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Empresa
Dafiti é mais uma vítima da crise argentina
12/09/2023A plataforma de comércio eletrônico Dafiti vai encerrar suas operações na Argentina. A varejista da área de moda tem sido duramente afetada pela grave crise econômica local e pela consequente retração do consumo. Além disso, a escassez de dólares na Argentina tornou-se um dificultador para a importação de produtos têxteis. É o mesmo problema que levou a Renner a fechar temporariamente duas lojas no país vizinho. Procurada pelo RR, a empresa não se manifestou até o fechamento desta matéria.
Há cerca de dois anos, a Dafiti ampliou sua operação na Argentina, com investimentos em tecnologia e acréscimo de novas marcas ao portfólio. Pouco antes, a companhia inaugurou um centro de distribuição de .500 metros quadrados, capaz de armazenar cerca de 800 mil itens. Segundo o RR apurou, o imóvel está disponível para venda. A decisão de expandir os negócios no país acabou se revelando um tiro n´água, com o acelerado definhamento da economia local. Atualmente, as vendas na Argentina representam menos de 5% da receita da empresa de e-commerce.

Empresa
Renner reformula seu braço financeiro
21/08/2023A ex-Banco Safra Paula Mazanék está assumindo a presidência da Realize CFI, braço financeiro da Renner, com a missão de reestruturar o negócio. A performance da empresa abaixo do esperado é apontada no setor como a principal razão para a saída de Gustavo Guedes Maniero do cargo, na primeira semana de agosto. No segundo trimestre deste ano, a unidade financeira teve um prejuízo de R$ 53,7 milhões, contra um lucro de R$ 11,9 milhões em igual período no ano passado. Uma das tarefas de Paula será a “digitalização” da Realize, com o desenvolvimento de soluções de pagamento. Muito provavelmente terá os valiosos aconselhamentos de José Galló, presidente do board da Renner. Galló é simplesmente um craque.

Empresa
Acionistas da Renner só pensam em um nome: José Galló
22/06/2023Há um zunzunzum nos corredores da Renner de que fundos acionistas da companhia estariam tentando convencer José Galló a reassumir a presidência, ainda que em caráter temporário. A volta de Galló à cadeira de CEO, hoje ocupada por Fabio Faccio, teria como objetivo dar um choque de expectativa no mercado neste momento em que o varejo vive uma notória crise de crédito, no arrasto das fraudes da Americanas. Ou seja: Galló, com todo o seu justificável prestígio, seria uma espécie de avalista da Renner, junto notadamente a bancos e fornecedores. O executivo, que hoje comanda o Conselho de Administração da rede varejista, é uma reserva de competência e reputação da companhia.
Segundo informações filtradas da Renner, ainda que não formalmente, na prática é como se José Galló já estivesse assumindo aos poucos as funções de presidente. Nos últimos meses, o chairman passou a ter uma interlocução mais frequente com os diretores. Estaria, inclusive, participando diretamente de algumas decisões estratégicas nevrálgicas, como o fechamento de lojas do grupo – só da bandeira Camicado, 13 pontos de venda encerraram suas atividades desde janeiro. Na esteira das turbulências que afetam o varejo como um todo, a Renner não vive um momento dos mais alvissareiros. No primeiro trimestre do ano, reportou um lucro de R$ 46,8 milhões, 75% inferior ao resultado obtido em igual período em 2022. A companhia enfrenta ainda problemas em sua operação internacional, como o fechamento temporário de lojas na Argentina, conforme o RR já noticiou. Na visão dos acionistas, Galló é o comandante certo para a Renner atravessar essas tormentas. Em contato com o RR, a empresa afirmou “José Galló é o presidente do Conselho de Administração da Lojas Renner S.A. e, assim como os demais conselheiros, atua próximo do negócio, dentro do seu papel.” Perguntada especificamente sobre a eventual volta de Galló ao cargo de CEO, a companhia não se pronunciou.

