Tag: Gustavo Montezano

Governo

Mercadante reverte processo de inanição do BNDES em renda variável 

7/03/2024
  • Share

A crítica ao processo de “venda maciça de ações” feita pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, deixa claro o que ele pensa em relação à redução da carteira do banco, na gestão de Gustavo Montezano. Para ser mais fiel aos fatos, Montezano era um ventríloquo de Paulo Guedes, melhor dizer um fantoche. Por ordem de cima, detonou as operações de renda variável do banco. Não bastasse a obsessão de usar o BNDES como galinha poedeira de recursos para a redução do déficit fiscal, Montezano transformou em poeira o apoio à área de infraestrutura por meio da renda variável. As participações através de ações, debêntures e fundos de investimentos em energia – excluído petróleo e gás -, logística e transporte e telecomunicações, desceram ao nível mais baixo da história da BNDESpar. Mercadante quer fazer uma combinação com apoio a setores estratégicos pela via da renda variável com uma gestão eficiente da carteira.

A BNDESpar vai voltar a crescer bastante em sua participação na estrutura de financiamento do banco. Em 2023, o fomento através desses instrumentos foi o mais baixo da série histórica do BNDES, chegando a míseros R$ 400 milhões, segundo dados disponibilizados pelo próprio banco. Um desconto aos valores raquíticos pode ser dado devido ao período ser o primeiro ano do governo Lula. Mercadante tinha de lidar com a herança dos repasses ao Tesouro Nacional e resgatar fontes de recursos que haviam secado na gestão Montezano. No período entre 2024 e 2026, pode ser que o presidente do banco não chegue ao recorde de operações de renda variável – registrado em 2010, no último ano do segundo governo Lula, com investimentos de R$ 30 bilhões –, mas vai disparar em relação a 2023.

#Aloizio Mercadante #BNDES #Gustavo Montezano

Quem manda nas estatais?

19/04/2022
  • Share

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, já foi devidamente enquadrado pela corporação. Como diversos outros  executivos que tentaram comandar o banco como se estivessem na iniciativa privada, Montezano está apanhando do sistema de regras da instituição, que praticamente torna independente suas diversas áreas e departamentos. Algumas dezenas das deliberações de Montezano estão presas dentro da burocracia do BNDES.

José Mauro Ferreira Coelho assumiu a presidência da Petrobras com dois discursos: um, intramuros, para dentro da companhia, e outro para fora, através de entrevistas. Em ambos, faz uma profissão de fé na manutenção da política de preços de combustíveis da estatal. Tem até outubro para garantir que a sua palavra continua valendo.

#BNDES #Gustavo Montezano #Petrobras

Crash da JBS?

13/11/2019
  • Share

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, baixou “decreto”:a venda da participação de 22% na JBS é para ontem. O banco disputa uma corrida contra o STF e a possível anulação do acordo de delação dos irmãos Batista. Apenas para relembrar: em março de 2017, quando estourou o caso Joesley/Temer, o valor de mercado da empresa caiu 30% em apenas um mês.

#Gustavo Montezano #JBS

Pequeno e médio BNDES

12/11/2019
  • Share

Gustavo Montezano anunciou que uma das prioridades do BNDES será o financiamento à pequena e média empresa. Quer dizer que uma instituição que foi vital para a existência da Embraer e esteve por trás das grandes obras brasileiras vai concorrer com o Sebrae. Os técnicos da casa estão encantados com Montezano.

#BNDES #Gustavo Montezano

Risco endêmico?

17/10/2019
  • Share

O RR procurou saber das internas do BNDES. Conseguiu apurar que Gustavo Montezano, ligou batido para o chefe, Paulo Guedes, consultando-o sobre o que fazer em relação ao calote de Marcelo Crivella no banco. A preocupação é que a moratória gere um efeito cascata.

#BNDES #Gustavo Montezano

BNDES ainda é o banco do desenvolvimento nacional?

21/08/2019
  • Share

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, deveria desviar sua mira dos empresários que compraram jatinhos com financiamentos do banco – afinal, quem compra jatinho são empresários – e colocar foco na produtora dos jatinhos. Bingo para quem falou Embraer. Aos neófitos vale o esclarecimento sobre a informação que Montezano se esmerou em deixar em terceiro plano: a linha de financiamento do BNDES para compra das aeronaves tem sido há vários anos um dos seus diferenciais de competitividade. Sem esses recursos, a Embraer perderia mercado para seus rivais, a exemplo da Bombardier, que teria condições de financiamento bem mais generosas para as três linhas que negocia no Brasil: Learjet, Challenger e Global. Certamente, a Embraer não teria chegado aonde chegou sem essa “parceria” com o banco. Todo mundo sabe disso no mercado de aviação executiva. E ao que consta, mesmo para o credo liberal, não é nenhum desatino uma agência de fomento financiar a comercialização dos produtos da companhia nacional – por enquanto – com o maior coeficiente tecnológico agregado. Essa história de caixa preta já está fazendo mal a todo mundo. Depois de empréstimo “não validado” à JBS, lá nos idos de 2005 – que todo mundo sabia, o TCU já tinha aprovado, e para o qual o banco já havia preparado sua argumentação considerando a operação lisa – agora surgem os jatos da Embraer como suspeita de comportamento inadequado. Fica um singelo conselho: melhor todo mundo começar a trabalhar e deixar essa “caixa malsinada” para quem não tem o que fazer a não ser ameaçar moinhos de vento.

