Tag: Gerdau


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Destaque

Quanto vale a escória da Usiminas para Benjamin Steinbruch?

22/08/2024
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As tratativas para a redução da fatia de Benjamin Steinbruch no capital da Usiminas seguem uma desgastante dinâmica há quase dez anos: para cada metro de avanço, um quilômetro de retrocesso. Neste momento, em meio às hostilidades de sempre entre a CSN e a Ternium, controladora da siderúrgica mineira, surge uma possível moeda de troca, capaz – quem sabe? – de fazer com que as conversas engatassem.

A moeda em questão é a escória de aciaria produzida pela Usiminas a partir da fabricação de aço – cerca de 600 mil toneladas por ano. Trata-se de um insumo de razoável valor, que poderia entrar em uma composição para a venda de parte das ações de Benjamin na siderúrgica. Nesse caso, o acordo envolveria não apenas pagamento em dinheiro, mas também a garantia de entrega de escória à CSN.

Procurada pelo RR, a empresa não se pronunciou.  Ao menos em tese, essa equação parece fazer sentido. A escória é um dos principais insumos para a fabricação de certos tipos de cimento. No caso do cimento Portland Pozolânico, a proporção varia de 15% a 50%. Já na produção do Portland de Alto-Forno, a escória tem um peso ainda maior na composição, de 35% a 75%.

A CSN não divulga publicamente os dados, mas sabe-se que a maior parte da escória usada pelo grupo em suas fábricas de cimento sai da usina siderúrgica de Volta Redonda. No entanto, sua demanda pelo produto tende a aumentar caso feche a compra da Intercement, o braço cimenteiro na Mover Participações, ex-Camargo Corrêa. Com a eventual aquisição, a CSN dobraria de tamanho na indústria cimenteira, pulando de 17 milhões para mais de 34 milhões de toneladas por ano.

Seriam ao todo 23 plantas industriais, já contando as 15 da Intercement no Brasil que seriam incorporadas. Ao contrário da CSN, a empresa das herdeiras de Sebastião Camargo depende de terceiros para assegurar o suprimento de escória. Entre seus fornecedores estão a própria Usiminas, ArcelorMittal e Gerdau, além de usinas siderúrgicas de menor porte.

Ou seja: é uma permanente briga no mercado. A Intercement está mais sujeita a variações de preço e de oferta da matéria-prima. Não custa lembrar que a garantia de suprimento de escória para a produção de cimento foi uma das razões que, no passado, levaram a Camargo Corrêa e a Votorantim a entrarem no capital da Usiminas – ambas acabariam vendendo suas participações para a Ternium em 2011.  

Amistosidade e diálogo não são exatamente componentes predominantes na convivência entre os acionistas da Usiminas. Por mais que esse modelo possa destravar o imbróglio societário, não se trata de uma costura simples. Há uma década, o Benjamin Steinbruch dribla a decisão do Cade e da própria Justiça, que o obrigaram a reduzir sua participação na Usiminas de 12,9% a menos de 5%.

Benjamin é vidraça, mas, como todos sabem, se sente muito mais confortável no papel de pedra. O empresário cobra da Ternium uma indenização de R$ 5 bilhões, sob a acusação de que o grupo ítalo-argentino descumpriu a lei ao entrar no capital da Usiminas e não realizar uma oferta para aquisição das demais ações da empresa. Recentemente, Benjamin teve uma vitória de peso: a Terceira Turma do STJ concedeu uma decisão favorável ao seu pleito de ressarcimento, o que só acirrou o clima entre os sócios da Usiminas. A Ternium ameaça rever seu investimento no Brasil caso perca a disputa para a CSN.  

Paralelamente à questão da Usiminas, neste momento Benjamin Steinbruch joga um jogo da maior relevância para o futuro da CSN. Com a compra da Intercement, o market share da empresa no setor cimenteiro saltaria de 20% para algo em torno de 35%. O mundo e suas voltas…

Quase três décadas depois de Benjamin Steinbruch impor uma dura derrota a Antônio Ermírio de Moraes na privatização da Vale, o empresário e o clã travam uma nova disputa. A Votorantim nunca correu tanto risco de ser desbancada do topo da indústria de cimento no Brasil. Se a CSN incorporar a Intercement, a distância entre ambas ficaria no photochart. Hoje, a empresa dos Ermírio de Moraes soma aproximadamente 37% do mercado.

Há ainda um componente de ordem conjuntural capaz de acirrar ainda mais esse

embate pela pole position do setor cimenteiro. Não obstante a queda de 1,7% nas vendas em 2023, quando comparado ao ano anterior, esse é um mercado que tem tudo para crescer em um ritmo significativo nos próximos anos. O PAC, com suas quase dez mil obras, tem tudo para ser um “devorador” de cimento. Para não falar das mais de cinco mil obras públicas inacabadas em todo o país, que, segundo o presidente Lula, são prioridade do seu governo. 

#ArcelorMittal #Benjamin Steinbruch #CSN #Gerdau #Usiminas

Empresa

Gerdau aumenta seus investimentos no Peru

3/06/2024
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Não é apenas no Brasil que a Gerdau está reorganizando operações e investimentos, conforme o Valor Econômico noticiou na quarta-feira. Há informações de que o grupo trabalha em um plano de expansão da sua subsidiária no Peru, a Siderperu. O projeto passa, notadamente, pelo aumento da capacidade de laminação da usina, localizada na cidade de Chimbote. O alvo principal seria o próprio mercado peruano, responsável por mais de 95% do faturamento da empresa. Não deixa de ser um feito, diante de algumas particularidades locais. Na contramão de uma tendência global, o governo peruano não adota o que se possa chamar de uma política de protecionismo à indústria siderúrgica nacional.
O último projeto mais expressivo da Gerdau para ampliar suas operações no Peru data de 2012, um aporte da ordem de US$ 120 milhões. O aumento da aposta no país vem logo depois de uma reestruturação da Siderperu, sobretudo financeira. O passivo de curto prazo foi reduzido em 60% nos últimos 12 meses, levando a um nível de alavancagem bastante confortável: a relação dívida líquida/Ebitda é de apenas 0,5. Os últimos resultados também têm servido de combustível para os planos de aumento da capacidade. No ano passado, a Siderperu teve um Ebitda 60% superior ao de 2022. Consultada, a Gerdau não se manifestou.

#Gerdau #investimentos #Peru

Empresa

Plataformas da Petrobras “encalham” sobre o balcão

25/03/2024
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Por uma via oblíqua, a entrada de aço chinês no Brasil está ricocheteando na Petrobras. A estatal tem encontrado dificuldades para se desfazer de 40 plataformas já em desuso, equipamento normalmente comprado por siderúrgicas para virar sucata e alimentar altos-fornos. Até o momento, a Petrobras conseguiu vender uma unidade para a Gerdau. A ArcelorMittal demonstrou interesse, mas as conversas não andaram. O mesmo vale para a Usiminas. O recuo está ligado aos cortes de produção do setor devido ao ingresso do aço chinês no mercado brasileiro a preços mais baixos. Recentemente, tanto Arcelor quanto Usiminas reduziram atividades e desligaram altos-fornos.

#ArcelorMittal #Gerdau #Petrobras

Destaque

Siderúrgicas nacionais acusam chineses de dumping e miram até a OMC

2/02/2024
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A indústria siderúrgica nacional está fazendo dois novos movimentos, sincronizados, em sua ofensiva contra o aço chinês. O primeiro deles é conduzido diretamente pelas próprias companhias. Segundo o RR apurou, Usiminas, ArcelorMittal e Gerdau se articulam para entrar com uma ação conjunta na Secretaria de Comércio Exterior (Secex), mais precisamente no Departamento de Defesa Comercial (Decom). As empresas vão pedir a abertura de uma investigação antidumping contra siderúrgicas chinesas.

