Tag: Armínio Fraga
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Economia
Armínio Fraga vira “adviser” de Fernando Haddad
15/01/2024Armínio Fraga estaria colaborando com alguns conselhos ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Pelo menos é o que disse. Não é improvável. Haddad não tem preconceito com o liberalismo e respeita pensamentos antagônicos; é o que se poderia chamar de uma centro-esquerda civilizada. Bem ao contrário da frente retrógrada de economistas do PT, tais como Guido Mantega e Márcio Pochmann. Já Armínio é consultado pelos ministros da Fazenda desde o governo Collor. Vale rememorar que no final da disputa eleitoral passada, Armínio tomou um partido aberto contra Bolsonaro. É bom que Fraga e Armínio batam uma bolinha de vez em quando. Todo diálogo é pouco se o objetivo é arrumar o país.
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Venda a caminho
7/10/2022O RR apurou que a norte-americana Warburg Pincus planeja vender integralmente sua participação no Grupo GPS, uma das maiores empresas brasileiras de segurança privada. Tomando-se como base o valor de mercado, a fatia de 5% estaria avaliada em R$ 450 milhões. Ressalte-se que recentemente a própria Warburg e a Gávea Investimentos, de Armínio Fraga, venderam outros 6,2% do Grupo GPS.
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TT perdeu mais do que o dinheiro dos clientes
9/09/2022Há uma história de blefes, despistes e ambição desenfreada envolvendo a TT Investimentos e seus sócios, Antonio e Arthur Fraga Baer Bahia, sobrinhos de Armínio Fraga. Na quarta-feira, dia 31 de agosto, o RR recebeu a informação de que a TT havia perdido mais de R$ 300 milhões em operações de option futuras por meio do fundo Tt Global Equities Investimento no Exterior FI Multimercado. O assunto era extremamente delicado. Em contato com fontes do mercado, a newsletter ouviu relatos de denúncias de fraude na gestão da carteira.
Essas mesmas fontes citaram o próprio Armínio Fraga como um dos investidores do fundo. Como não poderia deixar de ser, o RR procurou ouvir todos os personagens citados. Às 14h34 do próprio dia 31, enviou um e-mail à TT Investimentos com uma série de perguntas. Às 14h44, a redação do RR recebeu uma resposta. Em um breve mensagem, a TT afirmou que “não existe nenhuma investigação corrente ou histórica contra a TT. O fundo está posicionado em ativos listados em bolsa nos EUA e sofreu perdas com esses ativos”. No mesmo e-mail, a gestora garantiu que “a Gávea e Arminio Fraga não possuem nenhuma participação na TT Investimentos.”
A instituição negou o que sequer havia sido mencionado, ou seja, uma eventual relação societária entre a Gávea ou Armínio e a empresa de investimentos. Mas silenciou sobre a pergunta do RR se a própria Gávea ou o ex-presidente do Banco Central tinham participação no fundo Tt Global Equities. A resposta, no entanto, veio da própria casa de investimentos de Armínio Fraga. Em contato com o RR, através de e-mail encaminhado às 16h24 também do dia 31 de agosto, a Gávea disse que “não tem participação no TT Global Equities Investimento no Exterior FI Multimercado.” Mas confirmou que “Arminio Fraga é investidor do fundo na pessoa física”.
A instituição financeira disse ainda não ter conhecimento das “denúncias mencionadas” em relação ao Tt Global Equities. O RR insistiu em falar com os sócios da TT Investimentos. No dia 2 de setembro, às 15h56, a newsletter fez contato com Arthur Fraga Bahia. Na conversa, Bahia voltou a negar a existência de qualquer fraude na gestão do fundo e afirmou categoricamente que as perdas da carteira eram bem inferiores ao valor de R$ 300 milhões apurado pelo RR. A newsletter, como não poderia deixar de ser, agiu de boa fé e não desacreditou o posicionamento de Arthur Bahia. Boa fé que, tudo indica, faltou ao investidor, ao menos no episódio em questão.
