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No cargo há pouco mais de um ano e meio, o presidente da Exxon no Brasil, Juan Lessmann, enfrenta um processo de desgaste junto à matriz. As três últimas grandes campanhas de perfuração da empresa no país deram com os burros n’água: nenhum dos três poços foi declarado comercial. A Exxon gastou mais de US$ 1,6 bilhões na compra desses ativos. Lessmann é forte candidato a pagar uma parte dessa conta.

Exxon, Enauta (Antiga Queiroz Galvão Exploração e Produção) e Murphy Oil caíram na teia do Ministério Público Federal. O MPF notificou o Ibama, determinando a realização de audiências públicas antes da campanha de perfuração marítima dos blocos na Bacia Sergipe-Alagoas controlados pela trinca de empresas. As petroleiras terão, agora, de discutir os projetos separadamente com as comunidades afetadas pela operação, entre as quais pescadores artesanais, índios e quilombolas. Com a decisão do MPF, o cronograma traçado pelas três petroleiras para a perfuração das áreas fica sob risco. Procuradas pelo RR, Exxon, Enauta e Murphy Oil não quiseram se manifestar.

A Exxon e a Qatar Petroleum, segundo o RR apurou, deverão investir mais de R$ 1 bilhão no recém-arrematado campo de Titã, na Bacia de Santos.

As irmãs do petróleo esbanjam apetite pelo Brasil. Além da decisão da Exxon de retomar as atividades de exploração e produção no país, a Shell promete entrar com as garras afiadas na 5ª Rodada do Pré-Sal, marcada para o próximo dia 28. Seu alvo prioritário segundo o RR apurou, é a área de Saturno, no pré-sal da Bacia de Santos. Além disso, o grupo acelera o início trabalhos de perfuração no campo de Sul do Gato de Mato, também em Santos.

Exxon e Petrobras costuram uma aliança para o leilão do pré-sal de setembro. Os alvos da “coalizão” são os blocos S-M-534 e S-M-645, cujo valor de outorga deve passar dos R$ 4 bilhões.