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Empresa
Cedae anuncia resultado positivo na próxima semana
28/03/2024A adoção de uma administração financeira profissional na Cedae começa a render frutos. Pouco mais de um ano após tomar posse como diretor Administrativo-Financeiro e de Relações com Investidores, Antônio Carlos dos Santos entrega na próxima semana o balanço de 2023 da companhia com lucro. A empresa vinha apresentando prejuízo desde 2020, mas já em 2022 registrou uma pequena recuperação. Em 2020, o resultado negativo foi de R$ 262 milhões; em 2021, a perda chegou a R$ 78,8 milhões. No exercício de 2022, a Cedae lucrou R$ 1,1 milhão.
Empresa
Águas do Brasil quer beber na fonte do BNDES
15/05/2023A Águas do Brasil vem mantendo tratativas junto ao BNDES em torno de um empréstimo. Os recursos seriam usados fundamentalmente para refinanciar o empréstimo-ponte fechado com um pool de bancos em 2021 para o pagamento da outorga do bloco 3 da Cedae, arrematado por R$ 2,2 bilhões. A Águas do Brasil tem estudado outros caminhos para a repactuação desse passivo, como uma nova emissão de dívida ou o lançamento de debêntures. No entanto, as condições não vêm se mostrando as mais propícias. O financiamento do BNDES daria tempo ao tempo para a companhia adiar a ida ao mercado e manter o cronograma de investimentos. Procurada pelo RR, a empresa não quis se pronunciar.
ESG
Cedae entra firme na agenda ESG
18/11/2022O novo diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Cedae, Antônio Carlos dos Santos, iniciou suas atividades com o plano de fazer da empresa uma referência em governança ESG no espaço de um ano. É uma revolução tendo em vista as práticas das empresas congêneres. A ver. Com os recentes leilões de saneamento do Rio, a estatal passou a concentrar sua atividade na operação dos grandes sistemas produtores da Região Metropolitana (Guandu, Imunana-Laranjal, Ribeirão das Lajes e Acari), com a captação e tratamento da água distribuída pelas concessionárias do estado.
Aegea em busca de dinheiro
10/10/2022Corre no mercado que a Aegea Saneamento prepara uma substancial captação no exterior. O sarrafo subiu demais para a empresa. Com a vitória no leilão de saneamento do Ceará na semana passada, a Aegea assumiu mais R$ 6 bilhões em obras. Some-se a isso os R$ 24 bilhões que terá de desembolsar nas duas concessões da Cedae arrematadas no ano passado. Tudo isso em meio à desconfiança dos agentes financeiros em relação à operação no Ceará. Em relatório, o Itaú BBA afirmou que “os retornos serão muito baixos”. Consultada pelo RR, a Aegea informou que “estuda de modo contínuo eventuais captações e projetos que agreguem ao seu modelo de negócios”.
Terceira divisão
19/07/2022O BNDES elegeu uma nova prioridade na área de saneamento: estimular e coordenar concessões de tratamento de água e esgoto em pequenas cidades. Até porque, depois da Cedae, a privatização das grandes empresas estaduais do setor deve rarear.
Águas turvas
6/06/2022A Águas do Brasil, que arrematou o lote 3 da Cedae, está refazendo contas e revendo seu business plan. A empresa cogita, inclusive, solicitar o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato. O cenário mudou muito desde o leilão, no ano passado, em função da disparada dos preços dos insumos, a começar pelo sulfato de alumínio. Somente neste ano, o produto acumula uma alta em torno de 400%.
Alta liquidez
24/02/2022O Canada Pension Plan Investiments estaria prestes a desaguar um novo aporte de capital na Iguá Saneamento. Somente no Bloco 2 da Cedae, arrematado no ano passado, a empresa terá de desembolsar mais de R$ 10,5 bilhões, entre o pagamento da outorga e investimentos.
Conta-gotas
16/12/2021O radar do BNDES já captou sinais de que o leilão do Bloco 3 da Cedae, marcado para o dia 29 de dezembro, terá um ágio bem baixinho, quase para cumprir tabela. O lance inicial é de R$ 1,1 bilhão.