O trio se juntará à CSN, que saiu na frente e, no início de janeiro, protocolou duas petições no Decom também com o mesmo objetivo. Segundo informações apuradas pelo RR, há denúncias de que alguns produtos siderúrgicos chineses estariam entrando no Brasil com preços até 40% aos praticados no mercado interno. Em contato com o RR, a Usiminas informou que “a invasão de aço chinês subsidiado prejudica a cadeia de valor e os empregos no Brasil.”.

A empresa disse ainda que “Como forma de buscar a isonomia, sempre avalia as diversas ferramentas disponíveis de defesa comercial.” Gerdau e ArcelorMittal, por sua vez, não se pronunciaram. Também consultado pelo RR, o Instituto Aço Brasil afirmou que “a decisão de entrada com procedimentos antidumping, quando e se ocorrem, cabe às empresas e não há participação do Aço Brasil no processo”.

Em outro front, o setor se dedica a uma articulação mais sensível e intrincada, que passa diretamente pelo governo. As siderúrgicas teriam levado ao ministro do Desenvolvimento e da Indústria e vice-presidente, Geraldo Alckmin, o pleito de que o Brasil acione a OMC, também pela aludida prática de dumping dos fabricantes de aço chineses. A justificativa é de que o país asiático estaria descumprindo acordos e normas antidumping fixados pela própria Organização Mundial do Comércio. Difícil, muito difícil o governo Lula comprar essa briga com o maior parceiro comercial do Brasil, destino de quase 30% das exportações do país, como é o caso da China. Perguntado especificamente sobre eventuais tratativas com o governo para a abertura de um processo na OMC, o Instituto Aço Brasil não quis comentar.

Mais sensato imaginar que tudo não passaria de uma estratégia calculada. Ou seja: as siderúrgicas nacionais estariam pedindo o braço inteiro para conseguir levar a mão, leia-se o aumento das alíquotas de importação de aço. Não é de hoje que as empresas trabalham junto ao governo na tentativa de elevar as tarifas. Pelas mesmas razões de ordem diplomática, não é uma reivindicação simples de ser atendida, sobretudo nas condições almejadas pelo setor. A indústria quer subir o tributo para 25%. Seria mais do que duplicar a barreira contra o aço chinês – hoje, o imposto médio aplicado às importações de produtos siderúrgicos é de 9,6%.

#ArcelorMittal #Geraldo Alckmin #Gerdau #OMC. #Usiminas

Destaque

Aço brasileiro derrete entre cortes de produção, férias coletivas e riscos de demissão

27/11/2023
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O fim de ano da indústria siderúrgica nacional promete ser de sangue, suor e lágrimas. Segundo o RR apurou, CSN e Gerdau planejam suspender parte da sua produção e conceder férias coletivas aos funcionários. No caso da empresa de Benjamin Steinbruch, a medida atingiria a unidade central, em Volta Redonda.

Já a Gerdau deverá paralisar as atividades nas usinas de Pindamonhangaba e Mogi das Cruzes, em São Paulo. Procuradas pelo RR, as duas companhias não se pronunciaram. A se confirmar a decisão, CSN e Gerdau vão se juntar à ArcelorMittal, que já anunciou cortes na produção da usina de Resende (RJ) e concedeu férias coletivas para 87 trabalhadores da unidade.

Ao que tudo indica, são apenas ações paliativas, o prenúncio de decisões mais radicais. A indústria siderúrgica já trabalha com o cenário de demissões em massa no início de 2024. Em conversas reservadas, empresários do setor calculam o fechamento de até três mil postos de trabalho. Seria uma consequência, sobretudo, do excesso de oferta de aço importado no país.

Entre janeiro e setembro, as importações de aço cresceram 57,9% na comparação com igual período em 2022. A estimativa é que neste ano entrarão no Brasil mais de cinco milhões de toneladas do produto, a maioria proveniente da China. Em contato com o RR, perguntado sobre as iminentes demissões no setor, o Instituto Aço Brasil confirma que “Caso continue entrando aço importado de forma indiscriminada e em volumes crescentes, não há dúvida de que as consequências serão o aumento da paralisação de plantas, aumento do desemprego, o risco do desabastecimento de aço e o desarranjo das cadeias produtivas.”

As grandes siderúrgicas do país têm usado essa macabra estimativa – a essa altura, de forma até conveniente – como instrumento de pressão junto ao governo, notadamente ao vice-presidente e ministro da Indústria e Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, principal interlocutor do setor em Brasília. As empresas cobram, não é de hoje, o aumento das alíquotas das importações de aço, mais precisamente de origem chinesa. Na conversa com o RR, o Instituto Aço Brasil informou que se reuniu nos últimos meses com Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad “para transmitir a situação vivida pelo setor”. A entidade diz acreditar que “o governo será sensível ao pleito”.

A questão é saber para onde pende a sensibilidade da gestão Lula neste momento: para a indústria siderúrgica, com seus 2,8 milhões de empregos diretos e indiretos, ou para a China, maior parceiro comercial do Brasil. Não é uma escolha simples. Qualquer novo aperto no parafuso das taxas de importação poderá ser respondido com uma martelada comercial de Pequim. E não seria um aperto qualquer. As siderúrgicas reivindicam ao governo uma elevação das alíquotas para próximo dos 25%, em linha com os índices aplicados por Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e México. Ou seja: seria mais do que duplicar o muro contra o aço chinês. Atualmente, a taxa média de importação de produtos siderúrgicos é de 9,6%.

Entre janeiro e setembro, as importações de aço cresceram 57,9% na comparação com igual período em 2022. A estimativa é que neste ano entrarão no Brasil mais de cinco milhões de toneladas, a maioria proveniente da China. O aço externo atende a quase 20% da demanda doméstica. Como consequência, entre janeiro e setembro a indústria nacional registrou uma queda de produção de 8,4% em relação aos nove primeiros meses de 2022.

LEIA AINDA HOJE: A LANTERNINHA DA DÉCADA NA SIDERURGIA NACIONAL

#Benjamin Steinbruch #CSN #Fernando Haddad #Geraldo Alckmin #Gerdau #Ministério da Indústria

Empresa

O próximo alvo da Gerdau nos Estados Unidos?

29/08/2023
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Notícia publicada agora há pouco pelo Market Watch, veículo da Dow Jones & Company, que edita o The Wall Street Journal: a Gerdau é apontada como candidata à compra da US Steel. A siderúrgica norte-americana comunicou ao mercado que está firmando acordos de confidencialidade com interessados na sua aquisição. A Cleveland-Cliffs (CLF), também dos Estados Unidos, já apresentou uma oferta. Além da própria CLF e da Gerdau, grupos como Thyssen Krupp e Posco também são citados como possíveis compradores da US Steel.  A empresa produz 16 milhões de toneladas de aço por ano. 

 

Obs RR: A Gerdau já tem uma forte operação na América do Norte, com 13 usinas nos Estados Unidos e Canadá. No ano passado, sua receita na região atingiu o equivalente a R$ 31 bilhões, algo em torno de 37% do faturamento global do grupo. Proporcionalmente é a área que mais cresce no “mapa mundi” da Gerdau: há seis anos, os Estados Unidos e Canadá respondiam por 8,8% do Ebitda da empresa; em junho deste ano, esse índice bateu nos 28,3%. No primeiro trimestre deste ano, pela primeira vez na história a operação na América do Norte contribuiu mais para a geração de caixa da Gerdau no acumulado de 12 meses do que os negócios no Brasil: 53,5%, contra 24,2%. 

#CLF #Gerdau #The Wall Street Journal


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Investimento ao cubo

3/08/2022
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A Brasil ao Cubo, especializada em construção modular off-site em estrutura metálica, vai expandir sua capacidade de produção. É também candidata à compra de outras “construtechs”. A empresa tem pedigree: entre seus acionistas estão a Dexco (ex-Duratex), dos Setúbal, e os Gerdau.

