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Volta ao passado tem mil e uma utilidades para a Bombril

3/05/2024
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Às vezes é preciso recuar uma casa para se conseguir avançar duas. Que o diga o executivo Wagner Brilhante, de volta ao cargo de CEO da Bombril. Fontes do setor supermercadista sopram que Brilhante tem buscado uma estratégia comercial mais agressiva com o objetivo de recuperar espaço perdido para concorrentes nos últimos anos. Por estratégia mais agressiva entenda-se uma flexibilidade maior na precificação dos produtos e na negociação com varejistas. No ano passado, a empresa teve uma margem de lucro de 7,1% – cinco pontos percentuais maior do que em 2022. O entendimento é que há uma gordurinha para queimar. A redução média de um ponto percentual não teria impacto negativo. Pelo contrário. Poderia ser compensada com aumento das vendas e do market share, sobretudo nos velhos produtos de guerra, que historicamente sempre carregaram a companhia, como a palha de aço e o amaciante Mon Bijou. Nesse jogo com o varejo, alguns centavos a menos ou a mais podem fazer toda a diferença na colocação de um item em um espaço nobre da loja ou em um “triângulo das bermudas”.

De certa forma, é uma volta ao passado, uma espécie de Bombril old school. As gestões anteriores à de Wagner Brilhante cumpriram a missão de elevar a rentabilidade e a geração de caixa da companhia – entre 2022 e 2023, o lucro líquido saltou de R$ 22 milhões para R$ 100 milhões, e o Ebitda saiu de R$ 189 milhões para R$ 247 milhões. Como nem sempre se pode ter tudo, o aumento das margens custou à Bombril perda de market share – em toneladas, por exemplo, um indicador importante para a empresa, as vendas caíram 11% no ano passado. Entre sístoles e diástoles, Brilhante é tido dentro da própria Bombril como o nome certo na hora certa para fazer o ajuste fino necessário. Procurada pelo RR, a empresa não se manifestou.

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