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LS Mtron enfrenta sua primeira estiagem

24/07/2015
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Um ano e meio após a inauguração da fábrica de tratores de Garuva (SC), a euforia que os sul-coreanos da LS Mtron exibiam em relação ao Brasil deu lugar à  apreensão. Uma das maiores indústrias de máquinas agrícolas de toda a àsia, com faturamento anual de US$ 30 bilhões e operações em 25 países, a empresa nascida de uma costela da LG convive com resultados cadentes no mercado brasileiro. Os executivos da companhia se dedicam a revisar projeções financeiras e metas, a começar pelo próprio retorno do investimento: a expectativa de alcançar o breakeven em cinco anos sucumbiu à  forte retração das vendas no setor. A companhia estaria ainda revendo investimentos, notadamente em relação à  expansão da sua rede de revendas. Oficialmente, a LS Mtron nega os cortes. Quando a LS Mtron desembarcou no Brasil, em 2013, o setor agrícola já não ostentava os números da década passada. Mas nada sugeria um tranco tão forte nas vendas de máquinas agrícolas. A companhia desembolsou cerca de US$ 70 milhões entre a instalação da fábrica, a montagem de uma estrutura de distribuição e investimentos em marketing para tornar a marca conhecida em um mercado historicamente dominado por John Deere, Caterpillar, New Holland, Agrale, entre outros. Mas a conjuntura não ajuda. Segundo fontes próximas à  empresa, a LS trabalha com a estimativa de uma queda de até 30% em suas vendas para este ano no comparativo com 2014, quando comercializou dois mil tratores. Consultada pelo RR, a companhia negou tal projeção, mas não entrou em detalhes em relação aos seus resultados comerciais. No setor, todos dizem que o pior ainda está por vir. A própria LS olha para 2016 e, no cenário mais extremo, se enxerga voltando no tempo, mas precisamente para 2011/2012, período em que suas vendas no país giravam em torno de 600 máquinas – à  época, todas importadas.

#Agrale #LS Mtron

Trator da Agrale perde o freio

1/07/2015
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Os Stédile, controladores da Agrale, sentem-se como se levassem a s costas as sete toneladas de um BX 6180, o mais pesado dos tratores produzidos pela empresa. Para onde quer que olhe, o clã enxerga apenas perdas de receita, prejuízos, ociosidade e uma porta entreaberta para demissões. A exemplo do que já ocorreu na divisão de caminhões, a Agrale também deverá paralisar a produção de tratores em Caxias do Sul. A interrupção se estenderia por 30 ou até 60 dias. A decisão seria um passo ainda mais radical em relação a s medidas já implementadas pela companhia. Desde fevereiro, a Agrale vem adotando um regime temporário de flexibilização da jornada e dos salários. Inicialmente, o “temporário” valeria até junho, mas já foi esticado para o fim de agosto. Segundo a empresa, a medida é “uma forma de preservar os postos de trabalho e adequar a produção a  demanda.”Esta é justamente a parte mais difícil: adequá-la a  demanda. Nos quatro primeiros meses do ano, as vendas de tratores da empresa teriam caído 20%. E olha que o setor agrícola vem sendo o carrochefe da economia…

#Agrale #Stédile

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