Água potável
18/10/2021A Infra Asset conversa com possíveis parceiros para disputar o leilão do bloco 3 da Cedae, marcado para dezembro. O investimento se daria por meio do fundo Infra Setorial FIP. Consultada, a Infra Asset disse estar “atenta e analisando oportunidades do setor de infraestrutura, que inclui saneamento.”
GS Inima rumo à Cedae
22/09/2021A sul-coreana GS Inima estuda participar do leilão do bloco 3 da Cedae, marcado para dezembro. Segundo o RR apurou, a empresa vem mantendo conversações com o BNDES, responsável pela modelagem da venda da estatal. O valor mínimo de outorga deverá ser fixado em R$ 2,6 bilhões. Trata-se do único bloco da Cedae que não foi vendido no leilão de abril. Procuradas, GS Inima e BNDES não quiseram se pronunciar.
Mais água no leilão
26/08/2021O governo do Rio tenta adicionar ao menos cinco municípios ao bloco de concessões da Cedae que será leiloado em dezembro. O pacote, até o momento, soma dez cidades, além de bairros da Zona Oeste da Capital. O acréscimo pode elevar o preço de outorga de R$ 2,5 bilhão para algo perto de R$ 3 bilhões. Esta será a segunda tentativa de venda desse bloco. Na primeira, em abril, não houve propostas.
Aumento de capital
25/08/2021Os acionistas da Aegea Saneamento – Itaúsa, Equipav e GIC (fundo soberano de Cingapura) – estariam em conversações para um novo aporte de capital na empresa. As duas concessões da Cedae, arrematadas em abril, vão exigir muito fôlego financeiro. Só os valores de
outorga somam mais de R$ 15 bilhões, fora os R$ 24 bilhões de investimentos previstos.
Água barrenta no Amapá
15/07/2021O RR teve a informação de que uma grande companhia do setor, vencedora de um dos leilões da Cedae, desistiu de participar da privatização da Caesa, a companhia de saneamento do Amapá. O motivo é a preocupação de que a licitação possa ser barrada na Justiça. A Caesa não atende aos requisitos básicos da nova Lei de Saneamento, notadamente às métricas de comprovação de capacidade econômico-financeira.
Água barrenta
18/06/2021O governo do Rio está cercando a Aegea Saneamento por todos os lados na tentativa de convencê-la a participar do novo leilão do bloco 3 da Cedae, ainda sem data definida. Na primeira licitação, em abril, a empresa entrou na disputa, mas, na hora H, não apresentou proposta. O bloco 3 é considerado o “patinho feio” da Cedae. Dos quatro ofertados, foi o único que encalhou.
Questão de timing
6/05/2021A ordem no governo gaúcho é acelerar ao máximo a privatização da Corsan, antes que outros estados vendam sua operação de saneamento. O receio é que uma super-oferta de concessões comece a pressionar os preços dos ativos. Some-se a isso o fato de que potenciais candidatos à compra da Corsan, a exemplo da Iguá e da Aegea, já estão comprometidos com os desembolsos na Cedae.
Força de segurança
26/04/2021Uma tropa jurídica está de prontidão para garantir o leilão da Cedae, marcado para a próxima sexta-feira. No Palácio Guanabara, o maior temor é que a própria Assembleia Legislativa do Rio faça uma manobra de última hora na Justiça para barrar a privatização.
Escafandristas
25/03/2021A BRK Ambiental, leia-se Brookfield, está submersa na Cedae. Executivos da empresa já teriam visitado as instalações da estatal. Segundo informações filtradas do Palácio Guanabara, a BRK deverá dar lances em dois dos quatro blocos da Cedae que serão levados a leilão.
Irrigação financeira
11/03/2021Na Aegea Saneamento já se fala em um novo e bilionário aporte do GIC, fundo soberano de Cingapura. A capitalização daria mais fôlego para a empresa mergulhar nos leilões do setor, a começar pela Cedae. Consultada, a Aegea diz que, “no caso de eventuais alterações no seu escopo acionário, o mercado será informado”.
A conferir
24/02/2021Ontem, nos corredores da Cedae, circulava a informação de que funcionários da estatal se articulam para entrar na Justiça contra a sua privatização.