#Brasil ao Cubo #Gerdau


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Caindo de Maduro

5/07/2022
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A Gerdau quer vender sua operação na Venezuela – leia-se a Sizuca, fabricante de laminados. Trata-se de um negócio pequeno, pouco rentável e sempre afetado pela instabilidade política e institucional do país.

#Gerdau


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Aço blindado

27/05/2022
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Por ora, a Gerdau deverá ficar imune aos efeitos da decisão do governo de reduzir o imposto de importação de vergalhões de aço. Segundo uma fonte próxima à companhia, a siderúrgica está trabalhando, na média, com um preço por tonelada R$ 9 mais baixo do que o valor com o que o produto chinês chega ao mercado brasileiro. A questão é até quando…

#Gerdau


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Benjamin Steinbruch, perdeu, playboy

21/03/2022
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O setor de siderurgia no Brasil parece uma fênix: morre para renascer e renasce para morrer. Há coisa de uma década, dizia-se à boca comum que a indústria nacional ia acabar. Foi naquele momento que se chegou a cogitar uma onda de consolidações, na qual o líder natural seria o “Barão do Aço”, Benjamin Steinbruch. A verdade é que Steinbruch foi bem além da intenção e buscou movimentos consistentes para ampliar os seus domínios, mais precisamente o que seria uma fusão CSN-Usiminas.

O empresário entabulou diversas conversas com a siderúrgica mineira e chegou a comprar um naco expressivo de ações da companhia. O negócio não prosperou devido à resistência da Nippon Steel e da Ternium, os dois maiores acionistas da Usiminas. Além da consolidação das usinas, havia ainda um negócio de razoável interesse para ambas as companhias: as suas respectivas operações de minério de ferro, então mantidas à margem e que devidamente reunidas poderiam dar uma origem a uma “Valezinha”, para não citar os ativos portuários próprios, entre outros negócios. Mas não deu.

Se esse projeto tivesse sido levado adiante, hoje a CSN-Usiminas seria um mastodonte, com uma competitividade brutal. As duas juntas somam 16 milhões de toneladas de capacidade instalada na siderurgia, uma receita anual superior a R$ 60 bilhões e Ebitda em torno de R$ 17 bilhões – a números de 2021. Não seria nada incomum, não fossem o Cade e óbices regulatórios, que esse tiranossauro rex passasse a comprador da Gerdau e da Arcelor Brasil.

#Arcelor Brasil #Benjamin Steinbruch #Gerdau


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Só falta o “E” de ESG

5/08/2021
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Além do projeto anunciado para Minas Gerais, Shell e Gerdau já estudam a instalação de um segundo parque de energia solar no Rio Grande do Sul. No total, os aportes passariam de R$ 1 bilhão.

#Gerdau #Shell


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O grafeno de Bolsonaro

27/04/2021
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Na Gerdau, a entrada na produção de grafeno já é chamada, a título de chiste, de “projeto Bolsonaro”. Por algum tempo, o nanomaterial foi o xodó de Jair Bolsonaro. Depois, viria a cloroquina.

#Gerdau #Jair Bolsonaro


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Gerdau está presente

4/12/2020
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Claudio Gastal, que passou a acumular as Secretarias de Planejamento e de Governança do Rio Grande do Sul, tornou- se uma espécie de primeiro-ministro do governo de Eduardo Leite. Tudo passa pelo seu gabinete. Em tempo: Gastal está onde está por indicação do empresário Jorge Gerdau.

#Eduardo Leite #Gerdau


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Avanço gradativo

20/08/2020
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O investidor ativista Silvio Tini vem comprando sem parar ações da Metalurgia Gerdau. Já teria mais 12% das ordinárias. Acima dele só a família Gerdau. Consultada, a Gerdau enviou comunicado datado de 23 de junho, quando a Bonsucex, holding de Tini, constava com 10,2% das ONs.

#Gerdau


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Coreografia bem ensaiada

18/08/2020
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A Usiminas deverá reajustar os preços dos aços planos em setembro, a exemplo da Gerdau. Entre montadoras e fabricantes de eletrodomésticos, não será nenhuma surpresa se CSN e ArcelorMittal também anunciarem aumentos para a mesma época. A indústria siderúrgica no Brasil é um coro afinadíssimo. Parece até o preço do coco vendido nas barracas de praia.

#ArcelorMittal #CSN #Gerdau #Usiminas


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Alento na Gerdau

25/06/2020
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A Gerdau vai ligar na próxima semana o alto-forno da usina de Ouro Branco, em Minas Gerais. Trata-se de um alívio para os funcionários da usina: a maior parte, colocada em férias coletiva, já esperava pelo pior.

#Gerdau


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Aço derretido

22/04/2020
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O governo paraguaio busca do lado de cá da fronteira possíveis candidatos à compra da estatal Acepar (Aceros del Paraguay). Já teria consultado a Gerdau e a CSN. Neste momento, no entanto, o negócio tem nada a ver com nada. Como se não bastasse a crise do coronavírus, a Acepar está longe de ser um ativo cobiçado. Muito pelo contrário. Já foi privatizada, quase quebrou e voltou às mãos do Estado.

#Acepar #CSN #Gerdau


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Alarme falso

15/04/2020
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Jorge Gerdau tomou um susto com a ameaça de infecção pelo coronavirus. Teve alguns dos sintomas da doença. Mas, teste feito, está  tudo bem. Gerdau está no pico do grupo de risco: tem 83 anos.

#Gerdau #Jorge Gerdau


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Lemann assume o “Ministério da Produtividade”

24/04/2019
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Jorge Paulo Lemann, que já tem o seu Endeavor para estimular o empreendedorismo nos jovens e participa de ações empresariais voltadas à capacitação de futuros homens públicos, arrumou outro brinquedo. Vai liderar uma fundação de big bosses para subsidiar o governo com medidas que aumentem a produtividade e melhorem o ambiente dos negócios. Ao lado de Lemann estão nomes como Daniel Klabin, Jorge Gerdau e o indefectível Vicente Falconi, além, é claro, do seu time de futebol: Beto Sicupira, Carlos Brito, Marcel Telles e Alexandre Behring. Seu escrete terceirizará conhecimento com o qual pretende brindar o governo.

O leque de empresários tem a função de injetar combustível financeiro e emoldurar as propostas com seu prestígio. A novidade é a sugestão para que o grupo funcione também como se fosse um comitê de arbitragem das sugestões apresentadas. Assim, quando houver dúvidas entre a adoção das medidas ofertadas ou do governo, o “Comitê Lemann” daria seu veredito. O proselitismo do empresário sob a forma de filantropia não pode ser tachado como algo negativo ou prejudicial à sociedade.

Seu pecado é ser monotônico, tendendo à neurolinguística e à autoajuda. Não bastasse, o discurso de Lemann traz implícito um permanente desconforto com o Brasil, uma senzala administrativa a exigir os processos e práticas que levaram ao sucesso os países e grupos empresariais mais desenvolvidos. Um bom exemplo do que Lemann não é e nem quer ser – por isso o define melhor ainda – foi o grupo dos 14, uma pequena tropa empresarial, extremamente politizada, que assinou um dos mais notáveis capítulos da burguesia nacional, nos anos 80.

Nomes como Luiz Eulálio Bueno Vidigal, Antônio Ermírio de Moraes, Paulo Francine, Cláudio Bardella, José Mindlin e Paulo Vellinho, entre outros, lutaram contra a ditadura, pressionaram o governo para o desenvolvimento da indústria nacional – o setor na década de 80 alcançou 30% do PIB contra os atuais 12% – e fizeram o maior lobby empresarial por investimentos na infraestrutura. Todos eram ligados à economia física, ao contrário da hegemonia financista dos novos vencedores. A nova Fundação de Lemann, noves fora as novidades já mencionadas, deve apresentar mais do mesmo: orçamento base zero, envolvimento do dono da empresa na contratação de capital humano e uma meritocracia radical. O museu de grandes novidades do líder cervejeiro servirá de script para mais um show de narcisismo do dono da Ambev. Lemann tem um ego ciclópico e é campeão de vaidade nas redes, impulsionando seus milhões de aparições. No meio de toda a bizarrice que assola o país, até que não chega a ser mau.

