Tag: Ministério da Indústria e Comércio

Destaque
Risco de desabastecimento da Zona Franca mobiliza o governo
25/10/2023O risco de desabastecimento de componentes para as empresas da Zona Franca de Manaus virou assunto de Estado. O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, discutem um plano emergencial para garantir o fornecimento de insumos, afetado pelas secas nos rios da Amazônia. As tratativas envolvem também pelo governador do Pará, Helder Barbalho. A solução encontrada é ampliar a distribuição de cargas a partir do Porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA).
O governo federal já solicitou ao Pará o reforço de funcionários da Companhia Docas do estado para acelerar a movimentação e, sobretudo, o despacho de mercadorias. Os insumos estão sendo levados até Manaus por balsas, que, ao contrário de grandes navios, ainda conseguem chegar à capital amazonense mesmo com a redução do nível dos rios e as condições de navegabilidade desfavorável. Ocorre que a capacidade dessas embarcações corresponde a apenas 10% do volume de um cargueiro, o que vai exigir um ritmo frenético no porto de Vila do Conde para assegurar o abastecimento da Zona Franca.
Alckmin e Costa Filho têm recebido dados diários da Suframa, que monitora o ritmo de suprimento das indústrias locais. A preocupação aumenta por conta da proximidade das encomendas do varejo para o Natal. Na última segunda-feira, 33 empresas da Zona Franca paralisaram suas atividades e iniciaram um período de férias coletivas por falta de insumos. Há informações de que, até o fim de semana, outras fábricas também vão suspender a produção.
Tributação
Governo estuda um sarrafo intermediário para taxação do aço chinês
20/10/2023Nem tanto ao céu, nem tanto à terra. O governo estuda uma saída intermediária para a pressão do setor siderúrgico contra o aço chinês. As discussões no Ministério da Indústria e Comércio, comandado pelo vice Geraldo Alckmin, passam pelo aumento da taxa de importação dos atuais 9,6% para algo em torno de 15%. No mês passado, a direção do Instituto Aço Brasil levou ao próprio Alckmin a proposta de elevação da alíquota para 25%. No entendimento do governo, trata-se de um sarrafo alto demais. O receio é que uma elevação tão expressiva das barreiras alfandegárias provoque uma reação do governo chinês, em um cenário mais danoso até mesmo com retaliações comerciais.
Automotivo
Inmetro estuda normas técnicas para a produção de carros elétricos
21/09/2023O governo, ao que parece, começou a se mexer para acabar com uma zona cinzenta na cadeia de produção de veículos elétricos e híbridos no Brasil. O RR apurou que o Inmetro, vinculado ao Ministério da Indústria e Comércio, trabalha na elaboração de normas técnicas para motores e, sobretudo, equipamentos de recarga montados no país. Trata-se de uma cobrança da própria indústria automotiva e de fabricantes de componentes.
Por questões de segurança, há uma preocupação especial com o padrão, ou pior, a falta de padrão para as estações de recarregamento dos veículos – as baterias de lítio têm maior suscetibilidade ao superaquecimento, o que aumenta os riscos de incêndio. Em contato com o RR, o Inmetro confirmou que “está atualmente com iniciativas em andamento para, no futuro próximo, contemplar de forma adequada as questões relacionadas com a regulamentação específica para carros elétricos”.
A falta de normas técnicas e de regras padronizadas de segurança para os equipamentos de recarga é um problema a mais para um negócio que ainda engatinha no Brasil. A rede de reabastecimento é um dos grandes gaps para o aumento da oferta de carros elétricos e híbridos no país. Faltam estações para o recarregamento de baterias. Em média, os demais países têm uma unidade para cada oito automóveis ou caminhões em circulação. No Brasil, essa relação é de um para 14.

