Tag: Pasta da Agricultura


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Destaque

Um Brasil em chamas vai à União Europeia para adiar lei antidesmatamento

18/09/2024
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Não poderia haver pior momento para o Brasil arder em chamas. A proliferação de incêndios no país se dá justo no instante em que a gestão Lula costura uma última cartada na tentativa de convencer a União Europeia a adiar a entrada em vigor do Regulamento para Produtos Livres de Desmatamento, prevista para 31 de dezembro. Segundo informações que circularam ontem na Pasta da Agricultura, o governo articula o envio de uma delegação à Bruxelas, encabeçada pelo chanceler Mauro Vieira e pelo ministro Carlos Fávaro. A missão deverá contar também com a presença de lideranças empresariais do agro e parlamentares da bancada ruralista.

O objetivo é cumprir uma agenda de reuniões com autoridades da UE, notadamente o lituano Virginijus Sinkevičius, comissário europeu para o Meio Ambiente. A Direção-Geral do Ambiente, comitê da União Europeia responsável pela formulação da chamada lei antidesmatamento, está diretamente subordinada a Sinkevičius. O que se diz no setor é que o Brasil deverá propor à UE a implantação gradativa das regras, além de um período de carência de seis a 12 meses para que o agronegócio possa se adequar à legislação.

Por si só, já seria uma tarefa intrincada – até prova em contrário, a maior parte dos países europeus está irredutível quanto à data para a vigência da nova regulamentação. Como se essa resistência já não fosse suficiente, o chamuscado governo brasileiro carregará para as tratativas em Bruxelas o enorme passivo das queimadas que atingem diferentes biomas do país. Somente na primeira quinzena de setembro, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registrou 57.312 focos de incêndio.

Na semana passada, o Brasil fez um approach diplomático com a UE, já visando as conversas que pretende ter com o comissariado europeu. Diplomático em termos. Em carta assinada pelos ministros Mauro Vieira e Carlos Fávaro, o governo soprou e mordeu: colocou-se à disposição para “intensificar a cooperação com o bloco europeu para a preservação das florestas” ao mesmo tempo que se referiu à nova lei antidesmatamento como uma medida “unilateral coerciva e punitiva”.

Faz parte do jogo. O adiamento, ressalte-se, não é um pleito exclusivo do Brasil. Estados Unidos e China também reivindicam que a entrada em vigor da lei seja empurrada mais para a frente. Até então, eram apenas vozes estrangeiras a pressionar a União Europeia. No início desta semana, no entanto, Brasil, EUA e China ganharam um aliado até certo ponto surpreendente. A Alemanha solicitou formalmente à UE a postergação da nova regulamentação.

Em linhas gerais, a nova regulamentação prevê uma espécie de marco temporal dos crimes ambientais. A União Europeia vai barrar a importação de uma série de commodities, como soja, café, cacau, carne bovina, madeira, óleo de palma, papel, entre outros, produzidas em florestas que sofreram desmatamento após dezembro de 2020. O cenário atual é preocupante para o agronegócio brasileiro.

Estimativas apontam que, se a lei entrar em vigor em 31 de dezembro, já no próximo ano o Brasil poderá perder até US$ 15 bilhões em exportações, o equivalente a um terço dos produtos agropecuários embarcados para a Europa – conforme informou O Globo na edição de ontem. Diante desse grave risco, representantes do agronegócio têm mantido intensa interlocução com o ministro Carlos Fávaro e sua equipe. Há relatos também de que importantes entidades do setor, a exemplo da Aprosoja e da CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária), discutem o lançamento de um manifesto, que seria publicado em grandes jornais europeus.

#Carlos Fávaro #Mauro Vieira #Meio Ambiente #Pasta da Agricultura

Destaque

Governo Lula tenta adoçar um pouco mais as relações comerciais com os Estados Unidos

5/09/2024
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Jair Bolsonaro tentou e não conseguiu; agora é a vez de Lula encarar uma complexa pauta bilateral. O RR apurou que o Brasil retomou negociações com o governo norte-americano com o objetivo de ampliar sua cota para exportações de açúcar aos Estados Unidos.

A missão mobiliza a cúpula da diplomacia brasileira – o chanceler Mauro Vieira e a embaixadora brasileira em Washington, Maria Luiza Viotti – e a Pasta da Agricultura, notadamente o ministro Carlos Fávaro e o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa.

Anualmente, os embarques brasileiros com direito a alíquota reduzida ou isenção tributária oscilam entre 150 mil e 170 mil toneladas por ano. O número corresponde a apenas 5% de todas as vendas de açúcar do país para o exterior. Os produtores brasileiros querem subir esse sarrafo para algo próximo de 230 mil toneladas.

Seria o suficiente para o Brasil se tornar o maior entre os “menores” exportadores de açúcar para os Estados Unidos, superando a República Dominicana (190 mil toneladas por safra) – o “maior entre os maiores” é o México, que, sob o manto do Nafta, exporta mais de um milhão de toneladas para o Grande Irmão do Norte.