#Ambev #Gerdau #Jorge Gerdau #Jorge Paulo Lemann


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Gerdau com um pé fora da Venezuela

19/03/2019
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A crise do governo Maduro está tragando os negócios da Gerdau na Venezuela. Segundo o RR apurou, a direção do grupo discute a suspensão das atividades na Siderúrgica del Zulia (Sizuca), sua controlada. Uma medida ainda mais radical sobre a mesa é o write off do ativo e o encerramento em definitivo da operação. As perdas acumuladas em 2018 teriam chegado a US$ 50 milhões. A usina foi comprada em 2007 por US$ 90 milhões – hoje, estima-se que não valha a metade. Por conta dos bloqueios de rodovias na Venezuela, a Sizuca tem sofrido seguidas interrupções no recebimento de minério de ferro e, sobretudo, no escoamento da produção.

#Gerdau #Venezuela


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Gerdau quer distância da Venezuela

6/09/2018
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Os Gerdau também querem “fugir” da Venezuela. Segundo o RR apurou, o grupo está em busca de um comprador para a Sizuca, usina localizada na região de Ciudad Ojeda. Não vai ser fácil atravessar essa fronteira. A Gerdau já teria recebido sondagens de investidores locais, mas os valores aventados não chegariam sequer perto dos US$ 90 milhões que pagou pelo ativo no já longínquo ano de 2007. A queda reflete a depreciação tanto da usina quanto, sobretudo, da própria Venezuela. Sob os mais variados aspectos, a Sizuca é hoje uma nódoa na cartografia de negócios da Gerdau na América do Sul. Com capacidade para produzir cerca de 300 mil toneladas por ano, a fábrica de aços longos é considerada obsoleta e tem acumulado prejuízos. Sofre também com a grave crise política e institucional venezuelana e a forte retração econômica do país, com grave impacto sobre o setor de construção civil. Em tempo: trata-se da segunda vez que o plano global de desmobilização de ativos da Gerdau passa pela América do Sul – no ano passado, a companhia vendeu uma produtora de aços longos no Chile.

#Gerdau


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Gerdau e ArcelorMittal vs. construtoras

27/06/2018
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Há uma queda de braço entre as duas maiores fabricantes de aços longos do país e o setor de construção civil. A ArcelorMittal já fixou um reajuste de 13%. Quase em coro, a Gerdau tenta impor um aumento de 12%. No entanto, segundo o RR apurou, as construtoras resistem e não aceitam uma majoração dos preços do aço acima de 5%.

#ArcelorMittal #Gerdau


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Trump dá uma nova direção à Gerdau

15/03/2018
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A Gerdau está reavaliando o processo de venda de ativos nos Estados Unidos na esteira da decisão do governo Trump de taxar o aço importado. Segundo o RR apurou, negociações já em andamento para a transferência de duas usinas, uma no Michigan e a outra no Tennessee, foram colocadas em banho-maria. A medida restritiva do governo norte-americano trouxe um novo cenário para a Gerdau, com mais benefícios do que perdas. As exportações das suas usinas brasileiras para os Estados Unidos são residuais, em torno de cem mil toneladas ano. Por sua vez, a subsidiária norte-americana responde por mais de 40% das receitas da companhia. Em relatório divulgado na semana passada, o BTG estima um aumento no Ebitda do grupo de até 18% em razão da barreira alfandegária. Ou seja: os ativos na América ganharam mais valor, nem que seja, por puro pragmatismo dos Gerdau, para serem vendidos mais à frente a preços melhores.

#Donald Trump #Gerdau


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A nova vida de Gerdau

11/01/2018
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Livre das atribuições de CEO da Gerdau, André Gerdau Johannpeter deverá se dedicar, entre outros projetos, a startups na área de educação. Vai ser bom para turbinar a WOW, incubadora da família, e esquecer um pouco a Operação Zelotes, que vive nos seus calcanhares.

#Gerdau #Operação Zelotes


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Gerdau bate em retirada do Canadá e do México

26/12/2017
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Os Gerdau estão desmontando o seu “Nafta da siderurgia”. Segundo o RR apurou, o Grupo Gerdau abriu conversações para a venda de suas duas usinas de aços longos no Canadá. Em outra raia, avançam as negociações para a transferência das duas fábricas no México. Neste caso, o principal candidato seria a Ternium, leia-se a ítalo-argentina Techint, sócia da Usiminas. Estima-se que a alienação das quatro unidades possa gerar mais de US$ 500 milhões. Depois da venda da espanhola Sidenor, a operação é o ponto mais agudo do processo de desmobilização de ativos da Gerdau no exterior. O eixo Estados Unidos/Canadá/México sempre foi o núcleo duro da operação internacional do grupo. Sobrarão os Estados Unidos – se bem que até por lá a Gerdau já vendeu cinco minimills.

#Gerdau #Techint #Usiminas


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Anúncio

7/11/2017
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A Gerdau vai anunciar nas próximas semanas a venda de sua usina na Índia.

#Gerdau

Acervo RR

Laminador

31/10/2017
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Meta perseguida pela Gerdau e, por ora, guardada a sete chaves pela companhia: achatar a relação dívida líquida/Ebitda a 2,5 vezes até o fim de 2018 – hoje o nível de alavancagem é de 3,5 para um. Ou seja: muito ativo ainda vai ser queimado no plano de desmobilização dos Gerdau, que já gerou quase R$ 3 bilhões.

#Ebitda #Gerdau


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Laminador

31/10/2017
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Meta perseguida pela Gerdau e, por ora, guardada a sete chaves pela companhia: achatar a relação dívida líquida/Ebitda a 2,5 vezes até o fim de 2018 – hoje o nível de alavancagem é de 3,5 para um. Ou seja: muito ativo ainda vai ser queimado no plano de desmobilização dos Gerdau, que já gerou quase R$ 3 bilhões.

#Ebitda #Gerdau


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Um candidato de aço

13/09/2017
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A Zelotes, ao que tudo indica, não tirou o prestígio de André Gerdau Johannpeter. O herdeiro da Gerdau está no radar do Partido Novo, que busca um nome para concorrer ao governo do Rio Grande do Sul. Ressalte-se que o empresário anunciou recentemente sua saída da presidência do grupo. Em tempo: o liaison entre o siderúrgico clã e o Partido Novo é feito pela estrela da sigla. Bernardinho, virtual candidato ao governo do Rio, não esconde sua admiração por Jorge Gerdau. Em suas palestras, costuma citar reflexões do empresário.

#Gerdau #Operação Zelotes


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Saideira

28/08/2017
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Antes de deixar a presidência executiva da Gerdau, em janeiro, André Gerdau Johannpeter deverá assinar a venda de mais uma usina nos Estados Unidos, precisamente na Califórnia.

#Gerdau


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Braskem abre a porteira para um “Bye, bye, Brasil” corporativo

8/08/2017
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A virtual conversão da Braskem em empresa norte-americana, com a transferência da sua sede para os Estados Unidos e negociação das suas ações na New York Exchange, acendeu uma luz amarela. Há um movimento embrionário de êxodo das empresas brasileiras para o exterior. Segundo a fonte do RR, Gerdau e Ioschpe Maxion são duas das companhias que estariam com estudos avançados para realizar o seu “Bye, bye, Brasil”.

A Gerdau é a empresa brasileira com maior índice de transnacionalidade, com 57% das suas receitas provenientes de operações de fora do país. A Iochpe Maxion, que produz autopeças e equipamentos, é a segunda multinacional verde-amarela em internacionalização, segundo medição da Fundação Dom Cabral. Comenta-se que também a Camargo Corrêa analisa tornar-se uma firma europeia.

