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Zurich Airport e Inframérica têm um contencioso à vista

14/08/2023
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O ex e o futuro concessionários do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN) estão às portas de um contencioso. A Zurich Airport, que arrematou a licença do terminal no último mês de maio, pretende entrar na Justiça para se livrar de uma dívida deixada para trás pela Inframérica, leia-se a Corporación America, do empresário Eduardo Eurnekian – diga-se de passagem, dono de uma das maiores fortunas da Argentina. Trata-se de um passivo da ordem de R$ 30 milhões referente ao pagamento do IPTU entre 2012 e 2017. A Inframérica contestava na Justiça a cobrança do tributo pela Prefeitura de São Gonçalo do Amarante. O caso foi bater no STF, e, na semana passada, o ministro Luis Roberto Barroso decidiu que o município tem direito de recolher o imposto. A questão é: quem paga?  

A Inframérica entende que a dívida pertence à concessão, agora nas mãos da Zurich Airport. Os suíços, por sua vez, vão tentar provar na Justiça que a responsabilidade pelo débito não cabe ao Aeroporto, mas, sim, aos seus antigos acionistas, a Corporación América e a própria Infraero, minoritária do consórcio. Procuradas pelo RR, Zurich Aiports e Inframérica não quiseram se pronunciar. Esta é mais uma nuvem espessa que paira sobre uma das mais turbulentas concessões do setor aeroportuário. Após uma longa queda de braço, a Inframérica conseguiu devolver a licença à União e chegar a um valor de consenso pela indenização a que tinha direito, fechada em R$ 550 milhões. O dinheiro, por sinal, vai sair do bolso da própria Zurich, que descontará a cifra do preço de outorga do aeroporto.  

#Corporación América #Inframérica #Zurich Airport

Mais turbulências à vista

26/09/2022
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O Galeão – ver RR de 22 de setembro – não é a única pendenga aeroportuária no radar do governo. As tratativas entre a Inframérica e a Anac para a devolução do aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN) também estão enroscadas. Segundo o RR apurou, a concessionária, leia-se a argentina Corporación América, pede R$ 700 milhões de indenização. A Anac fixou o valor em R$ 549 milhões. A dança das cifras mostra a barafunda das concessões aeroportuárias: desde 2014, a Inframérica acumula prejuízos de R$ 1,1 bilhão com a concessão.

#Anac #Inframérica

Um leilão sem permissão para decolar

29/08/2022
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Na contramão dos planos do Ministério da Infraestrutura, a relicitação do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, vai ficar para o próximo governo. Na Pasta, o consenso é que não há mais tempo hábil para destravar o leilão até dezembro, em razão do impasse entre a ANAC e a Inframérica. A operadora, que está devolvendo a concessão à União, não aceita receber menos de R$ 800 milhões em indenização pelos investimentos realizados no aeroporto. A ANAC diz que o débito do governo é de pouco mais da metade, algo como R$ 450 milhões. O pior é que a conta ainda deverá crescer mais um pouquinho: a Inframérica ainda pretende jogar no valor final os prejuízos que vem acumulando com a concessão, algo em torno de R$ 1,5 milhão.

#Anac #Inframérica #Ministério da Infraestrutura

Turbulência

25/04/2022
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Há ruídos no processo de relicitação dos aeroportos de Natal e de Vira-copos. O TCU já sinalizou ser contrário ao pagamento prévio de indenização às concessionárias Inframérica e Aeroporto Brasil, que estão devolvendo as respectivas licenças à União. O Tribunal de Contas defende que os recursos saiam da receita arrecadada com os novos leilões. O impasse pode trazer a reboque a judicialização dos casos. No total, as duas concessionárias cobram mais de R$ 3,3 bilhões em indenização por investimentos feitos nos aeroportos.

#Inframérica #TCU

Infraestrutura desata mais um leilão

10/11/2021
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Mais um ponto para Tarcísio Freitas. O RR teve a informação de que o Tribunal de Contas da União vai liberar até o fim de dezembro seu parecer sobre o ajuste de contas entre o Ministério da Infraestrutura e a Inframérica, operadora do aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN). De acordo com a mesma fonte, o TCU deverá dar o sinal verde para a devolução da concessão à União e a sua posterior relicitação pelo governo, desde que o valor da indenização à Inframérica seja fixado antes do novo leilão. As tratativas com o Tribunal de Contas foram conduzidas diretamente pelo próprio Freitas. O aval do TCU até o fim do ano é condição sine qua non para o governo conseguir relicitar o aeroporto potiguar no início de 2022. Consultada, a Corte informou que “o assunto é tratado no processo TC 028.391/2020-9 e ainda não há decisão do Tribunal.”

