Tag: Mônica de Bolle

Os candidatos a ministro da Economia de Lula

16/03/2021
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Ainda faltam 565 dias para a eleição presidencial de 2022, mas quatro nomes já despontam como candidatos a ministro da Economia em um eventual governo Lula: Armínio Fraga, Monica de Bolle, Marcos Lisboa e André Lara Resende. Arminio, Monica e Lisboa são arroz de festa. Desde sempre estão disponíveis para integrar qualquer governo. Lisboa foi o primeiro a se ofertar nessa corrida.

Já fez chegar ao PT e ao próprio Lula sua disposição para colaborar no que for necessário. Só faltou mandar currículo. O presidente do Insper é, de todos, o que mais deseja o cargo. Vai panfletar seu próprio nome enquanto Lula não se decidir. Por um lado, Lisboa tem a seu favor a participação no governo do ex-presidente: ocupou o cargo de secretário de Política Econômica de 2003 a 2005. Por outro, foi levado ao cargo pelo ex-ministro Antonio Palocci, hoje desafeto geral. O ex-presidente do BC Armínio Fraga é farinha de outro saco.

Armínio é um crítico elegante das políticas econômicas dos governos do PT. Bate, mas com luvas alvas e acolchoadas. Em outra seara, por pouco, não sujou as mãos de lama: seria o ministro de Aécio Neves caso ele tivesse derrotado Dilma Rousseff em 2014. Lula não liga bulhufas para essas coisas. Henrique Meirelles na presidência do BC é uma demonstração da flexibilidade do ex-presidente da República. Armínio imagina que haveria espaço para implementar suas novas ideias social-democratas no governo do PT. O ex-presidente do BC criou três grupos de estudos próprios que trabalham na construção de parte de um programa de governo.

Armínio tem a seu favor a simpatia de todo o mercado. É um dos mais votados entre as instituições financeiras. Monica de Bolle já rezou na igreja de Armínio. Foi uma das fundadoras e diretora da Casa das Garças, um think tank tucano dominado pelos economistas da PUC-RJ. Hoje, pensa inteiramente diferente daquele tempo. Por isso, quer o cargo; para impor suas teses e ainda fazer um aceno ao movimento feminista, do qual é simpatizante declarada. Sem dúvida, traria um certo frescor aos ambientes acinzentados do Ministério da Economia.

Monica é bastante próxima de Laura Cardoso, economista darling do PT. O senão é que Laura, mesmo não sendo das mais cotadas, também deseja a vaga na Pasta da Economia, provavelmente com o apoio do partido. Em tempo: Monica também caberia como uma luva na presidência do BC. O RR aposta que ela iria para a Economia. De todos os nomes que orbitam no entorno de Lula, é possível que André Lara Resende seja quem menos dispute a tarefa.

Mas, talvez seja aquele que mais estaria disposto ao sacrifício, muito menos pelo cargo e mais pela oportunidade de testar na prática o seu “experimento”. Ele fez a mesma coisa com o Plano Real, então uma teoria não testada. André tem circuito acadêmico no exterior e tomou para si a cruzada de fazer valer a teoria monetária moderna, um pensamento emergente da academia que joga por terra o tradicional dogma fiscal hoje absolutamente em voga no Brasil. O economista conta com a simpatia de Ciro, que comprou suas ideias. É um intelectual independente.

Vem de uma formação tucana. Mas, hoje fala com todo mundo. De todos, é quem está mais focado na ideia de ajeitar o Brasil. Como não poderia deixar de ser, trata-se de conjecturas sobre desejos e vantagens comparativas, assim como recados que foram lançados. Seja quem for o ministro de Lula, o objetivo é que ele acene para o mercado, tranquilizando-o. A priori, a ordem do ex-presidente é primeiramente caminhar pelo país, visitando, sobretudo, o Nordeste. Antes do fim do ano, seria apresentado, então, o seu ministro. Qualquer semelhança com a trajetória de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes é mera coincidência mesmo.

#Armínio Fraga #Lula #Mônica de Bolle #PT

Cadê a Moniquinha?

10/10/2017
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Há algo de muito estranho no sumiço da economista Monica de Bolle das redes sociais. Só falta ter algo a ver com o governo.

