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Destaque
Brasil busca parceiros internacionais para aumentar produção de fertilizantes
12/04/2023O governo pretende fazer movimentos mais contundentes no mapa geopolítico para reduzir o déficit de fertilizantes no Brasil. A estrada principal leva à Rússia. Lula tem feito aproximações sucessivas com Vladimir Putin no intuito de aumentar os investimentos de empresas russas na produção de adubo no país. Nenhuma outra nação tem uma posição tão expressiva na indústria brasileira de fertilizantes quanto a Rússia. O principal player é a Eurochem, que já comprou a Tocantins e Heringer e, segundo o RR apurou, está em busca de novas aquisições no país. Isso para não falar dos projetos greenfield da companhia, como o aumento da produção de concentrado fosfático no Complexo Mineroindustrial de Serra do Salitre (MG) – a meta é saltar de 400 mil toneladas para um milhão de toneladas por ano. No governo, há, inclusive, quem enxergue a Eurochem como um potencial parceiro da própria Petrobras, que, conforme o próprio Lula já declarou reiteradamente, voltará a ter um papel estratégico no aumento da produção interna de fertilizantes. A estatal, ressalte-se, tem importantes empreendimentos no pipeline. O maior deles é a conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN III), de Três Lagoas (MS). A companhia também planeja desengavetar a instalação da UFN V, em Uberaba. No caso da UFN III, não custa lembrar que outra empresa russa, a Acron, esteve perto de comprar a unidade em 2021.
A Rússia é o principal, mas não o único caminho. Na cartografia dos fertilizantes, o governo Lula pretende pegar também uma estrada vicinal. A China surge como uma alternativa de parceria para aumentar a produção de adubo no Brasil. De acordo com informações filtradas do Itamaraty, autoridades diplomáticas dos dois países vêm discutindo a possibilidade de investimentos conjuntos no setor. O tema, inclusive, poderá ser incluído na pauta do encontro entre Lula e o presidente Xi Jinping, nesta semana. Ainda que não seja um grande player global da área de fertilizantes, a China teria interesses específicos para investir nesse segmento em solo brasileiro. Uma das motivações seria garantir o suprimento da Cofco International, um gigante do agronegócio. A estatal chinesa já investiu mais de US$ 1 bilhão na produção de grãos no Brasil. A empresa é hoje a sexta maior exportadora de soja do país. Não custa lembrar também que a China fez recentemente um movimento importante no tabuleiro sul-americano: a mineradora Shaanxi Coal Group anunciou investimentos de US$ 1,2 bilhão na instalação de uma fábrica de amônia e ureia na Argentina.
A aproximação com a China seria uma forma de o governo brasileiro equilibrar a balança dos acordos internacionais de forma a não ficar excessivamente indexada à Rússia. Ou melhor: mais indexado à Rússia. O Brasil importa 85% dos fertilizantes que consome. Dessa montanha de adubo, mais de um terço vem do país de Vladimir Putin.
“Plano Nacional”
27/04/2022Depois da “invasão russa”, leia-se Acron e Eurochem, agora é a chinesa CNOOC que está garimpando fabricantes de fertilizantes no Brasil.

YPFB entra na disputa por fertilizantes da Petrobras
14/03/2022A Petrobras já trabalha com um Plano B para a venda da Unidade de Nitrogenados (UFN III) de Três Lagoas (MS). Segundo o RR apurou, a boliviana YPFB manifestou interesse em assumir o projeto e concluir a construção da fábrica de fertilizantes. É o efeito Putin. A guerra entre Rússia e Ucrânia atingiu o processo de venda da UFN III.
O acordo fechado com a russa Acron há cerca de um mês virou uma incógnita. De acordo com uma fonte ligada à Petrobras, as tratativas estão congeladas desde a eclosão dos conflitos na Europa. Ressalte-se que a Acron, assim como outras grandes corporações russas, foi bloqueada no sistema de pagamentos internacionais, o Swift. Ou seja: está impossibilitada de fechar transações financeiras, no rastro das sanções globais impostas ao regime de Vladimir Putin.
Procurada, a Petrobras não quis se manifestar. A YPFB já tem negócios em fertilizantes na Bolívia, notadamente à base de ureia e amônia, e pretende aumentar sua presença no setor na América do Sul. A estatal vem sendo utilizada pelo governo do presidente Luiz Arce como um agente para reduzir a dependência boliviana de nutrientes importados. Algo que a gestão Bolsonaro e a Petrobras deveriam estar fazendo. A YPFB, ressalte-se, carrega um handicap para assumir a UFN III: ela própria seria a fornecedora de gás para a fábrica, equacionando um dos maiores custos do empreendimento.

