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Vivo ou morto?
28/01/2020A Vivo prepara mais um Plano de Demissão Voluntária. Voluntária? De tão recorrentes, os PDVs da empresa já viraram compulsórios. Desde 1998, foram 22, um por ano. No mais recente, em 2019, quase 1,5 mil trabalhadores deixaram a empresa.
Petrobras corta mais de R$ 1 bilhão em custos
13/01/2020O “Chicago Old” mais celebrado pelo mercado, à exceção é claro do hors concours Paulo Guedes, é indiscutivelmente o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. O executivo acerta em todas as direções e está realizando a proeza de pouco a pouco debelar a resistência da corporação a uma gestão de corte liberal. Do período do seu ingresso na estatal aos dias de hoje, a antipatia do funcionalismo com Castello arrefeceu bastante. Soma para isso seu discurso de valorização da estatal.
Castello é um “mercadolatra”, mas joga para cima a imagem da Petrobras. Pois agora, conforme apurou o RR, o executivo está liderando o que se anuncia como o maior programa de corte custos da história recente da empresa. Já para este ano, está prevista uma redução de despesas gerais e administrativas da ordem de 20%, em termos absolutos algo superior a R$ 1 bilhão. Trata-se de uma economia bem superior à obtida pela gestão de Pedro Parente, mesmo com o apoio da consultoria Falconi e aplicando o incensado método do Orçamento Base Zero. Antes que alguém pense em uma carnificina de empregos – o mais tradicional e, na maioria dos casos, o mais preguiçoso instrumento de corte de gastos –, não haverá demissões em massa na estatal.
Uma parte significativa da economia virá, sim, de programas de desligamentos voluntários ainda vigentes e outros PDVs que estão por vir. Mas haverá, sobretudo, um ataque ao desperdício. A direção da Petrobras estipulou uma meta global de cortes e cada setor ficará responsável por identificar onde poderá reduzir mais suas despesas. As áreas de serviços deverão renegociar ou mesmo encerrar contratos com fornecedores, reduzir custos imobiliários, devolver prédios. A orientação, comum a todos os departamentos, é atacar também os gastos miúdos, tradicionais roedores de grandes somas no acumulado: despesas com viagens, transporte, serviços de telefonia, papel para impressão, material de escritório, assinaturas de jornais (nada a ver com a vendeta de Jair Bolsonaro contra a mídia) etc etc.