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Destaque

Governo estuda PPP para a produção de chips no Brasil

18/04/2024
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Antes tarde do que nunca, o governo embala uma iniciativa capaz de reduzir o enorme gap tecnológico do Brasil e permitir um avanço em uma área absolutamente estratégica. A ideia que começa a ganhar corpo no Ministério da Ciência e Tecnologia é a montagem de uma PPP para viabilizar a reabertura da estatal Ceitec e a produção de chips no país, hoje praticamente residual. A parceria com um investidor privado desponta como uma das soluções para dar à empresa tudo o que ela não tem: recursos financeiros, capital humano e tecnologia.

O orçamento da Ciência e Tecnologia para a Ceitec são migalhas jogadas aos pombos: o valor previsto para este ano é de aproximadamente R$ 100 milhões. Outro desafio é repor a brutal perda de cérebros sofrida durante o governo Bolsonaro, que paralisou as atividades da Ceitec e chegou a iniciar seu processo de liquidação. A empresa perdeu mais de 90% dos seus engenheiros e projetistas, cerca de 100 profissionais de notória qualificação. Para completar, a fábrica precisa ser “resetada”. Paralisada há mais de dois anos e meio, a unidade tem um alto grau de obsolescência.

Mesmo porque a Ceitec nunca chegou perto de produzir semicondutores com elevado nível de sofisticação. Sua atuação ficou restrita à fabricação de chips para passaporte e um dispositivo para rastreamento de gado. Estudos feitos pelo grupo interministerial criado pelo governo Lula no ano passado recomendam a fabricação de chips de 350 a 180 nanômetros, de tecnologia mais avançada e maior valor de mercado.

A estatal foi concebida originalmente para produzir semicondutores de 600 a 350 nanômetros. A tecnologia de 600 nanômetros, por exemplo, atingiu seu auge nos já distantes anos 90.

Nomes de potenciais parceiros espocam aqui e ali nas conversas travadas dentro do Ministério da Ciência e Tecnologia. É o caso da Huawei. O grupo chinês, não é de hoje, tem buscado uma aproximação com o governo para desenvolver projetos conjuntos na área digital. No ano passado, o próprio presidente Lula visitou o centro de inovação da companhia em Xangai.

Entre outras iniciativas, a empresa já mantém um programa para a criação de salas 100% tecnológicas na rede pública de escolas da Bahia. A Huawei teria motivações de ordem geoeconômica para se aliar ao governo brasileiro na fabricação de chips. Os chineses têm feito seguidos investimentos no setor. Nesta semana, anunciaram a construção de uma fábrica de semicondutores em Shangai, orçada em US$ 1,7 bilhões.

Faz parte do esforço da Huawei para reduzir a dependência de terceiros, sobretudo após as sanções impostas pelos Estados Unidos, restringindo o fornecimento dos chips à empresa. Outro nome citado na equipe da ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, é o da norte-americana Nvidia, uma gigante do setor. A empresa responde por mais de 80% do mercado global de chips para processamento de dados.

Assim como a Huawei, também tem feito aproximações sucessivas com o Brasil, por meio de parcerias com instituições públicas. Um supercomputador da Nvidia, batizado de Santos Dumont, atende ao Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). Nesta semana, em meio a sua participação no Web Summit Rio 2024, a companhia sinalizou o interesse de instalar um data center para universidades e centros de pesquisa do país.

Em entrevista à edição de ontem do Valor Econômico, por sinal, o diretor executivo de vendas corporativas da empresa Nvidia na América Latina, Marcio Aguiar, disse que o “Brasil precisa aproveitar melhor a demanda por Inteligência Artificial”. Talvez a Nvidia tenha como ajudar.

Não seria de todo despropositada a transferência da Ceitec e do projeto de produção de chips para as Forças Armadas. Grandes potências caminham nessa direção, a começar pelos Estados Unidos. A fabricação de semicondutores é hoje uma das maiores rubricas entre os investimentos militares norte-americanos.

Em novembro de 2023, o Exército dos Estados firmou um acordo com a Intel para o desenvolvimento de chips para a área de Defesa. No mês passado, o governo Biden liberou US$ 20 bilhões em empréstimos e subsídios para a empresa aumentar a produção de semicondutores. No Brasil, ressalte-se, há uma PEC em tramitação no Congresso que propõe a destinação de uma parcela do PIB, que começaria em 1,2% e iria até 2%, para as Forças Armadas. Parte desses recursos adicionais poderiam ser destinados a projetos estratégicos de tecnologia, como a produção de chips.