#Mônica de Bolle

Mais um tiro certeiro de De Bolle

15/03/2017
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Da musa do RR, Mônica De Bolle, girando a metralhadora como se fosse a guerrilheira interpretada por Dina Sfat no seminal Macunaíma, dirigido por Joaquim Pedro de Andrade: “O problema vai bem além do legado do PT, que, evidentemente, foi dos piores. Mesóclises interinas não vão adiantar, por maior que seja a torcida. E perdoem-me se não consigo torcer – tudo o que consigo é enxergar a realidade trágica de termos de depender de um governo corrupto para passar algumas reformas com chances cada vez maiores de deturpação devido à própria falta de respaldo moral do binômio executivo/legislativo”. Triste, mas irretocável.

#Mônica de Bolle

De Bolle chegou antes

19/01/2017
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Quando André Lara Resende chegou com o milho, Mônica De Bolle já tinha trazido o fubá. Em 16 de junho de 2016, para ser preciso, a musa do RR dissecou a dominância fiscal. Deu tempo de sobra para André burilar o seu celebrado artigo sobre a fronteira da macroeconomia.

#Mônica de Bolle

De Bolle

7/12/2016
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Eis o enigma lançado na internet pela musa do RR, a esfinge Mônica De Bolle: mais vale um Renan na mão ou duas PECs voando?

#Mônica de Bolle #Renan Calheiros

Uma borboleta azul sobrevoa o Planejamento

27/10/2016
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 Quando não acerta na bucha, o RR passa bem perto. Na edição de 1º de junho, publicou que Monica de Bolle queria a presidência do BNDES. Prontamente a economista desmentiu a informação nas redes sociais, desejando sucesso a Maria Silvia Bastos. Vá lá! Passaram-se alguns meses e a fúria da “Borboleta” não arrefeceu – a menção ao lepidóptero é uma referência ao seu mais recente livro, “Como matar a Borboleta Azul”. Monica está novamente na disputa por um cargo no governo: desta vez, o alvo é o Ministério do Planejamento, ocupado por Dyogo Oliveira, que se sente interino desde que assumiu o posto. Mônica conta com um timaço fazendo o seu lobby. Armínio Fraga e Gustavo Franco são dois puxadores de voto. Mas ela não está sozinha no desejo de amanhecer na Esplanada dos Ministérios apreciando o sol nascer com cor de pancake. O outro candidato ao Planejamento é o economista Paulo Rabello de Castro, hoje na presidência do IBGE. Ele vem com a bem querência da Fiesp e da banda de música das entidades empresariais do setor agrícola.  Rabello de Castro é o chamado “ortodoxo vaselinoso”. Da mesma forma que é capaz de pedir a palavra em um almoço de empresários e burocratas para elogiar o movimento militar de 1964 pela sua capacidade de dar sustentação na marra a reformas modernizantes mais amplas, tem um software implantado no córtex cerebral que o impede de entrar em qualquer confronto. Ele engraxa previamente cada frase com que tateia o diálogo. Provavelmente, a melhor definição seja a de que o economista procura usar Jean Valjean (personagem com caráter irreprochável criado por Victor Hugo) como fachada do ego para mitigar o espectro de Milton Friedman que domina, absoluto, seu self.  Monica de Bolle e Rabello são tecnicamente muito bons. A primeira traz um sopro de modernidade, frescor e provocação, que, às vezes, batem cabeça naquilo que Karl Popper separa como o campo do domínio do ideológico sobre o saber empírico. A economista considera suas boutades como ciência saindo quentinha do forno. Rabello é ideológico até o fio do cabelo. É um dos fundadores e proprietários do Instituto Atlântico, que, a exemplo do Instituto Millenium e do Instituto Liberal, tem um pé na cozinha do Bispo Crivella – não chegam a ser uma Igreja ou a professar religião stricto sensu, mas se dedicam à doutrina e à pregação. Quando se perguntava a Roberto Campos quem ele indicava para uma palestra ou entrevista sobre conjuntura econômica, ele sacava de prima: “Chama o Paulo”. O interlocutor fazia a pertinente pergunta: “Mas qual dos dois”? E Bob Fields respondia: “Qualquer um. A ordem dos fatores não altera os Paulos”. Antes que se esqueça, o segundo Paulo é o Guedes, um dos fundadores do Pactual.  De qualquer forma, de Bolle jamais será confundida com Rabello de Castro. Ela tem diferenças de sobra para melhor do que seu concorrente. O RR gostaria de ver a moça no Planejamento, dando trabalho a Henrique Meirelles e sacudindo o coro dos que querem esperar para ver como é que fica. Vai logo para o governo de Bolle, vai.