Procuradas, Gerdau e Camargo Corrêa negaram a transferência da sede. A Iochpe Maxion não se pronunciou. O argumento utilizado por grande parte dessas empresas é a manutenção da maior parte das suas operações no exterior. São fatores relevantes para a troca de nacionalidade a redução dos elevados ônus fiscal-tributário e financeiro e o descarte do Custo Brasil.

Em alguns casos, a Lava Jato também é levada em consideração. Em outubro do ano passado, o BNDES brecou a desnacionalização da JBS, cujo plano de reestruturação a tornaria uma empresa irlandesa com ações negociadas na bolsa norte-americana e transferência de ativos que representam 85% da geração de caixa operacional. A deterioração da economia do país e a percepção crescente de que a crise é estrutural são fortes estímulos para que casos pontuais se transformem em um efeito manada.

Até porque o mercado sanciona essa decisão com valorizações expressivas do capital das empresas. O legendário ex-presidente da Rhodia no país, Edson Musa, dizia que é tão ou mais preocupante do que o desejo dos brasileiros de deixar o país era o das empresas nacionais quererem transferir suas sedes para o exterior. A exportação do centro de decisão dessas companhias vai resgatando o Brasil-Colônia, no qual as elites comandam a distância as operações fabris e extrativistas.

#Braskem #Camargo Corrêa #Gerdau


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Novo marco regulatório causa curto-circuito no setor elétrico

20/07/2017
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Nem bem foi anunciado, o modelo do novo marco regulatório do setor elétrico já deverá sofrer uma recauchutagem. No próprio governo, o entendimento é que algumas das mudanças apresentadas pelo ministro Fernando Coelho Filho no início do mês passaram do ponto. Desde já, o objetivo é aplanar as arestas com as geradoras e distribuidoras. As empresas têm torpedeado Coelho Filho com duras críticas ao texto da Medida Provisória, por entender que, como está, ele favorece em demasia os comercializadores e os grandes consumidores.

A percepção é que as mudanças criarão um desequilíbrio ainda maior no mercado, beneficiando alguns dos maiores grupos industriais do país que, nos últimos anos, praticamente transformaram a produção e comercialização de energia em seu core business, a exemplo de Gerdau, ArcelorMittal, Votorantim etc. Não por acaso, a proposta já está sendo chamada ironicamente no setor de “MP da Abraceel” – uma referência à Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia. O ponto nevrálgico é a redução da barreira de entrada no mercado livre. Hoje, apenas os consumidores com demanda a partir de três megawatts podem comprar energia no segmento. O novo marco deixa o sarrafo bem perto do chão, baixando essa exigência para 0,5 MW. Ou seja: um espectro ainda maior de consumidores poderá acessar o mercado livre, deixando de adquirir energia das distribuidoras.

Outra questão que tem gerado controvérsia e deverá ser revista pelo governo é a ampliação do limite de contratação livre nos leilões de energia de 50% para 75%. Ou seja: a demanda para o mercado cativo assegurada por lei passaria a ser de apenas 25%. Ao soltar as amarras do mercado livre e achatar o mercado cativo, o governo aplicará um duro golpe nos grupos que investiram na ampliação do seu parque gerador com base no atual arcabouço regulatório, além do potencial impacto negativo sobre projetos futuros no segmento.

Na avaliação das empresas de geração, as consequências serão ainda mais graves no caso das companhias que apostaram em fontes alternativas, casos, por exemplo, de CPFL, Brookfield e Enel. Isso para não falar do aumento das tarifas, já admitido pelo próprio ministro Coelho Filho. Consultado pelo RR, o Ministério de Minas e Energia disse que é “precipitado falar em alterações” e só avaliará a necessidade de mudanças após a fase de contribuições do setor. A Abraceel, por sua vez, afirmou que o texto é positivo e “beneficia todo o setor elétrico e não especialmente as comercializadoras”.

#ArcelorMittal #Fernando Coelho Filho #Gerdau


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Gerdau passa a lâmina em seus ativos nos Estados Unidos

31/05/2017
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Depois de Ásia, Europa e América do Sul, o processo de desmobilização de ativos da Gerdau volta ao seu ponto de partida, os Estados Unidos. O grupo está em conversações com a japonesa Kyoei Steel para a venda de sua usina de Rancho Cucamonga, na Califórnia. A fábrica tem capacidade de produção de aproximadamente 750 mil toneladas de aços longos por ano.

Segundo o RR apurou, a negociação é o ponto de partida de uma nova temporada de alienação de ativos no mercado norte-americano. Entre 2015 e 2016, a Gerdau já havia se desfeito de cinco usinas nos Estados Unidos. Consultada, a companhia disse que “não comenta rumores de mercado”. Mas “enfatiza que segue com sua estratégia de avaliação de seus ativos, visando focar seus esforços naqueles que geram maior rentabilidade.”

Nem em seus tempos de seleção brasileira de hipismo, André Gerdau Johannpeter deparava-se com tantos obstáculos. O percurso do herdeiro de Jorge Gerdau tem sido dos mais acidentados. Inclui o indiciamento na Operação Zelotes por suspeita de pagamento de propina a conselheiros do Carf, uma constrangedora condução coercitiva pela Polícia Federal, a grave crise do setor siderúrgico nacional e a necessidade de se desfazer de ativos para cobrir os seguidos prejuízos contabilizados pelo grupo.

Os resultados da companhia derretem ano a ano. As perdas acumuladas em 2015 e 2016 passaram de R$ 7,3 bilhões. No ano passado, a receita global caiu 14%. Não fosse ele próprio o dono do haras, certamente André Gerdau já teria caído do cavalo. No ano passado, a Gerdau vendeu R$ 1,3 bilhão em ativos. Não deu nem para a saída. A meta é amealhar mais R$ 1,5 bilhão até junho de 2018. Nenhuma subsidiária está imune à lâmina dos Gerdau. A usina de Rancho Cucamonga se junta a outras operações da Gerdau que estão sobre o balcão neste momento: a mexicana Sidertul e a indiana SJK Steel Plant – a venda desta última foi antecipada pelo RR na edição de 31 de março.

#Carf #Gerdau #Jorge Gerdau


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Um contencioso de alta voltagem

3/04/2017
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O governo entrou em rota de colisão com grandes grupos industriais intensivos em energia elétrica. Votorantim, Gerdau, Suzano e ArcelorMittal, entre outras, pressionam o Ministério de Minas e Energia a, ao menos, reduzir o repasse para o consumidor final do reajuste das tarifas realizado para viabilizar o pagamento da RBSE (Rede Básica do Sistema Existente), uma espécie de indenização paga às empresas de transmissão. Segundo estimativas preliminares da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriai de Energia (Abrace), o novo reajuste vai representar um aumento médio de 20% a 30% para a indústria. A tendência é que a Abrace leve o caso à Justiça caso as tratativas com o governo fracassem. O pagamento da RBSE foi uma exigência dos investidores da área de transmissão de energia para aderirem ao plano de renovação antecipada das concessões. No entanto, os grandes consumidores industriais alegam que a indenização não tem fundamento, uma vez que as licenças de transmissão nunca expiraram. Por esta razão, o reembolso de bens não depreciados não teria amparo legal.

#ArcelorMittal #Gerdau #Suzano #Votorantim


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Gerdau derrete mais uma usina no exterior

31/03/2017
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Se a Era Jorge Gerdau se notabilizou pela internacionalização do grupo, a gestão de André Gerdau Johannpeter poderá ficar marcada pelo desmonte de boa parte da operação da siderúrgica no exterior. A Gerdau colocou à venda sua usina de aços especiais na Índia. A negociação gira entre US$ 170 milhões e US$ 200 milhões.

