Tag: ArcelorMittal

Energia
Os bons ventos que sopram para a ArcelorMittal no Brasil
24/10/2023A ArcelorMittal avança em seu projeto de transição energética no Brasil. O grupo pretende instalar uma usina eólica offshore no litoral do Espírito Santo, estado onde concentra uma parte importante das suas operações no país. A ideia é buscar um sócio para o empreendimento, nos moldes da joint venture criada com a Casa dos Ventos para a construção de um parque de energia eólica na Bahia. O complexo baiano, por si só, deverá suprir quase 40% do consumo total de energia do grupo no país. A meta da ArcelorMittal é alcançar a marca de 100% do insumo proveniente de fontes renováveis até 2030. Consultada, a ArcelorMittal não quis se pronunciar.
Empresa
ArcelorMittal prepara duplicação da Siderúrgica do Pecém
27/06/2023A recém-adquirida Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) virou a menina dos olhos da ArcelorMittal no Brasil. O grupo já teria iniciado os estudos para a duplicação da produção de placas. A meta seria atingir a capacidade de seis milhões de toneladas ano até 2028. Em paralelo, os executivos da ArcelorMittal estão debruçados sobre uma série de ações capazes de transformar a CSP em uma das maiores referências em ESG da companhia em todo o mundo. Gradativamente a empresa substituirá o carvão metalúrgico por gás natural e outras fontes alternativas. Será uma espécie de aquecimento. O projeto de longo prevê a utilização de hidrogênio verde. Não poderia haver lugar mais adequado. Ressalte-se que logo ali do lado, a pouco mais de 10 km de distância, no Porto de Pecém, o governo do Ceará promete instalar um dos maiores hubs de produção de hidrogênio verde da América Latina.

Empresa
ArcelorMittal busca mais parceiros no setor de energia
11/05/2023O acordo com a Casa dos Ventos, para um projeto de geração eólica de R$ 800 milhões no Ceará, foi apenas a primeira lufada. A ArcelorMittal pretende fechar outras parcerias para a produção de energia verde. A prioridade é por empreendimentos próximos aos sites da companhia siderúrgica no país, notadamente em Minas Gerais. Gradativamente a ArcelorMittal pretende “limpar” a maior parte da energia consumida por suas usinas no Brasil. De uma só tacada, o acordo com a Casa dos Ventos garantirá o equivalente a 38% das necessidades da siderúrgica até 2030.

Tributação
Siderúrgicas querem subir o sarrafo contra o aço chinês
20/04/2023Em meio aos movimentos de aproximação entre Lula e Xi Jinping, CSN, ArcelorMittal e Usiminas estão reivindicando ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Geraldo Alckmin, que a Camex não apenas renove como aumente as tarifas antidumping para o aço chinês. Hoje, as alíquotas impostas do produto variam de 30,8% a 62%. Mesmo com a sobretaxa, as grandes siderúrgicas do país temem um aumento das importações do aço chinês devido ao excedente da produção local. Neste ano, a China deverá consumir apenas 75% do aço fabricado no país. Os outros 25% vão inundar o mercado global.

Economia
Siderúrgicas vão a Alckmin por manutenção de barreiras antidumping
30/03/2023CSN, ArcelorMittal e Usiminas têm cercado o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, por todos os lados. Reivindicam a prorrogação das barreiras antidumping às importações de aço da China, Coréia do Sul e Taiwan. A medida vem sendo aplicada há cerca de uma década, em intervalos de cinco em cinco anos. O prazo atual termina no próximo mês de maio. As siderúrgicas temem que o governo Lula possa baixar a guarda tarifária como um sinal de aceno sobretudo à China. Apenas no campo das hipóteses, seria uma moeda de troca, por exemplo, para a renegociação do acordo para exportações de carne, uma cobrança dos grandes frigoríficos brasileiros – ver RR.
Empresa
ArcelorMittal já chega em Pecém com planos de expansão
20/03/2023A ArcelorMittal tem planos de expandir a produção de placas de aço na Usina Siderúrgica do Pecém, comprada junto à Vale, Posco e Dongkuk por US$ 2,2 bilhões. Segundo informações filtradas da empresa, estudos apontam para um aumento da capacidade em até 20%. O projeto é estimulado, principalmente, pelos acenos do governador do Ceará, Elmano Freitas, de contrapartidas fiscais para o investimento. Há ainda um combustível adicional: a Arcelor já mira a possibilidade de reduzir significativamente os custos na compra de energia diante da anunciada instalação do hub de hidrogênio verde no Porto de Pecém.

