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Política
Braga Netto e Bolsonaro tentam burlar o STF com operação audiovisual
19/07/2024A convenção que oficializará a candidatura de Alexandre Ramagem à Prefeitura do Rio, nesta segunda-feira, deverá contar com a presença do general Braga Netto. Houve quem estranhasse a ausência do militar no ato político de lançamento do deputado federal à sucessão de Eduardo Paes, na última quarta-feira, no Centro da cidade.
Afinal, ele ocupa a Secretaria Nacional de Relações Institucionais do PL e tem viajado aos estados articulando campanhas do partido nas eleições municipais. Porém, apesar das tentativas junto ao STF, o ministro Alexandre de Moraes manteve a proibição de Braga Netto ter contato com Jair Bolsonaro – e assim será durante toda a campanha. A ausência do general chegou a gerar rumores de que ele não aprova o nome de Ramagem. A razão, como se percebe, foi outra. O reverso da moeda? A presença de Braga Netto, na segunda-feira, significa a ausência de Bolsonaro.
Ou não. Um Bolsonaro “hectoplásmico” não está previsto na determinação do ministro do STF. Comenta-se que o ex-presidente pode tentar uma jogada de mestre: “burlar” a decisão de Moraes, fazendo uma dobradinha com o general. Braga Netto compareceria “in loco”; o outro, em vídeo transmitido em tempo real (já fez gravações na semana passada).
Para além disso, há uma outra forma de aplicar um drible em Moraes: a presença dos filhos do presidente ao evento. Há também uma forte expectativa na campanha de Ramagem de que os filhos do presidente, primeiro, e depois o próprio Bolsonaro engatem agendas com o candidato na cidade. Na avaliação do entorno de Ramagem, essa seria a melhor maneira de estancar, de vez, os boatos de que “Bolso” pode deixar o aliado pelo caminho, após ter ficado enfurecido com os “grampos” surpresa fabricados pelo ex-diretor da Abin.
Política
O ministro da defesa da família Bolsonaro
6/03/2023O general Braga Netto recebeu uma nova missão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-ministro da Defesa será o responsável por montar o esquema de segurança de Bolsonaro quando do seu retorno ao Brasil – a data ainda é uma incógnita. Além dos agentes da PF a que todo o ex-presidente tem direito, o efetivo também deverá ser composto por policiais aposentados pagos pelo PL. Enquanto Bolsonaro não chega, “Braga” cuidará também da segurança pessoal da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que fará uma série de viagens pelo Brasil. Também às custas do partido.
Destaque
Braga Netto pode comandar a segurança pública em São Paulo
23/11/2022Nem Ricardo Salles, nem Mario Frias. O principal candidato a representar o “bolsonarismo raiz” no governo de Tarcísio Freitas é o general Braga Netto. O nome do ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro na última eleição vem ganhando força para assumir a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. O general teria sob o seu comando a Polícia Civil, a Polícia Militar, além da Polícia Rodoviária Estadual – vinculada à própria PM. Ou seja: passaria a chefiar o maior efetivo de segurança pública do país, com mais de 110 mil agentes na ativa. Para efeito de comparação, algo equivalente a um terço do Exército, que soma aproximadamente 340 mil militares.
Braga Netto é do ramo. Em 2018, comandou a intervenção federal na área de segurança do Rio de Janeiro. Uma de suas principais missões seria o combate ao crime organizado, notadamente ao PCC, por diversas vezes apontado como prioridade por Freitas durante a campanha eleitoral. A presença de um general do Exército na Pasta seria um forte recado da adoção de uma linha mais dura na política de segurança do próximo governador.
