Tag: Relações Exteriores
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Governo
G20 ganha uma pauta extraordinária com as bombas de Brasília
14/11/2024As bombas jogadas em frente ao prédio do STF pelo “kamikaze de Brasília” geraram enorme tensão nas áreas de segurança e relações exteriores. São os setores do governo diretamente ligados ao encontro do G20. O ato de terrorismo provocou ações de urgência do Itamaraty e um planejamento de segurança ainda mais acurado para o evento. A interpretação predominante é que não teria sido um recado de um grupo extremista específico. Há quem mencione, inclusive, ter sido resultante de um problema de saúde mental. Mas o fato é que a iniciativa teve o caráter de efeito demonstração. O rebuliço permanece atiçado nos órgãos do governo. Nas relações exteriores, foram feitos contatos com toda a chancelaria dos países que se farão presentes no G20. Foram necessárias explicações detalhadas e tranquilizadoras sobre o acontecido. A compreensão é que se trata de um ato isolado, incapaz de se repetir no espaço de realização do Grupo, e que o esquema de segurança previamente traçado já é suficiente para evitar algo similar.
A comunicação com os órgãos de relações exteriores dos 20 países é considerada a missão com maior importância no momento. A mensagem é que a ação terrorista não teria sequer valor simbólico e, portanto, não haveria qualquer perigo. Mas é inevitável algum estrago à imagem do Brasil. A área de Inteligência do governo está sendo acionada a todo o vapor para monitorar as redes. A internet é o canal perfeito para disseminar a mentira e o medo, notadamente a partir de um fato concreto.
A ação terrorista inevitavelmente vai provocar reforço na segurança dos chefes de estado presentes ao G20. Essa iniciativa é algo tácito, mas entendida pelo Itamaraty como uma reação líquida e certa. O homem-bomba conseguiu criar uma pauta nova, na véspera da discussão de pilares para a construção de um mundo melhor. Um mundo com maior preocupação com o clima, com o declínio do multilateralismo e com a extinção da fome. Um mundo com menos bombas. Sejam lá quais forem seus objetivos.
Política externa
Chanceler brasileiro conduz delicada conversa com a União Europeia
24/09/2024Política externa
Tudo é acerto no jogo de dupla da política externa brasileira
23/10/2023Por maior que seja o prestígio de Celso Amorim junto a Lula, sua presença no Palácio do Planalto está longe de eclipsar a figura do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Indicadores ajudam a desconstruir a percepção de que Vieira seria uma espécie de “chanceler do B”. Mas paremos por aí. Amorim é quem fala no ouvido no presidente, escreve seus discursos e o acalma com seu jeito tranquilo de ser. Mas, apesar da maior intimidade e confiança, há uma divisão de tarefas respeitada pelos dois diplomatas. O ministro carrega o piano do Itamaraty. Não é o “conselheiro de Lula”, mas fala pela chancelaria com conhecimento de causa e respeito da casa. E não deixa o presidente ficar fora do seu raio de atuação. Vieira é o nome da diplomacia brasileira mais indexado ao presidente da República, como mostra levantamento exclusivo realizado pelo RR junto a 210 mil veículos de todo o país. Desde o início do governo, Mauro Vieira é citado junto a Lula em 46.400 registros, contra 29.011 de Amorim. Trata-se de uma diferença de 58% em favor de Vieira.
Nas internas, a influência de Amorim é disparadamente maior. Seu cargo, formalmente, não fica restrito à área externa. Ele é um “assessor para qualquer coisa”, como se diz no Planalto. Portanto, não há comparação de proximidade com Lula: fora Fernando Haddad e Janja, Amorim ganha de todos. A duplicidade na área diplomática atende os objetivos do presidente de fazer o Brasil estar em todos os lugares nos quais haja uma discussão internacional relevante. Há missões de Estado que exigem quase invisibilidade, boa parte delas entregue a Amorim. Outras são típicas do chanceler. Elas são exercidas por Vieira. O ministro das Relações Exteriores pontifica também o noticiário sobre os temas mais sensíveis na área de política externa neste momento. Desde o início do confronto, Vieira soma 2.986 menções junto ao presidente Lula quando o assunto é o conflito entre Israel e Hamas – são cerca de 1,4 mil citações a mais do que Celso Amorim. Parte expressiva do noticiário se refere ao papel do Brasil na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU.
Em relação ao G-20, do qual o Brasil é o atual presidente, a pesquisa também referenda o status de Mauro Vieira como nome mais representativo da diplomacia. São 4.445 referências ligadas ao tema, contra 2.469 de Amorim. Deve-se ressaltar também a exposição do ministro das Relações Exteriores vinculadas aos dois maiores parceiros comerciais do Brasil. Mauro Vieira desponta ao lado de Lula, respectivamente, em 16.810 inserções ligadas aos Estados Unidos e 17.011 registros com assuntos sobre a China. Mesmo assim, em ambas, Celso Amorim surge com aproximadamente 12 mil menções. Muitas delas, provavelmente por estar presente ao lado de Lula.
Entre os temas avaliados na pesquisa, há uma única pauta que aparece mais vinculada a Celso Amorim: a guerra entre Rússia e Ucrânia. São 11.463 citações ao assessor especial de Lula vinculadas ao confronto entre os dois países, contra 10.342 menções a Mauro Vieira. À época, na divisão de tarefas, coube ao assessor especial representar o Brasil nas conversações com Putin sobre a guerra com a Ucrânia. A tabelinha funciona. Existem poucos setores mais harmônicos no governo do que o exercido pelo ministro bifronte, metade Celso Amorim, metade Mauro Vieira.
Governo
Governo quer entrar de sola contra o racismo no futebol
24/05/2023Uma ideia passeou ontem, em Brasília, um dia após a divulgação das notas de repúdio dos Ministérios das Relações Exteriores, Igualdade Racial, Direitos Humanos e Esportes contra os ataques racistas que o jogador Vinicius Jr. tem sofrido na Europa. A proposta é que o governo brasileiro lidere uma campanha internacional contra essas vergonhosas atitudes discriminatórias. Vini Jr. se soma a uma lista de atletas que receberam ou recebem essas ofensas, da qual fazem parte Neymar Jr., Roberto Carlos e Daniel Alves. A premissa do governo é que essas notas oficiais são apenas protocolares e dão uma dimensão rasa do problema.
Por sua vez, a ideia do ministro da Justiça, Flávio Dino, de aplicar a legislação brasileira no exterior contra os torcedores que atacaram os jogadores brasileiros foi considerada risível. Seria criar uma espécie de jurisprudência permitindo que um país interferisse na decisão soberana de outra Nação. Ainda ontem, também, uma das vivandeiras célebres da Secretaria de Comunicação da Presidência da República ofereceu-se para organizar uma mega lista de um abaixo assinado contra o racismo, explorando a imagem do Vini. Seria uma representação da sociedade, e todos os integrantes do governo assinariam como cidadãos. Lula com certeza vai gostar mais de ser o garoto propaganda de uma campanha internacional antirracista, o que convenhamos, com ou sem a exposição publicista do Presidente da República, seria bom para o Brasil. A ver se cola.
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Diplomacia às avessas
14/03/2017O novo ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, tem se mostrado mais radical em relação ao corte de embaixadas do Brasil do que o antecessor, José Serra. O “bota-abaixo” deverá começar pelo circuito Serra Leoa, Libéria, Guiné e Burkina Faso. Depois virá a América Central. Não custa lembrar que Ferreira era o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, quando a Casa aprovou, no ano passado, a redução de embaixadas.