#Mônica de Bolle

Monica de Bolle

1/09/2016
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 “Maldita seja eu se uma única reforma passar no Congresso”. Apud Monica de Bolle, musa de viés do RR.

#Mônica de Bolle

Turma da Mônica

20/06/2016
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 A espevitada economista Mônica De Bolle dá uma cajadada em Mario Quintana e outra no governo Temer buzinando nas redes sociais que o déficit público passarinhará. De Bolle manda bala também nos juros altos, passaroco da economia, que deveriam ser reduzidos imediatamente. Muito graciosa!

#Mônica de Bolle

Feliz da vida

22/04/2016
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 A economista Monica De Bolle está dando pulinhos com a indicação de Armínio Fraga a Michel Temer para que ela venha a integrar um futuro governo.

#Michel Temer #Mônica de Bolle

O perfume de mulher da âncora cambial

29/02/2016
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  A banda cambial proposta pela economista Monica De Bolle, musa da Casa das Garças, tocou suavemente no coração de Nelson Barbosa. Pensando como o ministro, a mudança de âncora na política de estabilização seria uma forma de o governo entregar uma redução maior das taxas de juros ao PT, saciando em parte a ânsia do partido em detonar políticas econômicas com viés conservador, e ganhando algum tempo para emplacar um pacote fiscal crível. No mais, falou em controles e bandas, a atual equipe econômica diz logo “presente”. Mas nem tudo é o que parece. No regime proposto por De Bolle, os juros permaneceriam constantes, com o novo modelo de correção cambial durando o tempo necessário para que fosse feito um ajuste fiscal à vera. A banda cambial flutuante seria quase uma licença poética. Com o arsenal de reservas em moeda estrangeira disponíveis pelo Banco Central e o poder regulatório de determinar o intervalo entre as bandas e as cotações do piso e do teto do dólar/real, o câmbio, sem as firulas do economês, voltaria a ser controlado.  O modelo remonta a um velho expediente useiro e vezeiro dos economistas tucanos: combater a inflação ancorando os preços no câmbio apreciado. Gustavo Franco usou uma variante no Plano Real, que deu certo no início, mas extrapolou depois. De Bolle certamente tem a autorização tácita da fraternidade dos economistas tucanos, que pensam e conspiram em bloco. A musa das Garças ampliou o leque em suas propostas e considerações sobre a iminência do quadro de dominância fiscal, a impotência da política monetária na presente situação, a tonicidade crescente dos juros na percepção de (in)solvência do país e até mesmo a cartada de desespero do controle de capitais. O que De Bolle não se arriscou a explicitar é que seu modelo é compatível com a queda dos salários nominais durante o processo de ancoragem cambial. Essa seria a forma de aumentar a competitividade. É um ingrediente no mínimo complexo, pois se os salários estão referenciados em reais e a moeda vai se valorizar em relação ao dólar, a relação salários em reais/quantidade em dólares aumentará.  Um economista que se situa bem nas franjas da equipe da Fazenda chegou a dizer, em tom jocoso: “Se eles estão ofertando soluções é porque já se preocupam com a persistência desse jogo não cooperativo no contexto da alternância de poder. Se eles assumirem o governo, levam um mico preto”. “Eles” são Aécio Neves, tucanato, PUC-RJ, Casa das Garças, Instituto Peterson de Economia, Armínio Fraga, Gustavo Franco, Monica de Bolle.., c’est la même chose. Esse pequeno rasgo de contribuição para o debate econômico, a despeito do juízo de valor que se faça sobre a qualidade da proposta, exala a melhor fragrância borrifada em uma disputa política contaminada por excessos.

#Aécio Neves #Armínio Fraga #Mônica de Bolle #Nelson Barbosa #PT

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