Negócios
ArcelorMittal ameaça suspender patrocínio por ataque a Lula
3/02/2023O ataque do jogador de vôlei Wallace contra o presidente Lula nas redes sociais pode custar muito caro ao seu time, o Sada Cruzeiro. A ArcelorMittal ameaça romper o contrato de patrocínio à equipe. Segundo o RR apurou, a companhia faz pressão nos bastidores pelo desligamento definitivo do jogador. Em contato com a publicação, a ArcelorMittal afirmou que “repudia veementemente qualquer tipo de manifestação que exalte ou estimule o ódio e a violência. A empresa lamenta profundamente o posicionamento do atleta Wallace de Souza, cuja atitude desrespeita os valores e princípios da organização.”. A siderúrgica disse ainda ao RR que “acompanha atentamente as tratativas junto ao clube e os desdobramentos do caso”. Na última terça-feira, Wallace, atleta também da seleção brasileira de vôlei, postou uma enquete no Instagram, com a seguinte pergunta: “Daria um tiro na cara do Lula com essa 12?”.

Destaque
Gigante alemão da energia renovável prepara entrada no Brasil
28/12/2022A alemã RWE Renewables, um dos grandes players de geração renovável do mundo, planeja entrar no Brasil. Segundo o RR apurou, o grupo já sinalizou o interesse a autoridades da área de Minas e Energia. Os alemães têm sondado empresas de energia eólica e solar que atuam no país em busca de parcerias ou mesmo para a compra de ativos nesses segmentos. A RWE mira especificamente na instalação de usinas eólicas offshore. Nesse caso, poderá replicar no Brasil o acordo que mantêm com a ArcelorMittal na Alemanha. As duas empresas vão montar plataformas no Mar do Norte com o objetivo de suprir energia para as plantas da siderúrgica no país e, assim, produzir aço de baixa emissão.
A RWE já anunciou investimentos globais da ordem de 50 bilhões de euros até 2030, com o objetivo de duplicar sua capacidade de produção de energia verde para 50 GW. A entrada no Brasil é uma peça importante no mosaico de operações internacionais da RWE, especialmente nas Américas. A empresa tem três parques eólicos e outras duas usinas solares nos Estados Unidos. Opera ainda no Canadá, onde também mantém duas plantas de energia solar. A intenção dos alemães é espraiar os investimentos para a América Latina, notadamente o Brasil.
Justiça
Esse caso vai longe
4/11/2022A ArcelorMittal está disposta a recorrer à Justiça caso o Carf mantenha a atuação de R$ 1,25 bilhão. A multa se refere ao ágio oriundo da fusão entre Arcelor e Mittal, no já remoto ano de 2006. O processo está na última instância do Carf, a Câmara Superior.
Acervo RR
Puro aço
13/09/2022A ArcelorMittal tem planos de expandir a Companhia Siderúrgica do Pecém, adquirida junto à Vale e às sul-coreanas Dongkuk e Posco em julho. Os estudos estão a pleno vapor. O programa de investimentos do grupo no Brasil deverá subir de R$ 7,5 bilhões para aproximadamente R$ 9 bilhões.
Incentivos de aço
4/08/2022O governo do Ceará já acena com incentivos fiscais para a ArcelorMittal instalar uma linha de aços planos na recém-comprada Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). Trata-se de um projeto que foi engavetado pelos ex-controladores da fabricante de placas – a Vale e as sul-coreanas Dongkuk Steel e Posco.
Idílio com o Brasil
24/06/2022O RR apurou que a ArcelorMittal planeja ampliar a capacidade da usina de Piracicaba (SP), onde são produzidos vergalhões. É mais um projeto no recheado portfólio de investimentos da siderúrgica no Brasil. Ao longo dos últimos 18 meses, o grupo já anunciou o desembolso de mais de US$ 1,5 bilhão no país. Somente na instalação da nova linha de laminados longos em João Monlevade (MG) serão aproximadamente US$ 500 milhões.
Coreografia bem ensaiada
18/08/2020A Usiminas deverá reajustar os preços dos aços planos em setembro, a exemplo da Gerdau. Entre montadoras e fabricantes de eletrodomésticos, não será nenhuma surpresa se CSN e ArcelorMittal também anunciarem aumentos para a mesma época. A indústria siderúrgica no Brasil é um coro afinadíssimo. Parece até o preço do coco vendido nas barracas de praia.