Os maiores impulsos para a nomeação de Braga Netto, como não poderia deixar de ser, vêm do presidente Jair Bolsonaro e de seu núcleo mais próximo, leia-se os generais palacianos. Além do próprio Tarcísio de Freitas, o general seria mais uma peça importante no esforço de Bolsonaro para consolidar um grupo político no maior colégio eleitoral do país. Braga Netto, no entanto, está longe de ser um consenso no círculo político de Freitas. Entre os assessores do futuro governador, há quem defenda uma mudança de rota no comando da segurança pública, hoje já chefiada por um general da reserva do Exército, João Camilo Pires de Campos. Uma das recomendações quem vem sendo soprada no ouvido de Freitas é o fortalecimento da Polícia Militar, com a indicação de um oficial da corporação para a Secretaria de Segurança Pública. Um dos nomes citados é o do atual comandante da PM paulista, coronel Ronaldo Miguel Vieira. Na equipe do futuro governador, há ainda vozes favoráveis a um modelo totalmente diferente, com a extinção da Secretaria de Segurança e o empoderamento dos chefes da Polícia Militar e Civil, que passariam a responder diretamente pela área. Seria uma repetição da estrutura adotada pelo governador do Rio, Claudio Castro.
Braga Netto leva mais segurança para a campanha
31/08/2022O general Braga Netto, candidato a vice-presidente, vai ganhar mais espaço na campanha de Jair Bolsonaro, seja com a participação em eventos políticos, seja com uma maior aparição na mídia. Um dos objetivos é capitalizar o recall do general na área de segurança pública, agenda que perdeu tonicidade durante o governo Bolsonaro e pouco tem aparecido em seus discursos. Braga Netto foi o comandante da intervenção federal no Rio de Janeiro em 2018, durante a gestão de Michel Temer. Em tempo: Bolsonaro foi aconselhado a anunciar a recriação do Ministério da Segurança e confirmar desde já a indicação do seu candidato a vice para a Pasta. Ocorre que Lula foi mais rápido no gatilho e revelou ontem a intenção de ressuscitar a Pasta.
Multipresença
31/05/2022A julgar pelo programa de governo, além da vice- presidência, o general Braga Netto terá uma participação larga em um eventual segundo mandato. Braga tem coordenado grupos de trabalho que vão da área de segurança à infraestrutura, passando pela agenda ambiental.
O duplo chapéu de Braga Netto no segundo mandato
11/05/2022O presidente Jair Bolsonaro reserva um duplo papel para o general Braga Netto em um eventual segundo mandato. Segundo o RR apurou, Bolsonaro planeja recriar o Ministério da Segurança Pública e nomear Braga Netto para o seu comando – o general acumularia o cargo com a vice-presidência da República. Embora seja um projeto somente para 2023, a intenção é faturar a medida desde já.
No entorno do presidente, há quem defenda que o futuro Ministério e a escolha de Braga Netto para o posto sejam anunciados já no lançamento da chapa – ainda sem data definida. A medida traria algumas mensagens embutidas, a começar pela ideia de que os militares terão um peso ainda maior no segundo mandato. Braga teria sob seu comando a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Força Nacional de Segurança.
Bolsonaro reforçaria também a percepção de que o ex ministro da Defesa não será um vice cenográfico, como o general Hamilton Mourão. Braga Netto, por sinal, é um nome talhado para o Ministério da Segurança Pública. No governo Temer, não custa lembrar, comandou a intervenção federal no Rio. O projeto permitiria também a Bolsonaro resgatar a agenda da segurança pública, que acabou se diluindo durante o governo. Em 2018, ressalte-se, o então candidato prometeu recriar a Pasta, com a cisão do Ministério da Justiça. Em meados de 2020, o Centrão pressionou Bolsonaro a lançar mão da medida – o nome do ex-deputado federal Alberto Fraga, PM de carreira, chegou a ser indicado para o cargo. Mas nada aconteceu.