A planta localizada na cidade de Tadipatri, com capacidade instalada de 320 mil toneladas/ano, se junta a uma já extensa lista de ativos desmobilizados desde 2015. Em menos de dois anos, a Gerdau se desfez das espanholas Sidenor e Forjanor, além de cinco usinas nos Estados Unidos. Até o momento, o grupo já amealhou cerca de US$ 600 milhões – um terço com a venda da Sidenor.

O plano de desmobilização de ativos da Gerdau representa, em certa medida, o desmanche do processo de ocupação geoeconômica conduzido por Jorge Gerdau, notadamente na virada da década de 90 para os anos 2000. Primeiro, a saída da Europa. Agora, a venda da única planta na Ásia. Com isso, toda a operação internacional do grupo ficará restrita às Américas.

E, ainda assim, a cartografia da Gerdau no continente não deverá permanecer a mesma por muito tempo. Além da já anunciada venda de 50% da colombiana Diaco, a siderúrgica pretende negociar outros sites na América Latina. Ao todo, a Gerdau está presente em 10 países da região. A meta da companhia é arrecadar entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão com a negociação de ativos ao longo dos próximos 18 meses.

André Gerdau, a personificação da terceira geração do clã no comando do grupo, é um homem premido pelas circunstâncias. A Gerdau tem se desfeito de ativos diante da necessidade de reduzir seu endividamento. A empresa terminou 2016 com uma dívida líquida em torno de R$ 14,5 bilhões. O objetivo é abater pouco mais de R$ 4,5 bilhões, trazendo essa incômoda cifra para um dígito e reduzindo a relação passivo/ebitda a algo próximo de três para um. Ao longo de 2016, a Gerdau conseguiu diminuir essa proporção de 4,2 para 3,5 vezes.

#Gerdau #Jorge Gerdau


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ArcelorMittal quer o aço dos Ermírio de Moraes

20/02/2017
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A ArcelorMittal estaria negociando a compra das usinas de aços longos da Votorantim Siderurgia em Resende e Barra Mansa, no sul fluminense. Segundo o RR apurou, a operação poderá envolver ainda as unidades internacionais da companhia, localizadas em Bragado, na Grande Buenos Aires, e em Boyacá, na Colômbia. O pacote estaria avaliado em aproximadamente US$ 500 milhões.

Caso seja sacramentada, a negociação lançará dúvidas sobre o próprio futuro dos Ermírio de Moraes na siderurgia. As quatro usinas somam uma capacidade da ordem de 2,4 milhões de toneladas, ou o equivalente a mais de 80% da produção da Votorantim Siderurgia. A princípio, a empresa ficaria apenas com uma usina, a Sitrel, joint venture com o empresário gaúcho Alexandre Grendene. Instalada em Três Lagoas (MS), ela tem capacidade para produzir 400 mil toneladas de aços longos.

Em 2011, os Ermírio de Moraes se desfizeram do seu principal e mais estratégico ativo na siderurgia: a participação de quase 13% no bloco de controle da Usiminas. Desde então, a permanência da Votorantim no setor tem sido alvo de especulações, alimentadas pelas seguidas sinalizações de que o grupo venderá ativos para fazer caixa e também pelos resultados cadentes da operação. Entre janeiro e setembro de 2016, a receita líquida da Votorantim Siderurgia caiu 20% em relação a igual período no ano anterior.

O prejuízo de R$ 10 milhões se transformou em uma perda de R$ 120 milhões. Ao comprar as usinas da Votorantim, a ArcelorMittal, por sua vez, aumentará ainda mais seu poder de fogo na precificação do aço longo no mercado brasileiro – primazia que já divide com a Gerdau. Isso em um momento curioso: historicamente o sobrepreço interno em relação às cotações internacionais sempre foi maior no segmento de produtos longos do que aços planos.

No ano passado, a situação se inverteu. Com a crise no setor de construção, principal destino do aço longo, as siderúrgicas tiveram de pisar no freio e sacrificar margens. Arcelor e Gerdau chegaram a oferecer descontos de até 20% sobre o preço de produtos importados para não perder mercado.

#ArcelorMittal #Gerdau #Usiminas #Votorantim Siderurgia


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Uma joint venture que já nasce torta

5/12/2016
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A joint venture entre Gerdau, Sumitomo e JSW, voltada à produção de peças de aço para a indústria eólica, já nasce em um ambiente de fricção. O grupo gaúcho estaria insistindo em mudar a composição do controle antes mesmo de a associação ser formalmente constituída. O pomo da discórdia seria 1% do capital da empresa – exatamente aquele 1% que separa os que mandam dos que obedecem.

A Gerdau quer ter o controle acionário, com 51%, empurrando Sumitomo e JSW para uma posição de coadjuvantes. A dupla nipônica pretende dividir o capital meio a meio. Procurada, a Gerdau nega haver desavenças entre os sócios. Está feito o registro. Cada lado tem suas justificativas para o cabo de guerra societário: os gaúchos privilegiam os ativos industriais que serão aportados no empreendimento. Os equipamentos vão ser fabricados em parte da unidade da Gerdau em Pindamonhangaba (SP). Os japoneses, no entanto, entendem que de nada valeria o site se não fosse o seu aporte no empreendimento.

Por esta razão, querem fazer valer a sua condição de responsáveis pela maior parte da grana, de aproximadamente R$ 300 milhões. No fim, tudo vai se ajeitar entre Gerdau, Sumitomo e JSW, mas sabe-se lá que rusgas e eventuais rancores serão levados para o restante da relação.

#Gerdau #Jorge Gerdau #Sumitomo


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Pequeno gigante

14/09/2016
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 Devagar, devagarinho, o investidor ativista Silvio Tini já soma quase 6% de ordinárias da Gerdau. Tini é conhecido por azucrinar a vida de acionistas controladores.

#Gerdau


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Maia serve um aperitivo do parlamentarismo branco

12/08/2016
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 Os principais empresários do país experimentaram as delícias de um semi-parlamentarismo, na última quarta-feira, em Brasília. O Instituto Talento, híbrido de centro de pesquisas e núcleo de articulação política dos dirigentes do setor privado, conduziu sua caravana para uma reunião histórica entre a nata do empresariado e o novo estamento pós-PT. As reuniões com Henrique Meirelles, na parte da manhã, e Michel Temer, à tarde, foram fartamente noticiadas. Pouco se falou, contudo, da reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, esta, sim, a grande surpresa do dia. Antes de colocar tintas mais vivas no episódio, é bom situar quem estava presente na comitiva do Instituto Talento, em ordem decrescente por vulcanização dos neurônios – avaliação por conta e risco do RR: Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Beto Sicupira (Ambev), Pedro Moreira Salles (Itaú -Unibanco), Pedro Passos (Natura), Carlos Jereissati (Jereissati Participações), Vicente Falconi (Consultoria Falconi) Josué Gomes da Silva (Coteminas), Edson Bueno (Dasa) e Jorge Gerdau Johannpeter (Gerdau). O empresário José Roberto Ermírio de Moraes deveria estar presente, mas, por motivos de agenda, deixou ficar para outra oportunidade. Sim, porque deverão ocorrer outros encontros, inclusive para evitar que este inicial se caracterize como um espasmo tão somente.  A primeira das novidades foi a transferência da reunião formal que estava prevista com Rodrigo Maia, na sala da presidência da Câmara dos Deputados, para um almoço descontraído em sua residência oficial. O que estava por vir seria ainda mais surpreendente. Maia recebeu os presentes ao lado do deputado Orlando Silva (PCdoB), ex-ministro dos Esportes de Dilma Rousseff. Exatos dois minutos após as mesuras de praxe, adentrou ao gramado o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), uma das vozes mais aguerridas contra a presidente que vai ser julgada pelo Senado Federal, mas também envolvido em caso de propina. O desfile dos líderes seguiu embalado e com intervalos curtos de chegada: André Moura (PSC-SE), líder do governo na Câmara; Heráclito Fortes (PSB-PI); Weverton Rocha (PDT-MA); Rubem Bueno (PPS-PR); e, pasmem, Vicente Cândido (PT-SP). O líder do PT na Câmara é assim e assado com Luiz Inácio Lula da Silva. Os empresários interpretaram sua presença no evento como uma representação do próprio Lula. Mas Maia foi quem deitou e rolou.  Jorge Gerdau, o mais escolado nas práticas de Brasília, disse em bom tom que nunca viu um presidente da Câmara dos Deputados que tivesse convidado todas as lideranças partidárias para uma reunião com empresários – algumas só faltaram porque o convite foi feito de véspera. “No máximo, chamavam uma ou duas”. Não houve conversa de pé de ouvido. Todos sem exceção fizeram uma breve exposição. Os empresários foram convocados a se fazer mais presentes em debate de mérito. Estes, por sua vez, anunciaram que entendem não ser possível reduzir a carga tributária nesse cenário e defendem a preservação das políticas sociais como premissa no ajuste fiscal. O ponto mais alto: os líderes se comprometeram a apoiar todos os projetos voltados a suspender a recessão que assola o país. Depois do almoço, a sensação dos presentes era que o clima seco de Brasília tornou-se arejado, civilizadíssimo. Pelo menos por um dia. Não entrou em pauta a tão almejada revogação de direitos constitucionais em prol da eficiência e da produtividade empresarial. O resultado já estava de bom tamanho.

