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Enquanto celebra o anunciado desembarque da sueca H&M no país, o varejo brasileiro tenta cicatrizar as feridas da efêmera passagem de outra gigante global da área de moda, a Forever 21. Grandes administradoras de shopping center, a exemplo de BR Malls e Multiplan, cobram judicialmente do grupo norte-americano pagamentos atrasados referentes ao aluguel de lojas. A empresa, que encerrou suas atividades no país há pouco mais de um ano, também deixou para trás um emaranhado de ações trabalhistas. Há mais de 320 processos contra a Forever 21 e a Highland Park Comércio e Importação Ltda., sua razão social, na Justiça do Trabalho, de acordo com o site Jusbrasil. 

A norte-americana Forever 21, que fechou todas as suas lojas no Brasil, ainda teria uma dívida da ordem de R$ 100 milhões no país, referente ao aluguel de lojas e passivos trabalhistas.

O encerramento das atividades da Forever 21 no Brasil promete ser apenas o início de uma longa novela nos tribunais. Segundo o RR apurou, a operação brasileira acumula passivos trabalhistas e dívidas com fornecedores e proprietários de lojas, notadamente shopping centers. Nada muito diferente do quadro que levou à falência da varejista de moda nos Estados Unidos.

A norte-americana Forever 21 estaria em busca de um investidor para assumir sua marca e sua operação no Brasil. A rede varejista de moda enfrenta uma delicada crise financeira nos Estados Unidos, com reflexo sobre seus negócios internacionais. No Brasil, a Forever 21 chegou a ter 31 lojas. Hoje, são 19.

Após fechar seus 11 pontos de venda em shoppings da Multiplan, a norte-americana Forever 21 estaria negociando a redução do tamanho de suas lojas nos empreendimentos da BR Malls.

Os executivos da Forever 21 no Brasil já esperam pelo pior. O fechamento temporário das lojas em shoppings pode ser a pá de cal sobre a deficitária operação da rede varejista no país, já contaminada pela falência do grupo nos Estados Unidos.

Segundo o RR apurou junto a um ex-executivo da Forever 21 no Brasil, a rede varejista tenta a todo custo renegociar os valores de aluguel de suas lojas no país. A manutenção dos pontos de venda depende do corte. Em alguns casos, os norte-americanos buscam uma redução do contrato em até 50%. Em recuperação judicial nos Estados Unidos, a Forever 21 paga o preço do esbanjamento em seus tempos de vacas gordas no Brasil. De acordo com a mesma fonte, ao chegar ao país, a companhia aceitou pagar valores de 20% a 30% superiores à média dos aluguéis para garantir espaços nobres em grandes shoppings.

Boa notícia: a Forever 21 iniciou uma queima de estoque em suas lojas no Brasil. Má notícia: a Forever 21 iniciou uma queima de estoque em suas lojas no Brasil. Como se sabe, a rede está à beira da falência nos Estados Unidos.

No meio de uma grave crise financeira nos Estados Unidos e sob risco de falência, a Forever 21 já sinalizou a seus executivos no Brasil que vem por aí uma temporada de sangue, suor e lágrimas. O cenário mais radical contemplaria o fechamento de 10 das 29 lojas no país.

 Com crise ou sem crise, a rede de vestuário Forever 21 planeja abrir mais cinco lojas no Brasil até o início de 2017. Hoje, são 30 pontos de venda no país. Seu faturamento subiu 25% em 2015 e, apesar de todos os pesares, deve repetir a dose neste ano.