Aegea já tem o mapa da mina na Cedae
10/02/2021Informação fisgada pelo RR no BNDES: a Aegea vai entrar na disputa pelo bloco 1 da Cedae, que engloba bairros da Zona Sul do Rio e outros 18 municípios. No pacote, cidades como Maricá e Saquarema, fronteiriças à Região dos Lagos. É sinergia na veia. A Aegea é dona da Prolagos, concessionária de saneamento local. Consultada, a empresa saiu pela tangente e disse que “tem avaliado novas licitações publicadas em todas as regiões do país”.
Segundo tempo
9/02/2021Além da Cedae, o BNDES já trabalha na privatização da companhia de saneamento do Amapá. De acordo com a mesma fonte, é negócio para o segundo semestre.
Encontro das águas
15/01/2021A gestora de capital IG4 conversa com fundos internacionais em torno da formação de um consórcio para disputar as concessões da Cedae – quatro blocos serão ofertados. A empresa está longe de ser marinheira de primeira viagem no setor: é controladora da Iguá Saneamento, que atua em cinco estados.
Água barrenta
14/01/2021Deputados da Alerj têm se oferecido para intermediar acordos entre Prefeituras do Rio e a Cedae. Vislumbraram um novo “mercado” nas arestas que precisam ser aparadas para a privatização da empresa.
Um trocado a mais
8/01/2021A venda da Cedae está fazendo crescer o olho dos prefeitos. Depois do Rio de Janeiro, agora é a Prefeitura de São Gonçalo que quer elevar os valores que receberá pela outorga da concessão de saneamento no município.
Escondendo o jogo
10/11/2020No BNDES, o recuo de Claudio Castro em relação à privatização da Cedae é visto como jogo de cena de governador interino. A aposta é que, tão logo Castro seja efetivado no cargo, a operação volta à mesa. O Rio não pode abrir mão de uma receita estimada em R$ 10 bilhões.
Águas passadas
4/08/2020No auge da crise da água com geosmina, no início do ano, Wilson Witzel assegurou que iria demitir todos os servidores da Cedae com salário superior ao do próprio governo do estado. O tempo passou, o assunto caiu no esquecimento e ainda há afortunados funcionários na estatal com vencimentos mensais na casa de R$ 50 mil.
Rumo ao saneamento
9/07/2020A Equatorial Energia – um condomínio de grandes fundos de investimento, entre os quais o americano BlackRock e o canadense CPPIB – vai entrar nas privatizações de saneamento. No BNDES, sua participação no leilão da Companhia de Saneamento de Alagoas, previsto para setembro, é dada como certa. É só um aquecimento. O grande alvo da Equatorial seria a Cedae.
Apenas para constar
24/06/2020No BNDES, predomina a percepção de que as audiências públicas para a privatização da Cedae, marcadas para amanhã e o dia 6 de julho, servirão somente para cumprir tabela. Com a pandemia e o impeachment na soleira do gabinete de Wilson Witzel, a operação virou água parada.
Água barrenta
23/06/2020Na Alerj, as declarações de Wilson Witzel sobre o risco de adiamento da venda da Cedae em função da crise política no estado foram recebidas como chantagem barata. Não vai ser isso que salvará a pele do governador do Rio no processo de impeachment.
Geosmina
27/03/2020Gracejo atribuído ao governador Wilson Witzel durante uma reunião do gabinete de crise do coronavírus no estado: “Bem, ninguém mais fala da água suja da Cedae”.
A Cedae pode esperar
18/03/2020O governo do Rio de Janeiro praticamente suspendeu os estudos para a privatização da Cedae. Está longe de ser a prioridade do momento.
Acervo RR
Decantação
3/03/2020O BNDES ainda nem começou a trabalhar formalmente na venda de Cedae, mas a área técnica do banco já tem uma certeza: a estimativa do governador Wilson Witzel de arrecadar R$ 11 bilhões com a privatização da empresa deve ser efeito da geosmina na água do Rio de Janeiro.
Decantação
3/03/2020O BNDES ainda nem começou a trabalhar formalmente na venda de Cedae, mas a área técnica do banco já tem uma certeza: a estimativa do governador Wilson Witzel de arrecadar R$ 11 bilhões com a privatização da empresa deve ser efeito da geosmina na água do Rio de Janeiro.