O Brasil tem um notório déficit nessa área. As importações respondem por aproximadamente 90% da demanda interna por semicondutores, a um custo anual da ordem de US$ 11 bilhões. O país tem 11 empresas na cadeia de produção de chips. Porém, todas atuam apenas no backend, a etapa final da produção. É praticamente um trabalho manual, de montagem dos dispositivos. Tecnologia que é bom, quase zero.

#Ministério da Ciência e Tecnologia #PPP #Web Summit Rio

Justiça

Edmar Cid Ferreira x Caoa, a hora da verdade

15/02/2023
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A interminável novela da liquidação do Bancos Santos terá mais um capítulo nas próximas semanas. Segundo o RR apurou, 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo deverá julgar até o fim de março o agravo de instrumento interposto por Edmar Cid Ferreira. O ex-banqueiro pede a impugnação do acordo entre a massa falida do banco e o Grupo Caoa no valor de R$ 440 milhões. O pano de fundo é o antigo contencioso entre Cid Ferreira e o empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, morto em agosto de 2021. O banqueiro alega que a dívida da Caoa com o banco era muito maior, da ordem de R$ 1,6 bilhão. Não é a única briga do homem que quebrou o Banco Santos. Outro alvo constante de Cid Ferreira é o administrador da massa falida, Vânio Aguiar, a quem já acusou de enriquecimento ilícito e de fechar acordos danosos aos credores da instituição financeira.  

#2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial #Bancos Santos #Carlos Alberto de Oliveira Andrade #Edmar Cid Ferreira #Grupo Caoa #Tribunal de Justiça de São Paulo #Vânio Aguiar

Economia

O Paulo Guedes de agora tem muito mais bilhões na cachola

2/02/2023
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Para onde vai Paulo Guedes? That´s the question. Segundo fontes ligadas ao ex-ministro, ele esperará o prazo da quarentena e voltará à parceria com o irmão, Gustavo Guedes. A mesma fonte do RR diz que o aconselhamento dado a Guedes é para que ele recauchute a antiga operação, tornando-a mais modesta e menos visível. O ex-ministro e seu irmão foram sócios na BR Investimentos. Ambos foram investigados por supostos crimes contra o sistema financeiro no uso de dinheiro de fundos de pensão estatais: Previ, Funcef, Petros e Postalis. A lambança foi enorme. A Previc, órgão fiscalizador dos fundos de pensão, descascou os investimentos feitos pelos “Guedes” na empresa HSM, que gerou um prejuízo de R$ 16 milhões. À época, Gustavo prestou depoimento ao Ministério Público, envolvendo megaempresas, que seriam partners no FIP BR Educacional. Tudo passou como se nada houvesse havido.    

A nomeação de Paulo Guedes para o Ministério da Economia teve um papel cleaner em relação aos estranhos acontecimentos que envolviam sua ex-empresa e seu irmão. Gustavo continua sendo o porto de referência, mas Paulo pode muito bem dizer: “Sempre terei Serfaty”. O ex-ministro tem uma história de tapas e beijos – mais beijos, para ser verdadeiro – com o ex-sócio no Banco Pactual, Marcelo Serfaty. Foi no Pactual, ícone dos bancos de investimentos na década de 80, que Paulo Guedes converteu a sua murcha exposição na academia (um complexo que o ex-ministro sempre carregou) em um sucesso estelar na área financeira.   

As idas e vindas da trajetória de Guedes como financista daria um filme candidato ao Oscar. O ex-ministro saiu do Pactual, ingressou como sócio na asset JGP – essa, sim, uma história de mais tapas do que beijos. Saiu da empresa e, em um período “de baixa”, foi acolhido pelo “parça” Serfaty. Reza a lenda que foi no escritório do ex-sócio que Paulo, ansioso e sequioso por resultados, perdeu e ganhou uma fortuna. Serfaty foi fundador e CEO da Fidúcia Asset Management. Pouco tempo depois criou o fundo de private equity G5 Partners. Paulo Guedes teria se tornado sócio deste fundo. É nesse ponto que começa um segundo episódio rumoroso. Já em pleno governo Bolsonaro, sem medo de qualquer responsabilização ou dilema ético, o então ministro indicou Serfaty para conselheiro do Banco do Brasil e logo depois para a presidência do Conselho do BNDES. A área de integridade do banco de fomento levantou objeções à nomeação. Mas quem naquele tempo bateria de frente com o todo poderoso ministro da Economia?  