Acervo RR
Carochinha
16/09/2019Nem outubro, como garantiu originalmente, nem dezembro, conforme prometeu depois. A ArcelorMittal não vê como retomar a produção do alto-forno 2 da usina de Tubarão (ES) antes de março de 2020. Consultada, a empresa informa que o “retorno estará condicionado às condições do mercado brasileiro e mundial.” Ou seja…
Gerdau e ArcelorMittal vs. construtoras
27/06/2018Há uma queda de braço entre as duas maiores fabricantes de aços longos do país e o setor de construção civil. A ArcelorMittal já fixou um reajuste de 13%. Quase em coro, a Gerdau tenta impor um aumento de 12%. No entanto, segundo o RR apurou, as construtoras resistem e não aceitam uma majoração dos preços do aço acima de 5%.
Os anéis de Benjamin Steinbruch
23/02/2018O RR apurou que a CSN abriu o processo de venda da LLC, laminadora de aços planos localizada nos Estados Unidos, mais precisamente no estado de Indiana. Segundo informações filtradas da própria companhia, o ativo já teria sido oferecido à ArcelorMittal. A usina é avaliada em aproximadamente US$ 500 milhões. Trata-se apenas de um aquecimento no plano de desmobilização de ativos da siderúrgica de Benjamin Steinbruch, às voltas com um passivo de quase R$ 30 bilhões. O lance mais aguardado é a venda da participação de 16% na Usiminas. Os anéis de Benjamin Steinbruch
Novo marco regulatório causa curto-circuito no setor elétrico
20/07/2017Nem bem foi anunciado, o modelo do novo marco regulatório do setor elétrico já deverá sofrer uma recauchutagem. No próprio governo, o entendimento é que algumas das mudanças apresentadas pelo ministro Fernando Coelho Filho no início do mês passaram do ponto. Desde já, o objetivo é aplanar as arestas com as geradoras e distribuidoras. As empresas têm torpedeado Coelho Filho com duras críticas ao texto da Medida Provisória, por entender que, como está, ele favorece em demasia os comercializadores e os grandes consumidores.
A percepção é que as mudanças criarão um desequilíbrio ainda maior no mercado, beneficiando alguns dos maiores grupos industriais do país que, nos últimos anos, praticamente transformaram a produção e comercialização de energia em seu core business, a exemplo de Gerdau, ArcelorMittal, Votorantim etc. Não por acaso, a proposta já está sendo chamada ironicamente no setor de “MP da Abraceel” – uma referência à Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia. O ponto nevrálgico é a redução da barreira de entrada no mercado livre. Hoje, apenas os consumidores com demanda a partir de três megawatts podem comprar energia no segmento. O novo marco deixa o sarrafo bem perto do chão, baixando essa exigência para 0,5 MW. Ou seja: um espectro ainda maior de consumidores poderá acessar o mercado livre, deixando de adquirir energia das distribuidoras.
Outra questão que tem gerado controvérsia e deverá ser revista pelo governo é a ampliação do limite de contratação livre nos leilões de energia de 50% para 75%. Ou seja: a demanda para o mercado cativo assegurada por lei passaria a ser de apenas 25%. Ao soltar as amarras do mercado livre e achatar o mercado cativo, o governo aplicará um duro golpe nos grupos que investiram na ampliação do seu parque gerador com base no atual arcabouço regulatório, além do potencial impacto negativo sobre projetos futuros no segmento.
Na avaliação das empresas de geração, as consequências serão ainda mais graves no caso das companhias que apostaram em fontes alternativas, casos, por exemplo, de CPFL, Brookfield e Enel. Isso para não falar do aumento das tarifas, já admitido pelo próprio ministro Coelho Filho. Consultado pelo RR, o Ministério de Minas e Energia disse que é “precipitado falar em alterações” e só avaliará a necessidade de mudanças após a fase de contribuições do setor. A Abraceel, por sua vez, afirmou que o texto é positivo e “beneficia todo o setor elétrico e não especialmente as comercializadoras”.
Fator S11D dá um Norte à siderurgia brasileira
17/05/2017Enquanto as grandes produtoras de aços planos agonizam no Sudeste, há uma chamada para novos investimentos siderúrgicos no Norte no país. O chamado Fator S11D – maior empreendimento de exploração de ferro a céu aberto do mundo – tem as condições excepcionais para resgatar a antiga ideia de um polo siderúrgico na região. O projeto de extração mineral foi batizado com o nome do engenheiro Eliezer Batista, presidente icônico da companhia. Há um acerto de contas do destino com o personagem e aquela região: há cerca de 35 anos, Batista mostrava a dezenas de grandes empresários o “Projeto Grande Amazônia Oriental”, em evento patrocinado pelo banqueiro do Itaú Eudoro Vilella.
