Tag: Joesley e Wesley Batista


Warning: Undefined variable $contador in /home/relatorioreservado/www/wp-content/themes/relatorio-reservado/tag.php on line 44

Destaque

Transição energética é a nova proteína dos irmãos Batista

2/08/2024
  • Share

A Âmbar Energia – leia-se a J&F, holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista – vai turbinar suas operações em geração renovável. O plano de investimentos que vem sendo alinhavado pela direção da companhia combina projetos greenfield e, sobretudo, aquisições. Intramuros, os irmãos Batista nunca esconderam sua preferência pelo crescimento via M&As, que permite queimar etapas e acelerar o ritmo de expansão dos negócios a um custo de capital de mercado. Principalmente quando ambos se veem diante da oportunidade de comprar ativos estressados e consequentemente mais baratos.

É o caso da 2W Ecobank. Segundo o RR apurou, a Âmbar tem interesse na aquisição da empresa, dona de dois complexos de energia eólica com capacidade de 400 MW – um já em fase operacional, o Anemus, no Rio Grande do Norte; e outro ainda em desenvolvimento, o parque de Kairós, no Ceará. A companhia atravessa uma delicada situação financeira. Carrega uma dívida de R$ 3 bilhões e está no meio de uma complexa tentativa de repactuação com bancos credores e debenturistas.

Trata-se de um incêndio que nas mãos da Âmbar muito provavelmente se transformaria em uma pequena fogueira. Uma coisa é as instituições financeiras e os debenturistas negociarem com uma empresa com notória dificuldade de cumprir suas obrigações financeira, como é o caso da 2W Ecobank. A outra é sentar-se frente a frente com uma companha altamente capitalizada que tem por trás um dos maiores conglomerados empresariais da América Latina, como é a Âmbar. Tudo muda de figura.

Engana-se quem pensa que a Âmbar pretende reduzir seus investimentos em energia fóssil. Pelo contrário, vide a recente aquisição de 13 usinas térmicas a gás natural – 12 delas operacionais, além do projeto de desenvolvimento de uma nova geradora em Manaus -, um negócio de R$ 4,7 bilhões. No entanto, a companhia quer reduzir a grande diferença que ainda existe em seu portfólio entre ativos de base fóssil e energia limpa. Contabilizando-se as usinas adquiridas junto à Eletrobras, são quase cinco gigawatts em térmicas, quase que totalmente a gás natural.

É praticamente 90% de toda a capacidade de produção da Âmbar. Por sua vez, a carteira de geração renovável ainda se resume a cinco usinas fotovoltaicas, uma a biogás e 16 PCHs. Mas esse enorme gap está com os dias contados. Procurada pelo RR, a Âmbar não quis comentar o assunto.

A investida em energia limpa reforça a posição de Joesley e Wesley Batista no rol – infelizmente restrito – de empresários capazes de liderar grandes projetos estruturantes no país. Além do potentado de proporções globais na proteína animal, os irmãos Batista têm diversificados seus negócios.

Estão na celulose, na mineração e na logística, com um porto fluvial próprio no rio Paraguai, e investimentos já engatilhados no modal ferroviário – a construção de um ramal para conectar a fábrica de celulose da Eldorado, em Três Lagoas (MS), à Ferronorte, ao custo de R$ 900 milhões. Com os planos de expansão da Âmbar, Joesley e Wesley vão colaborar para a consolidação do Brasil como um dos grandes players globais em transição energética. É capital de empresários nacionais alocado dentro do país em projetos no setor real. Lamentavelmente, trata-se de uma espécie rara por estas bandas.

#Âmbar Energia #Joesley e Wesley Batista

Todos os direitos reservados 1966-2025.

Rolar para cima