Ocorre que as tratativas entre o Brasil e os Estados Unidos estão enroscadas em um nó difícil de desatar. Há informações de que o governo brasileiro aceita diminuir a alíquota para a importação de etanol, hoje de 18%, uma exigência dos norte-americanos.

O complicado, nesse caso, é dobrar a resistência interna do agronegócio, nesse caso específico uma hidra de duas cabeças. Com o chapéu de produtor de açúcar, os usineiros reivindicam maior espaço no mercado norte-americano; já com o chapéu de produtor de etanol, colocam o governo contra a parede e rechaçam a possibilidade de redução das barreiras tributárias para a importação do biocombustível.

No governo Lula, há um certo clima de “Ou vai ou racha”. A negociação está, desde já, indexada ao resultado das eleições norte-americanas. Se a democrata Kamala Harris vencer, o Brasil terá espaço, ao menos, para seguir com as tratativas, por mais intrincadas que elas seja. Mas se o protecionista Donald Trump voltar à Casa Branca, esquece!

É muito pouco provável que a diplomacia brasileira consiga levar o assunto adiante. Nem mesmo Bolsonaro, um confessor bajulador de Trump, teve sucesso. Entre 2019 e 2020, o então presidente brasileiro concedeu todas as benesses para a entrada do etanol norte-americano no Brasil – em 2019, o país comprou do Tio Sam mais de 1,1 bilhão de litros, ou 90% das importações totais.

Bolsonaro estava convicto de que seria uma via de mão dupla, abrindo caminho para o aumento das exportações de açúcar aos Estados Unidos. Ficou a ver navios. O máximo que conseguiu foi uma esmola glicosada – uma cota adicional para a venda de 80 mil toneladas de açúcar aos Estados Unidos em 2020.

O governo Lula, por sua vez, retomou as conversas com os norte-americanos em um cenário bem mais desafiador. Há uma superoferta de açúcar no mundo. Segundo o próprio Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a produção global em 2024 atingirá um recorde de 186 milhões de toneladas.

A própria safra norte-americana deverá alcançar a maior marca da sua história, com 9,5 milhões de toneladas. No país, há pressão da American Sugar Coalition, a poderosa associação dos produtores locais, para que o governo reduza até mesmo as importações do México.

#Estados Unidos #Lula #Pasta da Agricultura


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Bloqueio à carne brasileira deve levar Tereza Cristina à China

14/10/2021
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O RR apurou que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, cogita ir à China e negociar diretamente com as autoridades locais caso o país asiático não suspenda o bloqueio às importações de carne bovina brasileira até a próxima semana. A possível viagem da ministra a Pequim dá a medida do tamanho do problema sobre a mesa. Nos últimos dias, o governo brasileiro enviou às autoridades chinesas uma série de laudos técnicos comprovando que a identificação de dois casos da “vaca louca” em Minas Gerais foi um fato isolado, e o risco de contaminação de outros animais no país é próximo a zero.

A própria OIE (Organização Mundial da Saúde Animal) analisou as informações prestadas pelo Ministério da Agricultura e reafirmou o status brasileiro de “risco insignificante” para a enfermidade. Ainda assim, não há qualquer sinalização de Pequim sobre a reabertura do mercado. Entre os frigoríficos brasileiros, a postura do governo chinês é interpretada como uma manobra ardilosa, uma forma de explorar o episódio e forçar a redução dos preços da carne brasileira. Os embarques de carne bovina para a China foram interrompidos pelo próprio governo brasileiro em 4 de setembro, logo após a identificação dos casos de “vaca louca”.

No entanto, pelo protocolo firmado entre os dois países, cabe à China decidir pela retomada das importações. Consultada, a Pasta da Agricultura não se pronunciou especificamente sobre a possível viagem de Tereza Cristina a Pequim. No entanto, em conversa com o RR, o Ministério confirmou ter enviado uma solicitação de “reunião técnica, ainda não agendada pelas autoridades chinesas, que alegam estarem analisando as informações enviadas.”. A Pasta informou ainda que “não temos como estabelecer uma data para a retomada das exportações de carne bovina para a China, pois a decisão não cabe ao Governo brasileiro.”

#Ministério da Agricultura #Pasta da Agricultura #Tereza Cristina


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Pasta da Agricultura está “capturada”

29/11/2018
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O cargo de secretário executivo da Pasta da Agricultura já está “vago”. Esta é a percepção de quem trabalha no 9º andar da sede do Ministério, em Brasília, onde foi instalada a sala de transição do governo do Distrito Federal. Praticamente todos os despachos e reuniões do secretário Eumar Novacki, braço direito de Blairo Maggi, têm passado ao largo de questões agrícolas. Novacki já está em 2019 e só trata de assuntos relacionados ao seu futuro posto, chefe da Casa Civil do governador eleito Ibaneis Rocha. Consta que os funcionários de seu gabinete também entraram no ritmo de transição, dedicando-se mais a assuntos do Distrito Federal do que do Ministério da Agricultura. Coronel da MP do Mato Grosso, Novacki é conhecido entre seus subordinados como um homem, digamos assim, cerimonioso. Quando assume formalmente o Ministério durante as viagens de Maggi, faz questão de ser chamado de “Vossa Excelência”.

#Pasta da Agricultura

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