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Futuro da DPSP tem uma alta dose de incertezas

13/05/2024
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As atenções do varejo farmacêutico estão voltadas na direção da Drogaria Pacheco São Paulo (DPSP). O mercado busca interpretar o impacto do falecimento do empresário Samuel Barata, no último dia 22 de abril, sobre o futuro da companhia e do próprio setor. Há um entendimento de que a perda do mais relevante e influente acionista da DPSP abre caminho para um redesenho societário ou mesmo a venda da segunda maior rede de drogarias do Brasil. No varejo é voz corrente que, já há algum tempo, a ideia povoa a mente de alguns dos acionistas da empresa, mas qualquer avanço nesse sentido sempre esbarrou na objeção de Barata.

Consta que a Femsa, um dos maiores players do comércio farmacêutico no México, tentou furar esse bloqueio, sem sucesso. Emissários da cearense Pague Menos, do empresário Deusmar Queiróz, também sondaram os acionistas do grupo sobre uma possível associação, igualmente sem êxito. No setor, há quem enxergue em ambos disposição para uma nova investida, caso as portas da DPSP se abram para um M&A. No caso da Pague Menos, por exemplo, uma eventual combinação de ativos deflagraria uma importante rearrumação das prateleiras do setor. Juntas, as duas redes deixariam para trás a atual líder do mercado, a Raia Drogasil, chegando a mais de 2,5 mil lojas e receita anual superior a R$ 22 bilhões. Procurada, a DPSP informou que “não comenta rumores de mercado”.

As conjecturas sobre o amanhã da DPSP passam também, e principalmente, pelo ambiente interno. No setor, a ausência de Samuel Barata é vista como um risco ao sensível equilíbrio do pH societário da empresa. A fusão das drogarias Pacheco e São Paulo, em 2011, criou um território único, mas não necessariamente unificado. Há uma linha imaginária – ou nem tanto – que corta a companhia. De um lado, estão os herdeiros de Barata, originalmente sócios da carioca Pacheco, com 54% do capital; do outro, os investidores egressos da São Paulo, que, somados, respondem pelos 46% restantes.

Entre estes últimos, existe ainda um subgrupo, a família Carvalho, com 38%, encabeçada por Ronaldo Carvalho. Ao todo, em maior ou menor dosagem, são mais de 20 donos. Os relatos daqueles que conhecem bem o grupo dão conta de discordâncias que, de uma forma ou de outra, sempre acabaram sublimadas pela presença imponente de Samuel Barata. Mesmo a hipótese de uma fusão ou negociação do controle está longe de ser um consenso. Há focos de resistência entre os próprios herdeiros de Barata. Seria necessária uma química fina para atender a interesses cruzados dos acionistas, do valuation do ativo à partilha dos recursos amealhados.

#Drogaria Pacheco São Paulo #Femsa

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DPSP e Pague Menos podem criar maior rede de drogarias do Brasil

18/01/2023
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Corre no varejo farmacêutico a informação de que a Drogaria Pacheco São Paulo (Grupo DPSP) e a Pague Menos vêm mantendo conversações para uma possível combinação de ativos. A operação seria movida, sobretudo, pela notória complementariedade entre as duas redes. O DPSP concentra a maior parte de suas drogarias no Sudeste; por sua vez, a cearense Pague Menos, controlada pelo empresário Deusmar de Queirós, reina no Norte e no Nordeste – está presente em todos os estados das duas regiões. No caso do Nordeste, seu market share é de aproximadamente 23%, ou seja, mais do que o dobro da participação (9,5%) da Raia Drogasil, líder do varejo farmacêutico em todo o país. O poderio da Pague Menos no Norte e Nordeste, que já era grande, aumentou com a aquisição da Extrafarma junto ao Grupo Ultra. Consultada pelo RR, o DPSP disse que “não comenta rumores de mercado”. A Pague Menos, por sua vez, não se pronunciou. 

Não é de hoje que os acionistas do DPSP têm buscado uma operação de M&A, trabalhando com os mais variados cenários possíveis – de fusão até mesmo a negociação de 100% do capital. Há cerca de dois anos, houve tratativas com o grupo mexicano Femsa para a venda do controle da companha. Mais recentemente, o DPSP teria conversado com a Raia Drogasil para uma associação entre as duas empresas. Independentemente do modelo, a dificuldade de avanço em qualquer negociação se deve a divergências internas. O grupo é um caldeirão societário, com mais de 20 integrantes no bloco de controle – entre os antigos acionistas da Drogaria São Paulo e os herdeiros da Pacheco.  

Em meio a movimentações tão díspares e complexas, há apenas uma certeza: qualquer operação envolvendo o DPSP terá um forte impacto sobre o varejo farmacêutico no Brasil. A eventual fusão com a Pague Menos criaria a maior rede de drogarias do país, desbancando a Raia Drogasil (RD) da liderança do setor. Juntas, a duas companhias passariam a ter aproximadamente 17% de market share, contra 14% da RD. DPSP e Pague Menos somariam ainda 2,4 mil lojas e um faturamento anual superior a R$ 20 bilhões.  

#Drogaria Pacheco São Paulo #Extrafarma #Pague Menos #Raia Drogasil

Femsa 1

29/06/2022
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A mexicana Femsa está em conversações com uma grande rede de drogarias no Brasil, integrante do top ten do setor. Há dois anos, o grupo quase levou a DPSP (Drogaria Pacheco São Paulo).

#Drogaria Pacheco São Paulo #Femsa

DPSP é um frasco sobre o balcão

22/04/2021
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A Drogaria Pacheco São Paulo (DPSP) teria reaberto conversações para a venda do seu controle. Segundo o RR apurou, um dos grupos interessados seria a Farmacias Guadalajara, maior rede do varejo farmacêutico do México, com mais de duas mil drogarias e faturamento anual da ordem de US$ 4 bilhões. A DPSP estaria avaliada em cerca de R$ 15 bilhões. Segunda colocada no ranking do setor no país, atrás apenas da Raia Drogasil, a empresa tem uma receita anual na casa dos R$ 11 bilhões.

Curiosamente, no ano passado, a DPSP teria mantido conversações com outro grupo mexicano, a Femsa, mais conhecido pela sua atuação na área de bebidas. No entanto, não é simples negociar com o grupo farmacêutico brasileiro. A fusão da Drogaria São Paulo com a carioca Pacheco, em 2011, criou uma química societária complexa. Sentam-se à mesa quase 20 sócios, representando interesses conflitantes, a começar pela permanência ou não no negócio. Os acionistas do lado da Drogaria São Paulo seriam mais favoráveis à venda, ao contrário dos investidores oriundos da Pacheco.

#Drogaria Pacheco São Paulo

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