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Kroton faz pré-matrícula no controle da Ser Educacional

26/01/2016
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 Este tem tudo para ser o último ano letivo em que a Kroton e a Ser Educacional começam as aulas em salas separadas. Segundo o RR apurou, as duas empresas estão em conversações bem avançadas para uma associação. Uma vez confirmada, esta será a maior operação de M&A protagonizada pela Kroton desde a fusão com a Anhanguera, em abril de 2013, que resultou no maior grupo privado de ensino do país. As negociações com a Ser poderão dar origem a um conglomerado com faturamento acima de R$ 6 bilhões e mais de 150 unidades de educação presencial em todo o país. Procurada, a Ser Educacional disse “não confirmar” a operação. A Kroton, por sua vez, não quis se pronunciar.  De acordo com uma fonte familiarizada com as negociações, o empresário cearense Janguiê Diniz, fundador e maior acionista da Ser, deverá herdar uma participação minoritária na Kroton, não superior a 2% – ressalte-se que a empresa tem o controle pulverizado, e nenhum sócio possui mais de 5,5% do capital. Na ponta do lápis, será claramente uma aquisição em pele de fusão, dadas as diferenças de tamanho de parte a parte. A Kroton fatura mais de R$ 5 bilhões por ano, soma 350 mil alunos e vale em bolsa cerca de R$ 13 bilhões; já a Ser tem receita de R$ 1 bilhão, aproximadamente 150 mil estudantes matriculados e valor de mercado da ordem de R$ 900 milhões.  As negociações entre a Kroton e a Ser se dão em um momento extremamente duro para o setor. A retração da economia e a estiagem no financiamento estudantil têm formado uma combinação cáustica para os grupos privados da área de educação. De acordo com informações filtradas junto à própria Kroton, a empresa trabalha com a expectativa de queda de até 10% no número de novas matrículas em 2016, comparando igual número de escolas. No caso da Ser, a situação é mais preocupante. O corte de quase 80% no volume de repasses do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) fragilizou consideravelmente a empresa, tornando-se, inclusive, um fator decisivo para jogá-la no colo da Kroton. Mais de 40% das matrículas do grupo cearense estão vinculados ao Fies, uma vez que a maior parte de suas universidades se concentra nas regiões Norte e Nordeste.

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Três lições de investimento na área de ensino

12/11/2015
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1. A liderança mundial no segmento de educação privada da inglesa Cognita valeu apenas uma única aquisição no mercado brasileiro desde 2012. Perdeu para a Somos Educação – antiga Abril – a disputa para a compra das escolas Motiva e Sigma. O acanhado currículo vai mudar de figura. A Cognita parte para cima da GGE, que tem quatro colégios em Pernambuco. A companhia está ainda para fechar uma aquisição no Rio de Janeiro. O movimento é uma resposta à pressão da KKR, uma das maiores acionistas da Cognita. 2. Assumir a dianteira do mercado de educação superior é pouco para os planos mirabolantes da Kroton, que se fundiu com a Anhanguera. Rodrigo Galindo, presidente da companhia, está revirando os números da Somos Educação. O empresário já teve contatos com representantes da gestora Tarpon, dono da Somos. Se for bem-sucedida na investida, a Kroton se tornará um gigante na educação básica, com quase um milhão de alunos, três mil escolas associadas e uma receita de R$ 3 bilhões. 3. No andar de baixo, o grupo cearense Ari de Sá , com 110 mil alunos atendidos pelo seu sistema de ensino, está ganhando o auxílio luxuoso da General Atlantic, gestora de fundos de private equity norteamericana, com US$ 20 bilhões em ativos. A companhia, que tem um terço do capital do grupo nordestino, pretende não apenas aumentar a sua participa- ção no negócio como também injetar aproximadamente R$ 150 milhões na expansão da rede de ensino do Ari de Sá além das divisas do Nordeste. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Cognita e GGE.

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