Ontem, a colunista Neuza Sanches publicou no site da revista Veja que “sobrinhos de um ex presidente do Banco Central” perderam meio bilhão de reais “por decisões equivocadas”. A nota cita, inclusive, que a gestora foi à “bancarrota” com os prejuízos. A colunista não revelou os nomes da instituição financeira e de seus sócios. Mas, ao longo do dia de ontem, não se falou de outra coisa no mercado: vários gestores ouvidos pelo RR cravavam, com 101% de certeza, que se trata da TT Investimentos e de Antônio e Arthur Bahia. Havia informações, inclusive, de que os valores das perdas alcançavam os R$ 700 milhões, contabilizando-se a chamada de margem. Ou seja: a julgar pelo que diz a Veja e comenta-se no mercado, o rombo no fundo Tt Global Equities é ainda maior do que os R$ 300 milhões inicialmente informados ao RR. Junto à perda astronômica, vai-se também a credibilidade dos sócios da TT.
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Quanto vale um ministro na mesa das eleições?
30/08/2022A entrevista ao Jornal Nacional e o debate do último domingo deram um gás à terceira via. A candidata Simone Tebet pretende queimar a largada e anunciar nos próximos dias nome chaves que participarão de seu eventual governo. Tebet parte de duas premissas. Como franco atiradora, tem menos a perder do que seus adversários com a imediata divulgação de seus colaboradores. Além disso, é quem mais tem garrafa vazia para vender, ou seja, nomes capazes de fazer diferença na corrida eleitoral. Tebet deverá confirmar Elena Landau como sua ministra da Economia. Não chega a ser exatamente uma grande revelação, já que Elena é coordenadora do programa econômico da candidata.
O fator “novidade” ficaria por conta do anúncio de Armínio Fraga. Tebet teria planos de criar um cargo sob medida para Fraga, uma espécie de ministro da “desconcentração de renda”, que açambarcaria a agenda ESG, na qual o ex-presidente do BC está submerso. No núcleo duro de campanha, comenta-se também uma possível volta de Edmar Bacha ao BNDES. Ele jogaria de tabelinha com Claudio Frischtak, que seria o preferido de Tebet para tocar o Ministério da Infraestrutura. Seria o dueto responsável por tocar o plano de concessões e um programa de retomada de obras públicas.
Por sinal, no que depender de Simone Tebet, o “tucanato” vai aterrissar em peso no seu governo. Outros nomes pretendidos pela candidata são Gustavo Franco, Samuel Pessôa e Rubens Barbosa. Ao anunciar sua “equipe de governo”, Simone Tebet aposta que esse gesto forçará seus adversários a fazer o mesmo, tirando-os de uma confortável zona de silêncio. Até agora, os candidatos mais têm escondido do que revelado seus colaboradores mais próximos. É o caso de Lula: o líder das pesquisas guarda a sete chaves os nomes de potenciais ocupantes de cargos em seu governo. A única informação que o PT deixa vazar é a presença de Aloizio Mercadante como coordenador econômico da campanha.
Não há, no entanto, qualquer garantia de que Mercadante terá alguma função em um eventual mandato de Lula. No entorno do petista, surgem alguns possíveis candidatos para o Ministério da Fazenda, que Lula pretende recriar: os mais notórios são Fernando Haddad e Persio Arida. Haddad só ganha se perder, ou seja, só assumirá a Fazenda se for derrotado nas eleições para o governo de São Paulo, o que hoje parece difícil. Arida, por sua vez, viria na conta de Geraldo Alckmin. Nas hostes petistas, há ainda um terceiro nome que tem sido citado para comandar a Fazenda: o próprio Alckmin. Guardadas as devidas proporções, seria o “FHC de Lula”. O fato é que praticamente todas as especulações sobre o ministro da Fazenda empurram o petista para o centro ou o centro-direita, afastando-o da suas bases eleitorais, o que, de certa forma, explica a sua resistência radical em dar pistas sobre os futuros colaboradores.
A estratégia de Simone Tebet de antecipar parte da sua Esplanada dos Ministérios mira também em Ciro Gomes. Nesse quesito, Ciro talvez esteja mais ao relento do que Lula. O pedetista conta com dois colaboradores na área econômica que estão com ele há mais tempo, Nelson Marconi e Mauro Benevides Filho. Mas não são exatamente nomes que funcionem como ativos eleitorais. Ciro já não tem mais a seu lado personagens como José Alexandre Scheinkman e Marcos Lisboa. Devido às circunstâncias eleitorais, dificilmente voltará a ter. Mesmo Roberto Mangabeira Unger, historicamente ligado ao pedetista, não está tão ativo na campanha como outrora. No caso de Jair Bolsonaro, a expectativa pelos colaboradores em um segundo mandato é compreensivelmente menor. Tudo indica que o eventual Bolsonaro II será um replay do Bolsonaro I, ao menos em cargos chave. Dois exemplos: Paulo Guedes permaneceria onde está; e Tarcísio Freitas tem uma cadeira a sua espera. Segundo fonte da campanha de Bolsonaro, ele voltará ao Ministério da Infraestrutura caso perca as eleições ao governo de São Paulo.