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Caso assuma o Ministério da Segurança Pública, o general Braga Netto terá sob seu comando uma estrutura mais reforçada. Além da convocação de até 1,3 mil concursados para a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária, Jair Bolsonaro também teria determinado ao ministro da Justiça, Anderson Torres, o aumento do efetivo da Força Nacional de Segurança (FNS). Os estudos em curso na Pasta da Justiça indicam uma ampliação do contingente dos atuais 1,2 mil para cerca de 1,6 mil integrantes. Em termos absolutos, não é muito. No entanto, há um valor intangível para Bolsonaro. Ainda que indiretamente, seria um afago nas forças estaduais de segurança, importante território de apoio ao bolsonarismo. A FNS é composta por policiais militares, civis, bombeiros, entre outros agentes recrutados junto às unidades da federação.
Pax brasiliense
26/06/2020O general Braga Netto teve um papel determinante no armistício entre os ministros Paulo Guedes e Rogério Marinho. Até quando o cessar-fogo vai durar, é outra história.
A tradução mais próxima de um general “cinco estrelas”
28/04/2020A missão do general Braga Netto mudou. Se, na teoria, ele chegaria ao governo para ser uma espécie de interventor consentido – como informou o RR na edição 31 de março –, na prática a acomodação dos cristais reservou a Braga Netto outra função: ser o primeiro-ministro de uma Rainha da Inglaterra que manda para danar. O projeto original era, sim, isolar Bolsonaro dentro do Palácio do Planalto – tudo, ressalte-se, com a sua concordância. No entanto, o saldo final da rearrumação foi uma solução meio termo, nem tanto ao Norte, nem tanto ao Sul: Jair Bolsonaro é o comandante-em-chefe e Braga Netto tornou-se o general “cinco estrelas”.
O rápido ajuste de rota se deu, sobretudo, a partir do consenso de que Bolsonaro e – por que não? – seus filhos são incontroláveis. Não há tutela possível para o presidente e seu clã. Assimilados os golpes da rotina com Bolsonaro, Braga Netto passou a ser o segundo homem em importância no governo. Além de exercer um poder transversal sobre todos os Ministérios, tornou-se um dos principais, se não o principal interlocutor do Palácio do Planalto com as mais diversas áreas da sociedade civil, a exemplo de empresários e entidades de classe. Braga Netto toca de ouvido com o presidente Jair Bolsonaro. Participou ativamente das conversas que levaram à saída de Sergio Moro – inicialmente, o general tentou manter Moro no Ministério da Justiça por tempo determinado.
Está também no centro do projeto de recuperação da economia. Sua palavra foi determinante para a escolha de Tarcísio Freitas como condutor do Plano Pró-Brasil. O ministro da Casa Civil é um daqueles estrategistas pacientes, metódico, que espera bastante para definir o movimento de cada peça no tabuleiro de xadrez. No auge do imbróglio entre Bolsonaro e o então ministro Luiz Henrique Mandetta, Braga Netto assumiu a comunicação do governo sobre a crise do coronavírus e emprestou seu ar de mansidão respeitável em um ambiente onde os egos estavam crepitando. Foi dele a ideia de levar as coletivas do Ministério da Saúde para o Palácio do Planalto e diversificar os ministros presentes. Além de reduzir a temperatura, o ministro da Casa Civil passou a fazera regência da própria participação de Mandetta nas entrevistas.
Um oficial que serviu com Braga Netto fez a seguinte declaração sobre o perfil do general: “Na atual geração de quatro estrelas, somente o Villas Bôas e o Braga pertencem a esse grupo de generais diferenciados, no qual consta, por exemplo, Leônidas Pires Gonçalves”. O poder de Braga Netto pode ser sentido também no processo de fritura do ministro da Economia. O general é quem está operando o fator Paulo Guedes. Na quarta-feira passada, durante coletiva no Palácio do Planalto, quando perguntado se Guedes concordava com o Plano Pró -Brasil, Braga Netto respondeu de bate-pronto: “Concorda com tudo”.
