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Governo Bolsonaro sofre uma intervenção consentida

31/03/2020
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O ministro chefe da Casa Civil, general Braga Neto, assumiu o papel de “interventor soft” no Palácio do Planalto. Sua nova atividade  informal foi produto de um “acordo por cima”, envolvendo ministros e comandantes militares e o próprio presidente da República. Braga Neto tem grande empatia com Bolsonaro.

Sua “intervenção” busca reduzir a exposição do presidente, deixando-o “democraticamente” (Apud Paulo Guedes) se comportar como se não pertencesse ao seu próprio governo. O general passa a enfeixar as ações do Executivo na crise. Pode, inclusive, contrariar as declarações de Bolsonaro.

A “intervenção” de Braga Neto ocorre em um momento em que o risco de crise política e institucional ameaça acender o sinal vermelho. O ministro da Casa Civil atuará como chefe do gabinete da agrura nacional. Essa deliberação já foi comunicada, com os devidos cuidados, aos ministros e às principais autoridades dos Três Poderes. Pelo menos enquanto a grave situação de crise perdurar, o general será o “presidente operacional” do Brasil. Braga Neto assume para distender e organizar.

#Casa Civil #Jair Bolsonaro #Três Poderes

Procura-se uma profilaxia para as autoridades

16/03/2020
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Aguarda-se a divulgação do protocolo sobre as medidas preventivas em relação ao novo coronavírus nos Três Poderes e nas Forças Armadas. A preocupação inicial, referente aos membros do Executivo, Judiciário e Legislativo usarem máscaras provocando impacto negativo na população, foi resolvida pelos fatos. A contaminação do ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Fabio Wajngarten, e a ameaça – já debelada – do vírus ter sido inoculado também no presidente Jair Bolsonaro, levou os integrantes do governo a usarem máscaras em suas aparições na mídia – a começar pelo próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, O que era motivo de tensão frente à exposição nua e crua dos cuidados com a doença virou atitude de exemplo para toda a sociedade.

Algo na linha: façam como o presidente e sigam as recomendações para evitar o contágio e propagação do vírus. Se o acidente levou a adoção e transparência das medidas de profilaxia no Palácio do Planalto, por enquanto ficou por aí. A área de comunicação da Presidência não divulgou um protocolo completo sobre as ações que serão adotadas. Cogitam-se exames nos ministros do Palácio e em todo o corpo de funcionários. Mas desconhece-se, por exemplo, se as reuniões e audiências serão reduzidas, suspensas durante um período ou feitas com os ministros ou visitantes usando máscaras.

A ideia é que todas as providências sejam tomadas para que o governo funcione normalmente. Quanto ao Congresso e ao Judiciário, perdura o silêncio. O potencial de contágio no Legislativo é imenso. E mesmo as medidas mais simples, como a adoção de álcool gel e o uso de máscaras, são difíceis de serem adotadas na escala necessária em uma verdadeira cidade como é o Congresso. No STF, a resolução do presidente Dias Toffoli de limitar o acesso ao plenário a ministros e advogados das partes é uma ação pontual. Não configura um protocolo. Não custa lembrar que a esmagadora maioria dos ministros do Supremo está na faixa de risco, ou seja, acima de 65 anos. Aliás, estão no mesmo barco parlamentares, ministros e os generais quatro estrelas lotados no Palácio do Planalto.

#coronavírus #Forças Armada #Secom #Três Poderes

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