Um contencioso entre duas “grifes”

  • 17/01/2017
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A trajetória da britânica Monsoon no Brasil está saltando dos shopping centers para os corredores dos tribunais. Uma das mais badaladas holdings da área de moda da Inglaterra, a companhia estuda entrar na Justiça contra o empresário Arlindo Conde Neto. Trata-se do principal nome do grupo de investidores que representa no país a Accessorize, rede especializada em acessórios de luxo e uma das principais marcas mundiais da Monsoon. O grupo opera em cerca de 80 países e tem faturamento anual na casa dos 700 milhões de euros.

Os ingleses jogam sobre os ombros do empresário Arlindo Conde Neto a responsabilidade pelo desmonte da operação brasileira e os prejuízos causados por atrasos no pagamento de lojas, fornecedores e funcionários. Dos mais de 30 pontos de venda da marca no Brasil, menos de dez ainda estariam operando, mas a tendência é que fechem as portas em breve. A Accessorize foi despejada de alguns shoppings, como o Iguatemi de São Paulo, por atrasos no pagamento do aluguel. Procurada, a Monsoon não se pronunciou. O RR também fez várias tentativas de consulta à Accessorize Brasil, mas não conseguiu contato pelos telefones nem da empresa nem das próprias lojas.

O site da companhia está fora do ar. O revés da Accessorize surge como um raro ponto fora da curva na biografia empresarial de Arlindo Conde Neto. Arlindo também é uma grife. Representante de uma linhagem de banqueiros – sua família fundou o BCN, posteriormente vendido ao Bradesco –, é um bem-sucedido investidor, especialmente na área de agribusiness. Seus negócios vão da criação de gado à produção de café.

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