A iniciativa de chamar o ministro da Economia para participar do jogo do “me engana que eu te enrolo”, ontem pela manhã no Palácio do Planalto, partiu de uma conversa entre o general e Bolsonaro. Foi um típico movimento para ganhar tempo. Na semana passada, Guedes deu sinais de que iria jogar a toalha, o que, a essa altura, seria uma temeridade. A estratégia de Braga Netto é deixar o ministro da Economia desfilar sua pretensa onipotência. Por exemplo: dizer que o Plano Pró -Brasil é um atraso, entre outras deselegâncias. Na ótica do general, há hora de engolir sapo e hora de expeli-lo. Superpor a demissão de Guedes à de Sergio Moro seria estimular os defensores do impedimento a dar asas a uma crise institucional. Tudo tem seu tempo.
Brainstorming
27/04/2020O general Braga Netto, ministro da Casa Civil, conversou com economistas em busca de sugestões para o Plano Pró-Brasil.
Recortes palacianos
9/04/2020A ascensão do general Braga Netto dentro do Palácio do Planalto é algo que está se dando com excepcional leveza. Para todos que participam do processo, parece que Jair Bolsonaro continua mandando da mesma maneira. Braga Netto é o quatro estrelas certo na hora certa.
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Entre os ministros que participaram da reunião com Jair Bolsonaro, na última segunda-feira, no Palácio do Planalto, chamou a atenção o empenho de Damares Alves em serenar os ânimos. Segundo o RR apurou, houve um momento especialmente marcante. Numa rápida pausa, Damares abordou Mandetta na saída do toalete. Ali ficaram conversando por cerca de 20 minutos. Por pelo menos três vezes foi possível ouvir a ministra repetir num tom quase maternal: “Calma, calma, calma…”
Outubro é candidato a “mês da virada” da intervenção militar no Rio de Janeiro
13/06/2018O general Braga Netto está convicto de que antes de dezembro, prazo previsto para o término da intervenção militar no Rio de Janeiro, o estado será entregue com avanços expressivos na repressão ao crime e à violência. Os relatórios da evolução do cenário têm sido apresentados ao Alto Comando do Exército com forte acento de otimismo. A dinâmica das operações é perversa para os militares. No início da intervenção, ocorreu, inclusive, um aumento dos índices de violência.
Diga-se de passagem, as estatísticas permanecem altas. É a fase do teste, quando os criminosos desafiam a “avis rara” na floresta. O processo vai se desenrolando através das ações de apoio, vigilância, ocupação de pontos estratégicos e, especialmente, “Inteligência mais Inteligência mais Inteligência”. Braga Netto tem certeza de que esse momento está chegando, quando os meliantes serão mapeados de tal forma que o planejamento das operações se desenrolará com a apurada precisão dos focos de ataque. A segurança sobre os caminhos do crime e os becos e vielas onde se malocam os marginais e a definição rigorosa dos pontos focais terão no tempo um importante efeito de dissuasão. A violência cairia lentamente até esta redução se fazer claramente percebida.
Nessa área não cabem previsões. Mas o mês de outubro, o mesmo das eleições, seria uma boa aposta para a virada da percepção. A cúpula das Forças Armadas não planeja com outro cenário. Esse resultado, além da missão institucional cumprida, fortalece a imagem dos militares junto à opinião pública nacional. O comandante do Exército, general Villas Bôas, tem revelado que a credibilidade das Forças Armadas em relação aos demais estamentos se tornou uma variável importante. Ele vem repetindo essa preocupação nas entrelinhas das suas demonstrações de orgulho diante do elevado prestígio que os militares têm junto à opinião pública.
Hoje, o general Braga Netto vai à Associação Comercial do Rio falar para os empresários. Boa parte do que foi escrito aqui será dito lá. Estará frente a um público ansioso por bater palmas ou estampar sorrisos na face, pois o evento é capitaneado pelo ex-presidente da ACRJ, Paulo Protasio, que, na primeira hora da intervenção, articulou um grupo de apoio constituído das principais entidades empresariais. As vivandeiras da ação militar no Rio bem que tentaram, mas não obtiveram animação recíproca. Os militares estão mais cascudos em relação a afagos. E o general Braga Netto, neste momento crucial dos trabalhos, não está nem aí para aplausos.