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Tem terra para todos
26/01/2022O Gávea, de Armínio Fraga, estuda investir na compra de propriedades agrícolas. De uma certa forma, vai seguir o caminho de Daniel Dantas, que derivou para o agronegócio através da aquisição de milhares de cabeças de gado.
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A argentina Cresud está se movimentando para aumentar sua participação na Brasil Agro, uma das maiores empresas de propriedades agrícolas do Brasil.
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Após recomprar a Radar, a Cosan planeja novas aquisições no segmento de propriedades agrícolas. O alvo principal seria a Terra Santa, dona de uma carteira de mais de 80 mil hectares de terras.
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Uma frente ampla para o Ministério da Economia
3/01/2022O economista Arminio Fraga acende uma vela a Deus e outra ao diabo. Diz que está pronto a colaborar – ser ministro da Economia – de um governo que adote suas ideias. Por aderência natural migraria para a candidatura Sérgio Moro. Mas o candidato lavajatista já tem o seu ministro – o professor Affonso Celso Pastore – e reduzidas chances de vitória. Com Bolsonaro, Fraga não tem nem conversa. De Lula recebeu acenos, mas teria recusado. Não é bem verdade. Teria, sim, postergado. Fraga aguarda a indicação de Geraldo Alckmin à vice-presidência de Lula. Seria a forma tortuosa de abrir um canal de diálogo com o líder das pesquisas eleitorais.
O controlador da Gávea Investimentos espera que Fernando Henrique Cardoso, Tasso Jereissati e José Serra, entre outros “tucanos de cabelos brancos”, venham a aderir à chapa Lula-Alckmin para se juntar aos apoiadores pessedebista da coligação lulista. Ou seja: esse PSDB informal e depurado de nomes como o de Aécio Neves, só para dar o exemplo mais gritante. Fraga se perfila entre os tucanos de boa cepa, mas no fundo tem um lado pessoal que lembra Paulo Guedes: quer obsessivamente ser ministro há anos e anos, amém. Sabe que Lula caminhará para a centro direita.
E que muitas das suas ideias serão incorporadas em um futuro governa lulista. A chave de entrada seria a formalização de Alckmin na vice-presidência. A tropa de choque lulista não descarta um convite a Fraga, mas ele não lidera a lista dos mais bem quistos potenciais futuros ministros da Economia. Lula preferiria um perfil político, mais próximo de estilo Antônio Palocci, titular da Pasta no seu primeiro governo. Dois nomes se sobressaem nessa lista: o do governador do Maranhão e professor de Direito Constitucional da Universidade do Maranhão, Flávio Dino; e do ex-vereador por Teresina, deputado estadual, federal, senador e quatro vezes governador do Piauí – inclusive exercendo o atual mandato -, Wellington Dias. Ressalte-se que os dois compareceram ao jantar oferecido por um grupo de advogados paulistas para aproximar Lula ainda mais de Geraldo Alckmin.
Apetece também ao ex-presidente a escolha de um empresário do setor real da economia. Há diversos papeizinhos com nomes nesse pote: Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice de Lula, José de Alencar, e presidente da Fiesp; Pedro Passos, um dos controladores da Natura, que daria um toque ESG à política econômica; Pedro Wongtschowski, industrialista e presidente do Conselho do Grupo Ultra; Benjamin Steinbruch, presidente da CSN (ver RR de 22 de dezembro de 2021) e amigo pessoal do assessor de Lula, Aloizio Mercadante – seja lá o peso que isso tenha na escolha; e até mesmo o octogenário Abilio Diniz, que voltou à cena, expondo suas ideias na mídia como se quisesse ser lembrado. Correndo por fora do setor real viria o tecnocrata financeiro multi-partidário Henrique Meirelles – presidente do BC de Lula, ministro da Fazenda de Michel Temer e secretário da Fazenda de João Doria.
