Tag: Líder Aviação

O voo compartilhado de Michael Klein

28/09/2020
  • Share

Michael Klein quer colocar a Icon Aviation, sua companhia de aviação executiva, em outra altitude. Klein vem mantendo conversações com José Afonso Assumpção, dono da Líder Aviação, para uma parceria na ponte aérea Rio-São Paulo. O cardápio de hipóteses vai do compartilhamento de aeronaves a uma joint venture. A Icon, ressalte-se, entrou recentemente na ponte aérea, ofertando assentos em seus jatos executivos ao valor de R$ 2 mil. A Líder também se prepara para operar voos regulares.

Ambas se aproveitam da brecha aberta pela Anac, que passou a permitir a venda de lugares avulsos em voos fretados até agosto de 2022, uma forma de ampliar a oferta no momento em que a aviação civil atravessa o ciclone da Covid-19. No setor, no entanto, a aposta é que a exceção vai virar regra e as companhias de aviação executiva entrarão definitivamente no mercado de voos regulares. Procurada, a Icon confirma o interesse em “firmar parcerias para otimizar o projeto de venda de assentos junto a outros operadores”.

A empresa afirma que “está desenhando um modelo de codeshare para ser discutido com outras operadoras”. Consultada sobre uma possível associação com a Icon, a Líder voou pela tangente e disse “não confirmar a informação”. A companhia afirmou que está realizando “estudos e análises para verificar a possibilidade da realização de voos com rotas pré-definidas”. Uma eventual associação entre a Icon e a Líder criaria uma simbiose bastante competitiva.

Negócio por negócio, a companhia da família Assumpção é muito maior, a começar pela frota, 59 aeronaves contra 19 da Icon. No entanto, na física, Klein tem um poder de fogo muito superior aos dos donos da Líder. Com uma fortuna pessoal estimada em R$ 6 bilhões, o dono da ViaVarejo tem combustível de sobra para brincar no setor de aviação.

#Líder Aviação #Michael Klein #ViaVarejo

Há mais do que aviões de carreira nos céus brasileiros

5/01/2018
  • Share

A Líder Aviação, empresa de táxi aéreo, estaria na prateleira. A companhia, que atravessou um período de resultados crescentes fazendo transporte para as plataformas de petróleo offshore, viu esse mercado desabar. As operações offshore ocupavam mais de 100 helicópteros no país e a projeção era de que esse número chegaria a 200 aeronaves em 2020. Hoje são menos de 70. Procurada pelo RR, a Líder nega a venda do controle. Está feito o registro. De toda a forma, a empresa está lustrada para a venda. Na feira da Labace, a Líder anunciou que tinha fechado quatro negócios que não se realizaram. A empresa está preocupada com sinalizações de que sua situação é decadente. E tome de marketing e ações confeitivas. É ver até quando dá.

__________________________________________________________________________________________

 

Se o governo topar e o Congresso aprovar a participação de 100% de capital estrangeiro nas companhias aéreas, o país não terá mais empresa nacional no setor. Todas as aerolinhas já sinalizaram que venderão integralmente suas ações. Dependendo da forma que se olhe, é bom à beça, pois as companhias serão capitalizadas; ou ruim, porque é mais uma parcela da burguesia nacional que se escafede e um centro de decisões que é exportado.

__________________________________________________________________________________________

 

O apoio de pai para filho do BNDES, assim como sua participação no capital e verbas de fomento concedidas à Embraer nestes anos todos, além da presença quase exclusiva no financiamento de aeronaves, são alguns pontos discutidos em um dos mais altos andares de Brasília. Gente que quer ordenhar os recursos do banco. O consenso é que a operação de maior envolvimento com a Boeing, quer seja uma amizade colorida ou matrimônio, pode ter senões de diversas ordens, mas é boa para o banco, que vai ter um dos seus ativos bastante valorizados.