Em paralelo, já corria a investigação sobre as relações do fundo G5 Partners – private equity do qual o ex-ministro teria sido sócio com Serfaty – e o BNDES. Ou seja, o dono de um private equity, sócio ou ex-sócio de um ministro poderoso, conselheiro principal do maior banco de desenvolvimento do país, estaria se locupletando com contratos desse mesmo banco. O atual presidente da Petrobras e então senador, Jean Paul Prates, no dia 1° de agosto de 2020, entrou com requerimento de informações pelo Senado Federal sobre o conflito de interesse envolvendo toda a operação. De acordo com fontes ligadas a Prates, o Comitê de Ética do BNDES teria sentado em cima do processo. Pode-se concluir que interesses mais musculosos do que o tímido pedido do senador se levantaram, matando, juntamente com o auge da pandemia, a demanda por esclarecimentos. Naquele momento, Paulo Guedes mais parecia um foguete decolando em direção ao sol.    

Recuando alguns anos e retornando ao período de parcerias com o mano Gustavo, ocorre mais uma daquelas coincidências que fazem do mercado financeiro um simulacro das famílias aristocráticas do século XVIII e XIX: todo mundo se conhece e os parentes se casam um com os outros. Serfaty tinha sido coordenador das áreas de planejamento estratégico e pesquisa macroeconômica do Banco Bozano Simonsen, um potentado dos anos 80 e 90. Ele teria feito uma ponte entre Paulo Guedes e Júlio Bozano, um verdadeiro mito entre os banqueiros. Bozano, além de ser uma águia, é um charme só. Mas quem conhece o ex-ministro sabe que na primeira hora ele é simplesmente irresistível. Paulo já estava mexendo com projetos de educação além de operações diversificadas de private equity. Apresentou, então, seu pacote a Bozano. Foi a mistura da fome com a vontade de comer.    

Em 2013, faltando pouco mais quatro anos para se tornar o “posto Ipiranga”, Paulo Guedes deixou sua BR Investimentos ser incorporada pelo Grupo Bozano, associando sua grife de enfant terrible à do tradicional banqueiro. A partir daí, já sócio de Bozano, saboreou de tudo um pouco: fundos de ações, multimercados, quantitativos. E mais: operações de private equity nas empresas Estapar, Oba Hortifruti, Hospital Vera Cruz, Ânima Educação, Abril Educação e Amor aos pedaços, só para citar as mais votadas. O resultado desse refogado entre competência e rede de relacionamentos foi que a Bozano, gestora de recursos da qual Paulo era sócio, já administrava recursos da ordem de R$ 2,7 bilhões quando o futuro ministro despontou na aurora da campanha de Bolsonaro. Como há sempre um instrumento desafinado para atrapalhar a orquestra, a Lava Jato entrou no circuito associando o nome da Bozano a compra de dólares no paralelo, através de uma conta no banco Morgan Stanley, em Nova York. Até a Operação ser deflagrada, comprar dólares no black era tão simples como comer um biscoito de polvilho.    

Não chegou a faiscar Paulo Guedes, mas para Bozano, o incomodo foi muito maior devido à prisão de um diretor na Operação “Câmbio, desligo”, que apontou o suposto envolvimento da instituição na compra e entrega das verdinhas. Como sempre, tudo se resolveu com bons advogados. Mas e agora José? – corrija-se para e agora Paulo? Para onde vai o performático ex-czar da economia, tão simbiótico com Jair Bolsonaro, que podia ser considerado praticamente uma costela do ex-presidente. Conforme é sabido, o poder de Guedes era tão grande, mas tão grande, que ele se negou a mostrar sua conta bancária offshore não declarada ao Congresso, e ficou tudo por isso mesmo. Paulo Guedes vale hoje um “pré-sal” em termos de informações guardadas na cachola e acessos acumulados durante o seu reinado no Ministério da Economia. Isso ninguém lhe tira.  

Mesmo que a quarentena virasse uma década, ninguém proibiria o ex-ministro de recorrer ao bordão de Rick Blaine, no eterno Casablanca: “Sempre terei o mano Gustavo”. Um porto seguro onde Paulo Guedes poderá voltar a operar o mercado, agora com uma potência que vai além da sua decantada inteligência. Sim, a força de quem enxergou tudo, aprendeu tudo, conheceu tudo e todos. Em condições normais, vai ser difícil conter o poder de fogo do financista. O mercado que aguente. 