#BNDES #Embraer #Gustavo Montezano

Montezano escuta os gritos da África no BNDES

12/08/2019
  • Share

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, vai ter uma surpresa e se deparar com um problema quando abrir a suposta “caixa preta” do banco. A surpresa é verificar que a aposta geopolítica do Brasil em ocupar o mercado africano fazia total sentido, mesmo incorrendo em algum risco de inadimplência daqueles países – o que, por sinal, aconteceu. O problema vai ser como comunicar, ou omitir, que a exportação de engenharia para aquele rincão do mundo deveria ser, inclusive, resgatada, ao contrário de tornar-se um anátema.

A questão é como separar a imagem de setor corrupto por excelência dos serviços da engenharia nacional, conhecidos pela adição de valor tecnológico? Entre outras informações disponibilizadas no BNDES, Montezano passará a saber que: a conta da exportação de serviço de engenharia somente é inferior à da venda de commodities; o efeito multiplicador de renda é maior do que a da exportação de commodities – a cadeia de fornecedores ultrapassa 2.000 empresas, das quais 76% são pequenas e médias; o impacto sobre a interação dos negócios entre os países é de mais de 1,6 milhão de postos de trabalho diretos; desses, cerca de 600 mil já foram perdidos devido ao macarthismo com que o governo tratou o setor; foram gerados e/ou mantidos no Brasil 19.200 empregos a cada US$ 100 milhões exportados; à parte os referidos ganhos, acrescente-se o valor intangível da “Marca Brasil”, disseminada internacionalmente. É pouquíssimo provável que a China seja uma incapaz no jogo geopolítico.

A maior nação do Oriente apoiou as suas empresas exportadoras com US$ 70 bilhões em 2016. As exportações da China representam 45% do mercado africano. O Brasil não tinha praticamente nenhuma participação no mercado exterior africano em 2004. Com o dito apoio “nefasto” do BNDES, alcançou 4,1% em 2012. Em condições normais de temperatura, deveria estar detendo 7% do bolo do comércio daquele continente. Montezano chegou ao banco sabendo que uma parcela dessas operações foi realizada com o uso de práticas criminosas por parte dos acionistas controladores e gestores. Bingo! Ressalte-se que estão todos devidamente condenados e punidos. Talvez o presidente do BNDES não tenha evidências das perdas decorrentes do estigma das exportações de serviços e – por que não dizer? – da própria África. Mas, se tiver honestidade intelectual, Montezano dá meia volta e confessa a tintura ideológica. O RR aposta que ele se perfila entre os burocratas que ingressaram no BNDES para dignificar suas carreiras.

#BNDES #Gustavo Montezano

Cartas para a redação

22/07/2019
  • Share

Dilema de tostines na embalagem Gustavo Montezano: os tomadores de empréstimos do BNDES são declinantes porque há preferência por outras fontes de crédito ou estão reduzindo porque o banco tem menos dinheiro para emprestar? Cartas para a redação.

#BNDES #Gustavo Montezano

Nihil obstat

19/07/2019
  • Share

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, deverá dar sinal verde à venda do complexo eólico Alto Sertão III da Renova para a AES Tietê. O aval do banco, maior credor do projeto com quase R$ 1 bilhão em recebíveis, é condição sine qua nom. A venda do empreendimento é vista pela Cemig, controladora da Renova, como a única solução para evitar a recuperação judicial da empresa.

#BNDES #Gustavo Montezano #Renova

Consolidação da construção pesada pode ser a grande obra de Montezano no BNDES

17/07/2019
  • Share

O engenheiro Gustavo Montezano, que tomou posse na presidência do BNDES ontem, vai surpreender os que apostavam unicamente no seu perfil estripador. A abertura da “caixa-preta” do banco já são favas contadas. Mas, de dentro dela, pode emergir uma gentil consolidação entre as maiores empresas de construção pesada do país. O pupilo de Paulo Guedes está convencido de que esse movimento é o mais indicado para robustecer o setor de forma higienizada.

As grandes empreiteiras já foram um cartel antes de se tornarem uma máquina de corrupção. Talvez esteja na hora de se concentrarem ainda mais para sobreviver às sequelas do “petrolão” e da Lava Jato. O governo excomungou as chamadas big five da construção pesada – hoje circunscritas a Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. Praticamente inviabilizou as empresas. Hoje as três construtoras, que já estiveram pela hora da morte, melhoraram seus fundamentos e estão reiniciando sua carteira de obras. Ao BNDES, que pariu o Mateus da exportação de serviço, caberia embalá-lo de forma sustentável, sólida, sem favorecimentos.

Questões à frente de Montezano: o maior impeditivo à consolidação corporativa não é econômico-financeiro, mas de diferença das culturas; a exemplo do que ocorreu na conglomeração final do setor bancário – Bradesco, Itaú e Unibanco – há lugar para a fusão de dois, o terceiro ficará sem a cadeira; o ideal é que a empresa nascente seja uma public company, o que vem a ser uma verdadeira alquimia societária em um setor marcado pelo controle familiar. O presidente do BNDES sabe que as mal faladas empreiteiras concentram o melhor capital humano da República – a Odebrecht é quase uma universidade. Rearrumar o setor e trazê-lo para o game da infraestrutura nacional representaria a remissão de um dos maiores desatinos com a indústria brasileira.

#BNDES #Gustavo Montezano

Todos os direitos reservados 1966-2024.