a Avibras precisa. Trata-se de um conglomerado com fábricas em 33 países, a maior parte na Europa. Nos últimos meses, o grupo vive um momento de prosperidade: as encomendas de equipamentos bélicos dispararam na esteira da Guerra entre Rússia e Ucrânia. Desde o início do conflito, em fevereiro do ano passado, suas ações subiram mais de 150%. Entre outros armamentos, a Rheinmetall fabrica os tanques Leopard que países europeus aliados do presidente Volodymyr Zelensky têm enviado para a Ucrânia. A própria empresa alemã já anunciou planos de instalar uma fábrica em território ucraniano para produzir até 400 tanques de batalha modelo Panther por ano.
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Crise da Avibras deixa militares em estado de alerta
5/05/2022Uma fonte da cúpula militar informou que a crise financeira da Avibras está sendo discutida nas esferas mais altas das Forças Armadas. Entre o oficialato, cresce o entendimento de que muito provavelmente o governo terá de atuar na busca de soluções para a empresa controlada pelos herdeiros do empresário João Verdi de Carvalho Leite. De acordo com a mesma fonte, há pelo menos três cenários sobre a mesa. Uma das hipóteses seria pendurar a Avibras na Embraer Defesa, movimento este que teria de contar com algum apoio financeiro do Estado.
Outra ideia seria empurrar a companhia para dentro da Aeronáutica. A terceira possibilidade aventada é uma fusão da Avibras com a Imbel (Indústria de Material Bélico do Brasil), transformando a empresa em uma subsidiária do Exército. Ou seja: as duas últimas propostas passam pela estatização da Avibras, com a sua incorporação pelas próprias Forças Armadas. Ainda que sob o guarda-chuva do Estado, uma possível fusão com a Imbel não seria nada muito diferente do que acontece na indústria de Defesa, em que há um processo de consolidação – vide a associação entre Taurus e CBC.
Procurados pelo RR, o Exército e a Aeronáutica não se pronunciaram. Avibras e Embraer também não se manifestaram. A atenção dos militares à questão é proporcional à importância dos projetos tocados pela Avibras para as Forças Armadas. Há uma preocupação de que a situação delicada da empresa afete o ritmo de entregas de encomendas para a corporação. Entre outros, a Avibras é responsável por um dos principais programas de modernização da área de Defesa, o Astros 2020, novo sistema de artilharia e mísseis do Exército Brasileiro. Dividido em várias etapas, o projeto prevê entregas até o ano que vem. Entre os militares existe também o receio de que a crise da Avibras possa provocar um efeito-cascata sobre outros players da indústria brasileira de Defesa, dado o ecossistema de fornecedores que orbitam ao seu redor.
A relevância da Avibras para o setor passa ainda pelo capital humano. A empresa tem um importante papel na formação de quadros técnicos para a área de Defesa. Outro fator que aumenta a preocupação das Forças Armadas em relação à Avibras é a recorrência com que a empresa enfrenta turbulências financeiras. Nos últimos 30 anos, a companhia atravessou praticamente uma grande crise por década. No início dos anos 90, chegou a pedir concordata. Em 2008, entrou em recuperação judicial, que durou dois anos. Em março deste ano, com uma dívida da ordem de R$ 570 milhões, protocolou novo pedido de recuperação judicial. Além disso, suspendeu o contrato de trabalho de 570 funcionários.
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Avibras busca munição no BNDES
17/04/2017Ao menos um setor da economia não tem mais motivos para atirar contra o BNDES e sua contida política de crédito. Que o diga a Avibras, que saiu na frente e já mantém gestões com o banco para ter acesso à linha de crédito recém criada pela instituição com o objetivo de financiar exportações da indústria de defesa. A companhia tem novos pedidos engatilhados para o fornecimento dos lançadores de foguetes Astro II e Astros 20, notadamente para países da Europa e do Oriente Médio.
O valor potencial dos contratos gira em torno dos US$ 200 milhões – cada equipamento custa, em média, de US$ 8 milhões a US$ 10 milhões. O BNDES é peça-chave da estratégia do governo para aumentar a inserção da indústria bélica brasileira no mercado global, que inclui um esforço integrado das representações diplomáticas. A Avibras é muito bem cotada no exterior, sobretudo na produção de munição de fragmentação, que tem alto poder destrutivo.
O Brasil não assinou a Convenção sobre Munições Cluster (CMM), de 2008 – mais de cem países baniram a fabricação deste tipo de projétil. Não por acaso, a Avibras está sempre na linha de tiro de organizações antiarmamentistas. Recentemente a Anistia Internacional anunciou ter encontrado munição de fragmentação da empresa brasileira em ataques do Exército da Arábia Saudita contra o Iêmen.