#Paulo Guedes #Previc

Ano Novo começa sob a égide do liberalismo

28/12/2018
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Se o lendário economista Arthur Candal estivesse vivo, resumiria a pré-gestação do governo Bolsonaro como “um brutal acerto de diagnóstico”. Candal usava o adjetivo “brutal” inversamente a sua definição etimológica. A palavra vem do latim “brutale” e é utilizada para qualificar algo como “sem razão” ou “irracional”. Para o economista, ela se adequava ao termo em seu sentido contrário, ou seja, algo tremendamente correto.

Em comum com o então jovem Paulo Guedes, tinha o som e a fúria. Candal foi a estrela maior do Ipea nos anos de ouro, época em que a instituição de pesquisas era dirigida por João Paulo dos Reis Velloso. Na mesma constelação, estavam nomes como Pedro Malan, Regis Bonelli e Edmar Bacha. Para se ter uma ideia do peso do personagem, o empresário Paulo Cunha, um dos donos do Grupo Ultra e referência entre seus pares, responde de bate-pronto quando é perguntado sobre Candal: “Ninguém estudou ou entendeu mais a indústria do que ele”.

“Arthur, o vermelho”, conforme era chamado nas décadas de 60 e 70, se dizia “kaleckiano”. Aliás, ele e Maria da Conceição Tavares. Com uma diferença, Candal, quando se exilou, foi estudar com o mítico economista, uma espécie de “Keynes polonês”. Ele contava que antes do seu primeiro encontro formal com Michal Kalecki, na véspera de Natal, rondava pelas ruas de Varsóvia, quando decidiu entrar em um bar. O economista era um famoso “altero-copista”, difícil de  ser enfrentado em uma disputa etílica. Pois que, sem conhecer Kalecki, postou-se ao seu lado no balcão. E os dois, olhando-se de esguelha, derramaram toneis de vodka. Não trocaram uma palavra sequer. Só depois que Candal descobriu quem era o seu vizinho no bar.

Muitos anos depois, prosseguindo em suas autocríticas, Candal tornou-se fiscalista e privatista, passando a enxergar o déficit público como o demônio na terra. O economista dizia que quem fez sua cabeça foi Mario Henrique Simonsen, com quem tinha tido uma “brutal” discordância de décadas. Em uma inesquecível noite, no bar do Hilton Hotel, localizado à Av. Ipiranga, após um evento patrocinado pela então Pricewaterhouse sobre os rumos da indústria, Candal se declarou a Simonsen. Disse que o ex-ministro tinha acertado o tempo todo e ele não tinha enxergado o que estava à frente. Beberam até quase o dia raiar.

Naqueles idos, “Arthur, o ex-vermelho” já tinha identificado no jovem e acelerado Paulo Guedes um economista merecedor de observação. Leu um debate entre Conceição, uma velha amiga, e o jovem monetarista, realizado na Anbid, e disse: “A Maria perdeu essa”. E ganhar da Maria era um feito raro. A esquerda atacava o enfant gâté apelidando-o de “Beato Salu”, alusão a um místico catastrofista que fazia a graça de uma novela de televisão. Candal entendia os excessos de Guedes como estratégia: o rapaz elevava o tom muitos decibéis para enfrentar a maioria intelectual, em um período no qual o liberalismo, fosse lá qual a vertente, era satanizado como se tivesse a culpa pelos porões da ditadura.

Roberto Campos, ídolo de Guedes, quando perguntado quem seria seu sucessor entre os “chicaguianos” Paulo Rabello e Paulo Guedes, dizia que a ordem dos Paulos não alterava o resultado. Mentira! Guedes era um ultraliberal elevado a uma potência maior. Reza a lenda que em uma semana natalina, em Chicago, o jovem Paulo Guedes levantou-se na sala de aula e, para perplexidade geral, ousou discordar do velho professor, um tal de Milton Friedman. Ensaiou um debate com o Prêmio Nobel. Em comum com Candal, o “Posto Ipiranga” tem a “brutal” capacidade de argumentação. Ao que consta, nunca se encontraram. Guedes chegou aonde queria e está prestes a iniciar a contenda da sua vida em busca de um ajuste fiscal nunca dantes realizado. Pode ser que esteja errado. De novo, alguns tons acima. Mas, Arthur Candal, “o petroquímico”, aprovaria. Até talvez topasse alguma radicalidade a mais. Sempre melhor que briguem as ideias do que os homens. O RR deseja um Feliz Ano Novo a todos os assinantes!

