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Economia

O que os investidores globais têm contra o Brasil e seus vizinhos?

24/10/2024
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Apesar da expectativa de que a América Latina venha a ser o estuário de boa parte dos Investimentos Estrangeiros Diretos (IED), devido à oferta de projetos ligados ao meio ambiente, por enquanto os blocos das grandes nações permanecem ignorando o Brasil e seus pares. Aliás, o cenário é ainda pior: estão reduzindo os investimentos. Segundo o Boletim n° 19 da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal), referente ao mês de outubro, que acaba de sair do forno, o IED na América Latina e Caribe, em valores absolutos, caiu 9,9% em 2023 em relação ao ano anterior. Não adiantaram a exploração de metais estratégicos, insumos decorrentes da exploração racional das florestas, empreendimentos em energia renovável, impacto ambiental reduzido na agricultura, biodiversidades etc… O número reflete a reticência do capital estrangeiro. Nem mesmo nos empreendimentos poluentes, tais como a produção de combustível fóssil offshore e onshore, o IED tem revelado entusiasmo com a região.
Em relação ao PIB da América Latina e Caribe, o cenário não é diferente:  queda do IED de 2,8% no mesmo período. A Cepal explica, em parte, a falta de disposição do capital estrangeiro devido à difícil conjuntura mundial, com conflitos geopolíticos, imprevisibilidade e elevadas taxas de juros. A entidade não é de todo pessimista, já que os anúncios de interesses de IED em energias renováveis e tecnologias estratégicas aumentou. Mas anúncios são só anúncios. E nunca passam por uma acareação. Pode ser até que não só os projetos sejam de longo prazo de maturação, mas as decisões de investimentos também. Por enquanto, o México, com uma queda de 23%, e o Brasil, com redução de 14%, vão puxando o IED da região para baixo. A Cepal acrescenta também que a América Latina e o Caribe enfrentem três armadilhas de desenvolvimento: crescimento econômico baixo, volátil, excludente e insustentável; alta desigualdade e baixa mobilidade e coesão social; e baixas capacidades institucionais e governança ineficaz.
Os Estados Unidos e a Europa foram os blocos com maiores IED na América Latina e Caribe, sendo o primeiro responsável por 33% do total, e o segundo, por 22%. Um dado curioso: no período 2021/2022, a China respondeu, em média, por 3,6% do Investimento Estrangeiro Direto na região. Em 2023, esse índice despencou para mísero 0,02%. Em tempo: o IED na América Latina e Caribe vem caindo desde 2010.

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