Destaque
JSL prepara mais uma grande operação de M&A na área de logística
17/04/2023A JSL quer avançar mais alguns quilômetros em seu férrico processo de consolidação do setor de logística. Segundo o RR apurou, o grupo controlado pela família Simões abriu conversações para a compra da Sequoia. Esta pode ser a sua oitava operação de M&A nos últimos três anos – a maior delas, a incorporação da IC Transportes, foi fechada no mês passado, ao custo de R$ 587 milhões. A JSL mira, sobretudo, na carteira de contratos da Sequoia no varejo, que reúne clientes como Renner, Amazon e Magazine Luiza. Trata-se de um segmento disputado roda a roda pelas grandes empresas de logística, inclusive as globais DHL e Fedex, devido à sua altíssima escala. Estima-se as compras online resultarão em mais de 400 milhões de entregas neste ano no Brasil – mesmo com a taxação do comércio eletrônico, mordida já sinalizada pelo ministro Fernando Haddad. Este foi um dos motivos que, inclusive, levaram a JSL a manifestar seu interesse nos Correios, em 2020, quando o governo Bolsonaro anunciou a privatização da empresa – já devidamente engavetada pela gestão Lula.
Com a eventual aquisição da Sequoia, a JSL saltaria de um faturamento da ordem de R$ 8,5 bilhões para algo em torno de R$ 10,5 bilhões, com um Ebitda combinado em torno de R$ 1,4 bilhão. Consultadas, as duas empresas não se manifestaram. A Sequoia é hoje um alvo razoavelmente vulnerável. Nos últimos meses, a empresa tem feito contatos com fundos de investimento em busca de um aporte de capital da ordem de R$ 100 milhões. Inicialmente, era o Plano A. No entanto, segundo fonte ligada à empresa, os principais acionistas já consideram a venda do controle. A companhia derreteu na bolsa: no intervalo de um ano, seu valor de mercado despencou 82%, saindo de R$ 1,4 bilhão para aproximadamente R$ 250 milhões. A queda se acentuou nos últimos três meses, devido à contaminação pelo efeito Americanas. Por força das circunstâncias, o principal ativo da Sequoia, seu peso no setor de varejo, é também seu calcanhar de Aquiles.

Empresa
Com que roupa a Renner vai na Argentina?
10/04/2023A Renner está penando para manter suas operações na Argentina. A companhia tem buscado um número maior de fornecedores locais na tentativa de abastecer suas duas lojas que ainda permanecem abertas no país – na Avenida Santa Fé, em Buenos Aires, e no Patio Olmos, em Córdoba. Segundo o RR apurou, ambas estão funcionando com níveis de estoques bastante reduzidos. A rede varejista, assim como outras empresas do setor, tem sido duramente impactada pela decisão do governo Alberto Fernández de sobretaxas as importações de uma série de itens, entre quais produtos têxteis. Proporcionalmente a participação da indústria local sempre foi pequena no catálogo da companhia no país. Mais de 70% dos produtos de vestuário vendidos pela Renner na Argentina são importados, notadamente do Brasil – a maior parcela – e da Ásia.
Neste momento, o ambiente econômico é bastante hostil à permanência da Renner na Argentina. No seu segmento específico, o “tarifaço” do governo de Alberto Fernández provocou um “inflacionaço” – na média, os preços dos itens de vestuário subiram mais de 120% em 2022. A falta de mercadorias já levou a Renner a fechar – para todos os efeitos, “temporariamente” – outros dois pontos de venda na Argentina, conforme o RR revelou em janeiro. Ressalte-se que, por motivos similares, a chilena Falabella, um gigante do varejo, encerrou suas atividades na Argentina. Em contato com o RR, a Renner informou que “desde que chegou ao país vem desenvolvendo fornecedores argentinos”. A empresa confirmou que “as lojas na Calle Florida, em Buenos Aires, e no shopping Paseo del Jockey, em Córdoba, estão fechadas temporariamente, desde o começo do ano, devido à falta de estoque de produtos por motivos alheios à empresa.”

Negócios
Magazine Luiza e Riachuelo entram no páreo pela compra da Amaro
29/03/2023Os acionistas da rede varejista de moda Amaro estão em busca de um comprador para a empresa. Segundo o RR apurou, a companhia mantém conversações com Renner e Magazine Luiza. O Mercado Livre também demonstrou interesse pelo negócio. De acordo com uma fonte próxima à Amaro, os acionistas fundadores, Dominique Oliver, Lodovico Brioschi e Roberto Thiele, querem manter uma participação minoritária no capital. A varejista vive um momento complexo, por conta do aumento do seu passivo. Com 20 lojas físicas e uma operação forte de e-commerce, a empresa fatura cerca de R$ 600 milhões por ano.

Negócios
Crise afeta negócios da Renner na Argentina
6/01/2023A operação da Renner na Argentina está na corda bamba. A rede varejista tem sido duramente atingida pela crise econômica no país vizinho. Nesta semana, fechou, temporariamente, uma de suas duas lojas em Buenos Aires, localizada na Calle Florida. Já é o segundo ponto de venda desativado provisoriamente pela empresa – o outro foi no Shopping Paseo del Jockey, na cidade de Córdoba. Como se não bastasse a retração do consumo, nos últimos meses a Renner passou a conviver com mais um problema: a falta de produtos em estoque, notadamente no segmento de vestuário. Trata-se de uma consequência, por um lado, do fechamento de indústrias locais e, por outro, da elevada taxação sobre produtos importados imposta pelo governo de Alberto Fernández.
Até o momento, ressalte-se, as outras duas lojas da Renner na Argentina – uma em Buenos Aires, na Avenida Santa Fé, e outra também em Córdoba, mais precisamente no Patio Olmos – seguem funcionando. Em conversa com o RR, a rede varejista confirmou que “devido à falta de estoque de produtos por motivos alheios à empresa, as operações na Calle Florida, em Buenos Aires, e no shopping Paseo del Jockey, em Córdoba, permanecerão fechadas temporariamente.” Até quando? A companhia não diz. Garante apenas “que continuará trabalhando para a reabertura das lojas e reafirma seu compromisso com a Argentina e com seus clientes, colaboradores e fornecedores no país.”