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Ponto final
17/04/2017As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Rumo, Avianca, Avibras, BNDES e Usiminas.
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O pouso forçado da Rosoboronexport
24/03/2016A asfixia do governo Dilma Rousseff praticamente decretou o “impeachment” da russa Rosoboronexport no Brasil. Um a um, os principais projetos da fabricante de equipamentos bélicos para o país estão caindo por terra, levando junto investimentos potenciais da ordem de US$ 2 bilhões. Tudo na Rosoboronexport é anticlímax. A abertura de um escritório de representação em São Paulo foi suspensa. A empresa reduziu a equipe que trabalha baseada na Embaixada da Rússia em Brasília – pelo menos dois executivos já voltaram para Moscou. A companhia suspendeu as tratativas com o governo do Rio Grande do Sul para a construção de uma fábrica de blindados no estado. Interrompeu também as negociações com o Exército para a venda de sistemas de defesa aérea Pantsir-1. Simultaneamente, engavetou os planos de parceria com Empresas Estratégicas de Defesa (EED) brasileiras. Neste caso, o revés vai também para a conta da Avibrás. A Rosoboronexport chegou a abrir tratativas com a empresa paulista para acordos de transferência de tecnologia ou mesmo a criação de uma joint venture, mas as conversas ficaram pelo caminho. O revés está diretamente ligado à crise econômica e política no Brasil: de um lado, os severos cortes no orçamento das Forças Armadas; do outro, a paralisia nas negociações dos tratados bilaterais entre o Brasil e a Rússia – nenhum dos acordos para a área de defesa discutidos entre Dilma e Vladimir Putin em julho do ano passado saiu do papel. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Rosoboronexport e Ministério da Defesa.
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Diplomacia
17/03/2015A direção da Avibras está extremamente preocupada com o estremecimento das relações entre o Brasil e a Indonésia. A empresa teme pelo contrato de R$ 1 bilhão com o país asiático para a venda de lançamísseis. Consultada, a Avibras informou que “as relações comerciais com a Indonésia estão dentro da normalidade”.
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Avibras ainda sofre com falhas na defesa
21/08/2014A Avibras estaria enfrentando novas turbulências financeiras. Líderes sindicais na região de São José dos Campos, sede da empresa, reclamaram ao RR que a fabricante de equipamentos bélicos estaria atrasando salários. O problema seria decorrência de um efeito-dominó cuja última peça desaba justamente no chão de fábrica. Segundo o RR apurou, desde o início do ano o governo, maior cliente da Avibras, tem atrasado o pagamento referente a encomendas feitas pelas Forças Armadas. Consultado pelo RR, o presidente da companhia, Sami Hassuani, confirmou que houve algumas pendências em contratos firmados com a área de defesa, notadamente nos meses de março e abril. Mas garantiu que todos os pagamentos estão regularizados. Hassuani negou qualquer atraso nos salários dos funcionários. Símbolo da indústria bélica nacional, a Avibras passou por sérios percalços financeiros nos últimos anos. Em 2008, ano em que o então acionista controlador João Verdi faleceu, a empresa chegou a pedir recuperação judicial, da qual saiu dois anos depois. Nesse período, conseguiu renegociar uma dívida de R$ 500 milhões e retomou plenamente suas atividades. De qualquer forma, o passado recente ainda não saiu da lembrança dos funcionários. Qualquer suspiro na Avibras costuma causar taquicardia entre os trabalhadores.