#Arthur Candal #Jair Bolsonaro #Paulo Guedes

Bilhetes à venda

2/03/2017
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O empresário Wagner Abrahão, do Grupo Águia, voa nas mais diversas direções em busca de um sócio para a Lynx Aviação, sua companhia de táxi aéreo. Apesar de muito próximo de Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, a quem, inclusive, vendeu uma luxuosa cobertura no Rio, Abrahão já teve dias melhores quando Ricardo Teixeira e José Maria Marin comandavam a entidade.

#Grupo Águia #Lynx Aviação

Ponto final

2/03/2017
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Sumitomo, Fundo Gera, Grupo Águia e RK Partners.

Janela aberta

3/10/2016
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 O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, teria colocado à venda uma das duas coberturas de sua propriedade no luxuoso condomínio Les Residences Saint Tropez, na Barra da Tijuca. Um dos imóveis foi comprado em 2015 junto ao empresário Wagner Abrahão, do Grupo Águia, antigo parceiro comercial da CBF, por aproximadamente R$ 5,2 milhões. A outra aquisição é considerada uma das maiores pechinchas do mercado imobiliário carioca dos últimos tempos: apenas um ano antes, Del Nero teria pago somente R$ 1,6 milhão por uma cobertura similar. • Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: CBF.

#CBF #Grupo Águia #Marco Polo Del Nero #Mercado imobiliário

A indiferença sem vergonha da burguesia nacional

17/11/2015
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 Rubens Ometto, Jorge Gerdau, Abilio Diniz, Pedro Passos, Roberto Setubal e Benjamin Steinbruch, só para dizer o nome de alguns dos mais destacados empresários do país que, ao menos, se dizem interessados nos rumos do Estado Nacional. Digamos que esses acumuladores de dinheiro buscam colocar uma pitada de organicidade e interesse público naquilo que é seu mantra individual: incentivos, crédito direcionado, barreira protecionista, redução dos gastos públicos, subsídios e câmbio subvalorizado. Nenhuma dessas variáveis representa, solta, o interesse nacional, ou sequer o bordado de uma política setorial consistente. As experiências governamentais anteriores revelam que o surgimento de tecnocracias eficientes somente ocorreu em sintonia com a existência de grupos influentes de empresários orgânicos, que queriam moldar o Estado a sua semelhança e ocupá-lo virtualmente. Os empresários citados no início deste texto não operam em grupo, não falam grosso, não conspiram em bloco, não têm um projeto de país que acomode bem seus negócios, e, sim, uma dúzia de pleitos de suas empresas que ignoram o Brasil.  Os empresários têm sido a elite que traz a inovação capaz de quebrar a inércia após ciclos de dinamismo. FHC foi se pendurar em uma penca de financistas, ligados à aristocrática banca privada brasileira – Itaú, Safra e Unibanco – e a instituições do mercado de capitais, travestidos de acadêmicos independentes, ou seja, Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira, André Lara Resende, Gustavo Franco, Pérsio Arida, Armínio Fraga e outros. No início do regime militar, Jorge Oscar de Mello Flores, Walter Moreira Salles, Antônio Gallotti, Gastão Bueno Vidigal e Eudoro Villela trabalharam com afinco no apoio à dupla estereotípica da tecnocracia, Roberto Campos e Otávio Gouveia de Bulhões. No Lula I e Lula II, o próprio Henrique Meirelles, saído do BankBoston, com a anuência de Antônio Palocci, era criatura e criador. Antes, é bem verdade, tinham vindo as empreiteiras – até a estigmatização pela Lava Jato, donatárias do melhor capital humano existente no país –, a Coteminas, de José de Alencar, e o Bradesco, única instituição financeira do país com uma preocupação nacional. Com o apoio desse núcleo ascenderam Marcos Lisboa, Murilo Portugal e Joaquim Levy.  Os mais bem favorecidos perderam a amarra cívica, aquele tesão pelo país, a vontade de modelar o Estado até que ele fosse objeto de orgulho. A política empresarial é tímida, pífia e egoísta. Em pouco tempo, muitos deles sairão daqui, transferindo seus negócios para o exterior, de forma a que eles estejam protegidos naturalmente em dólar. Vai nos restar lembrar um dia 1º de janeiro, quando três anciões subiram a rampa do Palácio do Planalto esbaforidos e de braços dados, ajudando-se mutuamente, para uma frugal visita matinal ao então presidente da República, o general João Baptista Figueiredo. Roberto Marinho, Amador Aguiar e Azevedo Antunes eram a metáfora da fibra empresarial daqueles tempos. Tinham ido cumprimentar o presidente e conversar sobre o Brasil. Simbolicamente, os empresários morreram.

