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Empresa
Qualquer dia João Adibe vira a própria logomarca da Cimed
17/07/2024João Adibe Marques, controlador da Cimed, faz por merecer o epíteto de empresário mais exibido do Brasil, como muitos se referem a ele dentro da própria companhia. Marques já confidenciou a pessoas próximas a intenção de relançar seu canal no YouTube, criar um podcast e ancorar conferências e eventos sobre inovação ao melhor estilo TedTalks. Tudo com a pegada de coach empresarial que caracteriza suas postagens nas redes sociais, suas entrevistas e seu livro “Meu sangue amarelo: o sucesso não aceita preguiça”, um best-seller da autoajuda. Marques se vangloria de ter mais de 3,7 milhões de seguidores no Instagram e quase 500 mil no Tik Tok. Com um quê de Eike Batista – na imodéstia e no gosto pelos holofotes, ressalte-se, e não nas promessas megalomaníacas e investimentos fracassados –, o dono da Cimed praticamente takeoverizou a exposição institucional da companhia. Ainda que a empresa seja dona de uma das maiores verbas de publicidade do Brasil – só o patrocínio à Seleção Brasileira gira em torno de R$ 100 milhões –, o marketing do laboratório farmacêutico está cada vez mais personificado na figura de Marques. Procurada, a Cimed não se manifestou.
Mercado
IPO é o novo princípio ativo da Cimed
8/01/2024O IPO voltou ao radar da Cimed, um dos maiores laboratórios farmacêuticos do país. A empresa tem conversado com bancos de investimento e fundos de private equity. O tema é conduzido por Nicola Calicchio, presidente do Conselho de Administração.
Empresa
Medicamentos injetáveis entram no receituário da Cimed
21/08/2023A Cimed prepara-se para entrar no segmento de medicamentos injetáveis. O laboratório farmacêutico controlado pela família Marques já iniciou as tratativas junto à Anvisa. Trata-se de um negócio que tem crescido, em média, 15% a cada ano – no ano passado, por exemplo, a venda de remédios como um todo no Brasil teve uma queda de receita de 3%. O avanço dos injetáveis se deve, principalmente, à maior incidência de doenças crônicas. A produção deverá ficar a cargo da mais nova fábrica da Cimed, em Pouso Alegre (MG), onde a companhia investiu R$ 300 milhões.
A Cimed tem passado por uma série de ajustes de governança com o objetivo de fazer seu IPO. A entrada no segmento de injetáveis funcionará como uma dose a mais no valuation da companhia. Neste ano, a Cimed deverá atingir a faixa de R$ 3 bilhões de faturamento pela primeira vez em sua história.
Empresa
A Escolha de Sofia da Cimed
5/06/2023Os acionistas da Cimed, à frente o empresário João Adibe Marques, têm discutido caminhos para a capitalização da companhia. Há dois cenários sobre a mesa: um IPO em bolsa ou a venda direta de uma participação para um investidor. No momento, a balança pende levemente para essa segunda opção. Como se não bastasse as condições adversas do mercado para uma oferta de ações, a Cimed tem despertado o interesse de fundos de private equity. Ressalte-se que, nos últimos meses, a empresa tem feito ajustes em sua governança que indicam uma mudança na estrutura de capital. O movimento mais contundente neste sentido foi a nomeação de um “forasteiro”, o executivo Nicola Callichio, para a presidência do Conselho, em substituição ao próprio Adibe Marques.
O novo princípio ativo da governança na Cimed
21/09/2022A nomeação do ex-McKinsey Nicola Calicchio como chairman da Cimed vai desencadear novas mudanças no management do laboratório farmacêutico. Segundo fonte próxima à empresa, a mais aguda delas seria a saída do próprio empresário João Adibe Marques, controlador da companhia, do cargo de CEO. Outro movimento em pauta é a ampliação do número de cadeiras no board, com o propósito de abrigar um número maior de conselheiros independentes.