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Avibras é uma fênix voando na direção da Rosoboronexport
1/11/2013Quantas vidas tem a Avibras? Depois de atravessar uma gravíssima crise financeira, que praticamente paralisou sua produção, passar por uma complexa recuperação judicial e, no meio do caminho, ainda perder seu acionista fundador, João Verdi, morto em 2008, a fênix da indústria bélica parece estar renascendo. Mais uma vez. Poucos meses após fechar a compra de 9% da Harpia, fabricante de equipamentos e sistemas controlada pela Embraer e pela israelense Elbit, a companhia está envolvida em um negócio de proporções ainda maiores. Costura uma parceria com a Rosoboronexport, um dos grandes players internacionais da área de defesa. Um grupo de executivos da estatal russa deverá vir ao Brasil até dezembro para acertar os últimos detalhes do acordo. O contrato prevê a transferência de tecnologia para a Avibras e a montagem, no Brasil, de equipamentos desenvolvidos pela Rosoboronexport, notadamente mísseis portáteis, foguetes guiados e simuladores. A parceria combina os interesses de ocupação geoeconômica de parte a parte. A Avibras terá o acesso facilitado ao mercado internacional, a começar pelo Leste Europeu. Já a Rosoboronexport pretende montar uma cabeça de ponte na América Latina e, a partir do Brasil, prospectar negócios na região. Os russos também vislumbram no acordo uma oportunidade ímpar de se aproximar das Forças Armadas brasileiras e conquistar futuros contratos. Historicamente, a Avibras mantém um relacionamento estreito com a área militar e o governo como um todo. Ressaltese que o Banco do Brasil foi personagem central no soerguimento da companhia. Há cerca de três anos, a Avibras conseguiu uma garantia do BB que lhe possibilitou fechar um contrato de exportação de US$ 250 milhões, fundamental para o encerramento da recuperação judicial. Na esteira do acordo com a Rosoboronexport, a Avibras espera triplicar seu faturamento até 2017 – em 2013, a receita deve bater nos R$ 300 milhões. Em tempo: iminente acordo com um grande grupo internacional, dívidas renegociadas, faturamento em alta: quer dizer, então, que a Avibras navega em céu de brigadeiro, certo? Errado. No momento, a companhia está a s voltas com uma disputa societária. Um grupo de minoritários contesta uma conversão de dívidas em ações feita em abril do ano passado, que permitiu ao acionista controlador, João Brasil Carvalho Leite, aumentar sua participação para 94%.
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Blindagem
15/08/2013A Avibrás estaria em conversações com a estatal Russian Technologies para uma parceria voltada a produção de mísseis portáteis. O projeto, no entanto, já enfrentaria resistências no Alto-Comando das Forças Armadas, que teme a transferência de tecnologias específicas. A Avibrás é uma importante fornecedora de equipamentos e serviços para o Exército brasileiro.
Acervo RR
Avibras
11/03/2013A Avibras procura um parceiro internacional. No momento, seus canhões estão apontados na direção da Cassidia, braço de defesa da EADS, que desfez recentemente um acordo com a Odebrecht. Procurada, a Avibras disse “desconhecer a informação”.
Acervo RR
Governo usa Embraer para turbinar indústria bélica nacional
24/01/2011A recém-anunciada criação da Embraer Defesa e Segurança vai além das fronteiras de São José dos Campos. Trata-se de um assunto de Estado. A nova subsidiária da Embraer é apenas a ponta mais visível de um projeto de maior fôlego orquestrado pelo próprio governo. O objetivo é fomentar o surgimento de uma grande indústria bélica de controle nacional, capaz não apenas de atender a demanda das Forças Armadas brasileiras, mas também de competir no mercado externo. A ideia é que a Embraer se torne catalisadora de investimentos no setor, seja por meio de parcerias, seja até mesmo pela incorporação de fabricantes de armamentos e equipamentos de defesa nacionais, leia-se Avibrás, Avitech e a própria Imbel, pertencente ao Exército. O BNDES seria um personagem de alta patente neste projeto, garantindo parte expressiva dos recursos para a operação. Os fundos de pensão acionistas da Embraer também deverão ser convocados ao front. A própria indicação de Luiz Carlos Aguiar para a presidência da Embraer Defesa e Segurança reflete a imbricação entre a nova empresa e o projeto arquitetado pelo governo. Aguiar tem relação estreita com o PT. Foi diretor da Previ, de onde saiu para comandar justamente a área de Defesa e Governo da Embraer. Sua nomeação para o novo cargo, portanto, foi decidida mais em Brasília do que em São José dos Campos. Três ministérios estão diretamente envolvidos no projeto: Casa Civil, Defesa e Desenvolvimento. Durante o segundo mandato, o governo Lula tentou promover uma operação similar, focada exclusivamente na fusão entre empresas do setor. A entrada em cena da Embraer dá nova magnitude ao negócio, tanto pela maior possibilidade de captação de recursos quanto pela notória munição comercial da empresa no exterior. Também confere ao projeto uma maior abrangência industrial. A criação de um cinturão na área de defesa, com a associação de empresas de diferentes áreas, permitirá, por exemplo, a venda de aeronaves militares associada a oferta de equipamentos e armamentos.
Acervo RR
Brasil organiza sua Defesa
28/09/2010Ao som dos últimos estampidos da era Lula, o governo retomou as discussões para a criação de um grande fabricante nacional de equipamentos bélicos. As discussões se concentram no Ministério da Defesa e ricocheteiam no BNDES. A Avitech e a Avibrás são as candidatas a encabeçar a consolidação. Em tempo: desta vez, o nome da estatal Imbel, sempre a s voltas com dificuldades financeiras, não é mencionado nas discussões. Já é um bom começo.