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Uma semente que não brota no Plano Nacional de Fertilizantes

29/08/2022
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Entraves de ordem ambiental têm impedido a Galvani e a INB (Indústrias Nucleares do Brasil) de tirar do papel o Projeto Santa Quitéria, no Ceará – um dos principais investimentos previstos no Plano Nacional de Fertilizantes. Nos próximos dias, o empreendimento de R$ 2,5 bilhões enfrentará uma etapa decisiva. Segundo o RR apurou, no fim desta semana uma missão do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) vai fazer uma inspeção técnica na Fazenda Itaiaia, onde repousa a maior mina de urânio associado a fosfato do Brasil.

O CNDH produzirá um relatório, a cargo do advogado Guilherme Zagallo, que será enviado ao Ministério do Meio Ambiente e ao Ibama. A “blitzkrieg” é motivo de apreensão para os executivos da Galvani e do INB. A julgar pelo trackrecords do projeto, o parecer do Conselho surge como uma nova ameaça à execução do investimento no curto prazo. Em junho, o CNDH recomendou ao Ibama o cancelamento de audiências públicas e a suspensão do licenciamento ambiental do Projeto Santa Quitéria. Três meses antes, o Instituto tinha dado o aceite ao EIA Rima (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental).

Há uma preocupação do CNDH com a gestão dos resíduos de urânio e com o impacto do projeto sobre o abastecimento de água para a região – a extração dos minerais vai consumir algo em torno de 855m3 do insumo por hora. Além da trava dos processos no Ibama, há resistências da comunidade local ao empreendimento. Procurado, o consórcio Santa Quitéria não quis se manifestar. Santa Quitéria é um projeto antigo da Galvani. A empresa ganhou a concorrência para explorar a mina de Itatiaia em 2008. Desde então, o empreendimento foi adiado algumas vezes, a despeito do aumento do déficit de fertilizantes no país. A jazida tem reservas estimadas de 8,9 milhões de toneladas de óxido de fósforo de 80 mil toneladas de urânio – o porquê da presença da Indústrias Nucleares do Brasil no consórcio.

#CNDH #Galvani #INB #Plano Nacional de Fertilizantes

Plano Nacional de Fertilizantes começa a brotar do subsolo

8/04/2022
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Uma das grandes apostas do governo para reduzir a dependência brasileira dos fertilizantes importados está saindo do papel. Segundo o RR apurou, a Galvani Fertilizantes pretende iniciar até junho as obras para a exploração da mina de fosfato de Itataia, no Ceará. Esta é uma das maiores jazidas do insumo no Brasil, com reservas estimadas em nove milhões de toneladas. O investimento gira em torno de R$ 2,5 bilhões.

Quando atingir sua capacidade máxima de produção – cerca de 500 mil toneladas por ano -, a jazida cearense poderá reduzir a necessidade de importação de fosfatados em até 40%. Procurada, a Galvani não quis se pronunciar. A partida na extração da mina de Itataia pode ser considerada o primeiro movimento concreto do recém-lançado Plano Nacional de Fertilizantes. Trata-se, inclusive, de um dos projetos incluídos no programa.

A Galvani tem ainda como parceira a INB (Indústrias Nucleares do Brasil), que vai explorar as 80 mil toneladas de urânio existentes na mina. O empurrão que faltava para o projeto veio do Ibama. Há cerca de duas semanas, o Instituto concedeu as licenças ambientais prévias para a exploração da jazida. Sob certo aspecto, trata-se de um sinal de que o governo está, de fato,  empenhado em viabilizar o aumento da produção de fertilizantes no país. Os pedidos de licenciamento da mina cearense dormitavam no Ibama há mais de uma década.