Meirelles não está na pole position da indicação para o Ministério da Economia, mas reúne três pontos a favor: se dá bem com Lula, conta com o aval do mercado e teria um bom entendimento com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que estará à frente da autoridade monetária, seja lá quem for o futuro presidente. Meirelles, contudo, tem um ponto avantajado contra ele: a atual relação estreita com Doria, que fará uma campanha eleitoral fustigando Lula. Nesse contexto, Fraga seria o candidato natural do mercado. Recentemente, passou a namorar a centro-esquerda. E atrairia pessedebistas ainda recalcitrantes em relação ao apoio a Lula. Um senhor ponto contra é que é detestado por segmentos influentes do PT. Candidatos a ministro da Economia, portanto, ainda pululam aos montes. De certo mesmo, somente é que todos serão “subministros”. O “titular da Pasta” de fato será o próprio Lula, que, se eleito, pretende que a política econômica seja realizada com dosimetria política. O inverso de Jair Bolsonaro. O que não deixa de ser uma boa notícia.
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Fundo novo
21/10/2021O Gávea Investimentos, de Armínio Fraga, estaria retomando a captação para um novo fundo de private equity. O projeto havia sido engavetado em abril, por conta da reduzida demanda de investidores internacionais.
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Os candidatos a ministro da Economia de Lula
16/03/2021Ainda faltam 565 dias para a eleição presidencial de 2022, mas quatro nomes já despontam como candidatos a ministro da Economia em um eventual governo Lula: Armínio Fraga, Monica de Bolle, Marcos Lisboa e André Lara Resende. Arminio, Monica e Lisboa são arroz de festa. Desde sempre estão disponíveis para integrar qualquer governo. Lisboa foi o primeiro a se ofertar nessa corrida.
Já fez chegar ao PT e ao próprio Lula sua disposição para colaborar no que for necessário. Só faltou mandar currículo. O presidente do Insper é, de todos, o que mais deseja o cargo. Vai panfletar seu próprio nome enquanto Lula não se decidir. Por um lado, Lisboa tem a seu favor a participação no governo do ex-presidente: ocupou o cargo de secretário de Política Econômica de 2003 a 2005. Por outro, foi levado ao cargo pelo ex-ministro Antonio Palocci, hoje desafeto geral. O ex-presidente do BC Armínio Fraga é farinha de outro saco.
Armínio é um crítico elegante das políticas econômicas dos governos do PT. Bate, mas com luvas alvas e acolchoadas. Em outra seara, por pouco, não sujou as mãos de lama: seria o ministro de Aécio Neves caso ele tivesse derrotado Dilma Rousseff em 2014. Lula não liga bulhufas para essas coisas. Henrique Meirelles na presidência do BC é uma demonstração da flexibilidade do ex-presidente da República. Armínio imagina que haveria espaço para implementar suas novas ideias social-democratas no governo do PT. O ex-presidente do BC criou três grupos de estudos próprios que trabalham na construção de parte de um programa de governo.
Armínio tem a seu favor a simpatia de todo o mercado. É um dos mais votados entre as instituições financeiras. Monica de Bolle já rezou na igreja de Armínio. Foi uma das fundadoras e diretora da Casa das Garças, um think tank tucano dominado pelos economistas da PUC-RJ. Hoje, pensa inteiramente diferente daquele tempo. Por isso, quer o cargo; para impor suas teses e ainda fazer um aceno ao movimento feminista, do qual é simpatizante declarada. Sem dúvida, traria um certo frescor aos ambientes acinzentados do Ministério da Economia.
Monica é bastante próxima de Laura Cardoso, economista darling do PT. O senão é que Laura, mesmo não sendo das mais cotadas, também deseja a vaga na Pasta da Economia, provavelmente com o apoio do partido. Em tempo: Monica também caberia como uma luva na presidência do BC. O RR aposta que ela iria para a Economia. De todos os nomes que orbitam no entorno de Lula, é possível que André Lara Resende seja quem menos dispute a tarefa.
Mas, talvez seja aquele que mais estaria disposto ao sacrifício, muito menos pelo cargo e mais pela oportunidade de testar na prática o seu “experimento”. Ele fez a mesma coisa com o Plano Real, então uma teoria não testada. André tem circuito acadêmico no exterior e tomou para si a cruzada de fazer valer a teoria monetária moderna, um pensamento emergente da academia que joga por terra o tradicional dogma fiscal hoje absolutamente em voga no Brasil. O economista conta com a simpatia de Ciro, que comprou suas ideias. É um intelectual independente.
