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Cimpor estuda seu retorno ao mercado cimenteiro no Brasil

16/12/2022
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A Cimpor ensaia sua volta ao Brasil. A cimenteira portuguesa tem buscado possibilidades de aquisição no país. Segundo o RR apurou, houve sondagens junto à Cimento Nassau. Com dez fábricas, parte delas com a produção suspensa, a companhia enfrenta uma grave crise financeira e um contencioso familiar. Os irmãos José e Fernando Santos, filhos de João Santos – fundador do grupo homônimo – tentam reaver a gestão da Nassau na Justiça. Ambos foram afastados por decisão judicial a pedido de outros herdeiros do empresário.  

O retorno da Cimpor, dez anos após a venda de seus ativos no país, se daria pelas mãos do fundo turco Oyak. O private equity comprou o controle da empresa junto à Intercement, leia-se Camargo Corrêa, em 2018. O regresso ao mercado brasileiro seria o passo mais ousado no plano de expansão internacional conduzido pela Oyak, que até o momento contemplou investimentos quase “domésticos”, em Cabo Verde e na própria Turquia. O fundo anunciou recentemente ter reservado cerca de 340 milhões de euros para aquisições no exterior.  

#Cimento Nassau #Cimpor #Oyak

Cimenteiras chinesas marcham em direção ao Brasil

15/10/2015
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O iminente avanço de empreiteiras chinesas no Brasil é parte de uma operação ainda mais abrangente. A grande marcha sobre o setor de construção pesada prevê também o desembarque no país de algumas das maiores cimenteiras do mundo – no âmbito dos acordos bilaterais assinados entre os governos Dilma Rousseff e Li Keqiang em maio deste ano. A ponta de lança deste projeto é a Citic, braço de investimentos do governo chinês, um potentado com mais de US$ 700 bilhões em ativos. Discretamente, o grupo já montou um pequeno cluster na indústria cimenteira no Brasil. Uniu-se à paranaense Companhia Vale do Ribeira para a construção de uma fábrica na cidade de Adrianópolis, um investimento da ordem de US$ 150 milhões. Trata-se apenas de um embrião, a proxy de um projeto de ocupação do mercado brasileiro que se consumaria com a associação entre a Citic e grandes fabricantes de cimento chineses para a compra de ativos no país. A fila seria puxada pela China National Building Material (CNBM). Até o ano passado, o grupo era o maior produtor mundial do insumo, com 350 milhões de toneladas por ano, mas perdeu o posto após a fusão entre a Holcim e a Lafarge. Outro nome dado como certo é o da Anhui Conch, quarto lugar no ranking global do setor, com capacidade instalada de 215 milhões de toneladas. O momento não poderia ser mais propício para a investida dos asiáticos – noves fora as recentes ranhuras diplomáticas entre os dois países por conta da demora do governo brasileiro em reconhecer a China como economia de mercado. Sobram atrativos para as cimenteiras chinesas: o Brasil está baratinho; todos os segmentos ligados à área de construção no país enfrentam um momento extremamente complicado, seja por aspectos jurídicos, regulatórios ou mesmo pela conjuntura econômica; e, para completar, o que não falta na prateleira é ativo. No caso da indústria cimenteira, o Cade é o principal responsável pela superoferta. Para que sua fusão fosse aprovada no país, a dobradinha Lafarge/Holcim comprometeu-se a vender quase um terço de sua capacidade instalada – algo em torno de 3,6 milhões de toneladas. Por sua vez, Votorantim, Camargo Corrêa, Cimpor, Itabira e Itambé , todas condenadas pelo órgão antitruste por formação de cartel, terão de se desfazer de até 20% da sua produção. No caso da Camargo Corrêa, a decisão do Cade nem seria necessária. A disposição vendedora dos herdeiros de Sebastião Camargo vai muito além do percentual imposto pelo conselho de defesa da concorrência. O grupo já iniciou o processo de venda de ativos na área de concreto. Dependendo da oferta, a Camargo Corrêa entrega o controle da InterCement porteira fechada. Seria uma oportunidade de ouro para um grande grupo chinês desembarcar no Brasil assumindo, logo na partida, a segunda posição no ranking do setor, com uma produção de quase 13 milhões de toneladas por ano.

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