Os próximos passos da Acron no Brasil
16/02/2022Há um movimento cruzado de afagos diplomáticos entre Brasil e Rússia. Em meio à visita de Jair Bolsonaro a Moscou, uma delegação da russa Acron desembarcará no Mato Grosso no Sul nos próximos dias. A empresa fechou recentemente a compra da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III da Petrobras em Três Lagoas – a negociação foi antecipada pelo RR em 10 de dezembro de 2021. Segundo a newsletter apurou, executivos da Acron pretendem se reunir com o governador Reinaldo Azambuja. Em pauta, a manutenção dos incentivos fiscais concedidos à Petrobras para a construção da fábrica – as obras estão paradas desde 2014. Outro desafio dos russos é garantir o fornecimento de gás para a UFN III. De acordo com a mesma fonte, o mais provável é que a companhia feche um contrato com a estatal boliviana YPFB.
Acervo RR
Remake
10/12/2021A russa Acron voltou a bater na porta da Petrobras, disposta a comprar a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN- III), em Três Lagoas (MS). O projeto está parado desde 2014. Estima-se que sejam necessários R$ 4 bilhões para a conclusão das obras. Procurada, a Petrobras confirma que o “processo de venda da UFN-III está em curso e as próximas etapas serão divulgadas oportunamente.”
Semente russa
30/03/2021A russa Acron estaria em conversações para a compra de uma participação em um dos últimos fabricantes de fertilizantes do Brasil ainda sob controle nacional. Há cerca de dois anos, o grupo do bilionário russo Viatcheslav Moshe Kantor esteve perto de adquirir a unidade de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS), mas o negócio ficou pelo caminho.
Terreno infértil
1/04/2020Em meio à recuperação judicial, os controladores da fabricante de fertilizantes Heringer têm feito aproximações sucessivas com candidatos à compra da empresa. A russa Acron, que chegou a negociar a aquisição da unidade de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS), é um nome forte. O problema são as divergências internas. A família Heringer sofre oposição da marroquina OCP, um minoritário (10%) que atrapalha um bocado.
Semente de esperança
17/01/2020A russa Acron vai apresentar até o fim do mês uma nova oferta para a compra da unidade de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS). A proposta inclui o pagamento de antigas dívidas. Só o passivo trabalhista deixado pelo antigo consórcio responsável pela construção gira em torno de R$ 150 milhões. As obras estão paradas desde 2014.
A culpa é da Bolívia
28/11/2019Não foi apenas o risco de desabastecimento de gás que levou a Acron a desistir da compra da fábrica de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS). A crise na Bolívia também jogou por terra o acordo que vinha sendo alinhavado entre os russos e a YPFB. Segundo o RR apurou, a estatal boliviana seria sócia na aquisição, com 12%. Agora, a Petrobras volta à estaca zero, em busca de um comprador.
Gás 1
6/09/2019A russa Acron já “quebrou” o monopólio da Petrobras no gás. O grupo, que comprou a unidade de nitrogenados da própria estatal em Três Lagoas (MS), vai entrar pesado na aquisição do insumo diretamente da Bolívia, sem intermediários. O gás é o maior custo estimado do empreendimento, cujas obras ainda serão concluídas pela Acron.
A sina de Três Lagoas
29/08/2019A venda da unidade de nitrogenados de Três Lagoas (MS) pela Petrobras para a russa Acron está longe de ser um ponto final nos imbróglios que cercam o empreendimento. Um grupo de aproximadamente 50 fornecedores ainda cobra judicialmente dívidas do antigo consórcio responsável pela construção da fábrica, encabeçado pela Galvão Engenharia e pela chinesa Sinopec. As empreiteiras já teriam reconhecido um passivo da ordem de R$ 140 milhões, mas os fornecedores garantem que o buraco passa de R$ 1 bilhão.

Putin & Morales na terra de Bolsonaro
15/08/2019Uma dobradinha “comunista” poderá se formar sob o teto da Unidade de Fertilizantes de Nitrogenados de Três Lagoas (MS). Prestes a comprar o empreendimento da Petrobras por aproximadamente R$ 8 bilhões, a russa Acron estaria em conversações com a boliviana YFB para a sua entrada no negócio. Em troca do fornecimento de gás para a unidade – cerca de 2,3 milhões de m3 por dia – a estatal do país andino assumiria até 30% do capital da empresa. Sempre há o risco de os anticorpos ideológicos de Jair Bolsonaro reagirem à negociação. Mas o presidente da Bolívia, Evo Morales, e Bolsonaro têm trocado alguns afagos recentes.
Acron aduba seu Plano B no Brasil
27/11/2018A russa Acron tem interesse em assumir as três fábricas de mistura de fertilizantes que estavam arrendadas à Heringer e serão desativadas em 2019. A operação soaria como uma espécie de prêmio de consolação diante da dificuldade do grupo em comprar a unidade de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS), um negócio estimado em mais de R$ 3 bilhões. As negociações esbarraram na liminar do ministro Ricardo Lewandowski, condicionando a venda de ativos estatais à autorização pelo Congresso Nacional.
O semiárido da Petrobras
7/11/2018Segundo o RR apurou, a russa Acron ameaça retirar a oferta de US$ 800 milhões pela fábrica de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS) caso a estatal não destrave a operação até dezembro. O problema atende pelo nome Ricardo Lewandowski: o ministro do STF suspendeu a venda de ativos da Petrobras, condicionando-a à autorização do Congresso.
Segunda tentativa
15/06/2018A gestora suíça Acron está em busca de ativos imobiliários no Rio de Janeiro, notadamente empreendimentos comerciais. Há cerca de dois anos, a empresa esteve perto de comprar o Hotel Glória, mas desistiu do elefante branco, que acabou nas mãos do Mubadala