O rebanho de Everaldo
6/02/2020O Pastor Everaldo, líder do PSC, espalha suas “ovelhas” pelo governo Witzel. O mentor político de Wilson Witzel está por trás de nomeações feitas recentemente no Detran-RJ. Isso para não falar da Cedae. Não fosse a proteção do Pastor, o presidente da empresa, Helio Cabral, já teria sido levado pelo rio Guandu.
Operação água limpa
29/01/2020O ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro está cotado no Palácio Guanabara para assumir o comando da Cedae. O economista é filiado ao PSC do governador Wilson Witzel e do Pastor Everaldo, tido como o “dono” da estatal e responsável pela nomeação do atual presidente da companhia, Helio Cabral. Antes considerado um dos nomes mais fortes do segundo escalão da gestão Witzel, Cabral acabou desidratado pela crise da água no estado. Além do consenso no governo do Rio de que é preciso criar um fato mais forte em resposta ao episódio, um fator em particular aproxima Rabello de Castro da Cedae. Foi sob o seu comando, ainda durante o governo Temer, que o BNDES formatou o modelo de privatização da empresa de saneamento.
Água suja
23/01/2020Noves fora o factoide da “sabotagem” da água da Cedae, o governador Wilson Witzel discute o adiamento da privatização a empresa. A questão teria sido tratada em reunião no Palácio Guanabara na semana passada. A operação prevista para este semestre seria empurrada para o último trimestre do ano. Seria o tempo necessário para decantar o barro que turvou a imagem da empresa.
A água barrenta de Witzel
17/01/2020O governador Wilson Witzel sofre forte pressão de aliados na Assembleia Legislativa para detonar o presidente da Cedae, Helio Cabral, na esteira das denúncias contra a qualidade da água fornecida no estado. O cerco passa longe da preocupação com a saúde da população. O cargo é cobiçadíssimo por políticos próximos a Witzel, a começar pelo presidente da Alerj, André Ceciliano.
…
Não foi por falta de aviso. Segundo informação que circula nos corredores do Palácio Guanabara, já no fim da semana passada, assessores teriam alertado Witzel sobre a dimensão do problema, a crescente repercussão nas redes sociais e a necessidade de um pronunciamento público. O governador apostou que o assunto se dissiparia sozinho. Só se manifestou quatro dias depois, quando a água escura da Cedae já chegava a 69 bairros no Rio e a seis cidades da Baixada Fluminense.
Cedae decreta o “verão da água mineral” no Rio
16/01/2020Raras vezes o mal-estar de tantos fez a alegria de tão poucos. A poluição das águas do rio Guandu, um problema que se considerava resolvido desde a gestão de Carlos Lacerda no governo da Guanabara, mais do que triplicou o consumo de água mineral no Rio de Janeiro. Os supermercados e as lojas que vendem galões industriais estão descarregando e carregando estoques. A expectativa é que o boom de consumo se mantenha até o final do mês, prazo razoável para que o temor da população vá se dissipando.
Nessa toada, o Guandu deverá remexer o ranking do mercado nacional. No setor, a aposta é que o Rio de Janeiro vai ultrapassar Pernambuco e São Paulo e assumir, ainda que momentaneamente, a liderança na venda de água mineral no país. Em 2019, os paulistas consumiram cinco bilhões de litros; os pernambucanos, 3,1 bilhões de litros e o Rio, algo em torno de 1,6 bilhão de litros. Não são apenas as garrafinhas que estão desaparecendo das prateleiras do varejo. Nas duas últimas semanas, as vendas de água mineral em embalagens de 10 e 20 litros dobraram no Rio de Janeiro.
Muitas das 57 engarrafadoras instaladas no estado já estão operando 24 horas por dia para atender à explosão da demanda e repor os estoques. O mercado de água mineral ganhou um impulso maior do que qualquer publicidade daria. Passada a crise, a ingestão da bebida não estará vinculada à histeria e a uma questão de saúde pública, mas ao recondicionamento de hábitos de consumo. A água mineral voltará a fazer parte do costume de boa parte da população do estado. Bom, sobretudo, para a Coca-Cola, líder do mercado nacional. By the way: ao menos neste caso, como as embalagens de água mineral produzidas pela Coca-Cola são transparentes, não há o risco de o consumidor se surpreender com um “corpo estranho” ao abrir a garrafa.