Shein avança sobre a Dafiti
18/08/2022A chinesa Shein entrou na disputa pela compra da Dafiti, uma das maiores plataformas de e-commerce de moda do Brasil, com faturamento em torno de R$ 3,5 bilhões por ano. Controlada pelo Global Fashion Group (GFG), de Cingapura, a empresa está avaliada em algo em torno de R$ 1,5 bilhão. No mercado, há informações de que Renner e Magazine Luiza também teriam interesse pela Dafiti. Seu ativo mais cobiçado é a base de quase oito milhões de clientes ativos, com um tíquete médio da ordem de R$ 190. A investida sobre a Dafiti reforça o apetite da Shein pelo mercado brasileiro. O grupo, gigante global do e-commerce, quer marcar sua entrada no país com uma aquisição de peso. Neste momento, os chineses se dedicam à montagem da sua operação brasileira, a cargo do executivo Felipe Feistler, ex-Shopee. A Shein já fatura o equivalente a R$ 2 bilhões por ano no país, mas com peças de vestuário vindas da China. Peças que vêm com algumas “manchas”, diga-se de passagem: o grupo chinês é acusado no exterior de copiar o design de criações da espanhola Zara.
Novo morador?
2/06/2022A Lojas Marisa está acelerando os investimentos na reforma de lojas e no lançamento de novos modelos de ponto de venda. Parece até coisa de quem está arrumando a casa para um futuro comprador. Nos últimos anos, ao menos por duas vezes, a Marisa esteve perto de ser comprada pela Renner.

Privalia entra no carrinho de compras do Mercado Livre
29/12/2021O RR apurou que o Mercado Livre está em negociações para a compra da Privalia, maior outlet virtual de moda do Brasil. As cifras giram em torno de R$ 1,2 bilhão. As tratativas são conduzidas pelo Itaú BBA. O plano inicial da francesa Veepe, controladora da Privalia, era sair do negócio gradativamente. No entanto, a frustrada tentativa de IPO da companhia, em julho, precipitou a decisão de deixar o Brasil. Procurados, Mercado Livre e Privalia não quiseram se pronunciar. Com a aquisição, o faturamento anual do Mercado Livre no Brasil passaria de R$ 11 bilhões para cerca de R$ 12,5 bilhões. O ganho maior, no entanto, viria com a expansão dos negócios na área de moda, que hoje está longe de ser a principal operação da plataforma de e-commerce. O Mercado Livre quer avançar, por exemplo, sobre o território de grandes grupos de varejo com atuação híbrida – ou seja, vendas físicas e online -, casos da Renner e da Riachuelo.

