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A temporada de dissídios trabalhistas do mês de novembro tem sido uma amostra do enfraquecimento do sindicalismo no Brasil. As indústrias de química e de mineração já fecharam acordos pagando apenas o INPC acumulado nos últimos 12 meses, ou seja, nem um décimo a mais de ganho real. Os fabricantes de peças automotivas vão pelo mesmo caminho. E os trabalhadores que ergam as mãos aos céus.

Sinal dos tempos de desemprego na casa dos 12% e sindicatos à míngua: um dos maiores acordos trabalhistas do país – pela abrangência de diferentes categorias – está prestes a ser selado sem choro nem vela e muito menos resistência dos trabalhadores. O Sindiquímica, que engloba, além da indústria química, os setores farmacêutico, fertilizantes e plásticos, ofereceu reajuste de 100% sobre o INPC e participação nos lucros entre R$ 1.035 e R$ 1.150 – a cifra varia em função do número de empregados de cada empresa. Assembleias das quatro categorias citadas estão previstas até o próximo dia 31. Tudo para inglês ver. Em reuniões prévias, os respectivos Sindicatos já deram o sinal verde para os termos apresentados. Ressalte-se que o impacto vai além da área química e congêneres. Por ser um dos primeiros dissídios do mês de novembro, as condições deverão nortear acordos coletivos de outras categorias da indústria.