Vem de uma formação tucana. Mas, hoje fala com todo mundo. De todos, é quem está mais focado na ideia de ajeitar o Brasil. Como não poderia deixar de ser, trata-se de conjecturas sobre desejos e vantagens comparativas, assim como recados que foram lançados. Seja quem for o ministro de Lula, o objetivo é que ele acene para o mercado, tranquilizando-o. A priori, a ordem do ex-presidente é primeiramente caminhar pelo país, visitando, sobretudo, o Nordeste. Antes do fim do ano, seria apresentado, então, o seu ministro. Qualquer semelhança com a trajetória de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes é mera coincidência mesmo.
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Caldeirão de Harvard
14/02/2020Depois de Davos, Luciano Huck vai à Harvard. O presidenciável é nome certo na Brazil Conference, evento marcado para 3 e 4 de abril. Deverá ter a luxuosa companhia de Armínio Fraga.
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A metamorfose de Armínio Fraga
23/07/2019Armínio Fraga se preparou durante anos para ser “ministro de alguém” – Aécio Neves e Luciano Huck foram os “mandatários” mais cotados. Hoje, Fraga está apto a escolher o presidente que caiba no seu programa de governo – quem sabe Rodrigo Maia? O financista tornou-se o “empresário conservador modernizante”, segundo a denominação do cientista político René Dreifuss, mais engajado no financiamento à produção de teses e projetos reformistas. Nas áreas de saúde, administração pública, recursos humanos, previdência, tributária, não há um segmento em que Fraga não tenha uma equipe dedicada.
Até certo ponto, lembra o banqueiro Jorge Oscar de Mello Flores, ex-presidente do Chase Manhattan Bank. O Dr. Flores, ao ser consultado se tinha alguma contribuição a dar sobre qualquer assunto de government policy, se dirigia a uma arca francesa encrustada no fundo da nababesca sala em que despachava na sede da Sul América. Dali, em gestos aristocráticos, sacava invariavelmente uma lei prontinha, com farta exposição de motivo. Fraga e o lendário empresário conspirador são antípodas políticos. Mas ambos têm o mesmo fascínio em fazer a máquina andar conforme a sua escolha das engrenagens.
O ex-presidente do BC deu uma grande arejada em relação à fase tucana de caninos expostos. Se descolou de think tanks excessivamente doutrinários, a exemplo da Casa das Garças, e criou seu próprio grupo de trabalho. Tem como interlocutores Monica De Bolle, Paulo Tafner, Eduarda La Rocque, uma turma mais flexível, cosmopolita, preocupada com distribuição de renda, produtividade e educação. Mesmo o onisciente Paulo Guedes tem batido a sua porta para servir-se de um “paper” prontinho. A filantropia de Fraga chama a atenção pela suavidade do seu exercício. Até mesmo o marketing pessoal do banqueiro é pouco notado nessa sua fase. Mas o realmente novo é a diluição da dicotomia setor público e iniciativa privada no seu discurso. Menos ideologia é a receita. Fraga aceita calçar, numa boa, um Estado tamanho médio
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Dinheiro para gastar
12/12/2017O “Fundo Cívico”, lançado à guisa de financiar a formação de candidatos ao Congresso, é só a primeira casa no tabuleiro. Os pais da ideia – Eduardo Mufarej, Luciano Huck, Armínio Fraga, Abilio Diniz, entre outros enricados – já falam na criação de uma escola de gestão pública.
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Ecos do passado
5/10/2017Recomenda-se não convidar Ilan Goldfajn e Armínio Fraga para almoçarem juntos. Melhor um café. Ou – quem sabe? – um lanchinho. Tudo rápido, bem protocolar. São os ecos do passado…
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Dream team midiático
11/08/2017A candidatura de Bernardinho ao governo do Rio será vitaminada por um dream team midiático de secretários. Os nomes cogitados são Zico, Arminio Fraga, Denise Frossard e Lázaro Ramos. E isto é só a prova do bolo.
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A palavra de Armínio
7/08/2017Falta a Armínio Fraga seguir seus companheiros da PUC-RJ e se manifestar sobre a permanência de Aécio Neves na presidência do PSDB. Fraga não é filiado ao partido, mas é como se fosse.