Nas águas do IPO
7/01/2020A probabilidade de um IPO da Cedae cresceu substancialmente nas últimas semanas. Os sucessivos saltos no lucro da estatal impulsionam o governo Witzel à oferta de ações em Bolsa. A dúvida é se a abertura de capital envolveria toda a empresa ou apenas a operação de coleta e tratamento de água, hipótese que, literalmente, deixaria o esgoto nas mãos do Estado.
Águas passadas
12/12/2019O presidente da Cedae, Helio Cabral, está bem cotado no Palácio Guanabara para subir um degrau e assumir uma cadeira no secretariado do governador Wilson Witzel. Seu cartaz subiu com a reestruturação da companhia de saneamento. Ao que parece, as águas do Rio Guandu já levaram para longe as suspeitas de que Cabral, quando diretor financeiro, teria beneficiado empresas de segurança contratadas pela estatal sem licitação.
Alta liquidez
27/09/2019Segundo projeções do próprio governo do Rio auscultadas pelo RR, no ano que vem a Cedae deverá despejar mais de R$ 400 milhões em dividendos nos cofres do estado. Ressalte-se que o repasse relativo ao exercício de 2018 chegou a R$ 330 milhões. Afinal, para que mesmo privatizar a Cedae?
As águas vão rolar
2/04/2019O governo de Wilson Witzel deverá apresentar até junho um modelo de PPPs para a Cedae, a empresa de saneamento do Rio de Janeiro.
Um novo rio
6/02/2019A privatização da Cedae são águas passadas, segundo o próprio governador Wilson Witzel. No radar da estatal, o que aparece agora é a possibilidade de fechar PPPs específicas para um determinado município ou região.
Balé da inadimplência
22/01/2019O governo do Rio e a Prece, fundo de pensão da Cedae, abriram tratativas para a compra do prédio anexo do Theatro Municipal. O local é usado para ensaios de artistas. No ano passado, o governo Pezão “descobriu” que devia R$ 80 milhões à Prece pelo aluguel.
Penhora mineira
11/12/2018No melhor estilo “Cedae“, o governador eleito Romeu Zema já admite usar o controle da Copasa como moeda de troca para renegociar a dívida de Minas Gerais com a União – o passivo é de R$ 78 bilhões. O vice governador eleito, Paulo Brant, foi escalado para conduzir as primeiras negociações com a equipe de transição de Jair Bolsonaro.
Água filtrada
19/10/2018Um combustível a mais para o discurso dos candidatos ao governo do Rio, Wilson Witzel e Eduardo Paes, contra a privatização da Cedae: a estatal caminha para um lucro da ordem de R$ 300 milhões neste ano. Significa dizer que, mesmo com o lodaçal econômico do Rio, a estatal de saneamento acumulará um ganho de quase R$ 1 bilhão no triênio.
Paes tem novo plano para a Cedae
17/08/2018Candidato ao governo do Rio, Eduardo Paes promete brecar a venda da Cedae, ao menos no atual modelo. A proposta elaborada pelos assessores de Paes bebe na fonte da Sabesp, com um formato similar ao adotado pelo governo paulista. A ideia é criar uma holding –onde a estatal de saneamento seria pendurada – com a posterior venda de uma participação desta nova companhia. Nos cálculos da equipe de Paes daria para pagar com sobras o empréstimo do BNP Paribas ao estado, que teve como garantia a própria Cedae.
Água chinesa
19/07/2018A China Gezhouba Group Company (CGGC) está prospectando ativos da área de saneamento no Brasil. O grupo chegou a mergulhar nos números da Cedae, mas, essa, ninguém sabe se e quando será privatizada.