Sobravam engenhosidade e ambição nas maquinações do então presidente da Vale. Mas se ele tinha a escala de produção mineral e logística afiada, faltava o milagre da natureza. O teor de ferro contido no minério de S11D (66,7%), o maior do mundo, é a materialização desse milagre. Ele tem o potencial de reduzir expressivamente os custos da siderurgia nacional, segundo relatório produzido por um player internacional do setor, ao qual o RR teve acesso.
A proposta de um corredor de exportação de aços planos no Pará, mais especificamente no percurso que vai da S11D até o Maranhão é irmã gêmea do grandioso empreendimento na Amazônia Oriental, mais conhecido como “Carajazão”. A principal diferença é que a nova versão propõe um beneficiamento mais sofisticado, enquanto o “Carajazão” se concentrava na produção de ferro gusa. A alta pureza da matéria-prima de S11D é considerada uma espécie de artefato nuclear na competição pelo mercado de minério de ferro.Pode gerar muito mais riqueza para a Vale e o Brasil do que o primeiro Carajás.
Na lógica geoeconômica do projeto, o aço para exportação subiria de elevador para o Norte, aproveitando-se do Fator S11D e das condições logísticas e de suprimento de energia. Seriam construídas siderúrgicas de 20 milhões de toneladas – uma unidade representa praticamente dois terços da produção total brasileira de 30,2 milhões de toneladas – em sua grande parte com capitais chineses, sul-coreanos e japoneses. E a siderurgia do Sudeste? Teria de se reinventar, com uma inevitável consolidação e ingresso em aços siliciosos e outros especiais.
Usiminas, CSN, ArcelorMittal – à exceção da Aperam, ex-Acesita – caducam às vistas do mercado, exigindo subsídios e barreiras alfandegárias para continuarem a se manter de pé com alguma integridade. A Vale trouxe o novo e a redenção. Infelizmente, é necessária alguma destruição criativa para que a siderurgia brasileira se erga novamente. Em outros idos, o BNDES estaria estudando a oportunidade com afinco.
Um contencioso de alta voltagem
3/04/2017O governo entrou em rota de colisão com grandes grupos industriais intensivos em energia elétrica. Votorantim, Gerdau, Suzano e ArcelorMittal, entre outras, pressionam o Ministério de Minas e Energia a, ao menos, reduzir o repasse para o consumidor final do reajuste das tarifas realizado para viabilizar o pagamento da RBSE (Rede Básica do Sistema Existente), uma espécie de indenização paga às empresas de transmissão. Segundo estimativas preliminares da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriai de Energia (Abrace), o novo reajuste vai representar um aumento médio de 20% a 30% para a indústria. A tendência é que a Abrace leve o caso à Justiça caso as tratativas com o governo fracassem. O pagamento da RBSE foi uma exigência dos investidores da área de transmissão de energia para aderirem ao plano de renovação antecipada das concessões. No entanto, os grandes consumidores industriais alegam que a indenização não tem fundamento, uma vez que as licenças de transmissão nunca expiraram. Por esta razão, o reembolso de bens não depreciados não teria amparo legal.
ArcelorMittal quer o aço dos Ermírio de Moraes
20/02/2017A ArcelorMittal estaria negociando a compra das usinas de aços longos da Votorantim Siderurgia em Resende e Barra Mansa, no sul fluminense. Segundo o RR apurou, a operação poderá envolver ainda as unidades internacionais da companhia, localizadas em Bragado, na Grande Buenos Aires, e em Boyacá, na Colômbia. O pacote estaria avaliado em aproximadamente US$ 500 milhões.
Caso seja sacramentada, a negociação lançará dúvidas sobre o próprio futuro dos Ermírio de Moraes na siderurgia. As quatro usinas somam uma capacidade da ordem de 2,4 milhões de toneladas, ou o equivalente a mais de 80% da produção da Votorantim Siderurgia. A princípio, a empresa ficaria apenas com uma usina, a Sitrel, joint venture com o empresário gaúcho Alexandre Grendene. Instalada em Três Lagoas (MS), ela tem capacidade para produzir 400 mil toneladas de aços longos.
Em 2011, os Ermírio de Moraes se desfizeram do seu principal e mais estratégico ativo na siderurgia: a participação de quase 13% no bloco de controle da Usiminas. Desde então, a permanência da Votorantim no setor tem sido alvo de especulações, alimentadas pelas seguidas sinalizações de que o grupo venderá ativos para fazer caixa e também pelos resultados cadentes da operação. Entre janeiro e setembro de 2016, a receita líquida da Votorantim Siderurgia caiu 20% em relação a igual período no ano anterior.
