Tag: Sociedade Anônima do Futebol

Passivo tributário é uma bola dividida entre SAF e investidores

24/01/2022
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Quem vai pagar a dívida dos clubes brasileiros junto à União – uma cifra total da ordem de R$ 5 bilhões? Segundo o RR apurou, esta é uma bola dividida que tem provocado tensão e gerado atrasos nas negociações para a compra tanto do Botafogo quanto do Cruzeiro. Isso porque a Lei das SAF (Sociedade Anônima do Futebol) criou um perigoso ponto cego em relação ao passivo tributário dos clubes. A princípio, em caso de venda do de apartamento de futebol, esses débitos permaneceriam nas mãos do devedor original, isto é, os clubes associativos.

No entanto, de acordo com a mesma fonte, bancos e investidores envolvidos nas duas negociações já estão de posse de pareceres jurídicos que apontam na direção contrária. Ou seja: existe, sim, o risco de os acionistas da SAF serem futuramente responsabilizados pelas dívidas tributárias caso a agremiação não honre os pagamentos junto à União. Significa dizer que, no fim das contas, a parte “boa” e a parte “podre” da laranja continuariam sendo uma fruta só. Esse entendimento se baseia, sobretudo, no Código Tributário Nacional, mais precisamente em seus Artigo 131, 132 e 133, que tratam da responsabilidade dos sucessores sobre débitos.

O Art. 133, em seu parágrafo I, por exemplo, diz que a pessoa jurídica que adquirir “estabelecimento comercial” assume as dívidas tributárias “integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade”. É exatamente o caso em questão: ao criar e vender o controle da SAF, o clube associativo “cessa” a atividade, ou seja, o futebol. Diante dessa ameaça, os assessores do norte-americano John Textor e do ex-Ronaldo Fenômeno, candidatos, respectivamente, à compra do Botafogo e do Cruzeiro, estão quebrando a cabeça.

Buscam um modelo de negócio que afaste ou ao menos reduza esse risco fiscal e encaixe essas dívidas no valuation dos ativos. Não é uma conta simples de ser feita. O clube carioca tem cerca de R$ 175 milhões em débitos fiscais. O Cruzeiro, R$ 300 milhões. Recentemente, ressalte-se, ambos fecharam acordos com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para reduzir esses valores. No entanto, a renegociação cai por terra se os pagamentos deixarem de ser honrados. Em tempo: no limite, a conta pode cair no colo de sempre, o da Viúva, se os clubes associativos e os donos das respectivas SAFs mergulharem em uma disputa judicial empurrando um para o outro o pagamento de dívidas tributárias. Não é um cenário que deva ser desprezado.

#Botafogo #Cruzeiro #Sociedade Anônima do Futebol

O Cruzeiro tem dono

10/12/2021
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Na prática, antes mesmo de virar SAF (Sociedade Anônima do Futebol), o Cruzeiro já se transformou em “clube-empresa”. No caso, “empresa” de Pedro Lourenço Junior, dono do Supermercado BH, principal patrocinador do time. Hoje, Lourenço manda e desmanda na gestão do clube mineiro. As divididas com a XP, consultora do Cruzeiro, têm sido constantes.

#Cruzeiro #Sociedade Anônima do Futebol

Furacão

23/11/2021
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O Athletico Paranaense está arrumando a casa para virar clube-empresa. A ideia é criar a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e vender uma participação minoritário do negócio. O controle permaneceria nas mãos do clube, ou melhor de Mario Celso Petraglia, ex-acionista da Inepar e manda-chuva do Athletico há mais de duas décadas.

#Athletico Paranaense #Sociedade Anônima do Futebol

Paixão tem limite

10/11/2021
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Dirigentes do São Paulo têm consultado afortunados tricolores sobre o interesse em comprar uma participação acionária na Sociedade Anônima do Futebol (SAF) caso o clube se transforme em empresa. Um do nomes sondados foi Abílio Diniz, que já teria tirado o time de campo.

#Sociedade Anônima do Futebol

Senado fura a bola de Bolsonaro

27/09/2021
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Jair Bolsonaro está prestes a sofrer um novo revés no Congresso. Segundo o RR apurou, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já teria votos suficientes para derrubar os vetos do presidente à Lei 5.516/19, de sua autoria, que cria o clube-empresa no Brasil. A derrota mais dura, não só para Bolsonaro, mas, sobretudo, para o ministro Paulo Guedes, viria em relação ao modelo de tributação dos clubes. O Senado deverá restabelecer a Tributação Específica do Futebol (TEF), uma taxação de 5% sobre a receita bruta nos cinco primeiros anos para os clubes que se converterem em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Guedes queria que as SAFs pagassem os mesmos tributos de uma empresa comum. Pelo jeito, vai ficar querendo.

#Jair Bolsonaro #Rodrigo Pacheco #Sociedade Anônima do Futebol

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