#Inframérica #Tarcísio Freitas #Tribunal de Contas da União

Pouso forçado

22/07/2020
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Um problema a mais sobre a mesa do ministro Tarcisio Freitas. O grupo argentino Inframerica quer acelerar a devolução do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN). A pá de cal veio com a decisão da Lufthansa de transferir, a partir desta semana, sua operação de cargas para o Aeroporto de Recife. Era um dos raros negócios rentáveis para a Inframerica. São Gonçalo do Amarante é um hub de prejuízos. O estudo de viabilidade técnica foi feito com base na estimativa de 4,5 milhões de passageiros por ano. Em 2019, esse número ficou abaixo de 2,3 milhões. Neste ano, com a pandemia, não deve bater sequer em um milhão. Consultada, a Inframerica confirma o fim da operação da Lufthansa e as tratativas para a devolução do aeroporto.

#Inframérica #Tarcísio Freitas

Tarcísio Freitas evita pouso forçado nas concessões aeroportuárias

9/05/2019
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Ao mesmo tempo em que prepara a próxima fornada de licitações do setor aeroportuário, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, precisa desatar os nós do passado, herdados, notadamente, do governo Dilma. De acordo com informações filtradas do próprio Ministério, Inframérica e GRU Airport, concessionárias, respectivamente, dos aeroportos de Brasília e de Guarulhos, teriam iniciado gestões para uma nova recomposição econômicofinanceira de seus contratos. O objetivo seria ajustar valores das parcelas que, por contrato, terão de ser pagos em 2020.

Em outubro de 2018, o então Ministério dos Transportes e a ANAC autorizaram a revisão dos valores a serem pagos pela dupla em 2019. As duas concessionárias têm acumulado seguidos prejuízos. Nos últimos dois anos, a GRU Airport perdeu mais de R$ 800 milhões. A Inframérica ainda não fechou os números de 2018, mas o déficit somado nos dois exercícios anteriores passou dos R$ 520 milhões.

Consultada, a Inframérica não se pronunciou especificamente sobre o possível acordo para a recomposição de contrato. A empresa afirmou que está “em dia com o pagamento das outorgas e adimplente com seus compromissos.” Informa ainda que “o retorno financeiro das concessões aeroportuárias é de médio e longo prazo”. Já a GRU não quis se manifestar. A prioridade do governo é garantir a viabilidade econômico-financeira das concessões realizadas em 2012 eafastar qualquer risco de devolução de licenças ou de novos processos de recuperação judicial. O caso de Viracopos serve de alerta. Em grave situação financeira, a concessionária entrou em RJ e hoje só tem dois caminhos: a transferência para a Zurich Airport, que apresentou uma proposta, ou a caducidade da licença.

#Anac #GRU Airport #Inframérica #Tarcísio Freitas

Inframérica joga duro para arrancar o waver da Anac

23/01/2017
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Além da dificuldade em colocar as PPIs na rua, o governo ainda tem de se desdobrar para manter as concessões já em vigor. Responsável pelo Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Natal (RN), a Inframérica, leia-se a argentina Corporación América, está jogando pesado para pressionar a Anac a autorizar o reequilíbrio econômico-financeiro da operação, no valor de R$ 1 bilhão. A companhia ameaça devolver a concessão se a agência não aceitar o pedido, na prática uma licença para atrasar investimentos, diferir o pagamento da outorga por um prazo maior e reajustar tarifas em um cronograma diferente do previsto no edital. A Inframérica usa de todos os instrumentos de pressão. Os argentinos teriam congelado o plano de investimentos do aeroporto à espera de uma resposta da agência. O argumento é que, como está, a conta não fecha. Procurada pelo RR, a Anac disse desconhecer o risco de devolução da licença, mas não respondeu se concorda ou não com o pleito da Inframérica. Esta, por sua vez, afirmou que “não pretende entregar a concessão do aeroporto”. Mas confirmou o pedido de reequilíbrio financeiro, “um direito assegurado no contrato de concessão”.

#Anac #Inframérica

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