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Destaque
Centrais sindicais sobem ao palco da venda da Braskem
13/07/2023Nunca antes na história houve tamanho alinhamento entre a direção da Petrobras e sindicalistas. As grandes centrais de trabalhadores do país – à frente CUT e CTB – estão entrando de cabeça em um movimento de apoio à compra da Braskem pela estatal. A coalizão, ressalte-se, ainda não é um monolito. Há uma fissura localizada: a Força Sindical teria se negado a participar da iniciativa. Nos bastidores, a recusa é atribuída ao próprio Paulinho da Força, não exatamente pelo tema em questão, mas por divergências políticas e disputas de poder, notadamente dentro da IndustriaALL Brasil – entidade criada pela CUT e pela Força Sindical em 2020 e inspirada na IndustriALL-Global Union, que reúne mais de 50 milhões de trabalhadores em 140 países. Dissensos à parte, as grandes centrais discutem algumas iniciativas em defesa da “estatização” da Braskem. CUT, CTB e cia. costuram um manifesto para endossar a carta aberta publicada na semana passada por nove entidades de trabalhadores dos setores petroleiro e químico, à frente o poderoso Sindipetro. O documento diz que a Petrobras deve assumir o controle da Braskem e transformá-la em um “instrumento estatal para o desenvolvimento nacional”. Segundo informação apurada pelo RR junto ao presidente de uma das centrais de trabalhadores, os líderes sindicais engajados no movimento cogitam também a realização de uma grande manifestação no Rio, sede da Petrobras. Ou seja: a venda da Braskem – quem diria? – pode parar nas ruas.
A mobilização dos sindicalistas vai ao encontro do interesse da Petrobras em assumir o controle da Braskem, já manifestado pelo presidente da companhia, Jean Paul Prates. Na última segunda-feira, a estatal informou que solicitou acesso virtual ao data room da empresa petroquímica para o eventual exercício do tag along ou do direito de preferência sobre a participação da Novonor. Ontem, a J&F ingressou oficialmente no rol de candidatos à aquisição da Braskem, com uma proposta de R$ 10 bilhões, juntando-se a outros interessados – Unipar e um consórcio formado por Apollo e Adnoc, praticamente descartados. Nesse contexto, a entrada em cena das centrais sindicais com a sua pressão sintonizada com a direção da Petrobras vai colocar ainda mais combustível nessa disputa. Quase que como um “referendo” interno, será a força de trabalho legitimando a decisão da estatal.
Política
Governo mira no jabuti da previdência privada deixado por Bolsonaro
3/04/2023Na condição de presidente do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, trabalha internamente para derrubar a Resolução nº 53 da entidade, aprovada em março do ano passado. A decisão do CNPC passou a permitir a “rescisão unilateral do convênio de adesão por iniciativa da entidade”. No governo Lula, a medida é vista como um jabuti do governo Bolsonaro para flexibilizar a extinção de planos de previdência privada e a retirada de patrocinadores das fundações, especialmente entre as empresas públicas. Não por coincidência, a pressão maior para que o governo mande a Resolução nº 53 pelos ares vem das entidades que representam trabalhadores de estatais, como o Sindipetro.
Destaque
“Revogaço” do futuro governo mira nos fundos de pensão
12/12/2022O “revogaço” que se anuncia no governo de Lula pode envolver também a área de previdência privada. Entidades representativas de beneficiários de grandes fundos de pensão, como Previ e Petros, levaram a assessores do presidente eleito a proposta de reversão da Resolução nº 53 do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), aprovada em março deste ano. A medida alterou as regras para a saída de patrocinadores de fundos de pensão, criando brechas favoráveis aos mantenedores. A resolução permitiu a “rescisão unilateral do convênio de adesão por iniciativa da entidade”, o que é visto por algumas representações de trabalhadores de estatais – ecossistema onde estão as maiores fundações do país – como uma manobra do governo Bolsonaro para flexibilizar a extinção de planos específicos ou mesmo a retirada de patrocinadores.
Desde então, a medida tem gerado uma barafunda de interpretações conflitantes, inclusive entre as próprias entidades que representam uma determinada categoria. É o caso, por exemplo, dos petroleiros, beneficiários da Petros. A FUP (Federação Única dos Petroleiros) chegou a se manifestar classificando a resolução nº 53 de “falsa polêmica” e afastando o risco de saída de patrocinadores. Por sua vez, o Sindipetro-RJ enxergou ameaças e solicitou ao CNPC consultas públicas para discutir as mudanças.
Política
Espírito de corpo
9/02/2022O RR recebeu a informação de que a direção do Sindipetro avalia divulgar um manifesto contra declarações feitas por Sergio Moro na semana passada, chamando a Petrobras de “empresa atrasada”.
Isonomia entre os petroleiros
4/12/2017Outros sindicatos de petroleiros do país se mobilizam para seguir os passos do Sindipetro-SP e contestar na Justiça o plano de equacionamento atuarial da Petros. O objetivo é estender para os demais estados a recente decisão da Justiça, determinado que o ajuste financeiro da fundação seja feito pelo valor mínimo de R$ 7 bilhões e não sobre o rombo total de quase R$ 28 bilhões. Com isso, os funcionários e aposentados da Petrobras poderão pagar uma contribuição extra menor para cobrir o déficit da fundação.
Greve meia-sola
23/12/2016Pelo jeito, nem o Sindipetro acredita muito no Sindipetro. Ontem, no fim da tarde, a direção do Sindicato estava pessimista quanto ao alcance da greve dos petroleiros convocada para hoje. Os líderes da paralisação davam como certa a baixa adesão dos funcionários da área administrativa do Sistema Petrobras, que representam mais de 60% do efetivo do grupo.
Serra é “saudado” com vaias e xingamentos pelo Sindipetro
31/08/2015José Serra, autor do projeto que desobriga a Petrobras a participar de todas as concessões no pré-sal, foi “saudado” com todo tipo de impropérios durante manifestação do Sindicado dos Petroleiros na última sexta-feira, na Praça XV, no Rio. As vaias e xingamentos se repetiram ao longo de todo o protesto. Até um boneco com suas feições foi queimado.