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Armínio 6.0
3/07/2017A Casa das Garças vai comemorar com um prestigiado evento os 60 anos de Armínio Fraga. Serão convidados diversos economistas para palestrar sobre a obra pulsante do “profícuo acadêmico”. Armínio bem que poderia resgatar na PUC-Rio um paper de sua autoria propondo a troca da moeda nacional para o dólar. A grande contribuição ficou perdida no baú da história.
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Caldeirão do Huck
15/05/2017Paulo Guedes é cabo eleitoral de carteirinha de Luciano Huck. Quer ser a versão vitoriosa do que Armínio Fraga não foi para Aécio Neves: ministro da Fazenda do presidente-apresentador.
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Liquidez ao quadrado
18/04/2017A união das grifes Armínio Fraga e Ermírio de Moraes promete incomodar os grandes fabricantes de bebidas do país. O Gávea deverá injetar mais R$ 100 milhões na Natural One, empresa de bebidas de Ricardo Ermírio de Moraes, um dos herdeiros do Votorantim. A gestora comprou recentemente 49,9% da companhia. A Natural One confirmou a negociação, mas não quis falar de valores.
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Armínio Fraga
6/12/2016Atenção, Meirelles! Olha o Armínio Fraga aí outra vez, dando entrevistas, articulando com a tucanada, fazendo intriga, fofocando etc. Tudo pela mesma causa. O cara só pensa naquilo.
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Pianistas
14/06/2016Armínio Fraga está tocando a quatro mãos o noturno da meta de inflação reajustada. Quem é o outro pianista? Quem? Quem?
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Será o Armínio?
10/05/2016Dois nomes estão bem cotados para a presidência da Petrobras no governo Temer: o ex-BRF Nildemar Secches e o banqueiro de investimentos Armínio Fraga. Se Armínio quiser, ele leva.
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Prefeitura RJ
5/05/2016Armínio Fraga empenha-se em angariar apoio e recursos para a candidatura do neotucano Carlos Roberto Osorio à Prefeitura do Rio.
Negócios
Medalha de ouro
19/04/2016Bernardinho está cotado para ser o vice de Carlos Roberto Osório na disputa pela Prefeitura do Rio. Ao lado de Armínio Fraga, o treinador foi um dos grandes responsáveis pela ida de Osório para o PSDB.
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O perfume de mulher da âncora cambial
29/02/2016A banda cambial proposta pela economista Monica De Bolle, musa da Casa das Garças, tocou suavemente no coração de Nelson Barbosa. Pensando como o ministro, a mudança de âncora na política de estabilização seria uma forma de o governo entregar uma redução maior das taxas de juros ao PT, saciando em parte a ânsia do partido em detonar políticas econômicas com viés conservador, e ganhando algum tempo para emplacar um pacote fiscal crível. No mais, falou em controles e bandas, a atual equipe econômica diz logo “presente”. Mas nem tudo é o que parece. No regime proposto por De Bolle, os juros permaneceriam constantes, com o novo modelo de correção cambial durando o tempo necessário para que fosse feito um ajuste fiscal à vera. A banda cambial flutuante seria quase uma licença poética. Com o arsenal de reservas em moeda estrangeira disponíveis pelo Banco Central e o poder regulatório de determinar o intervalo entre as bandas e as cotações do piso e do teto do dólar/real, o câmbio, sem as firulas do economês, voltaria a ser controlado. O modelo remonta a um velho expediente useiro e vezeiro dos economistas tucanos: combater a inflação ancorando os preços no câmbio apreciado. Gustavo Franco usou uma variante no Plano Real, que deu certo no início, mas extrapolou depois. De Bolle certamente tem a autorização tácita da fraternidade dos economistas tucanos, que pensam e conspiram em bloco. A musa das Garças ampliou o leque em suas propostas e considerações sobre a iminência do quadro de dominância fiscal, a impotência da política monetária na presente situação, a tonicidade crescente dos juros na percepção de (in)solvência do país e até mesmo a cartada de desespero do controle de capitais. O que De Bolle não se arriscou a explicitar é que seu modelo é compatível com a queda dos salários nominais durante o processo de ancoragem cambial. Essa seria a forma de aumentar a competitividade. É um ingrediente no mínimo complexo, pois se os salários estão referenciados em reais e a moeda vai se valorizar em relação ao dólar, a relação salários em reais/quantidade em dólares aumentará. Um economista que se situa bem nas franjas da equipe da Fazenda chegou a dizer, em tom jocoso: “Se eles estão ofertando soluções é porque já se preocupam com a persistência desse jogo não cooperativo no contexto da alternância de poder. Se eles assumirem o governo, levam um mico preto”. “Eles” são Aécio Neves, tucanato, PUC-RJ, Casa das Garças, Instituto Peterson de Economia, Armínio Fraga, Gustavo Franco, Monica de Bolle.., c’est la même chose. Esse pequeno rasgo de contribuição para o debate econômico, a despeito do juízo de valor que se faça sobre a qualidade da proposta, exala a melhor fragrância borrifada em uma disputa política contaminada por excessos.