Hoje, a família Marques ocupa quatro das sete cadeiras, além de uma série de cargos na gestão executiva. Consultada, a Cimed limitou-se a confirmar a nomeação de Calicchio. Perguntada especificamente sobre futuras mudanças, não se manifestou. O recuo de João Adibe Marques, tido no setor como uma figura centralizadora, é puro pragmatismo.
O gradual afastamento do empresário e de outros membros da família da administração executiva teria como objetivo o IPO da Cimed – no mercado, já se fala, inclusive, que o Morgan Stanley é forte candidato a conduzir a operação. A falta de um modelo de governança é um calcanhar de Aquiles para a abertura de capital, uma barreira capaz de se contrapor aos ótimos números da companhia. Entre janeiro e junho deste ano, por exemplo, a Cimed teve uma receita de R$ 1,2 bilhão, 22% a mais do que no primeiro semestre do ano passado. Em 2021, o Ebitda cresceu 30%, batendo nos R$ 400 milhões.
Nova fórmula
2/06/2022De primeira: a Cimed, laboratório farmacêutico com faturamento da ordem de R$ 1,5 bilhão por ano, prepara seu IPO.
Bola fora
5/01/2017Em conversas reservadas, João Adibe Marques, dono do laboratório farmacêutico Cimed, não esconde seu desapontamento com os resultados do contrato de patrocínio firmado com a CBF. É muito escândalo para pouco recall da marca. O problema é que ainda faltam três anos para o fim do acordo. Ou não. Procurada, a Cimed nega o descontentamento e a possibilidade de ruptura do acordo.
Teuto e Medley chegam ao seu prazo de validade
26/10/2016A Pfizer e os herdeiros do empresário Valterci de Melo – donos, respectivamente, de 60% e 40% do Teuto – vão anunciar até o início de dezembro a venda do controle do laboratório. Estima-se que a operação, conduzida pelo JP Morgan e pelo BTG, fique em torno de R$ 1 bilhão. Dos seis concorrentes que iniciaram a disputa apenas três entraram na reta final: as gestoras norte-americanas Advent e Bain Capital e a indiana Torrent Pharmaceuticals, já presente no Brasil. A venda do Teuto encerrará uma relação societária esquizofrênica: desde que se uniram, em 2010, a Pfizer e a família Melo vivem num ambiente de hostilidade mútua e alguma dose de paranoia. Os norte-americanos sempre alimentaram a suspeita de que os sócios, à frente da gestão, usaram de artifícios contábeis para inflar os números da companhia e, com isso, aumentar o valor de venda dos seus 40%. Em meio às enfermidades societárias, o Teuto vem apresentando um desempenho financeiro frustrante. Para não perder mercado, abusou de uma agressiva política de preços nas negociações com o varejo – em alguns casos de até 80% –, asfixiando sua rentabilidade. Sua margem Ebitda, que, há dois anos, beirava os 30%, já estaria abaixo dos 15%, o menor índice desde 2012. Procurado, o Teuto não quis comentar o assunto. Torrent, Advent e Bain Capital também não se pronunciaram. A venda do Teuto terá razoável impacto no mercado de genéricos – segmento responsável por mais de 60% do seu faturamento (R$ 560 milhões no ano passado). O laboratório é o oitavo maior fabricante de medicamentos sem patente do país. Foi exatamente este o fator que atraiu para a disputa a Torrent Pharmaceuticals, que fatura mais de US$ 3 bilhões por ano em todo o mundo. O grupo, que atua há 14 anos no mercado brasileiro apenas importando medicamentos da Índia, está decidido a ter uma produção própria de genéricos no país. O apetite dos indianos pode ser medido pela sua presença nas duas grandes operações de M&A em curso no setor. Além da proposta pelo Teuto, a Torrent também estaria em conversações com a Sanofi Aventis, que teria colocado à venda o controle do Medley – outros candidatos seriam os laboratórios brasileiros Cimed e Aché. Consultada, a Sanofi “não confirma que o Medley esteja à venda”. Cimed e Aché não se pronunciaram. Esta, sim, seria uma operação capaz de chacoalhar o ranking do mercado brasileiro de genéricos. O Medley é o segundo maior fabricante do país, atrás apenas da EMS . Neste ano, deverá faturar mais de R$ 1 bilhão no segmento. Para o Aché, por exemplo, a aquisição valeria a liderança na venda de genéricos no Brasil, com mais de R$ 1,5 bilhão de receita anual. A exemplo do Teuto, o Medley desperta a cobiça da concorrência mais pela sua estratégica posição de mercado do que exatamente pela performance financeira. O futuro controlador terá trabalho: o laboratório dá prejuízo há dois anos, apesar da profunda reestruturação conduzida pela Sanofi Aventis. Os franceses perderam mais tempo tentando consertar a herança que receberam do que pensando na expansão do negócio. A Medley tinha uma pesadíssima estrutura de custos. Por custos, entenda-se não apenas os corporativos como os de seus controladores. Em um ano, o laboratório teria desembolsado quase R$ 100 milhões para pagar despesas pessoais da família Negão, sua antiga controladora.