#Galvani Fertilizantes #Ibama #INB #Plano Nacional de Fertilizantes

Lava Jato busca o ponto de fissura da INB

26/09/2017
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A Lava Jato, que fez uma limpeza na Eletronuclear, vai direcionar suas baterias para as estranhas práticas de financiamento indireto de campanha, licitações sob medida e contratos com preços diferenciados da Indústria Nuclear Brasileira (INB). Segundo a fonte do RR, o Ministério Público está investigando essas relações perigosas. Não deve ser muito difícil, conforme revela o mapa da cadeia de comando da INB. O presidente do instituto, José Carlos Tupinambá, foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio por desvio de verbas em uma secretaria do Município de Duque de Caxias, indicado pelo atual prefeito da cidade, Washington Reis, por sua vez condenado pelo STF por improbidade administrativa e agora pelo TRE, estando em vias de ter seu mandato cassado. A INB seria um feudo de Jorge Picciani, Washington Reis e Sergio Cabral, condenado a 45 anos. O RR tentou contato com a estatal, por telefone e e-mail, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

#Eletronuclear #INB #Lava Jato

Eletrobras cola todas as peças do quebra-cabeças nuclear

9/08/2016
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 Na arrumação que será feita na Eletrobras o novo presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr., passará uma borracha no atual diagrama de divisão de tarefas, responsabilidades, projetos e gestão do setor nuclear. Ferreira vai assumir a missão atômica de desmontar uma estrutura de blattarias ou isópteros, espécies que simbolizam a resistência de vida no planeta. As baratas são metáforas para o aparelho nuclear do Estado. Alinhado com a Casa Civil e os Ministérios de Minas e Energia e de Ciência e Tecnologia, Ferreira deverá refundar o segmento dos pés à cabeça. De cara, será criada uma empresa para integração da cadeia nuclear, juntando a INB – produtora e processadora do urânio –, a Nuclebrás Equipamentos Pesados e a Eletronuclear – operadora das usinas. Há ganhos para todos os lados na reorganização dessa estrutura esclerótica e fracionada. A consolidação compensa as perdas de capital humano qualificado devido aos programas de demissão, agiliza as decisões e reduz o custo administrativo de funcionamento da máquina em 30%.  Feito o dever de casa, Ferreira traz para o seu colo a retomada da instalação de Angra 3 com um novo modelo. A diferença, pela proposta em estudo, é que o novo construtor bancará com recursos próprios a obra, mas terá a garantia de retorno com a assinatura de um Power Purchase Agreement. Por esse modelo, parte da energia gerada será do construtor, mas a operação da usina ficará com a nova companhia criada para enfeixar a área nuclear.  A reorganização de toda a operação com a captura de multi sinergias, vai facilitar a celebração de acordos da Eletrobras com investidores privados para a viabilização das novas usinas. Isso acontecerá mesmo que não seja aprovada no curto prazo a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite a participação majoritária de empresas privadas na operação de usinas nucleares. A nova estatal nuclear terá força suficiente para negociar com esses investidores, em um mesmo pacote, o fornecimento do combustível, a operação da usina e a venda da energia. Essas empresas podem entrar como minoritárias nos projetos – como já aconteceu em outros países, como Estados Unidos e França – e aguardar a aprovação da PEC para assumir o controle das geradoras nucleares. Ferreira promete reger essa orquestra de elementos radioativos com luvas de chumbo e batutas de urânio. Vai extrair mú- sica dos radioisótopos. Currí- culo para isso, ele tem.

#Eletrobras #Eletronuclear #INB #Nuclebrás Equipamentos Pesados

Área radioativa

29/12/2015
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 Especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) deverão desembarcar no Brasil em fevereiro para uma visita à Indústrias Nucleares Brasileiras (INB). O órgão da ONU voltou a questionar aspectos técnicos do processo de enriquecimento de urânio desenvolvido no INB. Essa, no entanto, é a parte mais fácil de equacionar. O problema maior é a pressão da AEIA para que o governo brasileiro crie uma agência reguladora do setor – existe um projeto parado há anos no Congresso.

#AIEA #INB #ONU

INB de mudança

27/02/2015
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O ministro Eduardo Braga tem feito gestões junto a Aloizio Mercadante com o intuito de transferir a Indústria Nucelares Brasileiras (INB) da Pasta de Ciência e Tecnologia para a área de Minas e Energia. Será falta do que fazer?

#INB

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