#Ambev #Bradesco #Consultoria Falconi #Coteminas #Dasa #Gerdau #Itaú #Jereissati Participações #Natura


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Paternidade

1/07/2016
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 Todos querem André Johannpeter Gerdau. Seis deputados federais integrantes da CPI do Carf já apresentaram requerimento para a convocação do presidente da Gerdau .

#Gerdau


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Retiro espiritual

13/04/2016
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 Jorge Gerdau se fechou em copas desde que a Operação Zelotes bateu à sua porta. O episódio abateu psicologicamente o barão do aço.

#Gerdau #Operação Zelotes


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Gerdau prepara sua saída da Espanha e da Índia

17/03/2016
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  Ao contrário do tom evasivo que marcou as declarações de André Gerdau Johannpeter a analistas de mercado, a venda de ativos da Gerdau não é uma possibilidade em estudo, mas, sim, um fato decidido e já em curso. Segundo o RR apurou, o grupo procura um comprador para suas operações de aços especiais na Espanha e na Índia, reunidas, respectivamente, sob as controladas Sidenor e SJK Steel. O pacote inclui três usinas nas cidades espanholas de Reinosa, Basauri e Vitoria e uma planta industrial em Tadipatri, próximo a Bangalore. As quatro unidades somam uma produção de aproximadamente um milhão de toneladas/ano. Significa dizer que a Gerdau está se desfazendo de quase 20% de sua capacidade instalada no segmento, em torno de 4,5 milhões de toneladas. Uma vez sacramentada, a venda da Sidenor e da SJK representará ainda uma guinada do ponto de vista geoeconômico: o grupo passará a concentrar todas as suas operações de aços especiais no Brasil e nos Estados Unidos. Consultada, a Gerdau afirma que ainda não há decisão “sobre a venda desses ativos”.  A combinação de fatores que obriga a Gerdau a se desfazer de ativos vai além do prejuízo recorde de R$ 4,6 bilhões registrado no ano passado. Um dos pontos mais delicados é a escalada da dívida do grupo. A Gerdau não é a Usiminas e tampouco a CSN, mas seu nível de alavancagem avança em um ritmo preocupante. Nos últimos 12 meses, a relação dívida líquida/Ebitda saltou de 2,7 vezes para 4,2 vezes. Acima de todas as demais motivações, há quem veja na medida uma ação profilática dos Gerdau contra o “Risco Carf”. O grupo tem pendências fiscais de R$ 1,5 bilhão, objeto de recursos que deverão ser julgados pelo Conselho Administrativo ainda neste ano – processos estes que, como se sabe, tragaram a siderúrgica para dentro da Operação Zelotes. Ressalte-se que a própria empresa admitiu não ter feito qualquer provisão para o eventual débito fiscal. E este não é o único risco. Além da dívida tributária em si, há a ameaça de que a Gerdau tenha de arcar com uma pesada multa caso seja comprovado seu envolvimento no esquema de compra de sentenças no Carf. A cifra que atormenta os Gerdau chega a R$ 5 bilhões – número soprado pelo próprio Procurador da República Frederico Paiva, responsável pelas investigações no âmbito da Zelotes.

#Gerdau


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 Todo sabido tem seu dia de “mané”

2/02/2016
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 O banqueiro Daniel Dantas perdeu uma grana alta com ações da Gerdau do e Itaú. Mas, no mercado, diz-se que o prejuízo maior foi com ações do BTG.

#BTG Pactual #Gerdau #Itaú


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Altíssimo-forno

22/12/2015
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 Enquanto Jorge Gerdau fala em um pacto nacional, André Gerdau Johannpeter derrete empregos. O empresário estuda o fechamento em definitivo da usina de aços longos da Gerdau na Bahia, a Usiba. A produção está temporariamente suspensa, e cerca de 120 funcionários já foram demitidos. Procurada, a Gerdau confirmou a “hibernação da área de laminação”, mas garantiu que a medida é “temporária”.

#Gerdau #Usiba


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Holofotes sobre a Gerdau

1/10/2015
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A Gerdau tem fortes motivos para acompanhar a 19ª Reunião da CPI do Carf, programada para hoje, às 9h. Está prevista a votação do requerimento do senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), com o pedido de acareação entre Hugo Rodrigues Borges e Gegliane Maria Bessa Pinto. Os parlamentares estão convictos de que conseguirão extrair desse encontro face a face novas revelações sobre as empresas investigadas na Operação Zelotes, mais particularmente a Gerdau. Hugo e Gegliane trabalhavam no J.R. Silva Advogados & Associados, escritório de advocacia de José Ricardo da Silva, ex-integrante do Carf e, segundo as investigações, um dos principais beneficiados do suposto esquema de propinas montado no Conselho. Em seus depoimentos individuais à CPI, ambos deram detalhes das relações do escritório com políticos e empresas. Neste caso, os holofotes se voltam na direção da Gerdau. José Ricardo da Silva foi relator de duas causas movidos pela Gerdau para contestar cobranças do Fisco da ordem de R$ 4 bilhões. Em janeiro do ano passado, a conselheira Susy Hoffmann pediu vistas dos dois processos, interrompendo o julgamento. Poucos dias depois, Silva deixou o Carf.

#Gerdau


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O empresariado engajado no autoengano de Dilma

