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Destaque

Reajuste de preços deixa farmacêuticas à beira de um ataque de nervos

24/02/2025
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A relação entre a gestão Lula e a cadeia de negócios da área farmacêutica está precisando de um bom calmante. Há duas quedas de braço simultâneas com elos distintos do setor. Fabricantes de medicamentos pressionam o governo por um reajuste de preços superior ao do ano passado.

Vão ter de aumentar a dosagem do lobby. As primeiras rodadas de negociação caminham na direção contrária. Laboratórios e farmácias cobram, como piso, a recomposição da inflação, ou seja, o IPCA de 2024, 4,83%.

Para o chamado nível 1, de medicamentos em mercados concorrenciais, o pleito é de um reajuste de até 7,8%, com base em cálculos que circulam na indústria. No entanto, o governo trabalha com um índice médio em torno de 4%, abaixo dos 4,5% do ano passado. A se confirmar, será o menor reajuste desde 2018 (2,8%).

O Conselho de Ministros da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) deverá bater o martelo em março. O CMED é composto pelos ministros da Saúde, por ora Nísia Trindade, da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e da Justiça, Ricardo Lewandowski, além da representante da Anvisa, Daniela Cerqueira.

Na paralela, o relacionamento entre o governo e o varejo farmacêutico também vive um momento de adrenalina mais alta. A gestão Lula tem flertado com a ideia de liberar a venda de medicamentos em supermercados como forma de aumentar a concorrência, baixar os preços e conter a inflação. Há, inclusive, um projeto de lei neste sentido – nº 1774/2019 – em tramitação no Senado. Assim que as intenções do governo vieram à tona, há cerca de duas semanas, o varejo farmacêutico se encrespou.

E nem poderia ser diferente. Diante do risco de perder sua reserva de mercado, a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) repudiou a ideia. O empresário Eugênio De Zagottis, um dos acionistas da Raia Drogasil, foi às redes sociais para criticar a proposta.

#Economia #Farmácia

Destaque

Qual é o misterioso princípio ativo por trás da explosão de farmácias no Brasil?

19/09/2024
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Há algo de estranho no reino das drogarias, um enigma que talvez só possa ser decifrado pelo Cade e pela Polícia Federal. O setor tem crescido que nem capim na serra. Mas não em qualquer serra. A gramínea está cada vez mais concentrada nas mãos de poucos. Segundo dados da Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), publicados pelo Valor Econômico no último dia 13 de agosto, as 29 empresas associadas à entidade deverão atingir a marca de R$ 100 bilhões em vendas neste ano.

Esse contingente reúne cerca de 10,3 mil das 92 mil drogarias do país, ou seja, algo como 11% de todos os pontos de venda. Dito assim, nem parece muito. Mas, à luz das cifras, o domínio desse grupo fica evidente. As mesmas 29 redes farmacêuticas respondem por mais de 45% do faturamento total do segmento, e suas lojas cobrem uma área que reúne em torno de 70% da população urbana brasileira.

Nas principais capitais do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, o que se vê é um amontado de drogarias em um mesmo quarteirão ou em um trecho curto de uma única rua. Em diversos desses quadriláteros de esquinas, há uma farmácia em cada cruzamento. E não há um diferencial de preços que justifique uma competição entre uma e outra.

Chega a causar perplexidade que os grandes grupos estejam desafiando a lei da oferta e da procura. Alguns fatores justificariam esse monumental crescimento: hábitos higiênicos criados pela pandemia, crescimento da renda das famílias, taxa de emprego recorde, maior educação da população, aumento dos exames e envelhecimento da população, entre outros.

Mas sem competição? Sem disputa de preços? Bem, mesmo nesse estranho formigueiro de prosperidade, existe lugar para alguns derrotados. As redes Poupa Farma e Rede Santa Marta entraram em recuperação judicial. Esta última nem precisou esperara, pois já foi comprada pela Rede Nissei.

Mas esse talvez seja o menor dos males do setor. A moléstia maior é outra: há algo de miliciano no varejo farmacêutico no Brasil. Quem diz isso é uma fonte da Polícia Federal, que arrisca a colocar o dedo em uma ferida, ainda que as grandes empresas estejam cobertas pelo band-aid da legalidade.

Segundo ela, as atenções da PF estão, naturalmente, focadas nas outras 82 mil farmácias, um universo com imenso grau de pulverização. Trata-se de um terreno fértil para a abertura de empresas de fachada e lavagem de dinheiro. O RR não dá nome aos bois, mas só registra o que a fonte da PF informou: o assunto está sendo acompanhado de perto. Muito perto.

#Cade #Farmácia #Polícia Federal

Empresa

Raia Drogasil reduz a dosagem dos seus investimentos em São Paulo

12/04/2024
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Um termômetro da perda de apetite momentânea do varejo farmacêutico: segundo informação filtrada da própria empresa, a Raia Drogasil, maior grupo brasileiro do setor, planeja inaugurar não mais do que 30 farmácias em São Paulo ao longo de 2024. Nos anos recentes, o grupo abriu, em média, cerca de 60 lojas. Em 2023, ressalte-se, as vendas de medicamentos no Brasil cresceram 4,7% abaixo dos 6,3% registrados no ano anterior. A Raia Drogasil nem pode se queixar: sua receita líquida subiu 16,8% – quase quatro vezes mais do que a do setor -, chegando a R$ 34 bilhões. Mas a avaliação da companhia é que o momento pede uma puxada no freio de mão e o aumento dos recursos em caixa.

#Farmácia #Raia Drogasil #São Paulo

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