Renner entra na briga pela Marisa
16/08/2021A Marisa está no centro de uma disputa acirrada. O RR teve a informação de que a Renner estaria tentando atravessar as negociações entre a Americanas e a rede de vestuário e fechar a compra da companhia. A chave para superar a empresa de Jorge Paulo Lemann e cia. seria um prêmio maior sobre o valor de mercado, de até 25%. Tomando-se como base o preço da ação da Marisa no fechamento de ontem, a proposta da Renner ficaria em torno de R$ 2,5 bilhões. Segundo uma fonte envolvidas nas negociações, a Americanas teria acenado com um prêmio em torno de 15%, ou seja, uma proposta de aproximadamente R$ 2,3 bilhões. Procuradas pelo RR, Renner e Marisa não se pronunciaram. A Renner, cabe ressaltar, se armou até os dentes para esta batalha. Em abril, captou quase R$ 4 bilhões por meio de uma oferta de ações. Do ponto de vista do perfil operacional, a incorporação da Marisa pela Renner faz até mais sentido do que a associação com a Americanas. Ambas têm uma atuação concentrada no varejo de moda, com vários fornecedores em comum. A fusão entre Renner e Marisa resultaria em uma rede com mais de 900 lojas e faturamento na casa dos R$ 8 bilhões.
Startups em série
4/11/2019R$ 50 milhões. É a munição que José Galló, ex-CEO da Renner, carrega no coldre para novos investimentos em startups. Galló já despejou R$ 10 milhões na plataforma de entregas Delivery Center, onde tem como sócios Multiplan, BR Malls, entre outros
O tango da Renner
24/01/2019O RR apurou que a Lojas Renner prepara-se para desembarcar na Argentina neste ano – em 2017, a rede entrou no Uruguai, onde já tem sete lojas. Será o batismo de fogo de Fabio Faccio. A partir de abril, o executivo terá a responsabilidade de comandar a Renner no lugar de José Galló, tratado como um mito por aquelas plagas.
Klein e Aberdeen vão juntos ao shopping
26/08/2016Michael Klein, que ficou mais conhecido por ter sido dono das Casas Bahia, abriu negociações com a Aberdeen para que a gestora de recursos entre no capital da CB, sua empresa de participações e investimentos. A CB tem R$ 2,5 bilhões em caixa e 350 imóveis com valor de mercado de R$ 4,5 bilhões. O plano de Klein é se capitalizar para adquirir shoppings no Brasil e em outros países da América do Sul. Consultadas, a CB e a Aberdeen negaram a transação. Mas, segundo informação filtrada junto à CB, o ativo mais cobiçado por Klein é a General Shopping, uma das grandes no segmento de outlets, controlada pela família Veronezi. No início do ano, a Aberdeen fez um sobrevoo na General Shopping, mas não conseguiu fechar um acordo. Os Veronezi acharam baixo os valores apresentados pela Aberdeen. Se tivessem aumentado o preço na ocasião, estariam sorrindo de orelha e orelha. Depois de três anos de prejuízos – em 2015, chegou a R$ 550 milhões –, a General Shopping está enxergando o azul em 2016. As vendas aumentaram 10%. A companhia tem quatro outlets e mais 15 shoppings. A Aberdeen é uma das maiores acionistas da Renner e tem na carteira R$ 21 bilhões em ativos sob sua gestão no país. A estratégia no mercado brasileiro passa por aquisições sempre como minoritários em empresas do setor. Ela veste como uma luva no plano de Klein de aumentar o capital da CB e crescer através da compra de novos shoppings. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: General Shopping.
Renner e Caixa Econômica desafiam a conjuntura adversa
2/09/2015No momento em que o varejo atinge temperaturas cada vez mais baixas e os índices de inadimplência fervem, Lojas Renner e Caixa Econômica Federal costuram a primeira grande associação na área de crédito ao consumidor desde que o “finado” HSBC Brasil se uniu à Máquina de Vendas (Ricardo Eletro e Insinuante), em 2012. O que está em jogo é a montagem de uma operação que, no seu primeiro ano, deverá movimentar cerca de R$ 1 bilhão. O ponto de partida é a criação da nova financeira da Renner. Segundo o RR apurou, o pedido de autorização será encaminhado ao Banco Central nos próximos dias. A Caixa ficaria com 50% do capital da nova empresa. Teria ainda participação direta na gestão, com a indicação de um ou até dois diretores. Procuradas, Renner e CEF negaram as negociações. Caso a operação se consume, a Renner, voltada às classes B e C, contará com a escolta financeira de um banco que entende de povo como poucos. A Caixa Econômica, por sua vez, terá acesso a um balcão que não para de crescer. Hoje, são 180 lojas, número que ganha um reforço se computados os 30 pontos de venda da Camicado, especializada em artigos para o lar. Sabe-se, no entanto, que a Renner pretende duplicar sua rede, com a abertura de 200 lojas nos próximos cinco anos. E a crise no varejo? Por ora, a empresa é a exceção que confirma a regra. No ano, acumula um aumento de 10% no tíquete médio, um avanço de 20% na receita e um crescimento do lucro na casa dos 30% – o maior entre as redes do segmento de vestuário. Para a Caixa Econômica, o acordo com a Renner teria anda um forte valor simbólico. A CEF é uma instituição financeira em busca do tempo perdido. No auge do crédito direto ao consumidor, no governo Lula, a Caixa não entrou para valer na briga pelo balcão das grandes redes varejistas, um duelo protagonizado pela banca privada. Nesse período, amarrada às atribuições de agente público, a CEF se concentrou, notadamente, na tarefa de injetar recursos em pequenas e médias redes do comércio. Agora, põe o pé na Renner em um momento de provação do varejo e do crédito ao consumo. O comércio acumula queda de 1,2% no ano e, nos últimos 12 meses, o número de inadimplentes no Brasil saltou de 51 milhões para quase 57 milhões.
Contramão
17/07/2015A Renner já faz por merecer uma honraria do Ministério do Trabalho. Além de anunciar duas mil contratações, pretende abrir 45 lojas neste ano e 50 em 2016. Consultada, a Renner não se pronunciou sobre os números do ano que vem.