Tag: BrasilAgro
![](https://relatorioreservado.com.br/wp-content/uploads/2024/04/agro2.jpg)
Negócios
Brasil Agro avança sobre os hectares da Elisa Agro
4/07/2024Informação que corre feito rastilho de pólvora no agronegócio: a BrasilAgro teria iniciado o processo de due diligence para a compra do controle da Elisa Agro. Cada grão das demonstrações contábeis precisa ser muito bem debulhado. A Elisa Agro está em recuperação judicial desde fevereiro, com um passivo superior a R$ 665 milhões. A crise da empresa tem causado calafrios entre os tomadores de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs). Praticamente a metade da dívida – R$ 330 milhões – está pendurada nessa modalidade de financiamento. Ainda assim, separando-se o joio do trigo, a Elisa Agro é uma companhia cobiçada no mercado, pela sua carteira com mais de 13 mil hectares em área de plantio, a maior parte em Goiás. A Brasil Agro, por sua vez, é um potentado do setor de propriedades rurais, com mais de 275 mil hectares e uma receita líquida de R$ 1,4 bilhão no último ciclo, a safra 2022/2023. Procurada, a Brasil Agro não se pronunciou. O RR também tentou contato com a Elisa Agro, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
![](https://relatorioreservado.com.br/wp-content/uploads/2019/10/tereza-cristina-840x560.jpg)
Todo mundo quer um pedacinho de terra no Brasil
11/08/2020A bancada ruralista costura com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a votação até outubro do polêmico projeto de lei 2.963/2019, que autoriza a compra de terras por estrangeiros. A ministra Tereza Cristina – ela própria egressa da Frente Parlamentar da Agricultura – também participa da articulação. A proposta ricocheteia no Congresso desde o ano passado. Agora, no entanto, a pressão dos produtores rurais e de proprietários de terra é proporcional à fervura do mercado fundiário e à expectativa de surfar na alta de preços dos ativos.
O solo brasileiro está bastante cobiçado. Em Mato Grosso e Goiás, o preço médio do hectare subiu 25% desde janeiro, notadamente em áreas de plantio de soja e milho. Segundo o RR apurou, em algumas regiões, como nos municípios de Sorriso e Lucas do Rio Verde importantes regiões produtoras de milho e soja, há mais comprador do que vendedor e falta terra para tamanho apetite. Mesmo importantes empresas brasileiras do segmento de propriedades agrícolas, como BrasilAgro, batem tambor pela aprovação do projeto, já vislumbrando uma valorização ainda maior de seus ativos.
A legislação atual tem algumas porosidades. Investidores estrangeiros costumam se associar a investidores locais para transpor as restrições impostas pela legislação vigor. Não por acaso, hoje um dos traders mais agressivos na compra de terras no país seria a trading chinesa Cofco. As enormes amarras, no entanto, impedem a entrada de players como gestoras de investimento, fundos de pensão internacionais ou mesmo fundos soberanos.
Terras no radar
21/08/2019BrasilAgro e SLC Agrícola, duas das maiores proprietárias de terras do país, despontam como candidatas à aquisição do Grupo Zaltron. A empresa é dona de dez fazendas de milho e de soja no Tocantins e no Maranhão, ativos que perigam ser esfarelados por uma grave crise financeira. Com uma dívida superior a R$ 140 milhões, a Zaltron entrou em recuperação judicial. Procurada, a BrasilAgro diz “não ter conhecimento da informação”. SLC e Zaltron não se pronunciaram.