O prejuízo de R$ 10 milhões se transformou em uma perda de R$ 120 milhões. Ao comprar as usinas da Votorantim, a ArcelorMittal, por sua vez, aumentará ainda mais seu poder de fogo na precificação do aço longo no mercado brasileiro – primazia que já divide com a Gerdau. Isso em um momento curioso: historicamente o sobrepreço interno em relação às cotações internacionais sempre foi maior no segmento de produtos longos do que aços planos.
No ano passado, a situação se inverteu. Com a crise no setor de construção, principal destino do aço longo, as siderúrgicas tiveram de pisar no freio e sacrificar margens. Arcelor e Gerdau chegaram a oferecer descontos de até 20% sobre o preço de produtos importados para não perder mercado.
Aço derretido
5/01/2017A expansão da usina da ArcelorMittal em João Monlevade (MG), que começou e foi interrompida por três vezes, parou de vez. Compreensível. A queda no volume de vendas da empresa no país já passa dos 40% nos últimos dois anos.
Aço derretido
4/11/2016A ArcelorMittal caminha para fechar o ano com uma queda de mais de 40% da sua geração de caixa no Brasil em comparação com 2015. No mesmo período, o preço médio do aço caiu 25%. • Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Arcelor
Acervo RR
Duelo de titãs
19/05/2016ArcelorMittal e Rumo ALL estão às portas de um contencioso. A siderúrgica estuda entrar com uma ação contra a concessionária devido à interrupção dos serviços na Ferrovia Bauru-Corumbá, por onde escoa aço de suas usinas. Segundo o RR apurou, as perdas da ArcelorMittal com a desativação da ferrovia chegariam a R$ 500 milhões. Consultadas, a Arcelor nega o litígio, embora já tenha entrado com um processo administrativo na ANTT. Já a Rumo não se pronunciou.
Duelo de titãs
19/05/2016ArcelorMittal e Rumo ALL estão às portas de um contencioso. A siderúrgica estuda entrar com uma ação contra a concessionária devido à interrupção dos serviços na Ferrovia Bauru-Corumbá, por onde escoa aço de suas usinas. Segundo o RR apurou, as perdas da ArcelorMittal com a desativação da ferrovia chegariam a R$ 500 milhões. Consultadas, a Arcelor nega o litígio, embora já tenha entrado com um processo administrativo na ANTT. Já a Rumo não se pronunciou.
ArcelorMittal concentra o lucro e democratiza a crise
21/08/2015A ArcelorMittal tornou-se a malévola da siderurgia brasileira. Suspensão de investimentos, fechamento de unidades, cortes de produção, desemprego? Para os indianos, tudo isso é apenas um detalhe, uma poeira a ser varrida na estrada que leva ao lucro. No afã de remeter o maior volume possível de dividendos para a matriz e resgatar as perdas impostas pelo câmbio, a companhia está abrindo sua caixa de perversidades numa proporção que tem causado espécie até mesmo entre seus congêneres no setor. Neste mês, conforme já anunciado, a siderúrgica está desativando por tempo indeterminado uma de suas linhas de aços longos em Piracicaba (SP). É só o início. De acordo com fontes ligadas à empresa, para o mês que vem já estaria programada a interrupção da produção na usina de João Monlevade (MG). Quase simultaneamente a ArcelorMittal deverá desligar também um laminador na unidade de Juiz de Fora. Com estes cortes, a produção anual de aços longos do grupo no país cairia de 3,6 milhões para algo em torno de 2,8 milhões de toneladas. Como de hábito, medidas contracionistas trazem de arrasto a sua dose de maldade social. Segundo o RR apurou, em todas as usinas, as interrupções seriam acompanhadas da suspensão temporária de uma parcela dos contratos de trabalho e/ou demissões. No ano passado, a ArcelorMittal Brasil teve um lucro de R$ 1,4 bilhão, quatro vezes mais do que no exercício anterior. Para este ano, mesmo com a retração da demanda por aço, o resultado deverá permanecer na casa do bilhão. No quesito transferência de lucros, o confronto com a Usiminas chega a ser uma covardia. A companhia mineira não tem remetido um centavo sequer para a Mitsui e a Techint. Pelo contrário: trata-se de um sugadouro de recursos. No ano passado, ainda lucrou R$ 208 milhões. Mas, no primeiro semestre deste ano, já perdeu tudo isso e mais um pouco, com o prejuízo de R$ 850 milhões. A ArcelorMittal mantém o número guardado a sete chaves e mais algumas trancas, mas estima-se que, nos últimos dois anos, a subsidiária tenha mandado para a matriz mais de US$ 300 milhões.