Venda da Cedae vira água
14/06/2018O governo federal parece ter jogado a toalha em relação à privatização da Cedae ainda neste ano. Diferentemente de seu antecessor, Henrique Meirelles, o próprio ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, tirou a operação do seu radar. As conversações com o governo do Rio de Janeiro praticamente cessaram nos últimos dois meses. O estado cedeu as ações da Cedae ao governo federal como lastro da garantia dada pela União a um empréstimo de R$ 2,9 bilhões do BNP Paribas.
Água barrenta
6/06/2018A exemplo da licitação da Cedae, os processos de privatização das empresas de saneamento do Pará (Cosanpa) e de Pernambuco (Compesa) estão devagar, quase parando no BNDES – responsável pela modelagem da operação. Como, aliás, quase tudo no governo Temer.
Águas passadas
30/04/2018O governador Pezão jogou a toalha: a venda da Cedae deverá ficar para 2019, quando ele já não estará mais no Palácio Guanabara.
Reencarnação
23/03/2018A oferta de ativos na área de saneamento, a começar por Cedae e Sabesp, está trazendo a gigante alemã RWE de volta ao Brasil. O grupo, um dos maiores da Europa na área de energia e tratamento de água e esgoto, andou pelo país na década passada, na primeira leva de privatizações do setor.
Filtragem pré-privatização
12/03/2018Enquanto a privatização não chega, a Cedae vai divulgar nas próximas semanas números lustrados, capazes de deixar os investidores privados com água na boca. O RR apurou que a estatal teria registrado um lucro superior a R$ 400 milhões em 2017, duas vezes e meia o resultado de 2016 (R$ 165 milhões). O Ebitda teria ficado perto de R$ 1,5 bilhão. Ressalte-se ainda a redução da alavancagem: a relação dívida líquida/Ebitda caiu de 2,1 vezes para perto de 1,3 em dezembro. Para não dizer que só se falou de flores, o futuro controlador da Cedae terá a obrigação de cobrir o rombo da Prece. A companhia entrará com metade do aporte de R$ 490 milhões no fundo de pensão. Procurada, a Cedae não quis comentar os números. Informou apenas que o seu relatório financeiro será apresentado no dia 30.
Doloroso calendário
24/01/2018O governo do Rio está quebrando a cabeça e fazendo conta para conseguir pagar, pelo terceiro mês consecutivo, o salário do funcionalismo até o décimo dia útil. Por ora, ainda não há garantia. Em dezembro e janeiro, a “proeza” só foi possível graças ao empréstimo de R$ 2,9 bilhões do BNP Paribas, que teve como garantia 50% do capital da Cedae. Menos mal que o Rei Momo vai ajudar o governador Pezão. Em fevereiro, o Carnaval empurrará o limite de dez dias úteis para a terceira semana do mês.
Carro-pipa
11/01/2018O governo do Rio trata o aporte de recursos na Prece, fundo de pensão da Cedae, como uma etapa decisiva para realizar a privatização da empresa de saneamento ainda neste semestre. Conforme o RR antecipou em 24 de outubro do ano passado, o próprio governador Pezão pôs pressão para que a estatal cobrisse parte do rombo atuarial da fundação. A Cedae entrará com a metade dos recursos necessários para tampar o dique, da ordem de R$ 470 milhões.
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Por falar em Pezão, o governador do Rio é só lamento com o recuo do governo federal em relação à possível quebra da “regra de ouro”. Pezão se encantou com a ideia de uma emenda constitucional que isentasse o presidente Michel Temer de crime de responsabilidade. O raciocínio do governador era sucinto: se valeria para o governo federal valeria para ele também.
Liquidez
28/11/2017Os acionistas da Aegea – Equipav, o fundo GIC, de Cingapura, e o IFC e a GIF, ligadas ao Banco Mundial – discutem a possibilidade de um aumento de capital para financiar aquisições na área de saneamento. Miram, sobretudo, na possível privatização da Cedae e na venda de parte da holding controladora da Sabesp. A Aegea confirma a “disposição dos acionistas em suportar eventuais expansões”.
Tríplice coroa
24/11/2017A delação de Lucio Funaro sobre os desvios de recursos na Prece, fundo de pensão da Cedae, deverá trazer à tona um personagem onipresente nos governos de Anthony Garotinho, Sérgio Cabral e Pezão.