Energia
Os planos da Land Rover para a transição energética no Brasil
7/08/2023A Land Rover deu a partida no projeto de produzir carros elétricos no Brasil, mais precisamente na fábrica de Itatiaia (RJ). Segundo fonte ligada à empresa, o grupo tem feito estudos para a fabricação de dois modelos, a ser iniciada em 2025. Trata-se de uma direção diferente da que vem sendo tomada por outros grupos do setor. Volkswagen e Stellantis – esta última conforme o RR antecipou já anunciaram planos de fabricar veículos híbridos no país, combinando eletrificação e etanol. No caso da Land Rover, o que está em jogo é a própria sobrevivência da fábrica de Itatiaia e da operação brasileira. O grupo inglês já anunciou que encerrará a produção de veículos a combustão em todo mundo até 2030. A julgar pelo aumento da publicidade da montadora, notadamente nas redes sociais, a ameaça a operação da companhia no país pode ser considerada amena. A Land Rover garante que o Brasil é um mercado estratégico para o grupo a longo prazo. Foi o que próprio diretor global de estratégia e sustentabilidade da companhia, François Dossa, disse ao vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, no encontro que tiveram em março.

Política
“Frente ampla” 2
3/11/2022Emissários do PT, como o ex-governador Fernando Pimentel, trabalham para construir pontes entre a futura gestão Lula e Flavio Roscoe, presidente da Fiemg (Federação das Indústrias de Minas Gerais). Bastante próximo de Romeu Zema, Roscoe empurrou a indústria mineira para a campanha de Jair Bolsonaro. A ponto do dirigente empresarial ter sido cotado para assumir um eventual Ministério da Indústria e Comércio em um segundo mandato de Bolsonaro.

BNDES será o “Ministério da Indústria” de Lula
5/09/2022O governo Lula já tem definido que voltará a fazer política industrial. O comitê de assuntos econômicos do candidato do PT, contudo, tem outros planos para a instância responsável pela indústria. Quem receberá esta competência não fica em Brasília nem é sequer um ministério. O dono da bola, ou para ser preciso, da indústria é um banco de fomento e está situado na Av. Chile, no Rio de Janeiro, quase em frente à Petrobras.
Trata-se do BNDES, que receberá uma verdadeira reparação do estrago cometido na gestão Bolsonaro e voltará a gerir a política do setor secundário da economia. A missão deixa de ser do Ministério da Economia – coisa que nunca foi mesmo -, e o antigo Ministério da Indústria e Comércio permanece extinto. É uma missão hercúlea para o banco: reduzir o hiato entre o crescimento do Produto Industrial de pouco mais de 30% do PIB, há cerca de 40 anos, para 11% do PIB, na atual gestão.
Apesar de Lula insistir em afirmar que o BNDES financiará primordialmente as pequenas e médias empresas – declaração comum a todos os candidatos porque dá voto – nas internas do comitê econômico do PT o programa para ressureição da indústria já ganhou os retoques finais. O banco vai financiar, sim, as PMEs, com a transferências dos Sebraes nacional e regionais e mais foco e aportes nessa operação. Mas não são as PMEs a pedra de toque do BNDES idealizado pelos petistas. A divisão de funções é bem mais ampla.
O BNDES voltará a atuar na substituição de importações – adubo, chips, aparelhos eletrônicos sofisticados, satélites aeroespaciais, complexo industrial de saúde, entre outros (ver RRs de 28 de janeiro e 28 de julho) – com financiamento ou cofinanciamento a empresas que se dispuserem a ingressar nesses setores. O banco se dedicará também às concessões, tocando o mesmo diapasão que permitiu a Paulo Guedes amealhar centenas de bilhões de compromissos de investimentos até 2030. Todos os projetos deverão estar em linha com a agenda ESG e a renovação da matriz energética. A ideia é que a combinação desses vetores potencialize a indústria e inverta a rota de “africanização” do setor. O BNDES é o órgão de governo mais abalizado para cumprir essa tarefa. Se vai conseguir, somente o futuro dirá.
Profissão de fé
27/12/2021A nomeação de André Mendonça para o Supremo não saciou a comunidade evangélica. A “bancada da bíblia” trabalha para abocanhar ao menos duas cadeiras na reforma ministerial prevista para abril. Um dos nomes já levados ao presidente Jair Bolsonaro é o do deputado Marcos Pereira, que comandou o Ministério da Indústria e Comércio no governo Temer.
Causa própria
4/01/2021O deputado Marcos Pereira, do Republicanos, é a principal voz do Centrão que tenta convencer Jair Bolsonaro a recriar o Ministério da Indústria e Comércio. Pereira já se vê de volta ao cargo que ocupou no governo Temer.