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Desgraceira
18/11/2015Em sua décima entrevista no ano profetizando o fim dos tempos, o beato Armínio Fraga superou seu ex-futuro chefe Aécio Neves ao propor o impeachment como solução para destravar a crise. Só falta agora sugerir ataques terroristas em Brasília.
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Quantos Armínios vale um Paulo Leme?
6/08/2015Paulo Leme não é um ressentido. Mas, intramuros, jamais se conformou com os festejos ao gestor Armínio Fraga. Até porque a rentabilidade histórica dos recursos administrados pelo Gávea vis-à-vis a montanha de recursos recebida está longe de ser benchmarking do mercado. “Por que não eu? Por que não eu?” Não foram raras as vezes em que Leme flagrou-se pensando nos resultados que entregaria – e embolsaria – caso fosse dono do boteco e tivesse tamanhas cifras sob sua administração. No entanto, há similitudes marcantes entre os dois gestores, que compartilham uma avaliação da economia muito parecida. Em algumas questões, aliás, ambos parecem irmãos siameses: Leme está para o BC tal qual Armínio para a Fazenda: sai eleição, entra eleição, surge como ex-futuro presidente da autoridade monetária (noves fora que o segundo foi titular do BC). A correlação não se limita aos repetidos rasantes sobre cargos públicos. Assim como Armínio – no momento dedicado à missão de recomprar a participação do JP Morgan no Gávea –, Leme só tem olhos para esquentar as áreas de gestão de recursos e private equity da Goldman Sachs no Brasil. Presidente da operação brasileira há apenas nove meses, Leme sabe que esta é uma aposta dos norte-americanos, cuja performance esperada jamais foi alcançada. Um retorno parco, bem parecido com o dado por Armínio para o JP Morgan. A preferência do economista é por uma solução caseira, juntando forças com o Oppenheimer Funds. A gestora nova-iorquina é acionista do próprio Goldman Sachs e já tem uma operação de private equity bem mais estruturada no Brasil. Entre outras importantes participações, é sócia da Dasa e da incorporadora Cyrela Brazil Realty. A investida na área de gestão de recursos se dá num momento de guinada da Goldman Sachs no Brasil. Depois de sete anos seguidos de prejuízo, o banco voltou ao azul: fechou o balanço de 2014 com lucro de R$ 120 milhões. É por aí que Leme quer se diferenciar de Armínio.
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Quem ainda escreve o que Armínio diz?
30/06/2015Dois momentos de flagrante desonestidade intelectual no debate econômico. Caberá ao leitor julgar em qual deles foram maiores o oportunismo e a tentativa de desestabilizar o ajuste fiscal. Trata-se de uma decisão difícil. Data da opereta: meados de março. Meta de superávit primário estipulada em 1,2% do PIB. O percentual era considerado tímido pelo mercado, que queria mais. Armínio Fraga vai a mídia e mais o que dobra o cacife. Diz que o superávit teria de ser, no mínimo, de 3% do PIB durante alguns anos. Com isso, cumpre sua intenção de piorar as expectativas. Data: último fim de semana.Meta de superávit primário de 1,2% na corda bamba, com sua revisão para baixo já quase reconhecida pelo governo. O mercado aposta em uma meta entre 0,6% e 0,8%. Armínio Fraga, que defendia um arrocho fiscal de 3% do PIB, diz na mídia que Joaquim Levy errou ao não colocar a meta lá embaixo logo na partida. Segundo Armínio, o número de Levy é inviável e terá de ser revisado. Conclusão: Armínio não deu um pio para justificar a mudança da sua revisão megalomaníaca original por absoluta falta de isenção. Pelo contrário. O ex-futuro ministro da Fazenda fala com o ressentimento de quem nunca foi e, provavelmente, nunca será. Posfácio morno de mais 20 dias, Armínio Fraga deverá dar uma nova entrevista a imprensa. Seja lá o que evy fizer e qualquer que seja a percepção do mercado naquele momento, todos aguardam uma nova ondenação da política econômica, não bastante a convicção geral de que Armínio, noves fora algumas miudezas, faria mais ou menos do mesmo jeito que está sendo tocado pelo ministro da Fazenda. Esperar nobreza d?alma é o que nunca será, é o que não faz sentido.
