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Os dias da pernambucana Excelsior como uma operação insular no mercado brasileiro de seguros estão contados. É o que sugerem os movimentos atribuídos ao híbrido de político, empresário e dirigente esportivo Luciano Bivar, dono da única seguradora fora do Sudeste a figurar entre as 40 primeiras do ranking do setor. a€ luz do dia, Bivar rechaça peremptoriamente a venda da companhia; mas, quando o sol se vai, começaria o flerte com os norte-americanos da Ace e da Chubb, dois fortes candidatos a compra da Excelsior. Segundo interlocutores próximos a Bivar, o empresário teria cansado de habitar uma ilha cercada de gigantes por todos os lados. Com R$ 240 milhões em ativos, há anos que a companhia pernambucana está praticamente inerte no mesmo lugar do ranking. Procuradas pelo RR, Excelsior e Chubb negaram qualquer negociação. Os dois pretendentes a compra da Excelsior são guiados por motivações estratégicas distintas. A Ace, que acaba de comprar a carteira de seguros de risco do Itaú, enxerga a possibilidade de aumentar sua fatia nos ramos vida e habitacional, dois dos principais negócios da companhia pernambucana. Já a Chubb, excessivamente focada nos seguros massificados, mira nos produtos da Excelsior para o mercado corporativo. Embora nadem em raias diferentes, as duas companhias norte-americanas têm algo em comum: suas operações no Brasil são apenas retratos três por quatro do porte que ambas ostentam nos Estados Unidos. Com R$ 900 milhões em prêmios, Chubb e Ace brigam somente pela longínqua 15ª posição no ranking do setor. Línguas ferinas do setor afirmam que, independentemente do desfecho das conversas, os norte-americanos é que vão precisar de uma apólice, pelo simples fato de sentar a mesa com Luciano Bivar. O risco, neste caso, se deve ao temperamento de Bivar, visto por seus próprios parceiros e aliados como um personagem mercurial, afeito a ziguezagues e rompantes – características que se unem aos atributos de competente gestor e hábil negociador. Que o diga Marina Silva. Fundador do Partido Social Liberal (PSL), pelo qual se candidatou a presidência da República em 2006, e muito próximo de Eduardo Campos, Bivar recebeu a indicação de Marina com uma pedra em cada mão. Assim que a senadora acreana foi confirmada como substituta de Campos, o empresário anunciou que seu partido estava fora da coligação e ainda deu entrevistas dizendo que “Confiar em Marina era dar um tiro no escuro”. No dia seguinte, já era visto em fotografias ao lado do tsunami da Amazônia. É por essas e outras que empresários nordestinos costumam dizer que, em se tratando de Luciano Bivar, só uma coisa é certa: sua torcida pelo Sport. O empresário, aliás, é presidente do clube pernambucano, posto que lhe valeu a alcunha de “Eurico Miranda do Nordeste”. Não parece coisa de amigo.
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