Ultra fisga um cardume de postos bandeiras branca

  • 6/01/2016
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  O sonho de consumo do Grupo Ultra em 2016 não é segredo para ninguém: em 10 de agosto de 2015, o empresário Paulo Cunha afirmou que, se a BR Distribuidora fosse vendida em pedaços, ele garantiria a compra de uma leva de postos da companhia. Mas dificilmente a modelagem de venda da estatal passará pelo fatiamento da rede. Resta ao Ultra encher o tanque com a incorporação de estabelecimentos de bandeira branca. Neste momento, o conglomerado mantém em seu radar cerca de 200 unidades, a maioria nas Regiões Norte e Nordeste. Grande parte das negociações já foi iniciada e deverá ser concluída no primeiro trimestre deste ano. O garimpo custará algo entre R$ 220 milhões e R$ 250 milhões. Segundo o RR apurou, alguns destes estabelecimentos estão também na mira da Raízen. Mas o Ultra tem adotado uma política agressiva para fisgar os postos sem bandeira e, desta forma, comprar mercado. As iscas incluem o pagamento mais generoso de luvas – até 20% acima da concorrência – e a cobrança de royalties mais baixos.  O orçamento do Ultra para este ano prevê R$ 880 milhões para a abertura de unidades com a marca Ipiranga ou a incorporação de postos bandeira branca. Trata-se de uma cifra 25% superior ao montante gasto ao longo de 2015 – cerca de R$ 700 milhões. A escalada dos investimentos é proporcional ao peso do negócio para o conglomerado como um todo. Hoje, a distribuição de combustíveis responde por 85% do faturamento do Ultra, que fechou 2015 com mais de R$ 70 bilhões em vendas.  Por qualquer ângulo que se olhe, a BR é a referência a ser perseguida pelo Grupo Ultra, notadamente na disputa pelo ranking do setor. Nos últimos anos, a combinação entre os expressivos investimentos do Ultra e a estagnação da subsidiária da Petrobras reduziu consideravelmente a distância entre ambos. A BR tem cerca de oito mil postos, contra 7,2 mil da Ipiranga. Há três anos, essa diferença era superior a dois mil pontos de venda.

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