#Abilio Diniz #Benjamin Steinbruch #Jorge Gerdau #Pedro Passos #Roberto Setubal #Rubens Ometto

Recrusul fecha a conta na Bovespa

2/09/2014
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A Recrusul está com um pé fora da Bolsa. Segundo o RR apurou, duas grandes gestoras de recursos trabalham com a informação de que o grupo gaúcho, fabricante de implementos rodoviários e equipamentos industriais, vai anunciar em breve uma oferta pública para recompra de ações. Da mesma forma, dão como certo que o passo seguinte será a venda do controle da companhia, pertencente um a grupo de investidores paulistas capitaneado por Francisco Asclépio Aguiar. O volume de negócios em Bolsa reforça que o mercado já psicografou a recompra de ações da Recrusul. Ao longo do mês de agosto, não foram poucos a s vezes em que os papéis preferenciais da empresa bateram a marca de 100 operações em um só dia. Pode parecer pouco. Mas a média dos últimos três meses não passa dos 50 contratos diários. Além disso, é importante ressaltar que a cotação está no valor mais baixo em 12 meses ” R$ 0,04 “, um estímulo para os controladores dispararem o gatilho da oferta pública. A Recrusul passou por poucas e boas entre 2005 e 2008, quando enfrentou uma recuperação judicial. Sucessivos aportes feitos pelos atuais acionistas permitiram a renegociação da dívida de mais de R$ 100 milhões e a retomada das operações no parque industrial de Sapucaia do Sul (RS). Agora, chegou o momento de fazer dinheiro com a reestruturação da companhia. Aliás, já estava mais do que na hora.

Acervo RR

Olhos de águia

22/07/2011
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As relações entre Ricardo Teixeira e o Grupo aguia, controlado pela família Abrahão, estão na mira do Ministério Público Federal. Entre outros negócios, a empresa foi uma das escolhidas pela Fifa para cuidar da venda de pacotes aéreos e ingressos para a Copa de 2014.

Olhos de águia

9/06/2011
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As relações entre Ricardo Teixeira e o Grupo aguia, controlado pela família Abrahão, estão na mira do Ministério Público Federal. Entre outros negócios, a empresa foi uma das escolhidas pela Fifa para cuidar da venda de pacotes aéreos e ingressos para a Copa de 2014.

Acervo RR

Hamburg SÁ¼d joga sua âncora na Triunfo

3/01/2011
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A Hamburg Sa¼d quer aportar no cais da Triunfo Participações e Investimentos (TPI). Os alemães pretendem costurar com o grupo brasileiro uma associação na navegação de cabotagem. O acordo envolveria a incorporação da TPI pela Aliança Navegação e Logística, controlada pelo grupo alemão. Em contrapartida, além do pagamento em dinheiro, os atuais controladores da Triunfo, entre eles os empresários Luiz Fernando Wolff de Carvalho e Miguel Ferreira de Aguiar, receberiam uma participação na Aliança. Com o negócio, a Hamburg Sa¼d consolidaria sua liderança na navegação de cabotagem, abrindo léguas de distância para a Mercosul Line, da anglo-holandesa P&O Nedlloyd. Mais do que isso: fisgaria um dos grandes ativos do setor, deixando a concorrente com poucas opções de aquisição para reduzir sua distância no ranking do setor. A Hamburg Sa¼d promete abrir o cofre no Brasil. Além dos planos de associação com a TPI, vai investir na ampliação da frota própria. Em 2011, os alemães deverão encomendar até 12 embarcações. Ou seja: vai chover na horta dos estaleiros brasileiros, uma vez que a Antaq exige a nacionalização da frota que atua em cabotagem. No caso de uma associação com a Triunfo Participações, a Aliança teria ainda o reforço de mais duas embarcações. A Maestra Logística, subsidiária da TPI, está reformando os navios Maestra Mediterrâneo e Maestra Atlântico, que também serão usados na cabotagem.

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