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Bons ventos da economia levam Haddad até Nova York

3/08/2023
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Fernando Haddad já arrefeceu a desconfiança da Faria Lima. Agora, terá a oportunidade de fazer o mesmo com Wall Street. De acordo com informações provindas do Ministério da Fazenda, investidores estão organizando uma agenda de encontros de Haddad em Nova York. A ida aos Estados Unidos deverá se dar após a votação do arcabouço fiscal na Câmara, prevista para ocorrer até a segunda semana de agosto. Trata-se de um movimento eivado de simbolismo. Seria a primeira viagem internacional do ministro da Fazenda após a recente elevação do rating do país pela Fitch – informação antecipada com exclusividade pelo RR. Não poderia haver momento mais propício para o tête-à-tête. Além da melhora da nota de crédito do Brasil, Haddad terá a chance de capitalizar também outras importantes conquistas do governo na área econômica, a exemplo da própria aprovação do arcabouço fiscal e da reforma tributária. Como se não bastasse, o ministro chegará a Nova York embalado pelo aumento das projeções para o PIB. O FMI já elevou sua estimativa de 1,2% para 2,1%, além de elogiar a política econômica brasileira.

Fernando Haddad deverá aproveitar a viagem para mitigar dúvidas que ainda persistem em relação à economia brasileira. A reforma tributária em suas duas fases – a atual, sobre o consumo, e a próxima etapa, focada na renda – ainda enseja interrogações. Apesar dos inequívocos sinais de melhora e do avanço em medidas estruturantes nos sete primeiros meses do governo Lula, os indicadores mostram que os investidores estrangeiros ainda mantêm alguma dose de receio. De acordo com o Banco Central, o IDP (investimento direto no país) somou US$ 31,6 bilhões no primeiro semestre deste ano, ou seja, uma queda nominal (sem correção pela inflação) de 26,7% em comparação ao mesmo intervalo em 2022. De qualquer forma, Haddad passa a ser o primeiro-ministro da Fazenda celebrado pela banca estrangeira com 200 dias no governo.

#Fernando Haddad #IDP #Ministério da Fazenda #Nova York

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Contencioso entre os Safra deve ter novo capítulo na Justiça de Nova York

30/06/2023
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Há uma tensa expectativa na família Safra. É esperada para a próxima semana alguma decisão da Suprema Corte do Estado de Nova York sobre o processo aberto pelo bilionário Alberto Safra contra a matriarca da família, Vick Safra (viúva do antigo manda chuva, Joseph Safra) e seus irmãos, Jacob Safra, que comanda a operação internacional do grupo, e David Safra – responsável pelos negócios do clã no Brasil. A briga é feia. A família, à exceção da irmã Esther, quer deserdar Alberto, praticamente expulsando-o da SNBNY – holding que controla o banco americano Safra National Bank. Alberto afirma que foi diluído na SNBNY quando estava muito enfermo. A família diz que “pouco depois de receber a doação do Sr. Joseph como antecipação da herança, Alberto deixou o Banco Safra, sem atender os apelos feitos pessoalmente pelo seu pai, e iniciou negócio concorrente, tendo, inclusive, assediado e contratado vários executivos do Grupo.” Em nota oficial, os Safra em bloco chamam Alberto de conspirador. O fato é que quem deserdou Alberto foi o próprio Joseph.  

Alberto Safra descarrega nos irmãos, dizendo que eles foram responsáveis por ações ilegais. Nas internas, fala-se que Vick Safra é a mais incomodada com o comportamento de Alberto e quem está apertando o torniquete da alienação do filho de todos os negócios. Pode ser. As mulheres da família Safra são notórias pela força e determinação, vide a falecida Lily Safra, duríssima na queda. Lily, mulher do também falecido Edmond Safra, deixou uma fortuna de US$ 1,3 bilhão para a caridade. Muita água – ou sangue metaforicamente – ainda vai rolar nessa guerra.  

Os Safras são detentores de um império detentor de ativos estimados em US$ 90 bilhões em ativos. Alberto, sozinho, teria mais de US$ 8 bilhões, sem contar o quinhão em disputa. É uma pena todo o episódio. Apesar das recorrentes brigas em família, os Safra são reconhecidos pela elegância. O publicitário Nizan Guanaes define o marketing do banco com uma palavra: “silêncio”. Agora é torcer para que Hollywood não se anime com o enredo. Por enquanto, o relevante é aguardar o que dirá a Justiça de Nova York. Depois, é inevitável que uma enxurrada de ações seja impetrada. É muito, mas muito dinheiro em jogo. 

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