Pezão põe pressão no processo da venda da Cedae
24/10/2017O governador Luiz Fernando Pezão está jogando todas as suas fichas na privatização da Cedae. Segundo o RR apurou, o governo do Rio deverá determinar que a companhia faça um novo aporte emergencial na Prece, o saqueado fundo de pensão da estatal, para o equacionamento de suas perdas. No balancete de agosto, o déficit técnico acumulado da fundação atingiu R$ 279 milhões – no fim do ano passado, essa cifra estava em R$ 166 milhões.
Em janeiro deste ano, a estatal aprovou uma capitalização do fundo de pensão da ordem de R$ 70 milhões – o montante será diferido ao longo de 12 anos. Não deu nem para saída. Procurado pelo RR, o governo do Rio não se pronunciou. O equacionamento é visto pelo governo do Rio como uma medida fundamental para evitar que o buraco financeiro da Prece provoque a depreciação do valor de venda da Cedae.
De acordo com o texto-base do projeto de lei no 2.345/2017, aprovado pela Assembleia Legislativa, eventuais prejuízos do fundo de pensão serão de responsabilidade do futuro controlador da companhia. Nenhum investidor vai aceitar essa conta de graça. Entre idas e vindas, o processo de privatização da Cedae terá um de seus capítulos mais importantes: está previsto para hoje o pregão para a contratação da instituição financeira que será responsável pelo empréstimo ao governo do Rio, como antecipação da receita de venda da companhia.
Faltou água benta
17/10/2017Marcelo Crivella não tem nem mais falado da ideia da Prefeitura entrar como investidora no processo de venda da Cedae. No início do ano, Crivella ameaçou romper o contrato de concessão e criar uma “Cedae municipal” se ficasse fora da operação. Eram outros tempos. Ou ao menos se pensava que eram…
Vidas secas
10/10/2017Funcionários da Cedae estão convocando uma manifestação pública nas ruas do Rio, ainda neste mês, contra a venda da companhia. Do jeito que o funcionalismo público e a cidade andam de crista baixa, é capaz de não encherem um copo d ´água.
Governo do Rio resseca a Cedae
23/08/2017O próprio governo do Rio tem contribuído para turvar ainda mais a privatização da Cedae. Segundo o RR apurou, o estado não estaria cumprindo os termos firmados com a companhia para o pagamento de uma dívida de R$ 198 milhões. Os atrasos se arrastam desde o ano passado. Candidatos à compra da Cedae já manifestaram ao governo do Rio e ao BNDES que não participarão do leilão sem garantias firmes de que os débitos serão pagos ou compensados.
A agência de fomento e as autoridades do Rio discutem uma forma de decantar esta impureza das contas da Cedae. Uma das hipóteses cogitadas é uma contrapartida fiscal, com o abatimento futuro de ICMS. Outro caminho seria o próprio BNDES assumir o passivo, tendo como garantia ações da concessionária. Procurada, a Cedae confirmou os termos de compromisso com o estado.
No entanto, não se pronunciou quanto ao valor da dívida e aos atrasos do governo, sob a alegação que, “em obediência ao Código de Defesa do Consumidor, não pode fornecer informações de clientes.” Entre 8 de agosto de 2007 e 30 de dezembro de 2015, o governo do Rio de Janeiro e a Cedae celebraram sete termos de acordo com o intuito de realizar a compensação de saldos em aberto entre as partes. No fim de 2015, foi fechado mais um Termo de Encontro de Contas referente ao exercício de 2014, no montante de R$ 109 milhões. Os atrasos colocam em risco, desde já, a quitação dos passivos até 2020, prazo estabelecido nos acordos.