Biotônico
21/09/2016O Aché, das famílias Siaulys, Baptista e Depieri, entrou na disputa pelo Medley. Vai duelar com a Cimed e a EMS, outros candidatos à compra do laboratório, controlado pela francesa Sanofi Aventis. Estima-se que o Medley valha algo perto dos R$ 600 milhões. No ano passado, a empresa faturou R$ 1 bilhão, mas, lucro que é bom, os franceses não veem há muito tempo.
Sócios do Teuto brigam até o último comprimido
28/07/2016A Pfizer e a família Melo, sócios no laboratório Teuto, não se entendem nem quando estão de acordo. Há cerca de dois meses, os norte-americanos e os herdeiros do empresá- rio Valterci Melo acertaram uma trégua e decidiram vender em conjunto o controle da farmacêutica goiana. O que parecia ser o ponto final de uma conflituosa relação iniciada em 2010 acabou se revelando um novo round nessa contenda societária. Acionistas majoritários, com 60% do capital, os Mello vêm tentando alijar os norte-americanos das negociações. Segundo o RR apurou, a Pfizer tem conhecimento de que a família, assessorada pelo BTG, estaria mantendo conversações paralelas com candidatos à compra do controle integral do laboratório. De acordo com uma fonte que acompanha as negocia- ções, há tratativas bem avançadas com a Cimed , grupo que atua na produção e distribuição de medicamentos. Outro pretendente seria o Aché, um dos maiores laboratórios farmacêuticos nacionais. A Pfizer não abre mão da venda em conjunto do controle do Teuto, com o óbvio intuito de melhorar a precificação do ativo, notadamente da sua participação minoritária. É o que recomendaria qualquer bom manual. No entanto, a relação entre a multinacional e os herdeiros de Walterci Melo, morto em 2014, nunca foi marcada exatamente pela lógica e pelo jogo cooperativo. Muito pelo contrário. Os norte-americanos têm suas razões para manter um pé atrás em relação aos sócios. A multinacional já teria acusado a família Melo de maquiar os nú- meros do Teuto e inflar artificialmente o Ebitda da empresa para se beneficiar na eventual venda do controle para a própria Pfizer. Isso porque, ao acertar a aquisição dos 40% do laboratório goiano, a companhia norte-americana ficou com uma opção de compra do restante das ações, a ser exercida até 2017. Pelo contrato, nesse caso a precificação do Teuto equivaleria a 14,4 vezes a geração de caixa da companhia. Ou seja: quanto maior o Ebitda, mais a multinacional teria de pagar pela fatia dos controladores. Por conta disso, a Pfizer sempre confiou desconfiando dos números apresentados pelos Melo. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Teuto.
Bola fora
27/11/2014A IMX, onde um dia Eike Batista já foi artilheiro, está sendo jogada para escanteio no consórcio responsável pela gestão do Maracanã.