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Armínio dobra seu ativo intangível na Fazenda
13/06/2014A candidatura de Armínio Fraga a ministro da Fazenda de um virtual governo Aécio Neves parece inspirada no desabafo do coronel Jarbas Passarinho na reunião ministerial que sancionou a promulgação do Ato Institucional nº 5. Na ocasião, para que não ficassem dúvidas sobre a radicalidade amoral da sua convicção, Passarinho bradou a todos os presentes que estava mandando seus escrúpulos a s favas. Armínio não vai mandar nada a s favas, mas quer aposentar seus escrúpulos na banca privada, o que é muito mais rentável e menos truculento do que o destempero do velho coronel. Os pruridos do festejado economista já tinham sido pendurados no cabide por ocasião da sua primeira – e, por sinal, bem-sucedida – passagem pelo Banco Central, em sintonia fina com Wall Street e a faculdade de economia da PUC. Prova de que sucesso independe de valores mais rígidos. Provém dessa era do absolutismo tucano o estímulo franco a s incestuosas relações das instituições financeiras com acadêmicos. Jamais os bancos foram tão felizes. Armínio vinha de uma fase de aprendizagem, quando era um frade e George Soros, a Igreja. O jovem e bem apetrechado economista nunca foi um destacado operador na máquina de fabricar ouro do biliardário. Há quem diga que o fascínio de Armínio por Soros resultou de um sentimento pagão. Ele presenciou e se encantou com o milagre de multiplicar fortunas que não se imiscuirão na economia real. É bem verdade que, com Lula, a ?finançolândia? também fez o seu banqueiro central. Em favor de Henrique Meirelles pode-se afirmar que, ao aceitar o cargo, já era meio carta fora do baralho no Fleet Boston e tinha decidido tornar-se congressista no Brasil. Armínio Fraga já traz tatuados os nomes dos hedge funds e dos doutores aliados. Quem viu o filme Inside Job sabe como uma pseudoverdade pode ser sancionada por professores universitários. Como outros destacados economistas tucanos – quase todos financistas -, ele saiu do governo e foi fazer seu pé de meia na sua zona de interesse. Não faltaram agraciamentos pelas boas relações do passado. O Unibanco prestigiou seus fundos com uma montanha de dinheiro ? não obstante a boa norma não recomendar aplicação tão vultosa em um único gestor, e ainda mais sem ele ser um craque para os padrões internacionais de multiplicação do capital. Armínio, que agora se candidata a repetir a experiência como czar da economia, tem um novo sócio, FHC os banqueiros do J.P. Morgan. Aterrissaria com uma algema de ouro – poderá largar o governo, mas não o banco. Nessas circunstâncias melhor deixar a toalha branca suja das digitais e procurar a maior aderência possível entre o interesse do Estado nacional e o da Casa Morgan. Tudo em sintonia com a “ética weberiana” na distinta versão de Fernando Henrique Cardoso. No final, é lavar a toalha branca e fingir que ela nunca esteve suja. Os escrúpulos é que mesmo lavados não serão limpos jamais.
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Armínio 2014
9/09/2013Armínio Fraga já cravou um duplo na loteria tucana. Num dia, faz análises de conjuntura com José Serra; no outro, traça planos para Aécio Neves.
Acervo RR
McGraw-Hill
5/08/2010A Pearson fez escola. A exemplo dos ingleses, que se uniram a SEB Coc, o grupo editorial norte-americano McGraw-Hill também pretende se associar a empresas de ensino no Brasil. Tem vasculhado o mercado em busca de escolas de nível médio e universidades. Além do investimento per si, o objetivo do grupo é alavancar a venda de livros científicos, técnicos e profissionais, um dos seus principais segmentos de negócio. A McGraw-Hill atua no mercado editorial brasileiro em parceria com a gaúcha Artmed, que tem no seu capital a BNDESpar e o private equity CRP.