__________________________________________________________________________________________

 

O chinês HNA Group, acionista do Galeão, teria aberto tratativas para a compra da participação da Triunfo no aeroporto de Viracopos. A companhia brasileira é dona de 45% da Aeroportos do Brasil, controladora da concessão. Ressalte-se que a Triunfo está com a corda no pescoço: carrega uma dívida de R$ 2,5 bilhões e segue às voltas com um intrincado processo de recuperação extrajudicial.

#BNDES #Embraer #Líder Aviação

Voo baixo

10/06/2016
  • Share

A relação entre o empresário José Afonso Assumpção e a Bristow Group na Líder Aviação vai de vento em proa. Os ingleses têm se posicionado contra os planos da companhia de manter a sua frota de helicópteros intacta. O clima piorou depois que a Petrobras, o maior cliente, cortou dez das 45 aeronaves fretadas. Procurada pelo RR, a Líder Aviação não comentou o assunto.

#Bristow #Líder Aviação

Lockheed Martin invade o espaço aéreo da Helibras

22/02/2016
  • Share

  Dois gigantes da área de defesa, notadamente da indústria aeronáutica, estão prestes a travar uma dura batalha nos céus brasileiros. A Lockheed Martin prepara uma ofensiva com o objetivo de furar o bloqueio e minar a primazia da Helibras, leia-se Airbus, na venda de helicópteros não apenas no Brasil, mas em todo o mercado latino-americano. A ponta de lança desta operação é a Sikorsky Aircraft, que teve seu controle comprado pelos norte-americanos no ano passado, numa operação de US$ 9 bilhões. A Lockheed Martin decidiu instalar uma fábrica de helicópteros e um centro de manutenção em Taubaté (SP) – a cidade de São José dos Campos também estava no páreo, mas foi superada no quesito “afagos fiscais”. Esta será a primeira base industrial da Sikorsky em toda a América Latina. Os norte-americanos já iniciaram o processo de alistamento da sua tropa no Brasil: fecharam um convênio com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) para a formação de engenheiros especializados na produção de helicópteros.  O desembarque da Sikorsky no Brasil se dá em um momento bastante delicado para a Helibras, de longe, o principal alvo a ser batido no setor – a empresa é responsável por mais de 50% das vendas de helicópteros na América Latina. No ano passado, a Airbus Helicopters se viu obrigada a aportar cerca de R$ 170 milhões na fabricante brasileira para compensar a redução das encomendas, sobretudo das Forças Armadas. Estima-se que a queda dos pedidos no segmento militar tenha passado dos 40% no comparativo com 2014. A fraca performance – associada a uma certa fadiga no relacionamento com os europeus – custou a cabeça de Eduardo Marson, que deixou a presidência da Helibras em dezembro, depois de seis anos no cargo. Ressalte-se que as turbulências do mercado também deixaram suas marcas na fuselagem da Sikorsky. Recentemente, a Líder Aviação cancelou a opção de compra de seis helicópteros da companhia norte-americana, um contrato da ordem de US$ 180 milhões. A suspensão do pedido, no entanto, não alterou o plano de voo da Lockheed Martin para a sua controlada, assim como a crise no setor de óleo e gás, um grande demandador de aeronaves. O grupo entende que a instalação de uma base de produção na América Latina, mais precisamente no Brasil, é condição sine qua non para a Sikorsky disputar o mercado na região. Mira na venda de helicópteros civis e no fornecimento às forças armadas dos países vizinhos. Dessa forma, os norte-americanos esperam, finalmente, deglutir a espinha que está atravessada em suas gargantas desde a derrota na licitação para o fornecimento dos novos caças da Força Aérea Brasileira. Na ocasião, a Lockheed Martin não chegou sequer à fase final da disputa. Procurada pelo RR, a Lockheed Martins/Sikorsky não comentou o assunto.

#Airbus Helicopters #Forças Armadas #Helibras #Líder Aviação #Lockheed Martin

Todos os direitos reservados 1966-2024.