31/08/2015
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A disposição de Dilma Rousseff em criar um núcleo duro empresarial no seu governo, com forte participação em uma futura reforma ministerial, está esbarrando na diversidade dos interesses e ideias da categoria. O apoio do empresariado foi apresentado à presidente como uma terceira via para lidar com a borrasca perfeita do seu governo: base aliada dividida, Congresso hostil, crash de popularidade, corrupção, ministério fisiológico, inflação, recessão etc. A ideia de trazer a burguesia para compor a regência é um chiclete mastigado. Lula defende um diálogo maior com o setor privado desde a formação do ministério do segundo mandato. O chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que tem bons amigos entre os empresários, é entusiasta antigo dessa aproximação e adepto da criação de um conselho consultivo de dirigentes do setor privado – a presidente ouve falar em conselheiros e quer logo pegar em uma pistola. Na última vez, mirou o alvo e assassinou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Joaquim Levy veio bater na mesma tecla de atração do empresariado. A estratégia caiu na boca do povo, e ministros como Armando Monteiro e Nelson Barbosa, além dos “aliados” Michel Temer e Renan Calheiros, correram para os braços dos empresários. Os interesses nesses jantares, almoços e reuniões variam do oportunismo mais rastaquera até nobres tentativas de apoio. Em comum, o fato de que todos batem cabeça. Os empresários não têm “uma agenda para o desenvolvimento”, até porque, “agendas” – enfatize-se o plural – é o que não falta. Não há nada nesse empresariado que lembre os Srs. Augusto Trajano de Azevedo Antunes, Gastão Bueno Vidigal, Antonio Gallotti, Walther Moreira Salles, Amador Aguiar, Cândido Guinle de Paula Machado e… Roberto Marinho. Uma elite orgânica, conservadora modernizante, frequentadora entre si, empreendedora, com um projeto permanente de conquista do Estado e ciosa de previsibilidade. O atual rating dos endinheirados varia conforme as notas sobre a gradação financeira, respeitabilidade, presença na mídia e dependência financeira do governo. Há análises combinatórias. O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, tem relacionamentos com o governo, respeitabilidade e porte financeiro. O presidente do Itaú, Roberto Setubal, respeitabilidade e grana, mas nunca foi bem visto no Planalto. Jorge Gerdau, arroz de festa nas especulações ministeriais, é, no momento, potencial candidato a pedir o auxílio do governo. O presidente da Coteminas, Josué Gomes da Silva, já foi aspirante a ministro da Fazenda antes de Joaquim Levy. É identificado como um sincero colaborador. Os dirigentes da Natura, Guilherme Leal e Pedro Passos – este último presidente do IEDI – são anunciados como presentes em todos os encontros, mas nunca participaram de nenhum. E tome de Benjamin Steinbruch, Rubens Ometto, Edson Bueno, Cledorvino Belini, Joesley Batista e tantos e tantos outros. Ressalvas para Paulo Skaf, considerado pelos seus pares o “Guido Mantega do empresariado”. São tantas as diferenças para um único consenso: Dilma é vista por todos como um estorvo. Se a realidade refletir o que é dito pelos empresários à boca pequena, o apoio à presidente não passa de um autoengano de Dilma.

#Benjamin Steinbruch #Bradesco #Dilma Rousseff #Gerdau #IEDI #Itaú #Joaquim Levy #Jorge Gerdau #Lula #Michel Temer #Natura #Paulo Skaf #Renan Calheiros #Roberto Setubal #Rubens Ometto

Acervo RR

Gerdau

17/08/2015
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No epicentro da Operação Zelotes, a Gerdau estuda retirar os processos no Carf por meio dos quais contesta a cobrança de R$ 1 bilhão em impostos. O ato seguinte seria a adesão ao Programa de Redução de Litígios Tributários da Fazenda. Do ponto de vista fiscal, resolveria a pendenga. No aspecto jurídico-criminal, no entanto, talvez seja tarde demais. Consultada, a Gerdau disse que não comenta processos em andamento.

#Carf #Gerdau


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Gerdau

17/08/2015
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No epicentro da Operação Zelotes, a Gerdau estuda retirar os processos no Carf por meio dos quais contesta a cobrança de R$ 1 bilhão em impostos. O ato seguinte seria a adesão ao Programa de Redução de Litígios Tributários da Fazenda. Do ponto de vista fiscal, resolveria a pendenga. No aspecto jurídico-criminal, no entanto, talvez seja tarde demais. Consultada, a Gerdau disse que não comenta processos em andamento.

#Carf #Gerdau


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Lacuna

13/07/2015
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“Quando a CPI do Carf começa para valer?”. A pergunta tem sido feita nos corredores do Senado. Sai convocado, entra convocado e nada de a CPI convidar qualquer dirigente da Gerdau, apontada pelas investigações como uma das principais beneficiadas pelo suposto esquema de venda de decisões do Carf.

#Gerdau


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Trilho chinês

3/07/2015
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A chinesa Pangnang procura um parceiro para montar uma fábrica de trilhos no Brasil. Poderia – quem sabe? – bater na porta da Gerdau. Este é um projeto antigo de Jorge Gerdau, que vai e volta, vai e volta, vai e volta.

#Gerdau #Pangnang


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Frente e verso

8/06/2015
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Há dois meses espocam no noticiário seguidos detalhes sobre o envolvimento da Gerdau no escândalo do Carf. Ainda assim, sempre que procurado sobre o tema, o grupo insiste em dizer que, até o momento, não recebeu qualquer notificação formal das autoridades. Estranho! Quando essas duas realidades vão se encontrar?

#Gerdau


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Decantação

6/05/2015
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Envolvida no escândalo do Carf, a Gerdau quer deixar as páginas policiais e voltar ao noticiário corporativo. Após a temporada de mudanças no Conselho, com a ascensão da quinta geração da família, o grupo deverá anunciar uma reestruturação societária. Um dos pontos principais seria a criação de uma empresa de participações que absorverá negócios fora da siderurgia. Procurada, a Gerdau disse “não confirmar a informação”.

#Gerdau


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Gerdau, Carf e um rastilho de coincidências

17/04/2015
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Pouco a pouco, algumas peças vão se encaixando no quebra-cabeças da Operação Zelotes. No caso específico do ex-conselheiro do Carf José Ricardo Silva e da Gerdau, a imagem que começa a se formar é a mais nebulosa possível. A cronologia dos derradeiros passos do ex-conselheiro lança mais dúvidas sobre seu relacionamento com o grupo gaúcho. Há inexplicadas coincidências entre o timing da saída de Silva do Carf e o julgamento dos processos de nos 10680.724392/2010- 28 e 11080.723701/2010- 74, por meio dos quais a siderúrgica contesta autuações do Fisco da ordem de R$ 4 bilhões. Os fatos só agravam a situação dos Gerdau, que, segundo as investigações da Polícia Federal, teriam negociado o pagamento de propina em troca de decisões favoráveis no Carf. Aliás, neste momento, não há nada que irrite mais Jorge Gerdau do que ser chamado de corrupto, um epíteto que não se coaduna com sua ilibada trajetória. Os dois procedimentos administrativos entraram na pauta de julgamento da sessão de 28 de janeiro de 2014 da 1ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF). No entanto, como mostra a ata da sessão, a então vice-presidente do Carf Susy Hoffmann pediu vista dos processos. A Gerdau se encheu de esperanças. Desnecessário dizer que estes procedimentos administrativos tinham como relator exatamente José Ricardo da Silva, apontado pela PF como um dos líderes do suposto esquema de propinas no Carf. Apenas dois dias depois deste pedido de vista, ou seja, em 30 de janeiro de 2014, Silva protocolou seu pedido de dispensa do Carf, conforme consta do processo no 15169.000010/2014- 11. Sua saída se formalizou em portaria publicada no DOU de 7 de fevereiro, a dois anos e dois meses do fim do seu mandato. Por alguma razão, Silva considerou que sua missão no Carf já estava cumprida. Há ainda outra insólita proximidade de datas. Segundo informações vazadas na imprensa, a PF começou a investigar as denúncias de propina dentro do Carf em fevereiro de 2014, a partir de cartas anônimas certamente recebidas antes do pedido de dispensa protocolado por Silva. A saída de José Ricardo da Silva do conselho não encerra a sequência de estranhezas. Pelo regimento do Carf, nos casos de pedido de vista, o processo deve ser obrigatoriamente incluído na pauta de julgamentos da reunião subsequente. Entretanto, não foi o que ocorreu no caso da Gerdau. A 1ª Turma da CSRF voltou a se reunir no dia 18 de março de 2014, mas os dois processos não entraram em pauta. Até hoje aguardam julgamento. Consultada, a Gerdau disse que “até o momento não foi contatada por nenhuma autoridade pública a respeito da Operação Zelotes”. Garantiu ainda que “nenhuma importância foi paga a qualquer pessoa física ou jurídica por conta de sua atuação em nome da Gerdau junto ao Carf”. O RR fez várias tentativas de contato com José Ricardo da Silva, mas não obteve retorno até o fechamento da edição.

#Carf #Gerdau

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