Pezão na porta da Cedae
20/06/2017O governador Luiz Fernando Pezão alijou a diretoria da Cedae e, por extensão, seus funcionários, do processo de privatização da companhia – única moeda de troca do estado nas negociações para receber novos recursos federais. Para se ter uma ideia, o presidente da empresa, Jorge Luiz Ferreira Briard, sequer foi convidado para a solenidade do dia 12 de junho, quando Pezão e o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro assinaram o acordo de cooperação técnica para a venda da estatal. Informado da cerimônia pela imprensa, Briard chegou a ligar para o Palácio Guanabara no mesmo dia. Não foi atendido por Pezão. Os assessores do governador lhe disseram apenas que a formalização do acordo se tratava de “notícia velha”. Por meio de sua assessoria, o governo do Rio confirmou ao RR que “participaram da assinatura Luiz Fernando Pezão e Paulo Rabello de Castro”. Sobre a diretoria da Cedae, nenhuma palavra. Ao que parece, Pezão não está nem aí para manifestações, uma nova onda de quebra-quebra no Centro do Rio e, muito menos, para a sua popularidade junto aos servidores públicos. Talvez não haja mesmo outro jeito de privatizar a Cedae.
Água barrenta em São Paulo
24/05/2017Há algumas pontas soltas no modelo de capitalização da Sabesp apresentado por Geraldo Alckmin no início do mês a uma plateia de banqueiros em Nova York. Entre os investidores, o consenso é que a criação da nova holding e a venda de parte do seu capital dependem de regras mais claras para a política tarifária do setor no estado. A percepção é de que ela atende mais a critérios políticos do que técnicos. No mês passado, a estatal solicitou à Arsesp, agência reguladora, que adiasse os estudos para a revisão das tarifas de saneamento diante do risco de redução dos preços.
Água ainda mais barrenta no Rio de Janeiro
Acuado, o governador Luiz Fernando Pezão corre contra o relógio e entraves de ordem jurídica e política para lançar o edital de venda da Cedae até agosto. Nos cálculos do governo, é o limite para que o leilão ocorra ainda em 2017. Se ficar para 2018, ano eleitoral, a convicção no Palácio Guanabara é que a venda não sai nem por decreto.
Cedae entre o ideal e o real
16/03/2017A falta de um marco regulatório para a área de saneamento ameaça tirar preciosos bilhões do corroído cofre dos estados. Que o diga um dos mais combalidos de todos, o Rio de Janeiro. Segundo relatório que começou a ser enviado pelo BTG Pactual a seus clientes na semana passada, a privatização da Cedae tem potencial de gerar até R$10 bilhões caso seja realizada após a regulamentação dos serviços no setor. É quase o triplo do valor que o estado espera arrecadar com o atual modelo de venda da estatal – cerca de R$ 3,5 bilhões. A questão é casar o timing do governo federal, que trabalha a passos lentos na reconstrução do marco regulatório, com a desesperadora situação fiscal do Rio. Não há qualquer previsão de envio do projeto para o Congresso.Em tempo: no paper, o BTG aponta as empresas do setor elétrico como potenciais candidatas à compra das estatais de saneamento, em razão da sinergia entre ambas, notadamente no caso das companhias de geração hidrelétrica.
Água e pimenta nos olhos
2/03/2017Muita água e, provavelmente, muito gás lacrimogêneo ainda vão rolar até a venda da Cedae. Os funcionários da estatal estão organizando uma série de manifestações a partir da próxima semana. O objetivo é pressionar o governo Pezão a submeter a privatização a consulta popular. Pobres lojistas do Centro do Rio que pagam suas contas de água em dia…
Onipresente
23/02/2017Além da Cedae, Marcelo Crivella tenta interferir também na concessão do Maracanã. Crivella quer assegurar que os novos administradores liberem o estádio para eventos de interesse da Prefeitura. Aleluia!
MP do Rio quer brecar antecipação de royalties
7/02/2017O acordo de ajuda do governo federal ao Rio de Janeiro ainda vai dar muito pano para manga. Segundo o RR apurou, o Ministério Público do Rio vai entrar com um processo de ação civil pública contra o governo do estado para impedir a antecipação de receitas futuras de royalties do petróleo. Ao lado da privatização da Cedae, esta foi uma das principais contrapartidas apresentadas por Luiz Fernando Pezão para o Rio obter R$ 6,5 bilhões em empréstimos bancários com o aval do governo federal. O argumento do MP-RJ é que a receita dos royalties tem de ser destinada para investimentos públicos ou projetos extraordinários e não para cobrir contas fiscais do estado ou verbas de custeio. Procurado, o governo do Rio diz “desconhecer a informação, por enquanto”…