Traffic mergulha na “Operação Desmanche”

  • 19/09/2016
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 A Traffic, em outros tempos a maior agência de marketing esportivo da América Latina, está se desmanchando em gomos. O empresário J. Hawilla, delator-mor do “Fifagate”, partiu para a negociação em separado dos últimos contratos de transmissão que ainda compõem a carteira da companhia. Colocou à venda os direitos de exibição da Copa do Brasil. Segundo o RR apurou, um grupo chinês e uma tradicional empresa brasileira de marketing esportivo estudam a aquisição do contrato, que, além da transmissão do torneio pelos próximos seis anos, engloba a venda de placas publicitárias nos estádios. Na paralela, Hawilla também busca um comprador para os direitos de TV da Copa Sul-Americana. O último ato do desmonte da Traffic deverá ser a venda da luxuosa sede da empresa no Jardim Paulista.  Hawilla sabe que vai perder bastante dinheiro nesse jogo. O momento não é nada propício para a venda destes contratos. Como se não bastassem os efeitos da crise econômica, o segmento de marketing esportivo deverá ter uma freada em razão dos altos investimentos feitos pelas empresas privadas na Olimpíada. A dificuldade na venda de cotas de TV e de placas de publicidade certamente se refletirá na depreciação do valor dos contratos da Traffic. Hawilla, no entanto, não tem outra opção. A venda em fatias foi a alternativa que restou diante da ausência de investidores dispostos a herdar a marca – e as máculas – da Traffic, envolvida no escândalo de pagamento de suborno a cartolas. Além disso, não custa lembrar, o empresário precisa pagar US$ 151 milhões pelo acordo que fez com a Justiça americana. A multa e um punhado de delações permitiram que Hawilla trocasse uma penitenciária americana por uma tornozeleira eletrônica e um “exílio” em Miami. As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: Traffic.

#J. Hawilla #Traffic

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